segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Registro. Temporada 2015 Rio de Janeiro Rio Bonito, RJ

25-08-2015

Na noite da última terça-feira, 25 de agosto, o médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco realizou uma conferência pública na cidade de Rio Bonito, Estado do Rio de Janeiro, no Esporte Clube Fluminense, com um público de cerca de mil pessoas.
Abordando o tema sobre a felicidade, Divaldo narrou a estória comovente de dois médicos norteamericanos, os doutores Tadeu Merlin e Tadeu J. Müller. O primeiro, materialista e ainda no início de sua carreira médica, foi chamado a atender uma senhora pobre que estava iniciando o trabalho de parto em sua residência no subúrbio de Los Angeles. Após o nascimento da criança, o jovem médico notou-lhe o defeito congênito em seu pé. Pensou, por um momento, na possibilidade de realizar a eutanásia, como meio de evitar o sofrimento na vida do recém-nascido e também na da mãe . Mas, a sua consciência ordenou-lhe recuar na decisão de exterminar aquela vida. Várias décadas mais tarde, esse mesmo médico enfrentou o doloroso desafio de ver sua pequena neta vitimada por uma doença degenerativa incurável e fatal. Após visitar os melhores especialistas dos Estados Unidos e da Europa, sem nenhum prognóstico animador, ouviu dizer sobre um jovem médico do interior de seu país, cujas pesquisas apontavam para um tratamento e possível cura daquela rara enfermidade. O Dr. Tadeu Merlin entregou sua neta aos cuidados e tratamento do jovem colega, que logrou a integral cura da menina. Esse jovem médico, Dr. Tadeu J. Müller, era aquela mesma criança que nasceu com o defeito congênito no pé, pelas mãos do Dr. Merlin, que, por um momento, pensou em exterminar-lhe a existência por meio da eutanásia.
Essa narrativa serviu como base para as reflexões em torno do que é, afinal, a felicidade. Costumeiramente, assinalou o conferencista, não fruímos o momento presente, projetando as nossas possibilidades de sermos felizes para o futuro, sob condições que nem sempre realizam-se ou, mesmo, são impossíveis de se concretizar.
Divaldo recordou que a definição de felicidade e os meios de se conquistá-la sempre foram objeto de análise dos filósofos e cientistas. Desde a Antiguidade Clássica que os pensadores analisam a questão e propõem teorias sobre o assunto. Na sequência, foram analisadas as quatro principais propostas filosóficas sobre o que é a felicidade.
A primeira, fundada nos ensinos de Epicuro de Samos, que defendia que a felicidade estaria no "ter" (coisas, posição social, fama etc). Mas, essa hipótese seria desmentida pelos tormentos que carregam muitos daqueles que têm posses e também os consumistas.
A segunda, criada por Diógenes de Sinope, que dizia que as pessoas tinham medo de perder as suas posses, o que lhes causava angústia e outros transtornos, de maneira que a felicidade consistiria em não ter nada. Considerando, no entanto, que muitos são verdadeiramente escravos até daquilo que não tem, criando ambições, expectativas, que lhes obstaculizam o fruir da felicidade,  essa teoria, então, não poderia subsistir.
A terceira, fundada nos ensinamentos do Estoicismo, criado por Zenão de Cítio, propunha que a felicidade estaria na coragem de enfrentar-se a dor moral e física sem queixas, sem esmorecimento, sem sofrer, abandonado ao destino, impassivamente. Essa teoria também não poderia corresponder à vivência da real felicidade, uma vez que os seres humanos ainda trazemos em nós diversos conflitos, passamos por desafios, e que a dor ainda faz parte de nossas experiências evolutivas. 
Enfim, Divaldo analisou a proposta do filósofo grego Sócrates, que afirmou que a felicidade consiste em "ser". Sócrates, perfeitamente consciente de que o ser humano é o Espírito imortal, que está na Terra temporariamente, utilizando-se de um corpo físico para realizar o seu processo evolutivo, ensinava que os indivíduos deveriam buscar conhecerem-se a si mesmos, a sua realidade espiritual, a fim de encontrarem a real felicidade.
Nesse sentido - destacou o palestrante-, Allan Kardec, na obra O Livro dos Espíritos, apresentou a orientação segura dos Espíritos nobres para que os seres humanos buscassem o autoconhecimento e a autoiluminação, a fim de que pudessem eliminar de si mesmos as imperfeições morais e, assim, gozar de harmonia, paz e, portanto, de felicidade.
Divaldo recordou que os eminentes psiquiatras Carl Gustav Jung e Viktor Frankl estabeleceram que, para ser feliz, é necessário que o indivíduo estabeleça um sentido psicológico profundo para sua existência, que seria o amor, e, fazendo uma ponte entre a Ciência e o Espiritismo, o palestrante ressaltou que a proposta espírita está toda embasada nos ensinamentos ético-morais do Evangelho de Jesus, cujos ensinamentos estão centrados na lei de Amor.
A conferência foi encerrada com uma vibrante exaltação à vida, ao Amor, à gratidão e à felicidade, com os  lindos versos da poetisa Amélia Rodrigues.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Luismar Ornelas de Lima


(Informação recebida em email de Jorge Moehlecke)


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