sábado, 10 de dezembro de 2011

Recordando o Divaldo

Therezinha Oliveira

Campinas, SP







Foi na chamada “semana santa” de 1958, que, indo a São José do Rio Preto-SP, para participar da XIII Concentração de Mocidades Espíritas do Brasil Central e do Estado de São Paulo, conheci Divaldo Pereira Franco.

Essas Concentrações reuniam, anualmente, moços espíritas de quatro estados: São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Ao lado de Divaldo, originário da Bahia, orador então já de renome nacional, pela qualidade de suas inspiradas conferências, se apresentaram, também, Newton Boechat, do Rio de Janeiro, e Jacob Holzmann Neto, de Curitiba-PR.

Esses três confrades, por aquela época e durante alguns anos, eram os expositores esperados, que não podiam faltar, naquelas concentrações de jovens espíritas, e todos eles ofereciam aos jovens ali concentrados valiosa contribuição de conhecimento doutrinário, servindo, ainda, como exemplos motivadores do idealismo idealismo espírita e do sentimento cristão.

Newton e Jacob já retornaram ao plano espiritual, deixando cada qual lembranças imorredouras em quantos tiveram a felicidade de lhes recolher as palavras e as manifestações de amizade, como eu, que a ambos pude hospedar com minha família, em algumas ocasiões em que vieram a Campinas.

Divaldo se fez, ainda, mais querido por mim e meus familiares, alegrando-nos com sua presença em nosso lar, sempre que o seu roteiro o trazia por Campinas, o que, por muitos anos, costumava ser pelo menos duas vezes ao ano.

Naquele tempo, o salão do nosso C.E. Allan Kardec, que comporta quinhentas pessoas, era suficiente para acolher os espíritas da cidade e da região, que acorriam a ouvir o “baiano”, como era carinhosamente chamado.

Mas, ao longo dos anos, o Divaldo foi progredindo admiravelmente em seus labores, não somente na palavra, mas, também, pelo trabalho na psicografia de respeitáveis espíritos, que numerosos livros condensam, e nos vários serviços assistenciais e educacionais da “Mansão do Caminho”, em Salvador-BA.

Seu campo de ação se ampliou muito e o número de seus amigos e admiradores cresceu de tal maneira, que não mais pode ser comportado pelo salão do CEAK, exigindo ambientes maiores que acomodem os ouvintes sequiosos por sua palavra de luz e sua presença fraterna.

Agora, sua presença é reclamada, não apenas nos movimentos regionais de jovens espíritas, mas em todos os movimentos de maior repercussão e importância doutrinária no país e pelo mundo, tornando-se expressão máxima na divulgação em terras estrangeiras.

Incansável e operoso, prossegue o Divaldo em seus múltiplos labores, concretizando uma existência exitosa, toda dedicada à vivência e exemplificação do quanto pode realizar, superando as dificuldades naturais da vida terrena, aquele que se escuda no conhecimento espírita e se orienta pelos valores do evangelho.

Que Deus o abençoe e proteja sempre!



Palestra pública por Divaldo Pereira Franco no Instituto de Belas Artes de

Porto Alegre, RS, no dia 22 de setembro de 1956.