domingo, 28 de outubro de 2018

Divaldo Franco no Paraná Curitiba

27 de outubro de 2018
1º Encontro da Área de Assistência e Promoção Social Espírita na Federação Espírita do Paraná
O Encontro, reunindo os trabalhadores da área de Assistência e Promoção Social Espírita - APSE -, foi realizado no Recanto Lins de Vasconcellos, em atividade que se iniciou às 08h00min e teve seu encerramento às 18h20min. Após a abertura, Rubens Marcon abordou os aspectos legais da Assistência Social, discorrendo sobre inúmeros diplomas legais disciplinadores, orientadores, normalizadores e sistematizadores, envolvendo vários órgãos governamentais e instituições prestadoras de serviço.
Divaldo Pereira Franco, que se faz acompanhar pelo dileto amigo Juan Danilo Rodríguez Mantilla, espírita equatoriano, médico e psicólogo, facilitando-lhe os deslocamentos e os cuidados de saúde. O tema que foi abordado pelo preclaro orador baiano foi: O trabalhador e o assistido. Divaldo, apesar de sua problemática envolvendo hérnias de disco, que lhe tolhem movimentos e causam-lhe muitas dores, mantém-se jovial, alegre e prestativo, acolhendo todos os que se lhe acercam para um cumprimento, um gentleman.
Destacando que se sente muito feliz por estar em Curitiba sob a proteção da FEP, que visita desde abril de 1954, Divaldo Franco informou que iria falar de coração para coração, repartindo a sua experiência adquirida ao longo de 70 anos de atividades, quando passou a visitar e compartilhar as dores dos que estão em fase de sofrimento.
Há vinte anos a Benfeitora Joanna de Ângelis propôs um novo rumo ao Centro Espírita, fundamentado nos ensinos de Allan Kardec, que pautava seus atos na trilogia, trabalho, solidariedade e tolerância. Evidenciou as experiências de notáveis educadores, inclusive de Johann Heinrich Pestalozzi. A criança é o berço ideal para se semear a verdade. Pestalozzi amava as crianças de rua e reunia-as em sua casa em Yverdon, na Suiça, trabalhando o método do amor, recebendo as crianças e conversando com elas pondo-se de joelhos para que ficasse na mesma altura das crianças, olhando-as nos olhos na mesma linha horizontal, criando a escola nova no exercício do amor com base no trabalho, solidariedade e perseverança.
Joanna de Ângelis apresentou uma trilogia para ser trabalhada pelos centros espíritas assim estabelecida: Espiritizar, Qualificar e Humanizar. O Espiritizar tem por base os fundamentos da Doutrina Espírita, a crença em Deus, a pluralidade dos mundos habitados, a imortalidade do espírito, a comunicabilidade entre os Espíritos e os encarnados, a pluralidade das existências e a ética e a moral do Evangelho de Jesus. Espiritizar é fazer com que a Doutrina Espírita penetre no ser humano, desenvolvendo a tolerância com liberdade de pensar, falar e de agir.
O espiritista tem o dever de colocar a caridade em ação, dignificando a existência do assistido, dando-lhe a cidadania com trabalho digno. O espiritista deve observar que na condição ético/moral, os seres são diversos. Espiritizar é fundamental para auxiliar o próximo, cooperando com ele. Apresentando enriquecedoras experiências, Divaldo Franco, o trator de Deus, nas palavras do saudoso Chico Xavier, discorreu sobre grandes nomes e seus feitos no tocante à caridade, incluindo a passagem do Bom Samaritano, conforme ensinado pelo Mestre Nazareno, uma página de rara beleza e de excelentes resultados de assistência social.
O espírita deve agir com bom humor, com alegria de viver e de servir, utilizando-se de todo o momento disponível para estar a serviço do próximo, sendo solidário, tolerante, compreendendo a sua dor, o seu sofrimento. O necessitado é o irmão que momentaneamente está naquela condição, devendo ser servido com alegria, estimulando-o à mudança para melhor.
O Qualificar, da trilogia, é de fundamental importância tendo em vista facilitar entender os dramas, as misérias morais. Qualificar-se é poder oferecer luz aos que se encontram na escuridão de suas dores, para tirá-los da miséria sócio moral. Qualificar é preparar-se para bem servir e para fazer bem o bem que lhe compete realizar.
Fechando o triângulo equilátero, o Humanizar significa desenvolver a emoção, a sensibilização, sem esquecer que os benfeitores auxiliam sempre. Autoiluminar-se é tarefa inadiável para aquele que deseja servir o seu próximo, equipando-se de conhecimento para pôr-se em sintonia com o assistido.
O trabalho em nome do Cristo exige devotamento e sacrifício. Desde há alguns anos Espíritos muçulmanos e judeus, desencarnados, se uniram em um pacto para dificultar a existência humana, agindo em especial contra os espíritas que são atingidos por pensamentos deletérios. Eles agem posicionando-se contra o sentido ético, destruindo a família, inspirando agentes encarnados para satisfazer os seus ditames, desestrurando a sociedade humana, levando os indivíduos a práticas perniciosas, individuais e coletivas. Divaldo Franco alertou para que não se deixem contaminar pelo ódio, envenenando as relações humanas. É uma verdadeira guerra, tornando as criaturas humanas inimigas uma das outras, como se pode notar nas relações atuais nesse período atual.
Nada poderá separar a criatura humana do amor do Cristo, desde que se mantenha fiel a Ele, amando o próximo, perdoando, sendo-lhe servidor amoroso. Allan Kardec vaticinou que a Doutrina Espírita irá crescer e se multiplicar e que somente o homem perceberia isso no futuro. O homem ainda se encontra no lamaçal da própria consciência, mas que sairá através do devotamento ao próximo com amor.
Na parte da tarde, Miriam Feuerharmel apresentou os dados e os métodos empregados na APSE da FEP, destacando, entre outros assuntos, o texto de Emmanuel, intitulado Caridade Essencial, uma psicografia de Chico Xavier e que se encontra no capítulo 110 da obra Vinha de Luz.
A proteção social e a APSE – Diálogo e articulação foi o tema apresentado por Edvaldo Roberto de Oliveira que desenvolveu o assunto com dados sobre o apoio que se dá e se recebe, na família e na sociedade humana. A ação protetiva deve ser no âmbito espiritual, emocional, afetiva e material.
Divaldo Franco, retornando à tribuna, disse que o Evangelho de Jesus é um hino de louvor as boas novas, de alegria de viver. Antes que desenvolvesse o seu tema, Divaldo solicitou que Juan Danilo cantasse a canção You Raise me Up, uma história religiosa, dando um sentido para o tema que iria abordar, a chegada do Mestre e as suas curas. Israel experimentava inquietações que não identificava. Jesus estava por chegar e permanecer algum tempo entre os homens. Havia uma expectativa no ar, havia angústia, decepção, pois que a criatura humana havia sido reduzida em importância. Israel era monoteísta, cercada por politeístas.
Na casa de Simão Pedro, Jesus havia procedido as curas durante todo o dia, notadamente a de Natanael Ben Elias. Ali estavam as necessidades humanas, as aflições. A multidão, como na atualidade, estava ansiosa pela cura. Vendo-O cansado, Pedro dispersou a multidão ao entardecer, e levou o Mestre a descansar a beira do mar da Galileia, e sentado em uma pedra, Jesus chorou. Pedro, exultante pelos resultados positivos imaginou que Jesus chorava de alegria. No entanto, o Mestre lhe diz que era por compaixão, pois que, aqueles que haviam sido beneficiados pela cura estavam se perdendo novamente nos desvãos da moralidade e da iniquidade.
Como para as curas, é necessário que o ser humana creia para poder conquistar qualquer objetivo. Crer é uma proposta terapêutica. Simão Pedro, como os que foram curados também não compreenderam o sentido. Jesus não veio para curar as feridas do corpo, mas as da alma. Jesus veio para curar as feridas da alma para que os corpos não tenham feridas. Estabeleceu que intercederia pelos homens rogando a Deus que enviasse outro consolador para que esse ficasse permanentemente com os homens, ensinando, relembrando e esclarecendo para que possa ser consolado.
O Espírito de Verdade veio para restaurar a mensagem do Cristo, trazendo conhecimentos novos, e a sublime mensagem do amor alcança os ouvidos e os corações dos que O escutam. Jesus veio para amar. Em nome dele as perseguições aconteceram, e os cristãos experimentaram dores acerbas no testemunho de sua fé. Como o homem é insensato, nos períodos que se seguiram, e tendo os cristãos assomado ao poder, passaram a perseguir e a matar os perseguidores de outrora. Perseguido ontem, perseguidor hoje. Aí estão, na História, os tribunais do Santo Ofício, a Inquisição.
Divaldo apresentou os primórdios do Espiritismo, a partir dos fenômenos de Hydesville, em 31 de março de 1848, e a comprovação daqueles fatos em 1905. Em 1852 Paris era a cidade das artes e da beleza. Nesse contexto, as mesas girantes ganharam notoriedade. Hippolyte Léon Denizard Rivail passou a investigar os fatos inusitados, e apresentando uma ciência nova, o Espiritismo, caracterizando a volta do Consolador, prometido por Jesus, o modelo e guia para a humanidade, sob o pseudônimo Allan Kardec.
No seu desvario, o homem vai se equivocando e angariando débitos para com a Lei Divina, que pela sua natureza, coloca o infrator diante de si mesmo a fim de que se recupere pelo exercício do amor. Joanna de Ângelis afirma que as condecorações dos cristãos são as cicatrizes adquiridas no trabalho em favor do próximo, em nome de Jesus.
O ínclito orador destacou que o objetivo do encontro é a qualificação para melhor servir, sem criticar outras iniciativas ou instituições. A solidariedade, a caridade está acima de qualquer confissão religiosa ou filosófica. O próximo é sempre o próximo, creia ele neste ou naquele sentido, seja ele quem for, será sempre o próximo. O Espiritismo é o grande incentivador da sensibilização das almas para que a caridade possa se fazer presente no seio dos assistidos. O Espiritismo é alegria, é uma doutrina de coragem, pois que Jesus é um notável psicoterapeuta e suas mensagens são de otimismo, suavizando as dores.
O Evangelho de Jesus, exarado em a Doutrina Espírita, é magnífico, lúcido, esclarecedor e consolador. Espiritizar, Humanizar e Qualificar é o objetivo a ser alcançado em nome do exercício do amor. Todos passam pelas dificuldades, por isso, deve ser mantido o bom ânimo, a confiança e a responsabilidade, respaldadas nas obras de agora, tornando-as pontes para facilitar a vida do outro.
Finalizando, Divaldo destacou um ensinamento da Benfeitora Joanna de Ângelis, quando ela incentiva a que se deixe pegadas luminosas por onde se passe, com o fim de sinalizar o caminho que conduz na direção de Jesus. Aconselhou os presentes a serem otimistas, servindo onde se encontre, sendo solidário, fortes pela união em torno do Mestre Nazareno. Agradecendo a oportunidade do trabalho, destacou que volta aos labores cotidianos da Mansão do Caminho, deixando a mensagem para que uns possam amar aos outros, mantendo-se na esperança e confiantes em dias melhores, e que a paz de Jesus se faça presente nos corações de todos. Efusivamente aplaudido, recebeu os gentis cumprimentos dos presentes.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

Divaldo Franco no Paraná Curitiba

26 de outubro de 2018
Conferência Pública
A caridade é a alma do Amor. (Divaldo P. Franco)
Divaldo Franco, em seu ingente trabalho de divulgação de o Evangelho de Jesus, esteve em Curitiba no dia 26 de outubro de 2018 para proferir uma conferência pública no Expo Renault Barigui, discorrendo sobre o tema: Caridade, Luz da Vida. O público, formado por cerca de quatro mil expectadores, cativado pela verve do Semeador de Estrelas e demonstrando grande interesse, manteve-se atento e participativo.
Estando presente a Diretoria Executiva da Federação Espírita do Paraná – FEP – e diversas lideranças espíritas paranaenses, Divaldo Franco, acompanhado por Juan Danilo Rodríguez Mantilla, espírita equatoriano, atualmente residindo no Brasil, na Mansão do Caminho em Salvador/BA, ambientando o assunto discorreu sobre o Papa Bórgia e sua família, bem como sobre a decadência do pensamento religioso daquela época, final do século XV. Nos séculos seguintes, XVI e XVII, operou-se uma revolução filosófica, e o pensamento se alarga.
Com a ruptura entre a ciência e a religião, no século XVI, o pensamento filosófico foi se impondo em patamares de melhor compreensão, sendo que o século XVII representou um marco histórico de mudança profunda do pensamento humano. Divaldo, então, apresentou sucintamente as teorias de Pierre Gassendi, John Locke, Thomas Hobbes, Johannes Kleper, Blaise Pascal e Baruch Spinoza. No século XVIII, outros pensadores e filósofos iluministas como Jean-Jacques Rousseau, Voltaire e outros, os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade ganham notoriedade, o homem conquista seus direitos.
No século XIX a filosofia e a religião passaram a convier em harmonia. Allan Kardec, discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi – que afirmava que a criança deveria ser educada em bases novas -, apresentou a Doutrina Espírita, lançando luzes para um entendimento aclarado sobre o próprio homem, sua origem, o sentido psicológico do existir, suas relações com Deus, com os Espíritos, a imortalidade, os diversos mundos habitados, a reencarnação, a pluralidade das existências e o Evangelho de Jesus, onde o homem é o semeador que colhe obrigatoriamente os frutos de sua semeadura. A Doutrina Espírita é uma ciência filosófica, trazendo de volta ao seio da humanidade a figura de Jesus e a caridade, obra do amor.
Esse enfoque chega até os dias atuais, conturbados nas várias expressões em que o ser humano se apresenta. A Lei de Amor apresentada pelo Mestre Galileu estabeleceu que a criatura humana deve se amar, amar ao próximo e amar a Deus, fazendo ao seu próximo tudo quanto desejaria receber dele. Dos instintos aos sentimentos o ser humano trilha diversos caminhos estagiando em várias situações desenvolvendo as virtudes, as propriedades herdadas de Deus. O conhecimento de si mesmo é o destino a que o homem chegará realizando a grande viagem para dentro de si, sendo fundamental desenvolver o autoamor para poder amar o semelhante.
A caridade, como expressão do amor, para ser exercida precisa contemplar o pão repartido, o estímulo à esperança e a alegria de viver. Na atualidade, o coração do ser humano está frio, fruto do individualismo. A Doutrina Espírita é a ponte que une a ciência e a religião, demonstrando a excelência do Espiritismo e a sua perfeita concordância com a ciência, nas suas várias expressões.
Segundo o orador, vivemos um momento histórico em que os nobres cientistas realizam um movimento de retorno à Deus, promovendo, mesmo sem que o saibam, uma nova aliança entre a Ciência e a Religião. Divaldo Franco destacou a figura de Jesus como expoente máximo da Lei Divina na Terra, da caridade, sendo o mais perfeito psicoterapeuta da Humanidade, capaz de alcançar os conflitos mais profundos existentes em a natureza humana e oferecer consolo e alívio para as todas as dores.
Os modernos cientistas desvendaram e continuam em árduo trabalho para ampliar o conhecimento libertador, e o Espiritismo dá ao homem uma realidade profunda, onde a imortalidade da alma se impõe pela lógica racional e experimental. No mundo de regeneração as virtudes substituirão as imperfeições, em um trabalho de aperfeiçoamento, desde agora, tornando-se, assim, o homem, em um ser caridoso, cumpridor da Lei de Amor.
A caridade é o amor, é dar-se, fazer com que a criatura humana tenha um propósito para realizar na vida, para tal é necessário o autoconhecimento, alinhado com a melhor ética, a do Cristo, a ética do amor. Sobre o Brasil, o insigne orador destacou que é hora de os brasileiros se unirem em um sentimento de brasilidade para que o bem viceje e o ódio se dilua pela ação dos bons no exercício da caridade fraternal, vencendo as más inclinações, desenvolvendo sentimentos e aspirações nobres. A caridade é a alma do Amor. 
A alegria de viver se apresenta quando se oferece a mão ao próximo, despida de qualquer sentimento negativo, construindo um mundo melhor. Um mundo de solidariedade, de fraternidade e paz interior, deixando para trás qualquer ressentimento, estendendo a mão para servir, lembrando, sempre, que a honra é para quem serve e não para quem é servido. Jesus convoca os homens para estar com Ele, recebendo a consolação. A Humanidade está em um processo de evolução, e Jesus é o caminho, a verdade e a vida.
Após discorrer sobre uma experiência, onde o beneficiário recobrou a saúde e a alegria de viver, Divaldo destacou que o amor, a caridade, são mecanismos que operam transformações inimagináveis. Com o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou a brilhante conferência, recebendo calorosos aplausos, onde o público, reverente, colocou-se de pé, em gesto de gratidão.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke