sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Divaldo Franco. Encontro Fraterno 2017 Praia do Forte, BA

Encontro Fraterno com Divaldo Franco 2017
Praia do Forte, Bahia, 27 de outubro. Manhã
Nas confortáveis instalações do IberoStar - Hoteis & Resorts, o Encontro Fraterno com Divaldo Franco teve continuidade, desenvolvendo o tema: A jornada heroica da alma. Preparando os corações a cantora lírica Anatasha Meckenna, melodiosa, recepcionou o público, ofertando-lhe canções inigualáveis em harmonia e letra.
Divaldo Franco, superando seus momentos de dores e desconfortos físicos, destacou que os amanheceres são de luzes e belas musicalidades, embora a voz do mundo chegue aos ouvidos das criaturas de forma tonitruante e perturbadora, a beleza interior e a serenidade e esperança no porvir ditoso devam ser construídas com coragem e desassombro. Alguns, salientou o nobre orador, o vazio existencial é necessário para que a plenitude seja alcançada.
Foram lançados, em comemoração aos vinte anos de Encontro Fraterno com Divaldo Franco, três novas obras. Em Busca da Iluminação Interior, de Joanna de Ângelis com psicografia de Divaldo Franco e comentários dos psicoterapeutas Cláudio     e Iris Sinoti. De Alvaro Chrispino o título é Família(s): uma visão espírita sobre os novos arranjos e as velhas buscas. O terceiro lançamento leva a assinatura de Luis Hu Rivas cujo título é: Meus amigos Divaldo e Nilson. Essa obra é destinada ao público infantil.
Para destacar ser possível tornar-se alguém herói, Divaldo Franco, com uma narrativa emocionante, apresentou a história de luz e amor de uma pária hindu, contada na obra Muito Além do Amor, deDominique Lapierre. A jovem que enfrentou os sofrimentos físicos e morais mais cruéis em sua infância e juventude, encontrou a libertação de suas dores na entrega total de sua vida ao Cristo, amando a todos os seres incondicionalmente e dedicando-se integralmente ao alívio dos sofrimentos de seus irmãos em Humanidade. Ananda, em Sânscrito significa alegria.
Tocando em profundidade os corações dos ouvintes, Divaldo foi conduzindo o público nessa jornada heroica de Ananda, que apesar dos inúmeros obstáculos enfrentados, inclusive a rejeição da família ao identificá-la portadora de lepra, ministrou-lhe veneno, sobrevivendo ainda. Prostituída, abandonada, degradada moralmente, foi recolhida pelas mãos perfumadas pela caridade de Madre Teresa de Calcutá.
Tornada freira na ordem de Madre Teresa, esposando espiritualmente Jesus, Ananda doou-se por inteiro, servindo incondicionalmente, dominando seus medos, iluminando as sombras interiores com as luzes do amor, tornou-se heroína de si mesma. Onde estivesse a miséria humana exposta em forma de enfermidades infectocontagiosas lá era possível encontrar a dedicada servidora do Mestre de Nazaré que aprendeu a amar amando-se e amando o necessitado que encontrava pelo caminho, distribuindo o pão da vida ofertado por Jesus.
Falando de si, abrindo sua alma generosa, Divaldo Franco, envolto em profunda emotividade destacou suas experiências, dizendo que é possível ser feliz, com paciência, não se rebelando contra as provas, testemunhando, amando. A felicidade é a esperança que se concretiza todos os dias da era nova que já começou. Os cataclismos serão morais, as crises serão individuais, sentenciou o orador cativante, devendo cada qual lapidar o diamante bruto que ainda é, preparando ao mesmo tempo o caminho para os que vem após.
Seremos felizes, na paz profunda do ser, até transitarmos sem empeços nos dois planos da vida, com coragem, sem mágoas, sem dúvidas e temores, Jesus nos aguarda. Heroico, deseja ver-nos triunfar, silenciando a alma, cantando louvores a Deus. Divaldo, envolvendo a todos em profunda ternura, incentivou a fazermos a jornada heroica para domar as sombras, fazendo brilhar a luz interna, tornando-nos heróis de nós mesmos e para os demais, servindo o Cristo onde nos encontrarmos.
Visivelmente, todos emocionados e vibrando os corações nas faixas da alegria e da felicidade, guardando a certeza do porvir ditoso, muitos, com seus olhos marejados de lágrimas, sentiram as belezas do amor a penetrar a intimidade, agradecendo o encontro afetuoso que Divaldo promoveu a serviço de Jesus.

Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

Divaldo Franco. Encontro Fraterno 2017 Praia do Forte, BA

Encontro Fraterno com Divaldo Franco 2017
Bahia, 26 de outubro. Noite
Abertura
No período noturno, com a presença de mais de 660 inscritos, a vigésima edição desse magnífico evento de caráter internacional, que mobiliza espíritas e simpatizantes, teve seu momento de abertura marcado pela homenagem aos 20 anos dessa grandiosa e bem-sucedida realização, iniciada em 1997 com 255 presentes. O dia do nascimento de Nilson de Souza Pereira, o Tio Nilson, 26 de outubro, quando completaria 93 anos de idade foi relembrado, homenageando-o carinhosamente. A beleza e a harmonia das músicas, belamente interpretadas, elevando o padrão emocional dos presentes, criou um ambiente de confortável equilíbrio.
Após cumprimentar e acolher os participantes, Divaldo Franco, falando sobre a temática do encontro, A jornada heroica da alma, deixou uma pergunta para ser respondida por cada participante até o final do evento: - O que te falta para tornar-se um herói? Fixando-se na mensagem do monte, as bem-aventuranças, o destacado médium e orador espírita frisou a comunhão de Jesus com Deus no alto da montanha, e a necessidade dos amigos para que se possa enfrentar as vicissitudes da vida, assim como Jesus se fez rodear de amigos naquele sublime momento, os seus diletos discípulos.
Moisés e Elias, o fardo e o jugo, o amor e a caridade são eventos magnos – personalidades e ensinamentos - que transformaram a humanidade, que nunca mais foi a mesma após a mensagem exemplificada pelo Mestre de Nazaré. Um dia não mais haverá lágrimas e dores, pois que o homem, vencendo a montanha dos desafios, das dificuldades, da solidão, comungará com Deus.
No mundo, Jesus viveu para o homem, amigo e solícito para com seus irmãos, conquistou os seus corações, jamais contaminando-se. Suas ações foram de acolhimento e esclarecimento aos desvalidos, aos sofredores, miseráveis e doentes da alma, aos cegos e leprosos, doando a sua paz, como só Ele pode dar. A Sua jornada foi heroica, tornando-se ponte para os necessitados de toda ordem. Encerrando esse primeiro momento, Divaldo suplicou ao Mestre a ajuda para carregarmos a nossa cruz afim de tornar-nos, também, heróis do amor, dulcificando-nos no trabalho em favor do próximo.
Convidando um quarteto de profissionais da área da saúde, Divaldo entabulou um esclarecedor diálogo, dirigindo perguntas que objetivavam respostas sobre a construção de uma jornada de um herói na atualidade. Cláudio e Iris Sinoti, psicoterapeutas; Patrícia, médica geriátrica; e Juan Danilo Rodriguez, médico de família e psicólogo, equatoriano residente em Quito, se esmeraram em definir o herói, suas dificuldades, a necessidade do amor e do autoamor, a contribuição espírita para a construção desse herói adormecido no imo de cada um, o autoconhecimento, livrando-o da ignorância de si mesmo, sendo chamado a entrar em contato consigo, encontrando a força moral para a construção do homem de bem, o homem da nova era.
O homem, ainda mergulhado nas sombras, isto é, na ignorância, principalmente de si mesmo, deve amar-se, libertando-se de suas marcas antigas. As doenças não devem se constituírem em propriedades dos que as possuem, mas, fazendo delas as amigas facilitadoras do equilíbrio e da harmonia. O autoencontro, o desenvolvimento da força interna para descobrir o amor a si mesmo, aceitando as ingerências da vida, o envelhecimento, são etapas que contribuirão para a construção do herói desejável. Possuir a consciência dos valores e qualidades éticas, desenvolvendo características humanas, colocando-as a serviço do bem, do amor, amando-nos uns aos outros, tornando-nos melhores hoje do que fomos ontem. Assim se constrói um herói.
Narrando o Poema Meu Deus e meu Senhor, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco encerrou a magnífica abertura do Encontro Fraterno, edição 2017, a vigésima, sob calorosos aplausos.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)