domingo, 29 de maio de 2016

Divaldo Pereira Franco – Roteiro Europa 2016 Mannheim, Alemanha

Mannheim, 24 de maio de 2016

Na última terça-feira, 24, o médium e orador espírita Divaldo Franco proferiu uma conferência na cidade de Mannheim, Alemanha, com o tema “Renovação, Valores Ético-Morais”.
O evento foi realizado na “Trafohaus”, com a presença de mais de 140 pessoas, e teve tradução consecutiva de Edith Burkhard.
A conferência foi iniciada com a evocação de um brado em forma de questionamento, contido no livro “Estes Dias Tumultuosos”, de autoria de Pierre van Paassen. O jovem convocado para a guerra, em pleno front, escrevia uma carta a seu pai quando foi atingido pelos inimigos e morto. Na carta, ficou registrado o seu questionamento em forma de desabafo: por que temos de matar a quem nem conhecemos? Por que tenho de matar a outros jovens como eu, que também não têm culpa pela guerra? Por que assassinar outros seres humanos?
Foi recordado que, de acordo com a teoria da evolução das espécies e da seleção natural, os mais fortes e resistentes sobrevivem. No entanto, ao longo da História, os pensadores teriam sempre buscado encontrar uma ética que os seres humanos pudessem seguir, a fim de que sociedade funcionasse em regime de paz e harmonia. Assim, surgiria o primeiro tratado de ética , elaborado por Aristóteles. Mas antes dele, Moisés, o grande profeta, já teria elaborado um código com os 10 mandamentos da Lei Divina, de modo a organizar a sociedade em torno de deveres e normas de conduta. E, mais tarde, Jesus sintetizaria todas as leis divinas e todos os ensinamentos dos profetas em um único mandamento, o Amor.
Tais regras de conduta teriam razão de ser em função de a criatura humana ainda não ter superado as suas paixões, as suas más inclinações, agindo de modo a gerar perturbações em si e no meio em que vive.

Conforme explicado, Sigismund Freud estabelecera que o ser humano, em seu comportamento, transitava entre Eros (o amor-libido) e Tânato (morte), numa constante busca da realização de um prazer epicurista. Por sua vez, Carl Gustav Jung, quem melhor mostrou as necessidades humanas, por meio da teoria dos arquétipos, conciliando as propostas materialista e espiritualista, teria asseverado ser imperioso à criatura humana eleger para si uma meta psicológica profunda, vivendo-a em sua existência, sendo o amor o mais excelente e terapêutico de todos os objetivos existenciais.
Fácil seria de se concluir que a chave para uma vida harmônica, plena e feliz, do ponto de vista do indivíduo, mas também da sociedade, seria a educação do ser, realizada a partir da formação em si de caracteres positivos, de valores ético-morais de profundidade. Dentro da concepção espírita, seria o esforço realizado pelo homem para a sua transformação moral para melhor, evitando ser arrastado por suas más inclinações; e, sob a ótica da Psicologia Junguiana, seria a conciliação entre o ego e o Self.

Divaldo recordou que Jesus deixara uma regra de ouro como orientação segura para uma conduta ética: não fazer a outrem aquilo que não gostaria que lhe fizessem.
Foram apresentados relevantes exemplos de vidas pautadas numa conduta profundamente ética, a partir de valores morais superiores, como a do escritor russo Liev Tolstói, que, após ler o texto dos Evangelhos em grego, portanto, do original, compreendeu que ali estava contida uma nova ética para a Humanidade, dentro de padrões divinos, e abdicou de seu título nobiliárquico, escreveu um livro sobre a mensagem de Jesus e passou a viver de maneira simples, a fim de melhor alcançar os corações sofridos, chegando, ainda, a escrever ao czar Nicolau II para lhe advertir dos abusos cometidos e da necessidade de se viver segundo valores morais superiores. Mohandas K. Gandhi, depois de ler o livro de Tolstói, comoveu-se e decidiu realizar algo em favor da Humanidade, dando a sua vida em holocausto, em prol da liberdade e da pacificação do mundo. Albert Schweitzer, outro missionário, teria abandonado a sua confortável vida e a fama para servir aos seus semelhantes que viviam miseravelmente na África. E Martin Luther King Jr., que sofrendo a opressão e a discriminação social, erguera sua voz para declarar que ele tinha um sonho de liberdade, de paz, de fraternidade entre as ditas raças, de solidariedade entre os seres, de amor, compaixão e perdão. Seriam quatro vidas baseadas na ética do Amor, que elegeram para si, como objetivo existencial de profundidade, o próprio Amor, libertando-se do ego para viver a plenitude do Self.

O orador apresentou algumas estatísticas atuais e disse que todo o avanço científico-tecnológico logrado por nossa sociedade não evitou os mais de 400 milhões de depressivos no mundo, hoje, e os suicídios que ocorrem na razão de 1 a cada minuto no planeta, inclusive de jovens e crianças.
Onde, então, poderíamos encontrar uma saída para esse panorama aterrador? Segundo asseverado, teríamos a instrumentalidade para resolvermos esses magnos problemas da Humanidade numa doutrina científica, de consequências filosóficas e baseada numa ética superior, surgida no século XIX: o Espiritismo. Demonstrando os seus postulados por meio de provas e da lógica, a Doutrina Espírita explicaria sobre a imortalidade da alma, a comunicabilidade dos Espíritos, a reencarnação. Com isso, teríamos a perfeita compreensão da justiça divina com relação às aflições humanas; pela lei de causa e efeito, seríamos os artífices de nosso destino, criando em nós o equilíbrio ou a perturbação, a depender de nosso comportamento e de nossos pensamentos, e traríamos em nós mesmos a solução para os problemas que nos afligem. A ética do Amor, então, seria, antes de tudo, uma proposta psicoterapêutica de saúde integral, convidando-nos a viver em equilíbrio, em plenitude, a partir do exercício da caridade legítima, descobrindo-se os infortúnios ocultos, os nossos irmãos “invisíveis” aos olhos da sociedade, que enfrentam sofrimentos os mais diversos e que aguardam mãos generosas que lhe possam aliviar as angústias do coração ou as penúrias da matéria.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)



Espanhol


DIVALDO FRANCO EN EUROPA – GIRA 2016.
Mannheim, 24 de mayo.


El pasado día martes 24, el médium y orador espírita Divaldo Franco pronunció una conferencia en la ciudad de Mannheim, Alemania, sobre el tema Renovación; Valores ético-morales.
El acto se llevó a cabo en la Trafohaus, adonde concurrieron más de 140 personas. Hubo traducción simultánea, por la Sra. Edith Burkhard.
La conferencia dio comienzo con la evocación de una protesta, a modo de cuestionamento, contenida en el libro Estos días tumultuosos, del autor Pierre van Paassen. Un joven convocado a la guerra, estaba en el frente de batalla escribiendo una carta a su padre cuando fue atacado por los enemigos, y murió. En la carta, quedó registrada su demanda en forma de desahogo: ¿Por qué tenemos que matar a quien no conocemos? ¿Por qué tengo que matar a otros jóvenes como yo, que tampoco tienen culpa por la guerra? ¿Por qué asesinar a otros seres humanos?
Se hizo mención a que, de acuerdo con la teoría de la evolución de las especies y de la selección natural, los más fuertes y resistentes son los que sobreviven. Mientras tanto, a lo largo de la Historia, los pensadores habrían buscado siempre una ética que los seres humanos pudiesen respetar, a fin de que la sociedad funcionase en un régimen de paz y armonía. De tal modo, habría surgido el primer tratado de ética, elaborado por Aristóteles. No obstante, antes de él, Moisés, el gran profeta, ya había elaborado un código con los 10 mandamientos de la Ley Divina, de modo de organizar la sociedad en torno de deberes y normas de conducta. Más tarde, Jesús sintetizaría todas las Leyes Divinas y todas las enseñanzas de los profetas en un único mandamiento: el Amor.
Tales reglas de conducta tendrían razón de ser, en vista de que la criatura humana aún no haya superado sus pasiones, sus malas tendencias, y se comporte de modo tal que genera perturbaciones para sí mismo y para el medio en el cual vive.

Conforme con lo explicado, Sigmund Freud estableció que el ser humano, en su comportamiento, transita entre Eros (el amor-líbido) y Tánatos (muerte), en una permanente búsqueda de la realización de un placer epicúreo. Por su parte, Carl Gustav Jung, quien mejor expuso las necesidades humanas, por medio de la teoría de los arquetipos -conciliando las propuestas materialista y espiritualista- habría expresado que era imperioso para la criatura humana elegir, para sí misma, una meta psicológica profunda, y experimentarla en su existencia, siendo el amor el más excelente y terapéutico de todos los objetivos existenciales.
Fácil sería llegar a la conclusión acerca de que la clave para una vida armoniosa, plena y feliz, desde el punto de vista del individuo y también de la sociedad, sería la educación del ser, realizada a partir de la formación en su interior de caracteres positivos, de valores ético-morales profundos. Dentro de la concepción espírita, sería el esfuerzo realizado por el hombre para su transformación moral para mejor, evitando ser arrastrado por sus malas tendencias; y desde el punto de vista de la Psicología Junguiana, sería la conciliación entre el ego y el Self.

Divaldo recordó que Jesús había dejado una regla de oro como orientación segura para una conducta ética: no hacer a los otros aquello que no nos gustaría que ellos nos hiciesen.
Fueron presentados relevantes ejemplos de vidas basadas en una conducta profundamente ética, a partir de valores morales superiores, como la del escritor ruso Liev Tolstoi, quien después de leer el texto de los Evangelios, en griego -por lo tanto, del original-, comprendió que allí estaba contenida una nueva ética para la humanidad, según normas divinas, y renunció a su título de nobleza. Escribió un libro -además- sobre el mensaje de Jesús y comenzó a vivir de un modo sencillo, a fin de llegar mejor a los corazones sufrientes y, además, le escribió al zar Nicolás II para advertirle acerca de los abusos cometidos, y de la necesidad de vivir según valores morales superiores. Mohandas K. Gandhi, después de que leyó el libro de Tolstoi, se conmovió y decidió realizar algo en bien de la humanidad, dando su vida en holocausto, en favor de la libertad y de la pacificación del mundo. Albert Schweitzer, otro misionero, habría dejado de lado su confortable vida y la fama, para servir a sus semejantes que vivían miserablemente en África. Y, también, Martin Luther King Jr., quien padeciendo la opresión y la discriminación social, levantó su voz para declarar que él tenía un sueño de libertad, de paz, y de fraternidad entre las mencionadas razas, de solidaridad entre los seres, de amor, compasión y perdón. Serían cuatro vidas basadas en la ética del Amor, que eligieron como objetivo existencial profundo, su propio Amor, para liberarse del ego y vivir la plenitud del Self.

El orador expuso algunas estadísticas actuales y manifestó que pese al avance científico y tecnológico alcanzado por nuestra sociedad, esta no ha evitado que haya más de 400 millones de personas depresivas en el mundo -al día de hoy-, ni que los suicidios ocurran a razón de 1 a cada cada minuto en el planeta, incluso de jóvenes y de niños. ¿Dónde, entonces, podríamos encontrar una solución para ese panorama aterrador? Según lo manifestado, tendríamos los instrumentos para resolver tan grandes problemas de la humanidad en una doctrina científica, de consecuencias filosóficas, basada en una ética superior, que surgió en el siglo XIX: el Espiritismo. Demostrando sus postulados por medio de pruebas y de la lógica, la Doctrina Espírita proporcionaría explicaciones sobre la inmortalidad del alma, la comunicabilidad de los Espíritus, la reencarnación. De tal modo, tendríamos la perfecta comprensión de la Justicia Divina en lo que respecta a las aflicciones humanas; por la ley de causa y efecto, seríamos los artífices de nuestro destino, al crear en nosotros el equilibrio o la perturbación, dependiendo de nuestro comportamiento y de nuestros pensamientos; así, seríamos portadores de la solución para los problemas que nos afligen. La ética del Amor, entonces, sería -ante todo- una propuesta psicoterapéutica de salud integral, que nos invita a vivir en equilibrio, en plenitud, a partir de la práctica de la caridad legítima, cuando descubrimos los infortunios ocultos de nuestros hermanos invisiblespara los ojos de la sociedad, que enfrentan los más diversos sufrimientos, y que aguardan manos generosas que puedan aliviar las angustias de sus corazones o las penurias de la materia.


Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre


(Texto em espanhol recebido em email de MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com])