quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Registro. Divaldo Franco na Argentina Buenos Aires

07 de novembro de 2017
Retornando à sede da Confederación Espiritista Argentina - CEA -  na noite de terça-feira, 07 de novembro de 2017, Divaldo Franco, dando prosseguimento ao roteiro doutrinário pela Argentina, discorreu sobre a temática dos conflitos existenciais para o atento público que lotou as dependências da CEA.
Inicialmente apresentou o querido amigo Dr. Juan Danilo Rodríguez, espírita, médico de família e psicólogo, residente em Quito, no Equador, autor do livro Alliyana, voltado ao auxílio aos portadores da síndrome autista. Dr. Juan Danilo é exemplo da grandiosidade da Doutrina Espírita. Seu trabalho diante dos autistas é comovedor, despertando o interesse de Divaldo que foi pessoalmente à Quito conhecer este trabalho extraordinário.
Adentrando-se na temática dos conflitos, o ínclito orador afirmou que o mais notável desafio da criatura humana, é a própria criatura humana.  Citando Emilio Mira y Lopez, (1896-1964), sociólogo, médico psiquiatra, psicólogo e professor, referiu-se aos níveis de consciência: a Personalidade, a Identidade, o Conhecimento, a Consciência, e a Individualidade. Todos os indivíduos possuem conflitos em suas existências, eles fazem parte da estrutura intelecto-moral.
Narrando as próprias experiências relativas aos conflitos vivenciados ao longo de sua vida, apresentando sempre as bases da Doutrina Espírita, adentrou-se na reencarnação, que explica todas as aparentes "anomalias" que surpreendem a vida. Enriquecendo sua lúcida abordagem, discorreu sobre as experiências de sofrimentos e dores atrozes vividas pelos irmãos do caminho que o buscam como trabalhador de Jesus. Socorreram-se em Divaldo para obterem um conselho e o acolhimento de irmão verdadeiro, aquele que vive o Evangelho e pratica a caridade como ensinou Jesus.
Naturalmente suas narrativas são, de certa forma, um quadro vivo, levando a atenta plateia à emoção, tocando-os nas fibras íntimas da alma, trazendo exemplos de vivências de muito sofrimento, loucura e dor. Quando Divaldo, este homem extraordinário, este amigo, irmão, entra em nossas vidas, como portador do mais importante de todos os títulos, o de trabalhador fiel a Jesus, e trilhando os caminhos da Doutrina Espírita, libertadora e consoladora, ajuda-nos a despertar para a realidade mais profunda do ser, a de Espíritos imortais.
A plateia parecia não respirar, completamente absorvida pela emoção das narrativas, onde cada pensamento era perfeitamente trabalhado à luz dos conceitos da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus. A reencarnação é o amor do Pai promovendo a evolução dos filhos amados.
A ciência espírita é isso, todos possuem conflitos, e como viajantes do caminho aperfeiçoam-se pelo trabalho incessante. A vida, afirmou Divaldo, está dividida entre Narciso e Buda, ou seja, entre o Egoe o Self. Todos somos irmãos pela fraternidade universal, é necessário realizar a mudança interior para melhor, aprender a repartir, compartilhar com os irmãos do caminho. Jesus necessita e espera por nós, como nós necessitamos do seu infinito amor.
Com frases-conceito, Divaldo foi elucidando. Todos temos sede de amor, o amor se basta. Cada alma é uma individualidade que pensa e não deve julgar ninguém, afinal, não conhecemos nem a nós mesmos. Citando o ínclito codificador do Espiritismo, Allan Kardec, fez referência a pergunta 919 de O Livro dos Espíritos, chamando a atenção para a urgente necessidade do autoconhecimento ensinado por Santo Agostinho. O amor liberta os indivíduos do seu próprio ego, promovendo a felicidade, porque Deus é amor. Nos momentos difíceis, recordar-se de Deus. Vale a pena viver, e para viver é necessário amar.
Ao encerrar, o incansável seareiro do Cristo conduziu a atenta plateia a um clima de sensibilidade e emoção, embargando a todos. Seus exemplos, suas vivências, trouxeram ânimo novo para que também busquemos estes caminhos assinalados por Divaldo com base em sua própria experiência.
Este é Divaldo Franco, o Semeador de Estrelas.
                                        Texto: Ênio Medeiros
                                        Fotos: Mayra Cortés
 (Recebido em email de Jorge Moehlecke)