quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Divaldo Franco na Espanha Barcelona

04 de dezembro de 2018
Texto: Ênio Medeiros
Fotos: Jaqueline Medeiros
Revisão: Paulo Salerno
Na noite da terça-feira, 04 de dezembro de 2018, Divaldo Pereira Franco retornou pela vigésima segunda vez à belíssima Barcelona, na Espanha, desde o recuado ano de 1977, quando ali esteve por vez primeira atendendo ao convite dos espíritas daquela época. Desta vez, para falar sobre o Vazio Existencial, nas dependências do Hotel Silken, no centro de Barcelona.
Com o salão de conferências lotado, as atividades foram iniciadas com a apresentação de um vídeo sobre a Mansão do Caminho, com a narração do querido amigo Dr. Juan Danilo Rodríguez, onde atualmente reside e se dedica às atividades desta veneranda instituição.
Ato continuo, Divaldo Franco iniciou a conferência apresentando e discorrendo sobre as atividades do psiquiatra austríaco Victor Frankl, narrando suas experiências como prisioneiro nos campos de concentração das tropas alemãs. O Arauto do Evangelho e da Paz destacou o livro “Em busca de Sentido” do eminente médico austríaco, salientando o quão é indispensável ter-se uma meta pessoal na vida.
Chamou a atenção, o hábil expositor, para as conquistas tecnológicas da sociedade atual, o conhecimento e domínio da energia, vivendo a realidade da comunicação virtual, caminhando para a condição de Homo Virtualis, pois pequenos aparelhos nos permitem contato com o mundo. Porém, apesar destas conquistas, o ser humano ainda mata, agride e sofre muitas vezes, evidenciando que um dos maiores desafios da criatura humana é o vazio existencial que experimenta. Fez referências aos índices da depressão, conduzindo o indivíduo ao suicídio, não raras vezes.
Afinal, questionou Divaldo, qual a razão destas insatisfações, diante de tantos recursos, que cada vez mais eliminam a dor física dos seres, mas são incapazes de equacionar as dores morais, advindas da ansiedade, da solidão?
O ínclito orador asseverou que o homem moderno tem medo de amar, busca o gozo, o prazer do momento, para logo se sentir solitário, repleto de valores do mundo de fora e carente de valores da alma, valores espirituais que plenificam o ser.
O Espiritismo, afirmou, nos auxilia a dar sentido à vida. Nascer e morrer são fatores biológicos, porém a vida prossegue indestrutível, mesmo fora do corpo. Para elucidar a continuidade da vida, Divaldo comentou as experiências vivenciadas pelo neurocirurgião Alexander III, vítima de morte cerebral, e que no oitavo dia, quando iriam desligar os aparelhos que lhe mantinham a vida, despertou com todas as memórias, sem sequelas, relatando seu encontro com o pai, já falecido, e também à varias situações que acompanhou durante sua morte aparente, fora das dependências do hospital, vindo a escrever o livro O Céu Existe, e também O Mapa do Mundo Espiritual.
Em suas narrativas Divaldo, de forma hábil e descontraída, levou a plateia a se perguntar, qual, para mim, o verdadeiro sentido da vida?
E esclareceu, é Amar! Em perfeito acordo com o maior Psicoterapeuta da humanidade, Jesus Cristo, que vem nos indicar os caminhos para o amor. Um ser revolucionário, que fala de ternura, de fraternidade. Que ensina o amor aos inimigos, e nos conduz, pelos seus ensinamentos, à necessidade de vivermos o ser, deixando o apego à matéria, e vivendo intensamente cada momento de nossas vidas.
Ao finalizar a conferência, sugeriu, o lúcido orador, que busquemos realizar nesta vida algo significativo, para deixarmos pegadas luminosas por onde passarmos, servindo de orientação para os que vierem após, sorrindo mais, conversarmos mais pessoalmente. Ao invés de massificarmo-nos com a tecnologia, buscarmos nossos irmãos invisíveis e falarmos de amor. É urgente que as pessoas se abram para a vida, para o amor.
Após o encerramento, incansável, Divaldo ainda respondeu diversas perguntas elaboradas pelos presentes, recolhendo-se em seguida, para no dia seguinte, de amanhã, tomar o caminho para a cidade de Réus.



(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

Registro. Divaldo Franco na Espanha Madrid.

Madri, 03 de dezembro de 2018
Texto: Ênio Medeiros
Revisão: Paulo Salerno

Retornando novamente à Espanha, onde desenvolverá atividades doutrinárias no período de 03 a 08 de dezembro de 2018 em Madri, Barcelona, Réus e em Ciudad Real, onde participará do XXV Congresso Espírita Nacional, programado para os dias 7, 8 e 9, o arauto do Evangelho, Divaldo Pereira Franco, foi recebido pelos amigos espíritas da bela cidade de Madri, e que tendo lotado o auditório, encontravam-se ávidos por conhecimentos e em busca da vasta experiência deste peregrino de Jesus, que uma vez tendo colocado suas mãos no arado do bem, nunca mais olhou para trás, percorrendo os mais diversos caminhos do mundo semeando estrelas de amor e paz.
Divaldo relembrou o período difícil que a Espanha experimentou durante o governo arbitrário do ditador Franco, onde era proibido expor qualquer opinião e professar de público a sua fé, sendo motivo de prisão. Contudo, graças à figura da Dra. Dolores Peres y Peres e a coragem de almas nobres que, esquecidas de si mesmas, não recuaram diante dos riscos, e atendendo ao apelo dos espíritos nobres, naquelas dias de grande censura, o grupo de espíritas à época, e de forma disfarçada, naqueles recuados dias, reuniram-se para ouvir Divaldo. Após a queima dos livros espíritas na praça de Barcelona pelas autoridades religiosas, e que ficou conhecido como o Auto de Fé, o Espiritismo quase que desapareceu da Espanha. Naqueles dias de intolerância, o seareiro de Jesus, Divaldo Franco, ali esteve para incentivar os companheiros de ideal, sob a inspiração dos benfeitores espirituais, a reiniciarem a vivência e a divulgação da amada Doutrina Espírita.
A seguir, o nobre orador, embasando cientificamente a conferência, fez referências a Carl Gustav Jung, retratando o consciente e o subconsciente, bem como apresentou as experiências de Jean-Martin Charcot. Referindo-se, também, à Victor Frankl, este asseverava que a vida, para ser bem vivida, necessita de um ideal, uma meta transpessoal, que sobreviva a transitoriedade da matéria.
Impressiona muito a forma jovial, alegre e contagiante com que Divaldo, com muita propriedade, envolve o auditório, descontraindo com narrativas que provocam o riso terapêutico, ao mesmo tempo que, com maestria, consegue mergulhar e se aprofundar nas intrincadas questões do cosmo, do ser e da dor, proporcionando ampla compreensão ao atento auditório.
Todos estamos com sede de amor, afirmou Divaldo, perdemos a confiança uns nos outros, porque perdemos o contato com Deus, permitindo-nos conduzir contrariados e contrários uns aos outros, armados, propensos a reagir.
Ao discorrer sobre o homem incomparável de Nazaré, Jesus Cristo, destacou que Ele saiu dos altares para conviver e conversar conosco. Eis aí o Espiritismo, afirmou, nos dizendo que Deus é amor, e também a causa primeira de todas as coisas, que o importante não é ser amado, e sim amar, que nossos mortos vivem e que há vida em toda parte.
Finalizando a brilhante e sensibilizadora conferência, Divaldo asseverou que é necessário estabelecer um norte de amor em nossas vidas, incondicional como o amor de mãe, que não se cansa nunca, não repreende e sempre compreende, acrescentando: Não vos permitais estar com a alma magoada, ressentida, perdoemos aos que, por ventura, nos agridem, pois que ninguém há que se arrependerá de ter perdoado. O verdadeiro sentido da vida é amar.
Pairavam no ar vibrações de ternura e paz, as pessoas, todas embevecidas pelo verbo simples, porém profundo do incansável trabalhador de Jesus, dali não se movimentavam, como se o mundo tivesse parado de se mover. Quem, afinal, consegue ficar insensível diante de alguém que, de fato, entrega sua vida a Jesus, ao trabalho de servir e amar? O semeador saiu a semear, e semeando...
 

(Recebido em email de Jorge Moehlecke)