sábado, 10 de março de 2012

O mancebo rico


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     O momento era de profunda significação. Sabia, por estranha intuição, que um dia defrontaria a Realidade, e a encontrava agora (*).
     No ar abafado do entardecer serenavam as ânsias da Natureza.
     Doces perfumes evolavam de miúdas flores derramadas nos flancos do aclive. As águas transparentes cantavam melodias ignotas, deslizando sobre o leito de pedras arredondadas.
     O apelo pairava vibrando em derredor: - “Vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me”.
     Aquela voz penetrava como um punhal afiado e impregnava qual perfume de nardo.
     Havia um magnetismo inconfundível naqueles olhos severos e profundos como duas estrelas engastadas na face pálida do amanhecer.
     Tinha sede de paz.
     Embora repousasse em leito de madeiras preciosas incrustado de ébano e lápis-lazúli, se banqueteasse em repastos opíparos, cuidasse do corpo com massagens de óleos e ungüentos raros, envolvendo-o em tecidos de linho leve, e suas arcas estivessem abarrotadas de gemas e ouro, sabia-se infeliz, sentia-se infeliz. Faltava-lhe algo que não se consegue facilmente.
     Hesitava, no entanto.
     Sua vivenda era luxuosa, seus pertences valiosos e vazio o seu coração.
     Conquanto a juventude cantasse alegrias e festas em convites constantes ao prazer no corpo ágil e vigoroso, acalentava melhores aspirações, se disputava a posse total da paz. Era mais do que um tormento essa necessidade. Não que desejasse a tranqüilidade aparatosa dos fariseus ou o repouso entorpecente dos mercadores opulentos, nem a serenidade enganosa dos cambistas abastecidos ou a senectude vitoriosa dos conquistadores em aposentadoria compulsória. Buscava integração harmoniosa, mas não sabia em quê.
     Confragia-se e angustiava-se,  ignorando as nascentes da melancolia renitente que lhe dissipava sonhos e esperanças sob guante de inenarrável amargura.
     Buscava as competições em Cesaréia, todavia ignorava se essa busca representava uma realização ou fuga.
     Agora, pela primeira vez, sentia-se arrebatado.
     A meiguice e a ordem daquela voz, enunciada por aquele Homem, ecoavam como cascatas em desalinho nos abismos do espírito.
     Interiormente gritava: “Irei contigo, Senhor, mas...”
     Hesitava, sim, e a hora não comportava dubiedades.
     Uma roseira de flores rubras, que abraçava os ramos do arvoredo próximo, sacudida pelo vento, desgarrou-se e as pétalas da cor de sangue caíram-lhe aos pés, junto dEle, no alpendre, como sinais...
     Donde O conhecia? – indagava, a medo , procurando recordar-se, com indizível esforço mental.
     Tudo àquela hora era importante; mais do que isso: vital!
     Ao vê-Lo, de longe, era como se reencontrasse um amigo, um Celeste Amigo.
     Quando os seus descansaram nos olhos d’Ele, sentiu-se desnudado, o coração em descontrole sob violenta pulsação. Emoções inusitadas vibravam no seu ser, como jamais acontecera anteriormente. Desejou arrojar-se ao solo, esmagado por indômita constrição no peito.
     Percebeu que o Estranho sorriu, como se o esperasse, como se o amasse, poderia afirmá-lo...
     O tempo corria célere galopante as horas fugidias.
     Seus lábios se afiguravam selados, e frio impertinente gelava-lhe as mãos.
     Lutava por quebrar aquele torpor que o imobilizava.
     Retalhos de luar tímido prateavam nuvens soltas no firmamento, bordando de luz oliveiras altivas e loendros em flor.
     – Permite-me primeiro – conseguiu articular, vencendo a emoção que o transfigurava – competir em Cesaréia, logo mais, disputando para Israel os triunfos dos jogos...
     – Não posso esperar. O Reino dos Céus começa hoje e agora para o teu espírito. Não há tempo a perder.
     – Aguardei muito essa ocasião e ela se avizinha, com a chegada do período das competições... Exercitei-me, contratei escravos que me adestraram... aos partos comprei, por uma fortuna, duas parelhas de fogosos  cavalos... os jogos estão próximos...
     – Renuncia, e segue-me!
     Quem era Ele, que assim lhe falava? Que poder exercia sobre sua vontade?!  Por qual sortilégio o dominava?!... Gostaria de fugi ou deixar-se arrastar;  estava perturbado; ignorada sofreguidão o aniquilava...
     A horizontalidade das aflições humanas contemplava a verticalidade da sublimação divina; o cotidiano deparava com o infinito; o vale fitava o abismo das alturas e se perdia na imensidão.
     O homem e o Filho do Homem se defrontavam.
     O diálogo parecia impossível, reduzindo-se a um monólogo atormentante para o moço diante daquele Homem.
     Vencendo irresistível temor, continuou o príncipe afortunado:
     –  Não receio dar o que possuo: dinheiro, ouro, gemas, títulos, se possível, pois sei que estes se gastam mui facilmente, mas...
     –  ...Dá-me a ti próprio e eu te oferecerei a ventura sem limite.
     Que alto prêmio! Que pesado tributo! – pensou desanimado.
     Era muito jovem e muitos confiavam nele. Possivelmente Israel lucraria com os seus lauréis e triunfos. Príncipe,  tinha pela frente as avenidas do poder a que se afervorara, poder que no momento se destituía de qualquer valor.
     Os bens, poderia ofertá-los, sim. Porém a fortuna da juventude, os tesouros vibrantes da vaidade atendida e dos caprichos sustentados, as honras de família resguardadas pela tradição, os corifeus agradáveis e bajuladores, oh! seria necessário renunciar-se a isso tudo? – interrogava-se, inquieto.
     – Sim! – Respondeu-lhe, sem palavras, com os olhos fulgurantes.
     Sofria naqueles minutos a soma dos sofrimentos que experimentara a vida toda.
     O ar cantava leves murmúrios enquanto as tulipas do campo teciam um manto sutil, rescendendo aromas.
     O Rabi, em silencio, aguardava. E ele, em perplexidade, lancinava-se.
     O diálogo tornara-se realmente impossível.
     Subitamente, o príncipe de qualidade, num átimo de minuto, lembrou-se que amigos o aguardavam na cidade. Compromissos esperavam-no. Deveria debater os detalhes finais para a corrida na grande festa da semana entrante.
     Acionado por estranho vigor, que dele se apossou repentinamente, fitou o Messias sereno e triste, balbuciando com voz apagada:
     E saiu quase a correr.

***

     Sopravam os ventos frios que chegavam de longe, musicados pelo bulício das estrelas balouçantes.
     A terra estuava sob a gramínea orvalhada.
    O Mestre sentou-se e se encheu de profundo sofrimento.
     Era assim, sempre assim que Ele ficava após a deserção dos convidados ao Banquete da Luz. A expressão de mansuetude e perdão que lhe brilhava nos olhos mergulhava em lágrimas, agasalhada em leves tons de amargura.
     Assim O encontraram os discípulos. Interrogado, respondeu:
     –  “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas”!

***


     Uma semana depois Cesaréia era a capital do ócio, do prazer.
     Situada ao norte da planície de Sarom e a 30 quilômetros ao sul do Monte Carnelo, foi embelezada por Herodes que, no local, mandou erguer grande porto de mar, caracterizado por colossal quebra-mar enriquecendo-a com imponente Templo onde se levantava descomunal estátua do imperador.
     Esse porto valioso sobre o Mediterrâneo era importante escoadouro de Israel e porta de entrada marítima onde atracavam embarcações de toda parte.
     As vilas ajardinadas debruçavam-se sobre as encostas pardacentas da cidade, exibindo estilos arquitetônicos variados.
     Pelo seu clima agradável, tornara-se residência oficial dos procuradores romanos, em Israel.
     Tamareiras onduladas pelo vento adornavam as ruas e odores exóticos misturavam-se no ar varrido pela maresia.
     Os festins de Cesáreia pretendiam rivalizar com os de Roma, atraindo aficionados até mesmo da Metrópole longínqua.
     Ao som alegre de trompas e fanfarras começavam as festas públicas.
     Competições de bigas abrem as corridas ante a aflição de judeus, romanos e gentios que deixaram sobre as mesas dos cambistas pesadas apostas nos seus ases.
     Gladiadores em combates simulados, tocadores de pífanos e flautas, alaúdes e címbalos, enchem os intervalos de som e cor.
     As quadrigas estão na linha de partida. Os fogosos corcéis, adquiridos aos partos, oriundos da Dalmácia, de Tiro, Sidon e da Arábia, empinam, lustrosos, ajaezados. Ao sinal disparam, sob estrondosa ovação.
     Chicotes vibram no ar, mãos firmes nas rédeas, os guias e condutores dão velocidade aos carros frágeis. A celeridade prende a respiração em todos os peitos.
     Numa manobra menos feliz, um carro vira e um corpo tomba na arena, despedaçado pelas patas velozes, em disparada.
     O moço rico sente as entranhas abertas, o suor e o sangue em pastas de lama, a respiração estertorada...
     Enquanto escravos precípites arrastam-no na pista, foge mentalmente à cena brutal que o esmaga, e entre as névoas que lhe sombreiam os olhos parece vê-LO.
     Silenciando os gritos na concha acústica tem a impressão de escutá-lo.
     –  Renuncia a ti mesmo, vem, e segue-ME.
     –  Amigo!...
     Dois braços o envolvem veludosos e transparentes.
     Apesar da face deformada e lavada pelas lágrimas, o suor e o sangue, ele dá a impressão de sorrir.
Pelo Espírito de Amélia Rodrigues – Primícias do Reino

(*) Mat. 19: 16 a 30
     Mar. 10: 17 a 31
     Luc.  18: 18 a 30
     (Nota da Autora espiritual) 

Hipódromo de Cesaréia, Israel. Foto Ismael Gobbo

Trecho de Aqueduto romano em Cesaréia,  Israel. Foto Ismael Gobbo


Uma cura fantástica


Rogério Coelho

Em 1993, quando pela segunda vez Divaldo Franco veio à cidade de Muriaé, localizada na Zona da Mata mineira, ele foi, juntamente com o Dr. Bezerra de Menezes, protagonista de uma cura extraordinária realizada em u`a amiga que se chama Cacilda Rocha Vieira, residente  em uma pequena cidade do norte fluminense chamada Porciúncula, naquela época à rua dep. Luiz Fernando Linhares, 95.  Gravemente enferma,  encontrava-se impossibilitada de estar com o Tribuno Baiano.  Era portadora de um câncer localizado no reto.   As radiografias mostravam-no em estado bastante avançado.  Submeteu-se a setenta sessões de radioterapia (cobalto) e a duas quimioterapias, padecendo terríveis efeitos colaterais (queimaduras na região genital a ponto de não suportar vestir roupas íntimas). Se essas providências resultassem inócuas, os médicos partiriam para a colostomia.  
Por telefone, pediu-me para justificar sua ausência.  Passei o recado ao médium acrescentando um pedido: Fluidificar uma água para minha amiga.  Divaldo disse assim:“Vamos pedir ao Dr. Bezerra de Menezes para fluidificar a água.”
Em momento oportuno, dirigimo-nos para um dos quartos do apartamento onde estávamos, (oitavo andar do Edifício Alice Goulart, situado à Rua Sebastião Abrantes, nº. 40/702 na região central de Muriaé.  Na minha presença, fechadas porta e janela, em intensa penumbra, Divaldo orou e impôs as mãos sobre o recipiente onde estava depositada a água.  Um forte odor de éter invadiu não só o quarto, mas o andar inteiro do prédio, descendo até o térreo e as demais pessoas que estavam ali não puderam deixar se sentir o cheiro intenso.
Minha amiga Cacilda sorveu o líquido em três doses diárias e o efeito positivo não se fez esperar...   As dores foram cessando e o câncer ficou completamente curado!  Aí está a sutil e eficiente ação da mediunidade curadora, sem cortes, sem sangramentos, sem mutilações, sem efeitos colaterais, sem espalhafatos, isto é, exatamente dentro do espírito da célebre ordem promulgada por Jesus há dois mil anos:   “Curai os enfermos; de graça recebestes, de graça dai...”                                                                                                   
                                                                                       
Dr. Bezerra de Menezes (Internet)
Divaldo Pereira Franco. Foto Ismael Gobbo



Médiuns, mitos, imagens e... Divaldo (ou o inverso?)


Wilson Garcia
Recife, PE

No tempo das imagens dominantes, os heróis são midiáticos, ligeiros, temporais. Por isso, quando estamos diante de heróis míticos, não midiáticos, que receberam o convite, enfrentaram as provas e retornaram ao ambiente para praticar a coragem, ficamos confusos.
Eles se misturam, os midiáticos e os heróis, e apesar da predominância dos midiáticos em número e em profusão, difícil é localizar os heróis, e mais desafiador ainda é compreender o herói, na sua dupla realidade de mito e ser humano.
Vamos, pois, fazer uma viagem.
Havia grande expectativa no ar naquela tarde de domingo. Todas as providências para que a quantidade de pessoas não extrapolasse o número de lugares do auditório Bezerra de Menezes foram severamente tomadas. Por onde passava, o orador atraía muita gente e, portanto, justificava as medidas tomadas.
Divaldo chegou na hora marcada, assumiu a tribuna e fez uma alegre palestra, em lugar das famosas oratórias. Melhor dizendo, substituiu os monólogos arrebatadores por um diálogo vivo.
Os temores cessaram – nem público excessivo, apenas dirigentes convidados; nem temas genéricos, mas assuntos pontuais, do dia-a-dia dos centros espíritas. Uma troca, no melhor estilo proposto por Herculano Pires.
Pela primeira vez, vi Divaldo descontraído, em público. Um humor agradável entremeou sua fala de experiências e fatos. Ouviu, expôs, respondeu durante duas horas que pareceram minutos. Era 1972 e o local, a Federação Espírita do Estado de São Paulo, na antiga sede da Rua Maria Paula.
Depois disso, esbarramo-nos, aqui e ali, vezes inúmeras.
Seis anos mais tarde, uma entrevista.
Descemos do carro, de retorno do Aeroporto de Congonhas onde fui com o Miguel buscá-lo, por volta das 10 horas da manhã. Divaldo, atrasado por culpa do voo, pediu alguns minutos mais para se banhar.
A espaçosa sala da residência do Miguel de Jesus em Santo André reunia, além do casal anfitrião, eu, Raymundo Espelho e Wilson Francisco. A amenidade das conversas ajudou a passar o tempo, mas não aplacou a ansiedade pelos compromissos que nos esperavam ainda, naquele dia.
Pouco mais de trinta minutos depois, Divaldo surgiu no ambiente com toda a tranquilidade baiana, caminhou em nossa direção e sem mais rodeios afirmou:
– Cairbar Schutel está me dizendo que apoia ao trabalho de vocês. Ele tem muito interesse no progresso do Correio Fraterno do ABC e da editora. Diz que tudo vai dar certo.
Surpreendeu-me, não a revelação, mas o fato de vir pela boca do Divaldo Franco. Alguns meses antes, tínhamos recebido a mesma informação, também de modo espontâneo, por outro médium e, curiosamente, então, estávamos ao lado do leito de um dos nossos companheiros, ali presente, que convalescia de uma doença. Sentado e conversando, de repente o médium-visitante silencia, seu olhar se dirige a um ponto qualquer do quarto e ele informa:
– Tem um espírito aqui dizendo que o trabalho de vocês vai dar certo e que devem seguir em frente com confiança.
Espíritos e médiuns diferentes, afirmações semelhantes.
Gravadores ligados, iniciamos a entrevista com a franqueza combinada e aceita pelo tribuno.
– Divaldo, reclamam muito que seu texto mediúnico é difícil de entender, você concorda?
– Herculano Pires apontou plágios seus, como responde a isso?
– Dizem que você faz suas oratórias públicas mediunizado, é verdade?
– Qual é a sua opinião sobre Roustaing e o corpo fluídico?
As questões seguiram por esse caminho pontuado de conflitos e temas mais gerais. Divaldo respondeu uma por uma as perguntas, sem nunca se alterar, mesmo quando os assuntos resvalavam para os aspectos morais ou pessoais, ou diziam respeito a temas doutrinários controversos.
É difícil entrevistar Divaldo e arrancar dele respostas em linguagem coloquial. Pior ainda é ler entrevistas de Divaldo com perguntas prontas e respostas dadas por escrito. A linguagem aí costuma reproduzir o tom extremamente formal do indivíduo preocupado muito mais em ser cuidadoso que objetivo e espontâneo. Jornalista não gosta disso, não.
Nas duas ocasiões citadas, Divaldo esteve menos preso, por isso, mais leve.
Em 1986, Divaldo é o orador da cerimônia de abertura do IX Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas. Combinamos com ele, dois anos antes, a data e o tema. E mantivemos contato permanente, até o evento.
O auditório do Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, está  repleto. Divaldo chega acompanhado de Miguel de Jesus e se junta a mim e ao Francisco Thiesen, então presidente da FEB, para um café.
Noto um Divaldo preocupado, que não demora a revelar sua estranheza com o tema da palestra. Diz ter preparado outro assunto.
– O tema foi objeto de nossas correspondências – digo-lhe, na tentativa de fazê-lo recordar-se. – Fique, no entanto, à vontade – tranquilizo-o.
Ao assumir a tribuna, Divaldo utiliza apenas os primeiros quinze minutos para tratar do tema anunciado: a figura admirável de Cairbar Schutel. A memória não o levou mais longe. Em seguida, passa, em seu estilo eloquente, ao assunto para o qual se havia preparado.
Tempos depois, revejo-o em São José do Rio Preto, no Entrade, Encontro de Trabalhadores e Dirigentes Espíritas promovido pelo Grupo Espírita Bezerra de Menezes, uma instituição sem vínculos federativos.
Divaldo se encanta com um jovem palestrante que o antecede e confidencia-me:
– Como ele é tranquilo ao falar em público. Acho admirável isso, eu não consigo ser assim.
Surpresas?
Todo ser humano tem duas faces visíveis: a da realidade, um pouco mais restrita, e a da imagem, mais desafiadora. A primeira, acessível a poucos, a segunda, escondendo mais do que mostrando, ao contrário do que muitos imaginam.
É impossível evitar a construção do mito naqueles que alcançam projeção social por seus feitos e tão impossível quanto compreender o cotidiano do homem mitificado através apenas de sua imagem.
Os mitos midiáticos são diferentes; nascem sem raízes.
Aécio, amigo de juventude e quase materialista, interpelou-me, certa vez, em tom crítico, sobre a rotulação excessiva do médium Chico Xavier. Referia-se ao mito em construção, mas estava incomodado com a imagem.
Os espinhos da realidade, por entre os quais todos, muito ou pouco, caminham, parecem ferir menos quando dialogamos com o mito ou com a imagem, pois mito e imagem, por sua natureza, distanciam-nos momentaneamente da realidade para nos acomodar no terreno do sonho, das expectativas e das possibilidades.
O homem se faz médium; os homens constroem o mito. A vida os acolhe.

Divaldo Pereira Franco em Bauru, SP, na década de 1980, no Ginásio de Esportes do SESC.
Foto recebida de Leopoldo Zanardi

Divaldo falando na XI Comesp- Confraternização de Mocidades Espíritas  
do Paraná, em Ponta Grossa,  no ano de 1969. Foto: Feparana


Registro. Divaldo Pereira Franco profere conferência na ONU Nova Iorque, EUA


Divaldo Franco apresentou-se ontem para um público de mais de 400 pessoas na ONU. Sua palestra deixou um rastro de luz por toda Manhattan, e mais além. Na ocasiao Divaldo Franco recebeu uma homenagem dos dirigentes do Tri-State Spiritist Federation. Recebeu um diploma com o registro da ONU e também um troféu com o símbolo das Nações Unidas.

(Informações e fotos recebidas em email de Jussara Korngold)

Divaldo em sua fala e público
Jussara Korngold e o filho Gabriel  ladeando Divaldo  Franco,
Na ONU.  Rosely Saad, uma das organizadoras do evento, junto com Norma Guimarães entregam Diploma a Divaldo P. Franco