terça-feira, 8 de novembro de 2011

Divaldo Franco e a Criança


PUBLICAÇÃO DO ANUÁRIO ESPIRITA, 1970,

IDE, ARARAS, SP PAGINAS 57 A 64

MATÉRIA ASSINADA POR NILSON S. PEREIRA

Artigos Específicos - Henrique Barreto

Divaldo o Arauto do Espiritismo

Divaldo o Arauto do Espiritismo

Viajando pelo mundo afora, como embaixador itinerante e divulgador da doutrina Espírita, Divaldo tornou-se o Paulo de Tarso do espiritismo. Suas palestras, seminários e principalmente sua obra psicografada, através dos Espíritos Joana de Angelis, Bezerra de Menezes e outros, representa um imensurável cabedal de conhecimento e orientação para os intermediários do plano Espiritual (médiuns, dialogadores, entrevistadores), como também, para os especialistas das mais diversas áreas, principalmente para pesquisadores, psicólogos, sociólogos, médicos, terapeutas e, educadores.

Além disso, nosso irmão é um modelo de humildade para todos nós, exemplificando o espiritismo através de suas obras de caridade, fruto de seu trabalho, hoje, exclusivo para o espiritismo. Assim, seu manancial intelectual e a Mansão do Caminho, é uma referência de como “dar de graça o que de graça recebemos” e, de praticar a caridade, objetivo fundamental do espiritismo e, ferramenta evolutiva para nosso progresso intelectual e moral.

Campinas, 24 de Outubro de 2011.

Henri Barreto

Foto do jovem conferencista Divaldo Pereira Franco em data não identificada

Colaboração de Leopoldo Zanardi e Rafael A. Franqueira (Bauru, SP)

A pergunta de Divaldo

Wellington Balbo (Bauru, SP)

Desde que conhecera o Espiritismo, há dez anos, Ademar se entregara de corpo e alma ao trabalho na instituição espírita de seu bairro. Tornara-se um trabalhador incansável servindo nas mais variadas frentes: auxiliava na limpeza, distribuía mensagens, colaborava no almoço fraterno de domingo. Todas essas atividades eram desempenhadas na mais pura e comovente alegria. Ademar tinha invariavelmente um sorriso, uma palavra de bom ânimo, um abraço amigo para confortar quem dele se aproximava.

Seu esforço era contagiante. Quando a enfermidade visitava algum amigo ou amiga, lá estava Ademar orando, visitando, auxiliando o necessitado (a).

Porém, certa vez a enfermidade bateu na porta de sua família. A querida esposa, companheira de tantos anos, foi acometida de grave doença. Em prazo de alguns meses seu desencarne estaria consumado.

Ademar, o incansável trabalhador, o amigo de todos os momentos, o seareiro da Boa Nova, se negava a acreditar que tamanha “tragédia” batia à porta de sua família. Revoltado com a Divina Providência que, segundo ele, esquecera-se de olhar para sua esposa, abria os braços e bradava aos céus, como se cobrasse de Deus:

Por que comigo? Por que isto foi acontecer justamente comigo?

O notável tribuno baiano Divaldo Pereira Franco, em uma de suas palestras propôs o seguinte questionamento para que não nos revoltemos quando as adversidades da existência nos visitarem. “Por que não comigo?”

Excelente! Em vez de perguntarmos, prepotentes: “Por que comigo?” Importante perguntarmos, humildemente: “Por que não comigo?”.

Esta pergunta proposta por Divaldo nos faz acordar à realidade. Sim, por que não conosco? Por que as enfermidades não irão visitar nossa família? Por acaso somos melhores do que os outros?

O bom senso assevera que não, ou seja, estamos sujeitos às dificuldades inerentes a este planeta de provas e expiações. A grande questão está em: como iremos passar pela provação que nos visita?

Com serenidade, não obstante as agulhadas da dor?

Ou:

Revoltados, julgando Deus um pai insano que castiga seus filhos?

O problema de Ademar foi ser prepotente a julgar que as atividades desenvolvidas no Centro Espírita iriam o alçar a um patamar inalcançável, onde as provações não lhe visitariam. Por isso revoltou-se. Em realidade, Ademar interiormente fazia troca com Deus. Colaboro no Centro Espírita, porém, nada quero de dificuldades.

Contudo, a história de vida de valorosos espíritas, que deram vasta contribuição ao movimento, mostram que foram eles acometidos de inúmeras dificuldades no curso de suas vidas. Porém, nada de revoltas. Alegria e agradecimento notabilizam o servidor desinteressado.

A propósito, o inesquecível Jerônimo Mendonça é exemplo marcante de humildade. Paralítico, num leito há mais de trinta anos, cego há vinte anos, Jerônimo Mendonça percorria o Brasil com palestras de divulgação da Doutrina Espírita. Mais: adorava cantar e escrever, por isso gravou discos, escreveu livros e fundou Centro Espírita. Espíritos como Jerônimo Mendonça não se revoltam, porque humildemente sabem que estão sujeitos as complicações da vida na Terra, por isso, em vez de perguntarem: “Por que comigo?”, seguem o que diz Divaldo e afirmam: “Por que não comigo?”.

Divaldo Pereira Franco profere palestra de inauguração do Cenáculo na sede da FEB. Brasília, DF

PUBLICAÇÃO DO REFORMADOR, DEZEMBRO 1970,

FEB- FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA


No centro da foto Divaldo Pereira Franco

Colaboração de:
Leopoldo Zanardi e Rafael A.Franqueira (Bauru, SP)

Reformador

Divaldo Pereira Franco profere palestra de inauguração do Cenáculo na sede da FEB. Brasília, DF

Chico e Divaldo em Uberaba (MG)

A FEB visita o ICE e a FEERJ- SC