segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Registro. Divaldo Pereira Franco no Rio Grande do Sul Frederico Westphalen

27 de agosto de 2017
O Peregrino de Jesus, Divaldo Pereira Franco, tomando em suas mãos a tarefa de divulgar o Espiritismo, congregar corações e semear o amor, esteve pela primeira vez em Frederico Westphalen, proferindo uma conferência. O evento, organizado pelos Centros Espíritas Mensageiros da Luz e Caminhos da Luz, foi realizado no Ginásio do Itapagé. Durante a sessão de autógrafos, o Semeador de Estrelas concedeu rápidas entrevistas as Rádios Cruz Alta e Pop Rock FM; Rádio da Hora da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen; Rádio Landell FM, de Palmeira das Missões; e para o jornal O Alto Uruguai, de Frederico Westphalen.
Um público de aproximadamente 3.500 pessoas foi recepcionado por belas interpretações musicais, harmonizando o ambiente. Assim, o Dr. Juan Danilo Rodríguez, de Quito, Equador, dileto amigo de Divaldo, e que acompanha a jornada iluminativa em terras gaúchas, que é médico, terapeuta holístico, psicólogo transpessoal, residente na cidade de Quito, no Equador, fundador e atual presidente do Centro Espírita Francisco de Assis, na capital equatoriana. Dr. Juan Danilo fundou, também, uma instituição para tratamento da síndrome autista, tornando, para esses, uma vida de mais equilíbrio e contato social, dignificando a criatura humana. É autor do livro Alliyana, com uma abordagem sobre o tratamento do autismo. Rapidamente o Dr. Juan apresentou o abraço dos espíritas de sua cidade, em especial do Centro Espírita Francisco de Assis, destacando o infinito amor de Jesus, tendo legado um tratado de convivência ética e moral para a humanidade.
Divaldo, assomando a tribuna, destacou que é natural que a existência terrena apresente eventos inesperados, intempestivamente, ocasionando mudanças dos projetos de vida, conduzindo a criatura para situações jamais imaginadas.
Iluminando corações, narrou comovente e real história publicada em 1939 intitulada “Estes Dias Tumultuosos” do escritor, jornalista holandês-canadense Pierre van Paassen (1895 – 1968), Pastor Luterano, consciente que o seu próximo deve ser compreendido e amado. A história se refere a um jovem francês de nome Ugolin. Pierre van Paassen perdeu todos os membros de sua família na II Guerra Mundial.
Ugolin foi um jovem portador de deformações físicas provocadas pela violência paterna e que viva pelas ruas parisienses do pós-guerra. Abandonado e excluído da sociedade, ele vivia da generosidade alheia e de pequenos favores. Órfão, possuía somente como família a irmã. Ela vivia da prostituição.
Pierre van Paassen e Ugolin tornaram-se amigos. O afeto mútuo os unia, plenificando-se em carinho e amor. No desenrolar dos dias o convívio entre ambos se estreitou. Como se aproximava o natal, Ugolin solicitou de presente um par de sapatos.
O escritor aguardava a noite de Natal para entregar a Ugolin o par de sapatos tão desejado. Na noite, véspera do Natal, Ugolin não apareceu. Um grupo de jovens alcoolizados amarraram o jovem excluído a um poste após despi-lo, surrando-o barbaramente.
Diante da balbúrdia, o Abade de La Roudaire, sacerdote da igreja local, interferiu, fazendo com que os delinquentes fugissem. Retirando do posto o jovem exangue, o abade levou-o até a casa paroquial para ali passar a noite. Pela manhã, o religioso não o encontrou no leito onde o tinha deixado.
Mais tarde o abade soube que Ugolin havia cometido suicídio. Sua irmã, ao tomar conhecimento dos fatos, não suportando a dor e desalentada, igualmente cometeu o suicídio.
Apesar de a Igreja Luterana proibir atos litúrgicos aos suicidas, o funeral de ambos foi oficiado pelo abade, que após orar junto aos corpos dos irmãos, cujas vidas foram de aflições, sofrimento e abandono, dirigiu-se aos fiéis que lotavam a igreja afirmando que aqueles jovens infelizes não seriam considerados por Deus como suicidas, mas na condição de assassinados pela maldade e crueldades humanas. No sermão, o abade, se dirigindo ao público, formulou um questionamento hipotético de Deus: Abade de La Roudaire que fizestes das ovelhas que te confiei? Feito essa pergunta três vezes, o abade responde: Não foram ovelhas que tu me mandaste, eram lobos sob peles de ovelha. Essa instigante, comovente e real história encontra-se estampada, em detalhes, no livro Divaldo Franco e o Jovem, da Editora LEAL.
A narrativa despertou a emotividade. Tanto o autor da história, Pierre van Paassen, quanto o abade de La Roudaire, não conseguiram consolar e auxiliar mais efetivamente a Ugolin e a irmã, pois que não aceitavam a doutrina da pluralidade das existências e por essa razão não conseguiram explicar as razões do grande sofrimento de ambos ante a vida. Teria Deus os esquecidos ou tratava-se de castigo da Divindade? Era a questão insistentemente formulada por Ugolin e que o religioso e o escritor não conseguiam responder adequadamente.
O princípio da reencarnação – associado ainda à existência de Deus, a possibilidade de comunicação entre ambos os planos da vida, a existência da alma e o seu progresso gradativo e a pluralidade dos mundos habitados -  formam a base da Doutrina Espírita.
A Doutrina Espírita faculta o desenvolvimento de objetivos transcendentais, além de ser O Consolador prometido por Jesus que vem explicar que os sofrimentos têm uma razão de ser. Não se trata de castigo, mas sim, oportunidades que a Divindade oferece – a lei de Ação e Reação – ou por necessidade de evolução, criando oportunidades para o desenvolvimento de qualidades. As reencarnações, juntamente com a imortalidade da alma, formam o magnífico mecanismo para o reajuste com as Leis Soberanas. Compete ao ser humano, de posse desse conhecimento libertador, tornar-se instrumento com o qual irá construir a evolução moral e espiritual.
Não há, portanto, razão para que a criatura humana se deixe envolver pelo pessimismo dos dias atuais e que rondam a sociedade, nos estertores desse Mundo de Provas e Expiações. Relacionando com a palpitante história, Divaldo Franco foi alinhando formulações à luz de O Evangelho de Jesus, consolando e esclarecendo àqueles miseráveis que perambulam pelas cidades. Saibamos, disse Divaldo, descobrir os invisíveis da sociedade, acolhendo-os, sendo-lhes solidários, fraternos e caridosos.
Amai-vos uns aos outros! Vale a pena amar, repartir a esperança, acreditar no outro. Cada indivíduo deveria se sentir tocado pelas mãos de Deus, que chega em forma bênçãos generosas, tendo a honra de fazer o bem. As mágoas devem ser deixadas de lado, abrindo possibilidades para agradecer pela vida e como ela se apresenta.
Apesar dos dias tumultuosos da atualidade, onde as aflições, ódios, intolerâncias, sofrimentos e violências, dias em que as pessoas – ao invés de se amarem umas às outras como preconizado por Jesus – elegem se armarem umas contra as outras – no âmbito material e emocional -  urge aceitar e viver a proposta de Jesus, amando mais, tornando-se mais gentis, tolerantes, pacíficos e  mansos, em acordo com os ensinamentos registrados no Sermão da Montanha,  permitindo a formação de uma humanidade mais justa e feliz. Declamando o Poema da Gratidão, Divaldo Franco, ensejou a oportunidade para muitas reflexões, convictos na reencarnação, na imortalidade da alma e do ajuste às Leis Soberanas. Os generosos aplausos foram os agradecimentos dos corações ternos ao ínclito orador baiano.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

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