terça-feira, 20 de novembro de 2018

Divaldo Pereira Franco em Araras, SP

18-11-2018.

Fotos: Edgard Patrocínio
Texto: Djair Ribeiro

“A felicidade depende das qualidades próprias do indivíduo e não da situação material em que ele vive”. Allan Kardec
Foi no Salão Social da APAE da cidade de Araras – SP, que se congregaram cerca de 1500 pessoas para presenciar Divaldo Franco desenvolver o seminário de quase três (três) horas sobre o tema “Reencontro com Jesus - Luz nas Trevas”.
Assumindo a tribuna Divaldo inicia o desenvolvimento do tema utilizando-se do Rei Creso da Lídia – hoje parte da Turquia.

Creso foi um dos mais famosos e ricos monarcas da Antiguidade. Certa vez o Rei Creso foi visitado por Sólon, um dos grandes filósofos grego. Encantado pela visita do nobre sábio, Creso levou-o por um passeio pelo Palácio e uma visita à Sala do Tesouro Real, transbordando de riquezas. Diante daquela imensa fortuna o Rei Creso decidiu por à prova a decantada sabedoria do grego e perguntou-lhe se existia alguém mais ditoso que ele. Sólon, após uma ligeira reflexão, respondeu ao Rei com as histórias de Telo e dos irmãos Cleóbis e Bíton, afirmando terem sido eles os mais afortunados que ele já conhecera. Frustrado por não ter sido apontado como o mais feliz, o vaidoso monarca, desencantou-se e grosseiramente afastou-se do grego.
Percebendo a decepção do Rei, Sólon despediu-se do monarca com uma advertência: Creso, não consideres a nenhum homem como afortunado até o dia da sua morte.
Anos mais tarde, o Rei Creso decidiu atacar a Pérsia, tendo sido derrotado e condenado por Ciro, rei da Pérsia, a morrer junto com toda a família em uma fogueira. Diante das chamas o infortunado Creso gritou: — Oh Sólon! Tinhas razão.
Ciro mandou suspender a execução e questionou Creso sobre a evocação à Sólon. Após ouvir do ex-monarca da Lídia o conselho do sábio grego, Ciro houve por bem perdoar Creso, por entender que igualmente um dia ele poderia enfrentar as vicissitudes da vida.

Divaldo, após a narrativa, nos convida a examinar a questão da felicidade, cuja conquista vinculamos ao poder, riqueza, beleza, juventude e fama. Quando perdemos o “objeto” de nossa falsa felicidade, mergulhamos na depressão e na perda da vontade de viver.
Para melhor ilustrar o pensamento Divaldo Franco recorre à obra do escritor norte-americano Arthur Miller chamada “A Morte do Caixeiro Viajante”.
Nessa obra – uma crítica aos valores materialistas - o autor narra a história de Willy Loman um caixeiro-viajante, pai de família, que busca realizar o caminho percorrido por várias pessoas que, começando do nada, lograram obter riqueza, destaque social, fama, poder.
O sonho (ilusão) do personagem transforma-se em pesadelo, quando sua estratégia falha – após anos de muito sucesso – e ele se vê (na meia idade) fracassado e desempregado. Outro fator a angustiar o protagonista da história é o fato de que seu fracasso não mais lhe permitirá dar aos seus filhos um futuro promissor como ele havia planejado.
Com sentimento de culpa, pelo destino de seus filhos e pela situação econômica em que vive, Willy busca o suicídio como meio de sua “redenção”.
A criatura humana deve aprender a ser feliz de acordo com as circunstâncias, incorporando e vivendo a certeza da transitoriedade do seu corpo físico e da sua eternidade espiritual.

Buscando desenvolver os conceitos formulados na primeira parte do seminário, Divaldo faz referência ao filósofo latino Marco Túlio Cícero (106 aC-43aC), citando-o pela frase: “A história é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”. Dezesseis séculos mais tarde com base nas palavras de Cícero, Francis Bacon (1561-1626) o filósofo inglês observou: “Uma visão superficial da filosofia leva a mente humana ao ateísmo, mas a profundidade da filosofia leva-a para a religiosidade”.
A partir dessas citações, Divaldo realiza um périplo pelos fatos marcantes da humanidade ressaltando a necessidade de conhecermos para reflexionarmos a respeito dos fatos históricos, a fim de melhor podermos compreender a realidade dos dias atuais.
Divaldo inicia a incursão histórica pela fundação de Roma e posteriormente dos seus dois triunviratos focando maiores detalhes em torno do período em que Caio Júlio Cesar militar romano conduziu a transformação da República Romana para o Império Romano um gigante da sociedade patrícia, mas que mesmo assim foi traído por parte do Senado e morto a punhaladas. Júlio Cesar é sucedido pelo segundo triunvirato formado por Marco Antônio, Marco Emílio Lépido e Caio Júlio Cesar Otaviano Augusto, que encerra o triunvirato - após as mortes dos outros dois integrantes - restabelecendo a República Romana e governando com reconhecidos valores morais buscando, dessa forma, reparar os equívocos e excessos perpetrados por Júlio Cesar.

Foi um período de muita paz e progresso para os Romanos. Sabiamente Otaviano Augusto compreendera que um povo só é feliz quando está em paz é necessário que haja paz e que a paz somente é possível quando existe moralidade a começar pelos seus governantes para servir de modelo aos governados.
Foi durante o governo de Otaviano Augusto que nasce em na humilde aldeia de Belém Aquele que seria o Modelo e Guia de toda a humanidade: Jesus.
A digressão histórica segue com Divaldo extasiando-nos a todos com as poéticas narrativas que transportou nossa mente à Palestina dos tempos Evangélicos com suas paisagens, das flores e dos perfumes, a brisa suave e o Mar da Galileia.
Jesus vem nos trazer sua mensagem para deixarmos os pântanos das emoções descontroladas atreladas às sensações impostas pelos instintos.
Veio nos falar do AMOR quando nos estimula ao maior dos mandamentos: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”.

Divaldo recorre ao escritor, filósofo, teólogo e historiador francês Joseph Ernest Renan (1823-1892) que em 1862 foi nomeado professor de hebraico no Collège de France, mas, após a primeira aula seu curso foi cancelado, pela simples razão de ter chamado Jesus de “Um homem incomparável” frase esta que contrariou o pensamento religioso dogmático que considera Jesus como a manifestação de Deus. Ernest Renan publicou a obra “A Vida de Jesus” na qual ressalta ter Jesus dividido a história da Humanidade em dois períodos distintos: antes e depois Dele.
Discorrendo, ainda, sobre algumas análises elaboradas por destacados estudiosos Divaldo aborda o pensamento da psicanalista Dra. Hanna Wolff, que considera Jesus o maior psicoterapeuta que já existiu. Suas análises e considerações estão reportadas em o livro “Jesus Psicoterapeuta”.
O amor é – na estrutura psicológica emocional da criatura humana - uma emoção recente e por essa razão estamos mais habituados às emoções anteriores e que nos acompanham de longa data como o medo, a ira.
O amor nos inspira a buscar um sentido profundo e transcendental para a nossa existência que nos leva ao discernimento e a capacidade de distinguir o bem do mal.
O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não das gratificações que o amado oferece.

O amor deve ser sempre o ponto de partida de todas as aspirações e a etapa final de todos os anseios humanos.
Equivocadamente o sexo é considerado - por um grande contingente de pessoas - como sinônimo de amor.
Todavia, o sentimento do amor é muito mais amplo e abrangente, uma vez que representa a somatória dos sentimentos e anseios que formam a base de nossas ações no bem.
O sexo, desacompanhado do amor, é sensação herança do instinto dominador, enquanto que o amor é a emoção a ser conquistada pelos caminhos da elevação espiritual e moral. Quando o sexo se impõe sem o amor, a sua passagem é rápida, frustrante e insaciável.
“A visão hedonista sobre a existência humana tem levado multidões às alucinações do prazer, numa interpretação totalmente equivocada sobre a realidade do ser”. Ensina-nos Joanna de Ângelis em o livro Triunfo Pessoal (LEAL).
Não há, portanto, razão para nos deixarmos envolver pelo manto de pessimismo que os dias atuais vêm cercando a sociedade. Vigiemos nossos pensamentos e inclinações precatando-nos dos Espíritos desencarnados adversários que direcionam à mente do hospedeiro físico induções hipnóticas carregadas de pessimismo e de desconfiança, de inquietação e de mal-estar, que estabelecerão as matrizes das obsessões.

A obsessão - transmissão mental de cérebro a cérebro – se expressa inicialmente como inspiração discreta para mais tarde fazer-se interferência da mente obsessora na mente encarnada, com vigor que alcança o seu apogeu na deplorável subjugação.
Emoldurando essa injunção Divaldo relembrou um momento de sua juventude, quando, acicatado por problemas morais, viu-se diante do convite de adversários do pretérito que o convidavam a arrojar-se do alto do Elevador Lacerda para o suicídio.
Não devemos valorizar o mal que pulula à nossa volta e nem permitir que nos tirem a paz e a alegria de viver.
Em que pese os dias tumultuosos da atualidade onde as aflições, ódios, intolerâncias, sofrimentos e violências, dias em que as pessoas – ao invés de se amarem umas às outras como preconizado por Jesus – elegem se armarem umas contra as outras – no âmbito material e emocional - urge aceitar e viver a proposta de Jesus, amando mais, tornando-nos, assim, mais gentis, tolerantes, pacíficos e mansos de conformidade com os ensinamentos registrados no Sermão da Montanha, permitindo a formação de uma humanidade mais justa e feliz.

Embalando a todos nas suaves estrofes do Poema da Gratidão, Divaldo encerra a conferência, permitindo-nos sentir a presença do amor incondicional de Jesus a nos envolver.


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Divaldo Pereira Franco em Ribeirão Preto, SP

Fotos: Edgar Patrocínio
Texto: Djair de Souza Ribeiro
A União das Sociedades Espíritas (USE) Intermunicipal de Ribeirão Preto escolheu a Quinta Linda Centro de Eventos para recepcionar um público com cerca de 1.500 pessoas para a Conferência Espírita de Divaldo Franco na noite de 17 de novembro de 2.018.
Divaldo Franco inicia sua conferência recuando à Polônia dos anos de 1930. Um país marcado por muitas invasões e conquistas e cujo povo sofria as injunções do preconceito do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães mais conhecido como Partido Nazista cuja onda de ódio e crueldade espraiava-se desde Berlim tendo como epicentro a figura de Adolfo Hitler “Der Führer” (O Condutor em alemão) que devotava um desprezo total a esse povo trabalhador e valoroso que trouxera ao mundo o oftalmologista e filólogo Ludwik Lejzer Zamenhof (1859-1917) cuja motivação existencial foi o de quebrar uma das grandes barreiras para a comunhão universal – a barreira da comunicação, devido às diversidades dos idiomas – dedicando-se a idealizar e criar um idioma Global: o Esperanto, a língua artificial mais falada e bem sucedida no mundo.
Seguindo com o tema Divaldo aborda a questão da Guerra – a face mais visível do egoísmo e da crueldade humana – emocionando a todos com a narrativa do Rabino Samuel que nos anos de 1930 morava próximo a um jovem alemão. Diariamente o Rabino quando passava próximo à residência do jovem alemão cumprimentava-o gentilmente:
— Guten Morgen, Herr Müller (Em alemão – Bom Dia, Sr. Müller).
O jovem orgulhoso e arrogante – envenenado pela propaganda nazista - mostrava-se indiferente à cordialidade do religioso judeu e jamais retribuíra o cumprimento.
Essa cena repetiu-se centenas de vezes, até o dia 1 de setembro de 1.939 com a invasão da pacífica Polônia, dando início à 2ª Guerra Mundial e a adoção da política de Hitler de extermínio dos Judeus.
Em uma manhã gelada do inverno europeu – véspera do Natal de 1.944 - um fila enorme é organizada em um campo de concentração. À frente da fila um oficial das temidas tropas SS nazista segurando nas mãos um rebenque examinava a cada um dos prisioneiros e determinava seu destino.
Se o rebenque fosse apontado para a esquerda o prisioneiro era arrastado às câmaras de gás e assassinado. Caso o rebenque apontasse para a direita o prisioneiro era levado para as cabanas e permanecia vivo – até a próxima vistoria.
A fila seguia sua cadência trágica - Esquerda: Morte. Direita: Vida - até que parou diante do oficial um senhor alquebrado pelos sofrimentos e em um gesto audacioso ousou dirigir a palavra ao comandante nazista:
— Guten Morgen, Herr Müller.
O soldado, que trazia afivelada ao rosto a máscara da indiferença, estremeceu ao reconhecer a voz de seu antigo vizinho e diante daqueles olhos humildes que o fitavam, apontou o rebenque para a direita. Vida!
Finda a Guerra o rabino Samuel foi convidado a testemunhar as atrocidades e participar do julgamento de vários dos carrascos nazistas que não lograram fugir ou suicidar-se.
Diante de Herr. Müller – agora prisioneiro de Guerra – o rabino voltou a cumprimenta-lo: — Guten Morgen, Herr Müller – e respondendo ao juiz que lhe indagara sobre o réu, o antigo prisioneiro dos campos de extermínio reconheceu que aquele jovem à sua frente havia-o salvado.
Ao sair do tribunal – que o condenara - o ex-soldado nazista deteve-se diante do Rabino e lhe sussurrou:
— Vielen Danke, Herr Rabino (Em alemão – Muito obrigado, Senhor Rabino).
Após essa narrativa emocionante, Divaldo aborda a ausência dos valores morais superiores e éticos associada às doutrinas materialistas, sectárias e que almejam o poder pelo poder desconsiderando os demais que pensam de maneira diferente e desprezando os valores mais básicos da Sociedade. Postura esta que transforma em inimigos – e não em adversários - todos aqueles que lhe fazem oposição ideológica. A desobediência e a desestruturação dos sistemas organizados – tais como a família, por exemplo – integra a ideologia destruidora dos valores mais caros da coletividade.
Essa ideologia que transforma o ser humano em um robô sem sentimento ao encontrar criaturas desprovidas de valores positivos e acicatadas por desordens psicológicas profundas produzem os extremistas como os anarquistas cuja filosofia é a demolição de toda forma de organização social.
Anarquistas como o italiano Luigi Lucheni - integrante de um grupo de anarquistas, politicamente ativos e favoráveis às táticas terroristas dos mais fervorosos e adeptos da Propaganda pelo Ato - que a 10 de setembro de 1898, em Genebra, Suíça, assassinou Sissi a Imperatriz.
Em 28 de junho de 1914, o assassinato do arquiduque Francisco Fernando da Áustria, o herdeiro do trono da Áustria-Hungria, pelo nacionalista iugoslavo Gavrilo Princip - autodeclarado anarquista radical -, em Sarajevo, na Bósnia, foi o gatilho imediato da Primeira Guerra.
Segue a Humanidade sua louca busca pelo poder sempre temporário e eclode a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) que após dizimar mais de 80.000.000 milhões de vidas termina de maneira cruel com as explosões das bombas atômicas em Hiroshima e depois Nagasaki.
Apesar da paz aparente espoca a Guerra da Coréia expressão bélica da Guerra Fria entre EUA e URSS levando a uma corrida armamentista sem precedente em toda a História da Humanidade.
Conforme o pesquisador Kenneth Boudling (1910-1993), em o livro Paz Estável, nos últimos 3.500 anos de registros históricos, o mundo só teve 268 sem conflitos armados. Somente nas guerras do século XX morreram 98.000.000 de seres humanos. O pior dessa estatística é que a maioria das guerras ocorreu por motivos religiosos. Hipocritamente alegando amar a Deus, mas odiando ao seu irmão.
A par da violência irrompe a inversão dos valores éticos e morais e parte da Humanidade mergulha no sexualismo e a degradação da família buscando fugir do mundo cada vez mais materialista, individualista e consumista sem falar na banalização do consumo das drogas a verdadeira Besta do Apocalipse do Evangelho.
As tentativas de desorganização dos valores fundamentais seguem. Freud, Nietzsche e o niilismo, Karl Max e a afirmação de que a religião é o ópio do povo, representam o máximo do pensamento materialista ateísta.
Guerras e revoluções sangrentas dominam o século XX e a libertinagem dos costumes morais – travestidas de liberdade – empurram a sociedade à conquista do nada existencial em prejuízo dos valores transcendentais.
A humanidade empanturrada de tecnologia experimenta, porém, sofrimentos emocionais e morais a se refletir nas imensas multidões de depressivos.
Divaldo faz uma pausa permitindo-nos assimilar suas palavras. Em seguida recorre ao Livro dos Espíritos para encaminhar a conclusão da sua abordagem.
Preocupado com a questão das guerras e revoluções sangrentas, Allan Kardec indaga aos Espíritos Superiores e Tarefeiros do Amor do Cristo junto à Humanidade: Que é o que impele o homem à guerra?
Ao que os Luminares da Erraticidade respondem: Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem — o do mais forte. [1]
Com base nessa questão Divaldo vem fazer o contraponto e realça o comportamento daqueles que pautam sua vida pelos valores morais nobres e deixam-se dominar pela sublimidade dos princípios religiosos existentes em todas as denominações religiosas que buscam elevar a criatura humana.
Para tanto, Divaldo retorna à Polônia de 1942 quando a perseguição aos judeus atinge o seu ápice.
Mais especificamente Divaldo situa o fato na cidade polonesa de Piotrków Trybunalski quando uma senhora judia, antes de ser presa junto com toda a família, busca o auxílio de uma vizinha e amiga católica pedindo a ela que cuidasse do seu filho - Israel Meir Lau, Lúlek como era por ambas conhecido, ainda uma criança de cinco anos - caso ela morresse e ele sobrevivesse. Nesse caso a mãe aflita pedia à amiga cristã que deveria enviar o menino para junto dos familiares que viviam na Palestina, permitindo lhe um futuro junto dos seus e das suas raízes.
Em poucos dias as tropas SS prenderam toda a família encaminhando-os a campos de concentração. Os pais de Lúlek morreram em Treblinka na própria Polônia, enquanto o menino foi enviado para o campo de Buchenwald, na Alemanha, onde permaneceu até ser libertado em 1945.
Lúlek, por ocasião da libertação, contava oito anos de idade sendo recambiado para a cidade natal pelas tropas aliadas.
Chegando à cidade, Lúlek foi mantido sob os cuidados da vizinha e amiga católica.
Após a missa dominical essa senhora buscou amparo e conselho junto ao padre da igreja que frequentava e expôs lhe suas dúvidas:
Prometera à mãe de Lúlek que o encaminharia para a Palestina, caso ele sobrevivesse, porém, encontrava-se diante de um dilema e pedia ao sacerdote católico um conselho. Desejava tornar realidade o sonho de sua amiga judia, mas, ao mesmo tempo, ansiava mantê-lo consigo e batizá-lo.
O pároco deu-lhe uma resposta rápida e segura:
— O seu dever é respeitar a vontade dos pais do menino.
Lúlek foi enviado, então, para a Palestina, que três anos depois tornou-se o Estado de Israel, onde ele se criou e foi educado dentro dos princípios do judaísmo.
Divaldo redireciona, agora, o foco dos acontecimentos e salta para o início do Século XXI, no Vaticano e mais especificamente em uma das Salas de Audiências onde o Papa João Paulo II, nascido Karol Wojtyla, recebe a visita de uma das mais altas autoridades religiosas do Judaísmo: o Grão Rabino Judeu Israel Meir Lau.
A entrevista ocorre em um clima muito cordial e o rabino – respeitando o pedido que havia sido feito pelos assistentes do Papa de ser breve na entrevista, uma vez que o Papa se encontrava com a síndrome de Parkinson - após alguns instantes, relata ao Papa a história de Lúlek e a decisão da senhora católica que, incentivada pelo padre local, enviara o menino para Israel.
O Papa considerou interessante a narrativa dessa história, mas passou a ser tocante e comovedora quando o Grão Rabino perguntou ao Sumo Pontífice:
— O senhor sabe quem era esse padre polonês?
O Papa meneou a cabeça negativamente, indicando que desconhecia o religioso que agira daquela forma.
— Era você – respondeu o Grão Rabino olhando nos olhos de Karol Wojtyla
Tomada de enorme surpresa o Papa reuniu forças e indagou do Grão Rabino:
— E você sabe onde está este menino?
O Grão Rabino quebrando o protocolo aproximou-se do Papa e segurando lhe as mãos respondeu:
— Aquele menino – Lúlek - sou eu. [2]
Grande emoção a todos dominava. O silêncio que se seguiu ao final da narrativa foi quebrado com as exortações finais de Divaldo.
E nós? O que fizemos de Jesus?
Mesmo nesses dias difíceis deixemos brilhar a luz de Jesus a iluminar os nossos dias e todos os nossos momentos e optemos por amarmo-nos a nós próprios.
Saiamos daqui com a certeza de que a vida é aquilo que dela fazemos.
As palmas que se seguiram ao poema da Gratidão traduziam o reconhecimento de todos pela mensagem de consolação e de esperança como luzes a balizar nossos passos nas sombras que buscam envolver a humanidade nos dias atuais.
Um pensamento repercutia no recôndito das almas, luarizadas pelas bênçãos que a todos envolviam:
— Não vos deixarei órgãos. Voltarei para vós.
[1] Questão 742 de O Livro dos Espíritos, FEB Editora.
[2] Relato condensado do conteúdo de o livro Lúlek. A História Do Menino Que Saiu Do Campo De Concentração Para Se Tornar O Grão-Rabino De Israel de autoria do Rabino Israel Meir Lau.

domingo, 18 de novembro de 2018

Divaldo Franco em Araraquara, SP 16-11-2018.

Fotos: Edgar Patrocínio
       Texto: Djair de Souza Ribeiro

A União Intermunicipal das Sociedades Espíritas (USE) de Araraquara escolheu as dependências do Salão Nosso Ninho para receber um público superior a 1.000 pessoas que ali se reuniram para ouvir a Conferência Espírita realizada por Divaldo Franco na noite do dia 16 de novembro de 2.018.
Divaldo inicia sua abordagem utilizando-se da narrativa de um fato envolvendo a violinista norte América Elizabeth Gladicht ainda criança e Madame Ernestine Schumann-Heink (1861-1936) uma das mulheres mais famosas e mais amadas do mundo no início dos anos 1900, tendo sido considerada o maior contralto de sua época e, talvez, de todos os tempos.
Elizabeth decidira-se por abandonar a arte musical após o fracasso na apresentação em um concerto para crianças e por essa razão sentia-se muito triste. Dando-se conta da tristeza da menina diante do fracasso, Madame Ernestine convidou-a para uma volta pelo pomar do imenso jardim do hotel que as hospedava.

Sentadas sob uma árvore veneranda passaram a ouvir o cantar de uma Calhandra (também conhecida por Cotovia e em alguns países confundido com o Rouxinol).
Madame Ernestine contou à jovem Elizabeth a Lenda da Calhandra criada por Deus para encantar aqueles que estivessem cansados e aflitos pelas vicissitudes da existência, buscando a pequena e frágil ave – com seu canto maravilhoso – suavizar o fardo da vida como um alado Cireneu.

Ainda sob os encantos da suave melodia da pequena Calhandra, Madame Ernestine concluiu a lição inesquecível: — Somos, todos nós, Calhandras enviados por Deus para mutuamente nos ampararmos. Vá e faça a tua parte.
Sob qualquer conjuntura aflitiva, quando as coisas se apresentem negativas ou infelizes, não deixemos de fazer aquilo que nos cabe fazer, pois, certamente, Deus fará a parte que a Ele cabe.

Frequentemente, quando nos deparamos com os desafios da vida, que surgem na forma de problemas excruciantes, logo nos deixamos envolver pelos pensamentos pessimistas, inclinando-nos à desistência da luta ou à revolta.
Diante desse quadro Deus enviou-nos a “Calhandra” da Doutrina Espírita que vem nos dizer da imortalidade do Espírito que segue, após a morte do corpo físico, exatamente o mesmo conservando – intacto – nossos sentimentos, emoções, valores morais e os conhecimentos adquiridos.
Viajaremos para o Mundo Espiritual não com as nossas intenções, mas com aquilo que efetivamente realizamos.
Assim sedo, compelidos à tarefa edificante, façamos a nossa parte. Diante de doenças a castigar e depauperar a saúde e a vitalidade de nosso corpo físico façamos a nossa parte.
Mesmo diante dos ataques das incompreensões e das ingratidões sigamos com a nossa luta, à semelhança da Calhandra de Deus.

Ao encerrar a palestra Divaldo Franco presta uma bela, conquanto singela, homenagem ao filho da terra Wallace Leal Valentin Rodrigues (1924-1988) que, qual uma Calhandra, dedicou-se a minorar o infortúnio de tantos quanto lhe cruzaram o caminho e proporcionar um pouco de conforto material e consolo moral.

Divaldo deixa-nos o convite para nos tornarmos Calhandras saindo dos limites estreitos do círculo religioso “teórico” para a ação em benefício de todas as criaturas, único recurso ao nosso alcance para evidenciar a excelência dos princípios Espíritas quando colocados a serviço do próximo.
Nós, que nos dias atuais, nos consideramos os seguidores de Jesus e de Sua mensagem rediviva e luarizada pela Doutrina dos Espíritos, não temos outra escolha, senão aquela de edificar o bem em toda a parte, vivendo conforme os princípios ético-morais do dever, da fraternidade, da tolerância, da compaixão, do perdão e da caridade.

Divaldo Franco em Catanduva, SP 15-11-2018.

Uma vez mais, o Clube de Tênis Catanduva foi o local escolhido pelo Núcleo Educacional Joanna de Ângelis para acomodar cerca de 1.500 pessoas que ali compareceram para participarem da conferência de Divaldo Franco na noite de 15 de novembro de 2018 em comemoração aos 25 anos daquela entidade educacional.
Alicerçando o desenvolvimento de sua abordagem em torno da importância da Educação, Divaldo nos leva a uma viagem no tempo em quase 5.000 anos para Teotihuacan – Cidade dos Deuses – próximo à Capital do México. De maneira poética Divaldo utiliza-se da figura de um antigo Xamã do Povo Tolteca (Os Toltecas viveram há muitos milhares de anos e habitavam as regiões onde hoje se situa o México e em algumas áreas do atual Panamá).
Os Xamãs Toltecas elaboraram um método educacional permitindo ao povo assumir uma nova postura na vida mediante o desenvolvimento de um comportamento onde as pessoas deveriam assumir quatro compromissos em todas as atitudes na vida para consigo, com o próximo e para com a Força Geradora. 1
E Divaldo enumera esses compromissos:
1. SEJA IMPECÁVEL COM A SUA PALAVRA: A impecabilidade da palavra é o de dizer sempre a verdade. Sendo o primeiro compromisso entende-se ser o de maior importância uma vez que a palavra é o mais poderoso instrumento que possuímos, e tanto pode ser usado para nos escravizar ou expressando nosso poder criativo.
2- NUNCA TOME PARA SI AQUILO QUE É DIRIGIDO PARA OS OUTROS - NÃO LEVE, NUNCA, A MÁGOA DENTRO DO SEU CORAÇÃO. : Não levar em consideração os comentários e ofensas a nós dirigidas sem uma criteriosa análise e, principalmente, não levar nada para o campo pessoal, não permitindo, assim, que a mágoa e o ressentimento façam morada em nosso íntimo, que se tornam tóxicos corrosivos a dilapidar nossa saúde.
3- NÃO TIRE CONCLUSÕES SOBRE NADA: O conhecimento não tem ponto final, ele prossegue, razão pela qual devemos estar sempre aberto a revisões e alterações dos nossos conceitos. Temos o hábito de tirar conclusões sobre tudo que nos chega à percepção. A conclusão equivocada passa a ser considerada como “verdade” e, então petrificamos nossa opinião de que aquilo que pensamos é verdadeiro e tiramos conclusões sobre o que os demais fazem.
4- QUANDO VOCÊ FIZER ALGO, FAÇA-O MUITO BEM, DANDO SEMPRE O MELHOR DE SI: Este compromisso deve ser incorporado na mente e no seu comportamento. Dê sempre o melhor de si em tudo o que você faz. Em qualquer circunstância devemos fazer o melhor possível e sem esperar qualquer recompensa, posto que temos o hábito de esperar o reconhecimento pelas nossas ações e quando este não nos chega no prazo que ansiamos, nosso ímpeto e dedicação vai diminuindo de intensidade, portanto, não aguarde recompensa por agir corretamente. Simplesmente faça o seu melhor e assim a sua satisfação interior será a sua maior recompensa.
Efetuado esse introito, Divaldo segue agora um paralelo entre esses compromissos e a jornada de iluminação interior da criatura, a qual demanda um grande percurso, a ser vencido com sacrifício e vontade bem direcionada, somente possível com uma base moral conquistada pela educação formando valores éticos e capaz de enfrentar todos os desafios dessa longa viagem.
Partindo da citação de Pitágoras - Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos – Divaldo faz uma completa, conquanto breve, digressão na evolução da Educação indo desde os santuários esotéricos da antiga Índia – as Gurdwara - passando pelas doutrinárias iniciáticas do Egito antigo. Divaldo segue a excursão pela história da Educação humana passando por Creta, Atenas e as figuras de Sócrates, Platão e Aristóteles. Avançando um pouco mais Divaldo menciona o Imperador Adriano que teve a iniciativa de criar escolas com caráter social e público adotando os métodos pedagógicos dos filósofos gregos, notadamente de Sócrates para quem Educar (do Latim educere) quer dizer eduzir, ou seja, extrair ou conduzir para fora. Educar não é impor. É desenvolver o que já existe no educando.
A educação consiste em desenvolver valores morais e que resultam na mudança de comportamento frente a alguma instrução ou informação adquirida.
Não é a instrução simplesmente uma vez que Instruir consiste em ensinar e transmitir conhecimentos e ou saberes práticos a alguém. A instrução se refere à formação intelectual.
Por fim, Divaldo chega aos luminares dos métodos educacionais que vai de Jean Jacques Rousseau e culmina com Johann Heinrich Pestalozzi que norteia sua metodologia pelo seguinte pensamento: O amor é o eterno fundamento da educação. Chega-se, por fim a Maria Montessori que enfatiza a base da lídima educação: “A primeira ideia que uma criança precisa ter é a da diferença entre o bem e o mal. A principal função do educador é cuidar para que ela não confunda o bem com a passividade e o mal com a atividade”.
 Divaldo passa a destacar o Prof. Hippolyte-Leon Denizard Rivail discípulo educacional de Pestalozzi e a Doutrina Espírita que muito mais do que falar exclusivamente da imortalidade da alma. O Espiritismo não deve abandonar a educação moral e ética – “Não a educação intelectual, mas a educação moral, mas a que consiste na arte de formar o caráter, que dá os hábitos: porque educação é o conjunto dos hábitos adquiridos”.
Respondendo a Kardec, os Espíritos Sublimes da Humanidade ensinaram: “Uma sociedade depravada certamente precisa de leis severas. Infelizmente, essas leis mais se destinam a punir o mal depois de feito, do que a lhe secar a fonte. Só a educação poderá reformar os homens, que, então, não precisarão mais de leis tão rigorosas.” (Questão 796 de O Livro dos Espíritos).
Reforçando – ainda mais – a importância do desenvolvimento moral Divaldo cita o ensinamento dos Espíritos Superiores: “Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas más inclinações”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.17, Sede Perfeitos, Os Bons Espíritas).
Assim, a educação moral se apresenta como sendo a solução para os problemas que vive a Sociedade, e, portanto, devendo ser tratada como prioridade máxima.
Para emoldurar os conceitos em torno da Caridade, fora da qual não há salvação, Divaldo passa a narrar a comovente história de Conceição e Lia por ocasião de um, entre muitos encontros com Chico Xavier. 2
É a narrativa de avó e neta marcadas pela expiação acerba, mas libertadora porque vivida com resignação, e que culmina com o resgate de crimes que ambas praticaram por ocasião do reinado de Filipe II da Espanha de 1.556 até 1.598.
A emoção a todos dominava. A importância da aquisição e vivência dos valores morais conforme preconizado por Jesus e luarizados pela Doutrina Espírita tocou a todos, pois foi possível conscientizar-se com, com muita facilidade, observando o panorama humano, a existência de um desequilíbrio muito grande entre educação formal e educação moral, conforme nos ensinam os Espíritos Tutelares da Humanidade:

“De todas as imperfeições humanas, o egoísmo é a mais difícil de desenraizar-se porque deriva da influência da matéria. O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for predominando sobre a vida matéria”.
“... Contudo, ela só se obterá se o mal for atacado em sua raiz, isto é, pela educação, não por essa educação que tende a fazer homens instruídos, mas pela que tende a fazer homens de bem. A educação, convenientemente entendida, constitui a chave do progresso moral”. Questão 917 de O Livro dos Espíritos (Qual o meio de destruir-se o egoísmo?).

1 Esse método educacional da civilização Tolteca pode ser encontrado em o livro Os Quatro Compromissos do autor americano-mexicano tolteca Miguel Ruiz da Editora Best Seller.
2 Essa narrativa, foi publicada em a revista O Reformador – Ano 123 — Nº 2114-A — Maio 2005. Anexo III, pág. 33 em artigo assinado por Divaldo Pereira Franco. Transcrição do texto desse artigo está sendo disponibilizado no formato PDF como anexo (e-mail).

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Divaldo Pereira Franco em São José do Rio Preto, SP

14-11-2018.

Fotos: Edgar Patrocínio
Texto: Djair de Souza Ribeiro
Sob a organização da União das Entidades Espiritas (USE) Intermunicipal de São José do Rio Preto cerca de 2.200 pessoas reuniram-se no Ginásio Poliesportivo do Hospital Bezerra de Menezes, da cidade de São José do Rio Preto – SP para ouvir o tribuno Divaldo Pereira Franco iluminar o público presente através da Conferência Espírita realizada na noite de 14 de novembro de 2.018.
Divaldo inicia a conferência recuando à primavera de 1792 levando-nos a todos ao edifício de La Salpêtriere, construído originalmente para ser uma fábrica de pólvora, servia agora de prisão – na realidade era mais um depósito de tudo quanto “incomodava” a sociedade - para prostitutas e manter afastados da coletividade social os doentes mentais, os criminosos insanos e epilépticos.
Naquela manhã adentrava-se a La Salpêtriere o médico Philippe Pinel (1745-1826) notabilizado por ser o precursor do revolucionário pensamento de que os portadores transtornos mentais eram doentes e, nessa condição, deveriam receber o mesmo tratamento respeitoso dispensado aos doentes “normais”em geral, abandonando a violência e agressividade como usualmente se empregava. Tomado de inusitada coragem e determinação, libertou daquela masmorra medieval um total de cinquenta e três doentes mentais.
Anos mais tarde surge na mesma La Salpêtriere aquele que se transformaria no mais renomado cientista dos problemas cerebrais Jean-Martin Charcot (1825 - 1893), médico, psiquiatra, neurologista e fundador da moderna neurologia, tendo concluído em suas investigações, ser a hipnose um procedimento apropriado no tratamento de perturbações psíquicas, em especial a histeria.
Entre os inúmeros alunos destacaram-se: Sigmund Freud, Joseph Babinski, Alfred Binet e Pierre Janet.
Todavia, por esta época esses renomados cientistas consideravam a Mediunidade como sendo um distúrbio mental.
Pierre-Marie-Félix Janet (1859-1947) psicólogo, psiquiatra e neurologista francês com importantes contribuições para o estudo moderno das desordens mentais e emocionais envolvendo ansiedade, fobias e outros comportamentos anormais foi o mais destacado entre todos que dirigiram seus ataques contra a Doutrina Espírita, buscando atingir a mediunidade e, por conseguinte, invalidar todo o alicerce dos princípios da doutrina libertadora, uma vez que todo o conteúdo doutrinário nos chegou através da mediunidade.
Em 1.889, Pierre Janet, publicou o livro L'automatisme psychologique: Essai de psychologie expérimentale sur les formes inférieures de l'activité humaine. (O Automatismo Psicológico - Ensaio de Psicologia Experimental sobre as Formas Inferiores da Atividade Humana)
O livro, em sua segunda parte, consagra inteiramente o Capítulo 3 para apresentar os resultados dos estudos dos diversos fenômenos espíritas (mediúnicos) chegando mesmo a elaborar capítulos sobre o Espiritismo (Resumo Histórico do Espiritismo e Hipóteses Relativas ao Espiritismo).
São, porém, nos capítulos finais que Pierre Janet busca ferir de morte a mediunidade afirmando que o fenômeno mediúnico é uma desagregação psicológica e que se explica como sendo uma dualidade cerebral (aquilo que sou versus aquilo que sonho ser).
A conclusão do eminente cientista é um golpe terrível para os médiuns e para a mediunidade: “Os fenômenos ditos mediúnicos eram, na verdade, manifestações patológicas, doentias e se equiparavam aos distúrbios psiquiátricos como a esquizofrenia, a histeria e a epilepsia”.
Com a chancela da ciência, os médiuns passaram a ser tidos como possuidores de alienação mental.
Um rótulo amargo e terrível estava sendo colocado nos médiuns: A mediunidade é sinônimo de loucura.
O mais agravante é que Pierre Janet jamais houvera pesquisado e efetuado experiências com médiuns ou mesmo assistido a uma seção mediúnica. Seus estudos e conclusões basearam-se em trabalhos divulgados por outros pesquisadores.
Em 1934 o Dr. von Meduna constatou que os cérebros dos portadores de Esquizofrenia eram diferentes dos daqueles portadores de Epilepsia. Dessa forma, se pudessem ser provocadas convulsões, essas deveriam por um ponto final nos sintomas principais da esquizofrenia.
Em 1937 o neurologista italiano Ugo Cerletti (1877-1963) apresenta a terapia dos choques elétricos controlados objetivando produzir o mesmo mecanismo das convulsões para atenuar os sintomas da esquizofrenia.
Com o avanço da química medicamentosa surgem na década de 60 do Séc. XX as primeiras drogas (barbitúricos) no tratamento de um amplo leque de transtornos mentais.
Após essa verdadeira história da evolução dos tratamentos psiquiátricos, Divaldo passa a abordar a Mediunidade e as inverídicas acusações que ela recebe de pessoas pobremente informadas ou ainda daquelas refratárias às verdades libertadoras.
Para melhor emoldurar o tema Divaldo Franco relata um fato ocorrido em 1982 por ocasião de uma das muitas visitas que Divaldo fez a Francisco Cândido Xavier, em Uberaba – MG.
Nesta oportunidade, Chico Xavier informou Divaldo de que sua mãezinha, a Sra. Anna Alves Franco – encontrava-se presente.
Os dois médiuns seguiram para um recinto, no qual ambos concentraram-se para o transe mediúnico. Divaldo psicografou mensagem do Dr. Bezerra de Menezes destinada ao médium mineiro enquanto Chico Xavier psicografou, em 42 páginas, mensagem da Sra. Anna Alves Franco dirigida a Divaldo. 1
A missiva carinhosa trazia detalhes envolvendo a todos os 13 filhos. Em determinado ponto da carta a missivista observou que ao desencarnar fora ela recebida por uma grande amiga a Sra. Maria Domingas Bispo, desencarnada em 1932.
Retornando para Salvador Divaldo mostrou a carta da mãe querida a todos os irmãos os quais não reconheceram a existência dessa amiga mencionada por Dona Anna.
Baseado nessa afirmativa – unânime dos irmãos – Divaldo passou a pesquisar, sem lograr êxito, contudo.
Após orar à mãezinha amada surgiu-lhe uma inspiração e finalmente logrou encontrar o registro do óbito, exatamente como a mensagem psicografada por Chico Xavier narrara.
O registro fora encontrado em um cemitério de uma localidade chamada São José das Pororocas. Pois D. Maria Domingas Bispo, na condição de protestante, fora sepultada num local apropriado para os evangélicos, posto que os mesmos não tinham permissão para serem sepultados nos cemitérios católicos.
Abençoada mediunidade e abençoado Espiritismo – o Consolador prometido por Jesus – por trazer à luz do conhecimento humano a verdade libertadora da qual Jesus nos ensinou.

1 A versão completa e detalhada dessa narrativa, pode ser encontrada no capítulo 24 (Chico Não Se Engana), de o livro O Paulo de Tarso dos Nossos Dias, de autoria de Ana Maria Spränger, editado pela LEAL.


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Divaldo Pereira Franco em Fernandópolis, SP

Fotos: Edgar Patrocínio
            Texto: Djair de Souza Ribeiro
O salão social do Villa Vips da cidade de Fernandópolis SP acolheu, na noite do dia 13 de novembro de 2018, um público superior a 3800 pessoas que ali se congregaram para a Conferência Espírita protagonizada por Divaldo Franco, em um evento organizado pela União das Sociedades Espíritas (USE) Intermunicipal de Fernandópolis.
 Divaldo inicia a conferência referindo-se a um episódio ocorrido no Texas – EUA no qual uma mãe aniquilou a vida dos quatros filhinhos para em seguida acionar a Policia e informar o marido.
Durante o processo jurídico investigativo ficou comprovada que a infeliz senhora era portadora de Depressão, manifestando-se como Transtorno Afetivo Bipolar por alternar momentos de profunda tristeza seguido de episódios de intensa euforia.
A partir dessa narrativa, Divaldo realiza uma análise da Depressão revelando sua presença já em tempos recuados, buscando casos desde o Rei Saul (1065 a.C.), e até mesmo na Mitologia grega com a personagem Belorofonte (dono do cavalo Pégaso). Divaldo cita ainda Hipócrates (Séc.IV a.C.) e as preliminares pesquisas em torno da Melancolia denominação antiga do que seria posteriormente a Depressão. Por essa ocasião acreditava-se que o ser humano pensava pelo fígado e amava com o coração e por essa razão o Pai da Medicina estabeleceu a Teoria Humoral (os quatro Humores – sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra) e que a Melancolia era causada pelo desequilíbrio entre esses Humores. Essa teoria prevaleceu até o Séc. XVII (d.C.) quando a Ciência atribuiu ao cérebro a responsabilidade pelos pensamentos. Foi nessa época que teve início o uso da palavra Depressão (do latim Deprimere: apertar, empurrar para baixo).
Foi somente a partir do Século XX que a Psiquiatria passou a melhor entender a Depressão e classificando-a como Unipolar (tristeza, desinteresse pela vida) e Bipolar (alternando a tristeza com a euforia).
A partir dos anos 1940 com a descoberta dos Neurônios e das sinapses neuronais é que a Ciência passou a melhor entender os mecanismos dos Transtornos Mentais Os seguidos progressos da medicina psiquiátrica lograram identificar os Neurotransmissores, substâncias químicas produzidas pelas células nervosas (Neurônios), com a função de enviar informações para outras células estimulando e impulsionando nossas reações. Essas substâncias – cerca de 60 (adrenalina, noradrenalina, dopamina, endorfina etc.) – têm funções muito específicas. Algumas excitam, enquanto que outras são inibidoras.
Com esta descoberta foi estabelecida que a causa do Transtorno Depressivo - Unipolar e Bipolar – residia no distúrbio na produção dos neurotransmissores, perturbando as comunicações entre os Neurônios. Surgem, então, os remédios que buscam compensar esses desequilíbrios.
Paralelamente a Psicologia vai também ampliando sua forma de entender e, consequentemente, assistir os pacientes. A primeira foi a Psicanálise, depois surgiu a Psicologia Comportamental (Behaviorista), mais tarde a Psicologia Humanista.
A inexistência do Espírito, antes apoiada por grande parte dos cientistas começa a desmoronar e a comprovação de que existe, sim, algo além do corpo físico surgem por todo o globo.
Marco dessa nova situação desponta em 1.975 com o surgimento da Psicologia Transpessoal que enxerga o homem Bio-espiritual: corpo e alma, fato comprovado pelo psiquiatra Stanislav Grof com suas pesquisas sobre os estados alterados de consciência e a comprovação da existência de dois tipos de memórias: A memória cerebral e a extra cerebral, brilhantemente documentada e comentada em seu livro Além do Cérebro.
Após essa verdadeira história da evolução dos tratamentos psiquiátricos, notadamente da Depressão, Divaldo passa a abordar as doenças mentais sob o aspecto da Doutrina Espírita.
Enquanto a Ciência materialista se detém examinando as consequências ao afirmar que os Transtornos Mentais têm origem – no campo físico – pela carência ou excesso na produção dos Neurotransmissores por admitir – por enquanto – o ser humano como sendo exclusivamente o corpo físico, atribui esses desequilíbrios na produção dos Neurotransmissores a fatores genéticos.
O Espiritismo que avança e vai muito além estabelece a causa raiz, pois considera a criatura humana como sendo um ser formado de Espírito (a energia pensante), Perispírito (corpo espiritual) e Corpo Físico. É, assim, o Espírito o gerador dos fatores básicos para os desarranjos estruturais do organismo biológico. O Espírito ao reencarnar atrai (impulsionado automaticamente pela Lei de Ação e Reação) as células sexuais - masculina e feminina - que melhor atenderão às suas necessidades evolutivas redentoras.
De maneira lógica e atestando a absoluta justiça de Deus, a gênese dos distúrbios psiquiátricos, assim como de outras moléstias que acompanham a criatura humana, reside no Espírito imortal que violando as leis de Deus, incorrem na necessidade de ressarci-las ao mesmo tempo em que desenvolvem o aprendizado de respeitá-las.
A cada um segundo suas obras, nos alerta Jesus.
Divaldo Franco cita o filósofo e crítico cultural alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 — 1900) que afirmara: Toda vez quando surge uma ideia nova ela passa por três períodos distintos:
1. Período em que é combatida tenazmente - NEGAÇÃO
2. Período em que passa a ser ridicularizada - ZOMBARIA
3. Período onde finalmente é aceita.
Com a Doutrina Espírita não foi diferente. Tão logo ela foi ganhando notoriedade pela seriedade de seus postulados, surgiram adversários gratuitos para combatê-la.
Teve início, então, a fase dos combates e perseguições não somente por parte das religiões dogmáticas cujos ataques eram previsíveis. As reações mais contundentes, porém, partiram dos meios científicos europeus como o do psicólogo, psiquiatra e neurologista francês Pierre-Marie-Félix Janet(1859 — 1947) que em 1.889 afirmou que as manifestações e fenômenos espíritas mediúnicas eram na realidade uma desagregação psicológica e que se explicava como sendo uma dualidade cerebral (aquilo que sou versus aquilo que sonho ser) e, portanto manifestações patológicas, doentias e se equiparavam aos distúrbios psiquiátricos como a esquizofrenia, a histeria e a epilepsia.
Após essa digressão esclarecedora Divaldo passa a abordar as doenças mentais por um prisma que encontra – infelizmente – muita relutância por parte da Psiquiatria: A obsessão.
A obsessão não é loucura. Todavia pode provocá-la se sua manifestação for muito prolongada. A Psiquiatria, porém, despreza essa possibilidade como causa na medida em que é refratária à ideia da existência do Espírito.
Ambas as causas geradoras – a de ordem física quanto a obsessiva – manifestam-se pela deficiência na transmissão ou expressão do pensamento.
Os transtornos mentais - excetuando-se os casos produzidos por acidentes e traumatismos cerebrais ou ainda por moléstias infecciosas (meningite, por exemplo) - têm no Espírito a causa raiz da psicopatologia. O corpo físico é somente o veículo de manifestação.
Espíritos desencarnados adversários, direcionam à mente do hospedeiro físico induções hipnóticas carregadas de pessimismo e de desconfiança, de inquietação e de mal-estar, que estabelecerão as matrizes das obsessões, classificadas por Kardec como sendo: Simples, Fascinação ou Subjugação (equivocadamente chamada de Possessão).
A obsessão - transmissão mental de cérebro a cérebro – se expressa inicialmente como inspiração discreta para mais tarde fazer-se interferência da mente obsessora na mente encarnada, com vigor que alcança o seu apogeu na deplorável subjugação.
Os tratamentos especializados (psiquiátricos e psicológicos) – indispensáveis – podem produzir melhoras no quadro. Todavia os hospedeiros desencarnados não foram afastados, persistindo nas tentativas de perseguição e vingança.
Somente quando ocorrer uma alteração do comportamento mental e moral do enfermo, direcionado para o amor, para o bem, conseguindo sensibilizar aqueles que estejam na condição de perseguidores, é que se dará a recuperação recebendo no processo terapêutico o auxilio – imprescindível - dos medicamentos na reorganização da máquina cerebral.
O Espiritismo – o Consolador prometido por Jesus – mostra as causas e os objetivos dos sofrimentos – físicos e morais – os quais, então, passam a ser vistos como “crises” salutares e que garantirão a felicidade nas existências futuras – se vividos com resignação e sem revolta;
Uma vez esclarecida, a criatura tem a oportunidade de compreender que seu sofrimento é justo e não um castigo de Deus ou obra do acaso.
Neste ponto, a emoção suscitada pelas palavras carregadas de vibrações amorosas de Divaldo vai abrindo passagem até chegar ao imo de nossos corações atingindo o ápice com o Poema da Gratidãoque a todos luarizou.
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

Palestra na Casa do Caminho Ave Cristo com Divaldo Pereira Franco. Birigui, SP

12-11-2018

Fotos: Edgar Patrocínio
        Texto: Djair de Souza Ribeiro
A Casa do Caminho Ave Cristo da cidade de Birigui no estado de SP recepcionou mais de 2.000 pessoas para rejubilarem-se com a palestra “Um Tributo à Paz” proferida pelo tribuno Divaldo Franco na noite do dia 12 de novembro de 2018.
Divaldo inicia a abordagem referindo-se a antiga lenda popular que relata ter Deus se ocultado do tumulto humano em um lugar inexpugnável por se consubstanciar em um local no qual muito dificilmente O buscariam: No íntimo da criatura humana. Em seu coração.
Com essa bem humorada e lúdica abordagem Divaldo realçou a necessidade de buscar se autoconhecer e beber das fontes inexauríveis do amor, da paz, da harmonia e da serenidade de Deus que habita o âmago de toda criatura humana.
Porém, perturbada com as preocupações a que dá demasiada importância tais como a opinião dos outros, a aparência, a conquista das coisas externas, o convívio social e disputas insignificantes, a criatura descuida-se de si mesma e permanece ignorante da sua realidade profunda: É um Espírito imortal, temporariamente enclausurado em um corpo físico e cujo propósito é o de se desenvolver moral e intelectualmente.
O corpo físico, mortal e temporário, é constituído de matéria que não passa de Energia condensada (congelada, cristalizada) formada pelos elementos químicos disponíveis na Natureza. Com um brilhantismo alicerçado em profundo conhecimento Divaldo nos fala da questão do átomo informando sobre as descobertas dos cientistas que revelaram a existência de partículas subatômicas: os Prótons, os Nêutrons, Elétrons, Léptons, os Quarks e as partículas intermediárias os Bósons entre os quais o que maior destaque recebeu recentemente: o Bóson de Higgs e que fornece massa à matéria, caracterizando-a como tal.
Mas apesar de toda a descoberta gloriosa da Ciência, ainda matamos por frivolidades e privilegiamos o intelecto em detrimento do sentimento. Buscamos a paz na felicidade dos objetos e nas situações que nos fornecem prazer nunca a encontrando conforme citava o pensador Vicente de Carvalho: “A felicidade está onde nós a pomos, mas nós nunca a pomos onde nós estamos”.
Muitos consideram o sucesso como sendo sinônimo de felicidade. Fosse isso verdade os artistas, esportistas, executivos e todos aqueles que obtiveram sucesso em suas trajetórias amados ou invejados pelas multidões não cometeriam suicídio, pois o Sucesso nos dá alegria ao nos proporcionar o prazer por atender ao nosso narcisismo, mas deixa um tremendo vazio quando, um dia, se acaba nos envolvendo na solidão.
O foco da vida passa, então, a ser as conquistas imediatistas gerando a perda do sentido existencial com a consequência funesta da Depressão e do vazio existencial, levando a criatura que experimenta essa constrição a desejar a libertação da terrível angústia. Incapaz de compreender esse desejo de “libertação” acaba fugindo pelo mecanismo do suicídio.
O ser humano deve aprender a ser feliz de acordo com as circunstâncias, incorporando e vivendo a certeza da transitoriedade do seu corpo físico e da sua eternidade espiritual.
A criatura humana não pode continuar sendo um ser cuja preocupação básica é a de satisfazer impulsos e atender aos instintos. Assim pensando e agindo chegamos a um estranho paradoxo onde cada vez mais, as pessoas têm os meios para viver, mas não têm uma razão pela qual viver. Em nenhuma outra época da sociedade humana houve tanto bem estar proporcionado pelo avanço da tecnologia e da pujança econômica. Porém, todos esses fatores não são suficientes para modificar o quadro observado nos comportamentos da criatura.
O Espiritismo vem despertar a nossa consciência para a necessidade de encontrarmos um sentido psicológico para a vida deixando a fase do primarismo representado pelos instintos e as sensações.
Nós somos mais do que um corpo físico e emocional. Somos também aqueles que trazemos na alma a presença de Deus e nascidos para amar, pois o amor é o ápice do nosso processo evolutivo ético e moral.
O sentido da vida, conforme nos ensinou Jesus – Modelo e Guia - é AMAR.
Para aqueles que já têm a consciência iluminada pelos ensinamentos do Cristo o verdadeiro Vencedor não é aquele que conquista bens, poder, projeção social. Para a moral de Jesus o Triunfador é aquele que vence a Si mesmo e Vitorioso é aquele que controla as suas más inclinações e vence as suas más tendências.
Buscando enfatizar a abordagem do tema, Divaldo emociona-nos a todos narrando com peculiar sentimento os acontecimentos derradeiros da existência física de sua mãe (Anna Alves Franco) que promete – no leito de morte – retornar para enxugar lhe o suor e as lágrimas das atribulações da vida.
Passados quinze dias da desencarnação da mãezinha querida eis que ela lhe surge diante da mediunidade durante uma conferência espírita no Paraná. A dor presente do ser ausente
Ali estava, em Espírito, aquele ser amado. Trajava-se de um vestido em seda em tudo idêntico ao que Divaldo havia lhe dado quando de seu primeiro salário.
Envolvendo Divaldo em grande amor falou-lhe:
— Diga a todos que estão te ouvindo nesse momento que a morte não existe.
A vida não é uma prisão e nem tampouco nossas aflições são castigos de Deus. São, na verdade, desafios existenciais que nos convidam a desenvolver qualidades que ainda não possuímos ou então oportunidades de expiarmos equívocos transatos, pelas atitudes fomentadas pela ausência de um sentido transcendente para a vida.
Uma vida para ser plena demanda aspirações mais completas a nos impulsionar no campo do aprimoramento intelectual, da estesia e da conquista de valores éticos e morais superiores.
Não devemos valorizar o mal que pulula à nossa volta e nem permitir que nos tirem a paz e a alegria de viver.
Hoje, nesses dias tão atormentados e atormentadores, devemos buscar Jesus, refletir sobre Suas palavras e vivenciá-los mantendo nossas mentes a Ele vinculadas pelos pensamentos de teor elevado.
Busquemos aproveitar a nova oportunidade que tantos pedimos antes do retorno ao corpo físico. Esforcemo-nos por encontrar um sentido psicológico para nossas existências, pratiquemos o bem e a Solidariedade.
Um tributo à paz e em nome da paz nos lembramos das palavras de Jesus, Modelo e Guia de todos nós.
— “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.  João 14:27


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)