quarta-feira, 29 de junho de 2016

Registro. Divaldo Franco - Palestra em Santos, SP

25/06/2016

O ginásio de esportes do complexo esportivo Arena Santos da cidade de Santos acolheu 4.200 pessoas para ouvir Divaldo Franco.
Na mesma oportunidade Divaldo também foi homenageado por seu trabalho filantrópico e pelas suas atividades em favor dos ideais de pacifismo e de amor ao próximo pela Dra. Lucia Teixeira presidente da Universidade Santa Cecília (Unisanta), que organizou o evento em comemoração aos 20 anos do curso de extensão em Ciência, Saúde e Espiritualidade.
Após a entrega da comenda, Divaldo Franco, num gesto de humildade, transferiu-a para Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, o lídimo merecedor de todas as homenagens. Divaldo, contudo, não abriu mão de abrigar no coração a emoção, o carinho e a bondade pelo ato que ele considerou um estímulo a lhe permitir seguir, intimorato, na sua trajetória.
Após essas observações, Divaldo Franco silenciou por alguns segundos e então, deu início à palestra fazendo uma rápida incursão desde a antiga Grécia onde se considerava ser Atenas o centro do Universo, passando pelo avanço de Nicolau Copérnico e Galileu Galilei estabelecendo a realidade do heliocentrismo. Em seguida Divaldo relembra o Iluminismo movimento cultural no século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da era medieval.

O epicentro do iluminismo deu-se na França resultando na publicação da grande Encyclopédie  editada por Denis Diderot com a contribuições de inúmeros intelectuais como Voltaire  e Montesquieu.
A humanidade oprimida, até então, pela intolerância religiosa e privilégios aos nobres e ao clero ansiava por se libertar desses jugos.
A partir desses ideais e a par com uma severa crise o povo revoltou-se e em 14 de julho de 1.789 com a queda da Bastilha teve início a Revolução Francesa.
Divaldo, dando continuidade ao prólogo de sua mensagem principal vai buscar um personagem símbolo  desses dias:
Pierre Gaspard Chaumette (1763 –1794) político Frances e pertencente ao grupo dos ultras radicais fanáticos no período da Revolução Francesa e que considerava ser a religião uma relíquia das superstições da era medieval e não mais correspondendo às conquistas intelectuais obtidas com o Iluminismo.
Chaumette considerava a Igreja e os inimigos da Revolução Francesa como sendo a mesma coisa e apoiado em seu fanatismo iniciou o movimento de descristianização do povo Frances.
A campanha de descristianização é uma extensão da filosofia materialista, mas também mesclada de ressentimento e revanchismo contra a Igreja e o Clero, com o confisco dos bens da Igreja, o calendário Gregoriano sendo substituído pelo Calendário Republicano Frances com a abolição dos dias santos.

O auge da campanha de descristianização ocorreu na Catedral de Notre Dame de Paris no dia 10 de novembro de 1.793 quando se deu a destruição do altar da catedral e a entronização da deusa Razão (representada pela atriz Mademoiselle Candeille) em substituição a Deus. A partir de então nesta data passou-se a comemorar o Festival da Razão.
Em 1801 Napoleão Bonaparte assina com o Papa Pio VII o acordo de restabelecimento da religião e trazendo de volta Deus para a França, que ficou conhecida por “Concordata de 1.801”.
O século XIX representa um período novo, onde a ciência não mais atormentada pelos dogmas religiosos inicia uma trajetória de avanços em todas as áreas.
Surge em 1857 a Doutrina Espírita fazendo a ponte entre ciência e religião e apresentando uma nova visão ao mesmo tempo lógica e que valoriza Deus.
Mas os anos da intolerância religiosa apresentam ainda as suas graves consequências: o Materialismo que enfatiza a razão gerando uma exacerbação do egoísmo.
A humanidade empanturrada de tecnologia experimenta, porém, sofrimentos emocionais e morais a se refletir nas imensas multidões de depressivos.
Mas o comportamento pendular da sociedade humana desloca-se uma vez mais e tem início a volta dos cientistas e da ciência para Deus minimizando as crises passadas.
A inexistência do Espírito, antes apoiada por grande parte dos cientistas começa a desmoronar e a comprovação de que existe sim algo além do corpo físico surgeem todo o globo.
Marco dessa nova situação desponta em 1.975 com o surgimento da Psicologia Transpessoal que enxerga o homem holisticamente: corpo e alma, fato comprovado pelo psiquiatra Stanislav Grofcom suas pesquisas sobre os estados alterados de consciência e a comprovação da existência de dois tipos de memórias: A memória cerebral e a extracerebral, brilhantemente documentada e comentada em seu livro Além do Cérebro.
O Psiquiatra canadense Ian Stevenson publica uma obra de grande impacto nos meios acadêmicos. Trata-se do livro Twenty Cases of Suggestive Reincarnation  (Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação) sobre os fenômenos do que ele chama de recordação espontânea de informações sobre vidas anteriores por jovens e crianças. O livro apresenta os resultados de vinte casos investigados pelo autor que comprovam a reencarnação.
Narrativas de Experiência de Quase Morte (EQM) vividas por algumas pessoas foram sempre contestadas por cientistas que enxergam nelas mais superstição do que realidade. Assim também pensava o neurocirurgião americano Eben Alexander III um cético com mais de 25 anos de experiência em sua especialidade.
Essa postura, contudo, sofreu uma grande reviravolta quando em 2008 após contrair uma meningite bacteriana que destruiu seu neocórtex cerebral e o fez viver uma EQM por 7 dias. Em estado vegetativo e com poucas chances de se recuperar, ele abriu os olhos no sétimo dia.
Recobrando a consciência – fato inusitado para a devastação provocada pela bactéria – o Dr. Eben Alexander III chocou a toda comunidade científica ao detalhar a odisseia transcendental que experimentou durante a semana em que esteve em coma profundo. Nesse período, conta que embora seu corpo estavisse em coma, suaa consciência viajava para uma outra dimensão que ele nunca sonhou que existisse,  um novo mundo onde somos muito mais do que nossos cérebros e corpos e a morte não é o fim da consciência.
O neurocirurgião documenta suas experiências e narrativas por meio dos livros: Uma Prova do Céu (2012, Editora Sextante) e O Mapa do Céu (2015, Editora Sextante).
“Eu creio no Deus que fez os homens, e não no Deus que os homens fizeram” do jornalista Frances Jean-Baptiste Alphonse Karr  citada no século XIX começa a ser, também, o pensamento dos cientistas e dos pesquisadores do século XXI.
Deus retorna a pauta das considerações científicas e o homem deixa de ser apenas um amontoado de átomos, moléculas e células fadado ao túmulo após uma breve existência para se transformar em herdeiro do Universo.
Deus, Espírito e Matéria as três formas de energia em estados diferentes de manifestação passam a fazer parte das cogitações científicas.
Trabalho, Solidariedade e Tolerância a sublime trilogia de Kardec constitui lema plataforma permanente que começa a se expandir pela humanidade, pois, a solidariedade aperfeiçoa e a tolerância eleva.
O trabalho edifica como nos ensina a mentora Joanna de Ângelis “Os mecanismos da evolução utilizam-se do trabalho como meio de disciplinar a vontade, domar os instintos, desenvolver a razão e sublimar os sentimentos.” (Sendas Luminosas)
Solidariedade, a exprimir o sentimento que leva os homens a se auxiliarem mutuamente.
Tolerância é admitir, nos outros, modos de pensar, de agir e de sentir diferentes dos nossos. É agir com indulgência.

Mas para vivermos na prática essa trilogia é necessário uma condição imprescindível: amar.
Viver o amor como nos ensinou Madre Teresa de Calcutá: “O amor, para ser verdadeiro, tem de doer. Não basta dar o supérfluo a quem necessita, é preciso dar até que isso nos machuque”.
Amar, como nos convidou Jesus o tipo mais perfeito que Deus deu aos homens para lhes servir de Modelo e Guia.
A tecnologia e a ciência auxiliam, mas somente o amor edifica permanentemente.
Divaldo Franco, conclui sua palestra emocionando a todos os presentes com a narrativa da página psicografada por Chico Xavier e de autoria do espírito Irmão X intitulado No Caminho do Amor e que faz parte do livro Contos e Apólogos (FEB editora).
Nessa emocionante história vemos retratado, uma vez mais, o amor incondicional de Jesus por todos nós.
As palavras de Divaldo reproduzindo o diálogo final entre Jesus e a pobre mulher iludida em seus sentimentos e agora portadora de lepra comove a todo.
O Cristo estendeu-lhe os braços, tocados de intraduzível ternura e convidou:
— Vem a mim, tu que sofres! Na Casa de Meu Pai, nunca se extingue a esperança.
                             Fotos: Sandra Patrocinio
                             Texto: Djair de Souza Ribeiro

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)


Espanhol



DIVALDO FRANCO - Conferencia en Santos, San Pablo - 25/06/2016.

El gimnasio de deportes del complejo Arena Santos, de la ciudad de Santos, dio cabida a 4.200 personas que se congregaron para escuchar a Divaldo Franco.
En esa misma oportunidad, Divaldo recibió un homenaje por su labor filantrópica, y sus actividades a favor de los ideales de pacifismo y de amor al prójimo, a través de la Dra. Lucia Teixeira, Presidente de la Universidade Santa Cecília (Unisanta), que había organizado el acto, en conmemoración de los 20 años del curso de extensión en Ciencia, Salud y Espiritualidad.
Después de que recibió la distinción, en un gesto de humildad, Divaldo Franco la dedicó a Allan Kardec, el Codificador de la Doctrina Espírita, el legítimo destinatario de todos los homenajes. Divaldo, no obstante, no dejó de abrigar en su corazón la emoción, el cariño y la gratitud por ese acto, al cual consideró un estímulo que le permitiría continuar, sin temor, su trayectoria.
Luego de esas reflexiones, Divaldo Franco permaneció en silencio durante algunos segundos, y luego dio comienzo a la disertación, haciendo una breve reseña a partir de la antigua Grecia -donde se consideraba que Atenas era el centro del universo-, pasando por el avance de Nicolás Copérnico y Galileo Galilei, estableciendo la realidad del heliocentrismo. A contiuación, Divaldo hace referencia al Iluminismo, un movimiento cultural que, en el siglo XVIII, trató de estimular el poder de la razón, a fin de reformar la sociedad y el conocimiento heredado de la época medieval.

El epicentro del Iluminismo tuvo lugar en Francia, y dio por resultado la publicación, por Denis Diderot, de la gran Encyclopédie, debida a las contribuciones de numerosos intelectuales, entre ellos Voltaire y Montesquieu.
La humanidad, oprimida hasta entonces por la intolerancia religiosa y por los privilegios concedidos a los nobles y al clero, ansiaba liberarse de esos yugos.
A partir de esos ideales, y a la vez debido a una severa crisis, el pueblo se reveló, y el 14 de julio de 1789, con la caída de la Bastilla comenzó la Revolución Francesa.
Divaldo, dando continuidad al prólogo de su mensaje principal, va a buscar un personaje que es el símbolo de esos días:
Pierre Gaspard Chaumette (1763–1794) político francés, que pertenecía al grupo de los ultrarradicales, fanáticos, en el período de la Revolución Francesa, quien consideraba que la religión era una reliquia de las supersticiones de la época medieval, y que no era compatible con las conquistas intelectuales obtenidas por el Iluminismo.
Chaumette opinaba que la Iglesia y los enemigos de la Revolución Francesa eran la misma cosa, y apoyado en su fanatismo dio comienzo al movimiento de descristianización del pueblo francés. La campaña de descristianización es una prolongación de la filosofía materialista, pero también portadora de una mezcla de resentimiento y de revancha, contra la Iglesia y el Clero, lo que implicaba la confiscación de los bienes de la Iglesia, y que el calendario gregoriano fuera sustituido por el calendario republicano francés, que llevaba implícita la abolición de los días sagrados.
El auge de la campaña de descristianización tuvo lugar en la Catedral de Notre Dame de Paris, el día 10 de noviembre de 1793, cuando se efectuó la destrucción del altar de la catedral y la entronización de la diosa Razón (representada por la actriz Mademoiselle Candeille) en reemplazo de Dios. A partir de entonces, en esta fecha se comenzó a conmemorar el Festival de la Razón.
En 1801, Napoleón Bonaparte firma con el Papa Pío VII el acuerdo de restablecimiento de la religión, y lleva de vuelta a Dios a Francia, lo que se conoció como Concordato de 1801.
El siglo XIX representa un período nuevo, cuando la ciencia ya no está atormentada por los dogmas religiosos, y comienza una trayectoria de avances en todas las áreas.
Surge, en 1857, la Doctrina Espírita, que establece un puente entre la ciencia y la religión, y presenta un nuevo enfoque, que al mismo tiempo que es lógico, valoriza a Dios.
No obstante, los años de la intolerancia religiosa presentan aún graves consecuencias: el materialismo, que enfatiza la razón, genera una exacerbación del egoísmo.
La humanidad, hastiada por la tecnología, experimenta asimismo sufrimientos emocionales y morales, que se reflejan en las inmensas multitudes de personas depresivas.
Mientras tanto, el comportamiento pendular de la sociedad humana se desplaza una vez más, y comienza el retorno de los científicos y de la ciencia hacia Dios, minimizando las crisis pasadas.
La inexistencia del Espíritu, antes apoyada por una gran parte de los científicos, comienza a desmoronarse, y la comprobación de que existe, en efecto, algo que está más allá del cuerpo físico, surge en todo el planeta.
A modo de marco para esa nueva situación, se produce en 1975 el surgimiento de la Psicología Transpersonal, que considera al hombre holísticamente: cuerpo y alma, hecho comprobado por el psiquiatra Stanislav Grof con sus investigaciones sobre los estados alterados de conciencia, y la comprobación de la existencia de dos tipos de memoria: la memoria cerebral y la memoria extracerebral, lo que quedó brillantemente documentado y comentado en su libro Más allá del cerebro.
El psiquiatra canadiense Ian Stevenson publica una obra de gran impacto en los ámbitos académicos. Se trata del libro Veinte casos que sugieren reencarnación, referido a los fenómenos que él denomina recuerdo espontáneo de informaciones sobre vidas anteriores por jóvenes y niños. El libro expone los resultados de veinte casos investigados por el autor, que prueban la reencarnación.
Los relatos de experiencias de casi muerte (EQM) vividas por algunas personas, fueron siempre refutados por los científicos, que veían en ellos más superstición que realidad. Del mismo modo pensaba el neurocirujano norteamericano Eben Alexander III, un escéptico, con más de 25 años de experiencia en su especialidad.
Esa opinión, sin embargo, sufrió un gran giro cuando, en 2008, después de que contrajera una meningitis bacteriana, que destruyó su neocórtex cerebral y lo condujo a vivir una EQM durante siete días, en estado vegetativo y con escasas posibilidades de recuperarse; sin embargo, abrió los ojos al séptimo día.
Cuando recobró la conciencia –un fenómeno inusitado, teniendo en cuenta la devastación que había provocado la bacteria– el Dr. Eben Alexander III sorprendió a toda la comunidad científica, al detallar la odisea trascendental, que experimentó durante la semana en que estuvo en coma profundo. Durante ese período, relata que pese a que su cuerpo estuviese en coma, su conciencia viajaba hacia otra dimensión, que él nunca había supuesto que existiera: un nuevo mundo, donde somos mucho más que nuestros cerebros y cuerpos, y donde la muerte no significa el fin de la conciencia.
El neurocirujano documenta sus experiencias y narraciones, por medio de los libros Una prueba del cielo (2012, Editora Sextante) y El mapa del Cielo (2015, Editora Sextante).
Yo creo en el Dios que hizo a los hombres, pero no en el Dios que hicieron los hombres, del periodista francés Jean-Baptiste Alphonse Karr, citado en el siglo XIX, comienza a ser también el pensamiento de los científicos y de los investigadores del siglo XXI.
Dios regresa a la lista de las consideraciones científicas, y el hombre deja de ser sólo un montón de átomos, moléculas y células, destinado a la tumba después de una breve existencia, para convertirse en heredero del universo.
Dios, Espíritu y Materia, las tres formas de energía -en estados diferentes de manifestación- pasan a formar parte de las reflexiones científicas.
Trabajo, solidaridad y tolerancia, la sublime trilogía de Kardec, constituye un lema permanente que comienza a expandirse en la humanidad, pues la solidaridad perfecciona y la tolerancia eleva.
El trabajo edifica, como nos enseña la mentora Joanna de Ângelis: Los mecanismos de la evolución se valen del trabajo, como un recurso para instalar la disciplina en la voluntad, para domar los instintos, desarrollar la razón y sublimar los sentimientos. (Sendas Luminosas)
Solidaridad expresa el sentimiento que induce a los hombres a dispensarse auxilio mutuamente.
Tolerancia es admitir en los otros, modos de pensar, de proceder y de sentir, diferentes de los nuestros. Significa proceder con indulgencia.
No obstante, para que experimentemos en la práctica esa trilogía, se requiere una condición imprescindible: amar.
Vivir el amor como nos enseñó la Madre Teresa de Calcuta: El amor, para ser verdadero tiene de doler. No alcanza con dar lo superfluo a quien está necesitado, es necesario dar hasta que eso nos hiera.
Amar, tal como nos invitó a hacer Jesús, el modelo más perfecto que Dios dio a los hombres para que les sirviera de Modelo y Guía. La tecnología y la ciencia auxilian, pero solamente el amor edifica permanentemente.
Divaldo Franco concluyó su disertación emocionando a todos los presentes, con la narración de la página psicografiada por Chico Xavier e inspirada por el Espíritu Hermano X, titulada En el camino del Amor, que forma parte del libro Cuentos y Apólogos (FEB Editora).
En ese emocionante relato vemos reflejado, una vez más, el amor incondicional de Jesús hacia todos nosotros.
Las palabras de Divaldo, que reproducen el diálogo final, entre Jesús y la pobre mujer engañada en sus sentimientos, y por entonces portadora de lepra, conmueve a todos.
El Cristo le tendió los brazos, portador de una indescriptible ternura y la invitó:
— ¡Ven a mí, tú que sufres! En la Casa de mi Padre, nunca se extingue la esperanza!

                             Fotos: Sandra Patrocinio
                             Texto: Djair de Souza Ribeiro

(Texto em espanhol recebido em email de MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com])