quinta-feira, 28 de março de 2019

Divaldo Franco nos Estados Unidos da América Miami

 26 de março de 2019

Movimento Você e a Paz
No entardecer do dia 26 de março de 2019, terça-feira, na bela Miami Beach, ocorreu a primeira edição do Movimento Você e a Paz, em local aberto, com acesso ao público e entrada franca. Foi realmente uma noite inesquecível. Eram centenas de pessoas reunidas com a proposta de se voltarem para a paz. O belo evento teve a participação de Marcelo Neto, Presidente da Federação Espírita da Flórida, Juan Danilo Rodríguez, espírita, que acompanha Divaldo em suas viagens, a menina Isabela Cortez, que apesar de muito jovem, está plenamente voltada para a paz, e Divaldo Pereira Franco, idealizador do movimento. O recente amigo, o DJ Alok, que estando em Miami a trabalho, não deixou de prestigiar o evento.
Todos os oradores sensibilizaram os presentes, falando com muita emoção, trazendo exemplos de ações que promoveram a paz. Juan Danilo afirmou que todos desejam encontrar a paz, ficarem livres de problemas emocionais de toda ordem, porém, nem sempre a vida apresenta situações agradáveis. O respeito ao próximo, a busca por pontos em comum, proporciona entender e compreender uns aos outros, construindo a paz através da gentileza, da busca por servir, por ser útil, por viver em paz.
Encerrando o belo encontro, Divaldo Franco, se pronunciando, transferiu as homenagens que lhe foram feitas aos heróis anônimos que promoveram e promovem a paz, pagando muitas vezes com a própria vida, a conquista da paz, como Mohandas Karamchand Gandhi (1869 – 1948), mais conhecido como Mahatma Gandhi, líder da independência da Índia, Madre Teresa de Calcutá, (1910 – 1997) Missionária católica albanesa, fundou a Congregação Missionárias da Caridade, dedicando toda sua vida aos pobres, Prêmio Nobel da Paz em 1979, entre outros vultos da humanidade.
Tenha paz em seu lar, que se expandirá para o bairro, para a cidade e para o mundo, salientou o arauto do Evangelho. A paz começa em cada um, individualmente, pelo autoamor, como asseverou Jesus. Começar a amar em casa, não reagindo, mas agindo sempre. A humanidade está cansada de palavras e carente de exemplos. Afinal, como almejar a paz no mundo se o ser humano se encontra em guerra consigo mesmo, questionou o lúcido orador. De uma forma jovial e descontraída, narrou suas próprias experiências na construção da paz. Convivendo amiúde com a violência dos violentos, a todos envolveu com alegria e amor, sempre conseguiu com que a paz prosperasse, afinal a vivência da paz sempre esteve na vida de Divaldo Franco, Embaixador da Paz no Mundo.
Ao concluir, todos se encontravam embevecidos com as narrativas deste trabalhador do Cristo, retornando aos seus lares, renovados com as bênçãos do encontro da paz.
Texto: Ênio Medeiros
Fotos: Facebook
Revisão e adaptação: Paulo Salerno

segunda-feira, 25 de março de 2019

Divaldo Franco nos Estados Unidos da América Miami

23 de março de 2019
9ª Conferência Espírita da Flórida
Na manhã do dia 23 de março de 2019, sábado, dando prosseguimento às atividades da 9ª Conferência Espírita da Flórida, Divaldo Pereira Franco, abordando o tema “World of Trials And Expiations is it over?” (O mundo de provas e expiações acabou?) iniciou citando Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski – (1821-1881) escritor, filósofo e jornalista russo, e sua obra “O Idiota”, onde ele destaca que a beleza salvará o mundo, mesmo no aparente caos dos dias atuais.
A Humanidade atravessa um período de graves mudanças rumando à perfeição, asseverou o Semeador de Estrelas. Lembrou, o nobre palestrante, que o insigne Allan Kardec, já salientava que enfrentaríamos grandes mudanças, a fim de que o Planeta se transforme em um mundo de regeneração. Segundo Divaldo, esta mudança já se iniciou desde quando Jesus pisou no solo de nosso planeta, principiando a era do amor, e com a chegada do Espírito de Verdade, assinalou-se a era da imortalidade.
Divaldo indagou ao auditório atento: O que é a vida? O que é a morte? Qual o sentido existencial?, provocando profundas interrogações naqueles que o escutavam. Em verdade, convidando ao despertar da consciência.
O Arauto do Evangelho e da Paz, rememorando os acontecimentos ocorridos nas últimas décadas, ressaltou o surgimento da AIDS e a busca alucinada pelo prazer e pelo gozo a qualquer preço. O ser humano poderá desfrutar de saúde se agir com dignidade em seus relacionamentos afetivos. A Doutrina Espírita elucida qual o sentido da vida, seja no corpo ou fora dele, prosseguindo, a criatura humana, em busca da aquisição do estado numinoso de consciência, como definira Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica.
Encerrando a conferência, Divaldo esclareceu, ainda, que o Espiritismo é a doutrina que dá vida ao ser humano, ensinando-o a amar nesta era de amor que já chegou no Planeta, apesar da balburdia do mal e daqueles que lhe dão guarida.
Vale a pena amar!!!
Texto: Ênio Medeiros
Revisão e adaptação: Paulo Salerno
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

domingo, 24 de março de 2019

Divaldo Franco nos Estados Unidos da América Miami

22 de março de 2019
Na noite de sexta-feira, 22 de março de 2019, retornando à Miami, Divaldo Pereira Franco, atendendo ao convite da Federação Espírita da Flórida, participou, juntamente com Haroldo Dutra Dias e Artur Valadares de Freitas Santos, também palestrantes espíritas, do Encontro com Trabalhadores Espíritas da Flórida e de outras regiões dos Estados Unidos da América, sob o tema “O Desafio do Trabalhador Espírita na Nova Era.
Marcelo Neto, atual Presidente da Federação Espírita da Flórida, iniciou a atividade conduzindo o auditório em uma prece, preparando os participantes para a atividade programada. Haroldo Dutra Dias, fazendo referência ao trabalho de Divaldo Franco, atestou a gratidão que todos devem ter a este abnegado trabalhador do Cristo, que ao longo de várias décadas vem abrindo clareiras na selva dos desafios humanos. Nossa tarefa, afirmou Haroldo, não é uma tarefa de corpos, pois mesmo com a morte física, nossas almas prosseguem além dos limites do corpo, com a sede de servir no trabalho do bem.
A seguir, o jovem Artur Valadares citou a figura inolvidável de Jesus, que advertiu aos seus discípulos acerca das dificuldades do caminho, as armadilhas, os perigos. Assim, em sua fala atemporal, Jesus vem preparando nossos corações para os enfrentamentos com as trevas interiores, que apesar de nossa pequenez, vamos pagando o preço da luz da vida, através dos sacrifícios de cada um.
Finalizando a atividade noturna, Divaldo Franco fez referência ao nobre Espirito Vianna de Carvalho, que em determinada citação, comparou o Espiritismo a uma empresa de Jesus, de valores significativos, onde os apóstolos são os diretores, e estes, nomeando seus corretores, que são as entidades nobres do mundo espiritual, lidam com os valores nobres da empresa, o amor e a paz. Os clientes desta divina empresa são todos nós, que não poderemos permitir que estes valores não prosperem, evitando a nossa falência. Citando a nobre mentora Joanna de Ângelis, que assevera que a apresentação da Doutrina Espírita para o mundo deve ter três cuidados especiais, ou três pilares:
Espiritizar os indivíduos que a apresentam;
Qualificar para o trabalho; e
Humanizar para que a luz, primeiro ilumine os próprios trabalhadores.
Por fim, Divaldo conclamou a todos, com sua vasta experiência, ao trabalho, de forma simples, sem melindres, vigiando cada vez mais as más inclinações, esforçando-se em bem servir a Jesus, trabalhando o solo ainda árido dos próprios corações.
Todos dali saíram com grandes verdades para refletir.
Texto: Enio Medeiros
Revisão e adaptação: Paulo Salerno

segunda-feira, 18 de março de 2019

Divaldo Franco no Paraná XXI Conferência Estadual Espírita - Encerramento

17 de março de 2019
A XXI Conferência Estadual Espírita foi encerrada em 17 de março de 2019 com a presença de cerca de dez mil participantes. Estiveram presentes 112 caravanas de quase todos os Estados, uma do Paraguai e outra do Uruguai. Foram 462 cidades conectadas, totalizando 230.000 conexões em 35 países dos cinco continentes. Após belíssima apresentação musical como os músicos Cristiana e Marcelo e a participação especial de Juan Danilo Rodríguez, Adriano Lino Greca, Presidente da Federação Espírita do Paraná, agradeceu o profícuo trabalho realizado pelos funcionários, voluntários e empresas parceiras, viabilizando o grandioso trabalho doutrinário.
Divaldo Franco, abordando o tema Jesus e Vida, destacou que na velha Palestina, na baixa Galileia, junto ao lago Genesaré, Jesus contemplava o outro lado, formado por uma cadeia de montanhas, em cujo topo se encontrava a cidade de Gadara. Ali, naquela região se localizava a decápolis, detestada pelos judeus, haja vista que seus habitantes criavam porcos. Foi nesse cenário, no mês de Nissan (março/abril) com temperatura amena e o ar perfumado pelas rosas, que o Mestre Galileu, tomando o barco de Pedro, atravessou o lago, desembarcando em singela praia, no contraforte da montanha. Aqueles eram tempos difíceis.
O Mestre intentava visitar a comunidade malsinada e odiada pelos judeus. Subindo a escarpa, no primeiro platô havia um pequeno cemitério abandonado. De uma sepultura saltou alguém desgrenhado, gritando, - o que tens contra nós? E Jesus indaga: - e tu, quem és? Ao que recebe como resposta: - Legião, nós somos muitos, não nos mande para o Hades, deixe-nos, ao menos, ficar junto aos porcos. Não nos mande para as Geenas!
Jesus, então, ordena: - Legião! Sai dele! E o possesso, aturdido levanta-se, perguntando: - Senhor! Que queres que eu faça? Deixando livre o subjugado, aqueles Espíritos perversos se imantaram aos porcos, que aturdidos, se atiraram do alto daquele precipício. Aquele homem, possesso, estava há vinte anos sob o domínio ultrajante, vivendo no cemitério. Foi curado, e sorrindo, dizia a todos que havia sido Ele, Jesus, que o havia curado.
Ao mesmo tempo os gadarenos, que cuidavam os porcos, O amaldiçoaram por terem perdido seus animais, dizendo que não O queriam em Gadara, pois que o Mestre era judeu, recomendando que não voltasse mais, suplicando que os deixassem em paz. Alguém mais exaltado lançou uma pedra que raspou uma face do rosto de Pedro. Ide de volta, vociferaram, que Te vá, deixa-nos em paz, já perdemos os nossos porcos. Os gadarenos perguntavam-se entre si, quem era Aquele homem. Não sabiam responder, não haviam indagado sobre o visitante, nem mesmo procuraram saber o que viera ali fazer.
Ele, acompanhado pelo recém-liberto e os demais, embarcam de volta. Os gadarenos haviam trocado Jesus pelos porcos. É um exemplo de obsessão coletiva e a legião, também, se apossou dos demais criadores de porcos, desperdiçando a oportunidade de ascensão vertical, preferindo a horizontal, a que contempla os bens materiais.
Na atualidade, destaca o tribuno Divaldo Franco, o homem experimenta a mesma situação, ou seja, a opção pela evolução horizontal, apegando-se aos bens e serviços oferecidos pela ciência e a tecnologia, desprezando o crescimento em sentido vertical, o que conduz a Deus. Assim se dá com os que conhecendo o Mestre, O admiram, porém, não dão o testemunho da ação e do trabalho praticando o bem, doando-se ao próximo, como fizeram Francisco de Assis, Tereza D’Ávila, Madre Teresa de Calcutá e muitos outros.
Divaldo Franco oportunizou reflexões profundas, levando o público a realizar uma autoanálise sobre o comportamento com o próximo, ao viajar na vida e nas ações daqueles que tendo conhecido Jesus, mudaram radicalmente suas vidas, doando-se aos necessitados, em nome Dele. O exemplo do Mestre é marcante, capaz de transformar vidas.
Nestes dias tumultuados, o ser humano não pode trocar Jesus pelos porcos, uma representatividade da iniquidade dos indivíduos. Ele é o que consola, que alivia a fadiga, que diminui as dores e os sofrimentos. Os maus desejam submeter os incautos. O trânsito no bem exige renúncia aos apelos do mundo, adotando atitudes de autodoação.
Divaldo Franco, parafraseando Chico Xavier, disse que contempla a cada um e os toma por irmãos do arco-íris, agradecendo em nome daqueles cujas vidas tinham por cobertura os seres do arco-íris. Quero te agradecer porque são luminosos os dias que estamos vivendo.
Neste momento, Bezerra de Menezes, Espírito, assim se manifestou pela psicofonia de Divaldo Franco:
É muito difícil a travessia do abismo sem a ponte do amor. A grande noite de estrelas luminíferas vai cedendo lugar à estrela máxima do dia. É a noite que precede o amanhecer da Nova Era. Jesus, filhas e filhos do coração, espera que cumpramos o nosso dever, e este dever é o de nos darmos uns aos outros, com fidelidade, com ternura. Não vos preocupeis com os espinhos da estrada, nem com as dores. Se não tivesse havido a morte não existiria a ressurreição. Então, é necessário que morram as paixões inferiores para que resplandeça a luz da verdade em nossos corações. Este é o momento de festival do ego, e as forças tenebrosas de ontem, de hoje e um pouco de amanhã enfrentam Aquele que é o caminho da verdade, que é a vida pelos caminhos da luta. Exultai porque conheceis Jesus, e exultai mais ainda porque Ele está anotando os vossos nomes no Livro do Reino dos Céus. Não vos deixeis aturdir pelo tumulto, mantei-te na paz a qualquer preço. Não vos preocupeis com aqueles que se vos fazem inimigos. Que vós cuideis de não ter inimigos, não ser, porque muitos outros passarão pelo caminho para vos esbordoar em nome Daquele que recebeu a bofetada tendo as mãos atadas as costas, porque o Evangelho é o renascer da vida que nos chega na segunda volta de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ide e vivei o Evangelho, avançai no rumo certo da verdade e amai a qualquer preço. Não há outra alternativa senão o amor para este momento de total integração no espírito da vida. Que nos abençoe o Mestre de todos nós e recebei o abraço afetuoso dos Espíritos espíritas que aqui estamos convosco nestes dias de conquista da plenitude espiritual. Muita paz, meus amigos, e o carinho do servidor humílimo e paternal de sempre. Bezerra.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

domingo, 17 de março de 2019

Divaldo Franco no Paraná XXI Conferência Estadual Espírita

16 de março de 2019
Em continuidade às atividades inerentes ao magno evento da Federação Espírita do Paraná, Divaldo Franco, Embaixador da Paz no Mundo, servidor dedicado e fiel de Jesus, concedeu à Rede Massa de Televisão – SBT – uma entrevista comentando assuntos variados e de profundo significado.
Semeando a Boa Nova nos corações juvenis, Divaldo Franco respondeu a diversas perguntas adrede preparadas pelos jovens nos encontros em seus Centros Espíritas. O evento foi designado por: Momento - Jovens com Divaldo. Os temas giraram em torno do suicídio, notadamente entre os jovens, o livre-arbítrio, a ética, as obsessões, os impulsos avassaladores experimentados na juventude, os pensamentos e sua importância, a dinâmica para substituir pensamentos negativos pelos positivos.
Divaldo alertou que as situações mudam sistematicamente, recordando orientação de Emmanuel para Chico Xavier, quando instou o médium mineiro a escrever a seguinte sentença levando em consideração os aspectos positivos ou negativos da vida: “Isto também passa”. Asseverou ser necessário lutar contra as inclinações más, e que o amor ao outro deve se fundamentar nos valores de ordem superior e não nas aparências, sempre frágeis. Frisou que o amor é para sempre e que as ilusões sexuais são passageiras.
Sobre as influências dos Espíritos maus, o médium baiano destacou que eles costumam constranger, submetendo as suas vítimas, exigindo-lhes obediência. É necessário, frisou, não se deixar contaminar pela violência nem pelas tragédias, pois que são de todos os tempos e acompanham o homem que ainda não se moralizou o suficiente. Quando o amor se estabelece na base da sexualidade é sempre abrasador e fugidio.
Exortou os jovens a se tornarem cidadãos dignos, responsáveis, bons, testemunhando com tranquilidade os atos violentos e a própria violência. A criatura humana é a mesma, independente de lugar. É importante honrar a Pátria, desenvolvendo valores educacionais, aprendendo a tornar o País pacífico, próspero, cumprindo seus deveres para com a Pátria e à sociedade, desenvolvendo valores éticos, forjando caráter ilibado.
As relações familiares devem ser cultivadas em bom nível, diminuindo ou extinguindo os conflitos entre pais e filhos, lembrando que há, hoje, muitos pais que são ausentes nas vidas de seus filhos, quando deveriam se dar aos filhos, pois que o amor requer contato físico e que o respeito deve ser por amor e nunca por temor.
O papel dos pais, salientou o nobre médium, é o de educador, de desenvolver e estimular os bons hábitos, acolhendo seus filhos, antes que se percam nos desvãos da sociedade humana. Como educador por mais de setenta anos, Divaldo que já educou mais de cento e trinta mil, disse que pais e filhos têm sede de amor e que necessitam de carinho mútuo.
Finalizando o proveitoso encontro, Divaldo discorreu sobre as artes e a música, orientando para o discernimento entre o que é bom e belo e o que é perniciosos ao homem, o que é ético e estético. Estimulando os jovens presentes, disse-lhes que o futuro já chegou, pois que o futuro são os jovens da atualidade, ávidos por informação de qualidade e de alto nível.
Antes do Seminário Luz nas Trevas desenvolvido por Divaldo Franco, Wagner de Assis, cineasta, apresentou dados sobre o filme que retratará a vida de Allan Kardec, seu legado, a importância na história da humanidade, e que deverá ser lançado em 16 de maio de 2019, bem como, destacou a ação dos benfeitores viabilizando o filme.
Divaldo Franco, traçou os acontecimentos preparatórios para o evento que massacraria os huguenotes, - protestantes - e que foram perpetrados pelos soberanos católicos da França. O evento que ficou conhecido com a Noite de São Bartolomeu ocorreu em 24 de agosto de 1572, cujas repercussões se estenderam no tempo. Em sua narrativa, Divaldo detalhou os preparativos, as vilanias, as tramas e manobras, sempre atendendo e visando o poder temporal de reis e rainhas, de religiosos e leigos. O massacre dos protestantes tingiu de sangue o Rio Sena.
Foi uma das páginas mais negras da intolerância e das paixões humanas que se desdobrou no tempo. Em 14 de julho de 1789, novamente em Paris, outra revolução aconteceu. Foi a tomada da Bastilha, um castelo medieval transformado em um paiol de pólvora, o maior da Europa. Os guardas, desatentos, foram dominados e a revolução se alastrou, apresentando resistência por parte da nobreza, sem contudo oferecer qualquer impedimento maior.
Os inimigos, aprisionados, julgados e condenados são submetidos ao guilhotinamento, decepando um sem número de cabeças. O terror tomou conta da França. A revolução preconizava a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade. Buscando a pacificação francesa, Napoleão Bonaparte se torna imperador em 02 de dezembro de 1804, ao mesmo tempo em que desmoraliza o Papa da época.
A História é caprichosa, e em 04 de outubro de 1804, portanto dois meses antes, nascia em Lyonum menino de nome Hippolyte Léon Denizard Rivail se tornando influente educador. Mais tarde, sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do Espiritismo. Hippolyte foi dedicado discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi, emérito educador.
As luzes de Jesus alcançaram novamente a Terra, e a Doutrina Espírita se tornou realidade através do trabalho hercúleo de Allan Kardec sob inspiração dos Espíritos de escol, no histórico 18 de abril de 1857. O mundo estava em grandes transformações. Os ideais franceses ecoaram em Minas Gerais, e Tiradentes, o Mártir da Independência, pela sua postura ousada e desafiando as autoridades meramente temporais, é enforcado e esquartejado. Uma nova revolução se iniciou. Era a revolução filosófica espírita, lançando luzes sobre as sombras da ignorância e do radicalismo.
Os Benfeitores deram a sua assistência e acompanhamento à novel doutrina. Era o Espírito da Verdade, o Paracleto, a acolher o povo súplice e carente de afeto e amor. As manchas sociais vão sendo dissolvidas pelos doces e amorosos ares da caridade.
Diversas catástrofes continuaram a ocorrer, e a miséria humana estorcega, resistindo a ação saneadora que chega aos homens através da Doutrina Espírita. Há resistências, contudo, o amor do Cristo vive no coração de muitos, testemunhando fé e confiança. As paixões estertoram, porém, com o pensamento em Cristo, Aquele que é o Caminho da Verdade e da Vida, possibilitará ao homem encontrar Deus em seu interior, pois que a presença divina na sua criatura é um fascículo de luz divina em cada um. É a Era Nova. O Consolador se apresenta em Paris, ainda com cicatrizes, porém, mais pacificada. Nem tudo está pacificado, há resistências. Jesus convoca o Espírito Ismael preparando o Brasil para receber o Consolador Prometido. Assim, os franceses protagonistas da Noite de São Bartolomeu e da Queda da Bastilha, cerca de dois milhões, deveriam reencarnar em terras brasileiras, onde encontrariam receptividade ao Espiritismo. Tudo preparado, a miscigenação de europeus, africanos negros e índios nativos e as bênçãos de Espíritos de escol, o Espiritismo floresceu na Pátria do Cruzeiro em meio as almas generosas.
Mais um passo haveria de ser dado, isto é, levar o Espiritismo de volta para a Europa e outras partes da Terra, confirmando o Brasil como Pátria do Evangelho, coração do Mundo.
Assim, a partir do dia 15 de agosto de 1967, pelas ações corajosas de Divaldo Franco, o desbravador, secundado por outros brasileiros radicados no estrangeiro, o Espiritismo passou a ser difundido através de ações doutrinárias, divulgando a Doutrina Espírita, consolando e enxugando lágrimas, fundando instituições espíritas em várias cidades ao redor do Planeta, apresentando Jesus de Nazaré, Aquele das Bem-Aventuranças. Países de regimes totalitários foram sendo conquistados amorosamente, pacientemente.
A história do Espiritismo na Europa, nas Américas e outras regiões da Terra, deverá ser contada com a inclusão de um nome singular: Divaldo Pereira Franco, o Arauto de o Evangelho de Jesus Cristo, alma brasileira que acendeu a chama do Espiritismo nos cinco continentes e que é mantida acesa pela ação de muitos brasileiros residentes no Exterior.
“A história é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”. (Marco Túlio Cícero – Filósofo Latino).
“Uma filosofia superficial leva a mente humana ao materialismo, mas uma filosofia profunda conduz a mente humana a verdadeira religião (Lord Bacon).
São duas límpidas e profundas sentenças, enaltecendo o amor que canta um hino à beleza e à verdade.
Encerrando a notável conferencia, Divaldo Franco ressaltou a assertiva que Allan Kardec cunhou: Trabalho, Solidariedade, e Esperança, significando que é necessário possuir coragem para viver os postulados da Doutrina Espírita nos embates diários com as sombras. O homem, para que possa espelhar e expressar Jesus em sua alma carente de Sua presença, terá que resistir aos arrastamentos, construindo o mundo de regeneração.
Declamando o Poema Meu Deus e meu Senhor, de Amélia Rodrigues, Divaldo foi efusivamente aplaudido pelo considerável público que, envolvido em bênçãos, se movimentava paciente e calmamente demandando seus locais de repouso. O amplo ambiente estava tomado de vibrações benfazejas, atendendo cada presente.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke


sexta-feira, 15 de março de 2019

Divaldo Franco no Paraná Ponta Grossa

14 de março de 2019.

Conferência Pública
O Arauto do Evangelho e da Paz, Divaldo Franco, tendo vindo pela primeira vez no Paraná em 1954, jamais deixou de retornar à terra das araucárias. Nesta atual jornada, cumprindo compromissos com a XXI Conferência Estadual Espírita, em atividade no interior do Estado, esteve em Ponta Grossa, no Clube Princesa dos Campos, para apresentar o tema a Consciência Humana, atendendo a expectativa de cerca de duas mil pessoas.
Recebido com grande gáudio pelas lideranças espíritas locais, regionais e estadual, representada pelo 1º Vice-Presidente da Federação Espírita do Paraná, Luiz Henrique da Silva, Divaldo foi recepcionado pelo Coral Vozes de Francisco. Juan Danilo Rodríguez brindou o público executando e cantando linda canção ao violão.
A mitologia grega, disse Divaldo, serve de base para a interpretação das análises psicológicas, tanto as de Sigmund Freud, quanto as de Carl Gustav Jung. Discorrendo sobre o desentendimento havido entre Zeus e sua mulher Hera, envolvendo percepções de cada um, Tirésias foi chamado para dirimir as dúvidas do casal mitológico. Tendo desagradado a Heras, essa cegou-o. Zeus, não querendo perturbar ainda mais o relacionamento, decidiu não anular a cegueira imposta a Tirésias, porém, concedeu-lhe um benefício: deu-lhe o poder da visão interior, isto é, dotou-o de qualidades iluminadas do mundo interior. Assim, Tirésias realizou a viagem para o seu interior.
O ser humano, ao viajar para dentro de si, descobre as possibilidades de viver as metas do porvir, o vir a ser. Ele consegue estabelecer objetivos e os meios de realizar o progresso. O Livro dos Espíritos é uma obra que faculta ao homem conhecer o caminho, bem como, traçar rotas para a conquista da plenitude. Nesta grande obra, a questão 621 discorre sobre a consciência, o repositório da lei de Deus.
Divaldo, detentor de enorme experiência e conhecimento, através de inúmeros exemplos foi analisando os homens e seus graus de consciência, uns ainda permanecendo em estado de sono consciencial, amando mais os objetos e suas posses do que a Deus, independente do grau intelectual, numa dicotomia entre a inteligência e a consciência, isto é, o de postar-se alinhado com os postulados divinos ínsitos em si, ou simplesmente deixar-se conduzir pela intelectualidade sem ética.
Segundo Jung, a consciência é um estado de aquisições éticas, possibilitando a autoiluminação, a consciência de si. Este postulado está em perfeito acordo com O Livro dos Espíritos. A ética é a base de toda a cultura ocidental, Porém, Aristóteles, discípulo de Platão, apregoa que é necessário acrescentar outro componente para o desenvolvimento da consciência, a estética. A Doutrina Espírita, em seu conjunto, é um tratado de ética e de estética.
Cabe a cada ser humano optar por um sentido para a sua vida: o material ou o transcendental. Jesus, o modelo e guia para a humanidade, é o exemplo máximo de alguém dotado de ampla consciência apoiada na ética e na estética. A Doutrina Espírita se constitui em valioso instrumento para a erradicação dos erros e a superação das dificuldades emocionais.
Divaldo Franco fez importante e preocupante revelação. Segundo informações recebidas de Espíritos Benfeitores, quase 10% da Humanidade está depressiva. Assim, segue o orador por excelência, o vazio existencial deve ser preenchido através da realização de uma viagem interior, descobrindo o homem novo, ainda em estado de sono e que deve ser desperto com as ações no bem. Através das reencarnações sucessivas, o ser humano irá encontrar o Deus interno, no âmago de seu coração.
Há necessidade de a criatura humana estabelecer uma ética para a vida. O Espiritismo é um repositório de ética e de estética. Na senda do progresso, o homem poderá optar pelo SER ou pelo TER. A caridade é um instrumento imprescindível na evolução do homem, que optando por fazer o bem para si e para o outro, desenvolve o amor, e quando for orar deverá haver sinceridade no ato.
Encaminhando-se para o encerramento, Divaldo Franco asseverou que a humanidade transita por um momento grandioso, onde cada um deve sorrir mais, cumprimentar as pessoas, ser solidário, aprender a descobrir os invisíveis, os que são catalogados pela sociedade humana como miseráveis, os malcheirosos, os abandonados, auxiliando-os, acolhendo-os.
Divaldo Franco exortou o público a descobrir a alegria de viver, pois que a vida é rica de valores, principalmente aqueles que são empregados em benefício do próximo. Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, o evento foi encerrado e bênçãos se fizeram presente na intimidade de cada um, retemperando o ânimo para a prática da ética e da estética, do desenvolvimento da consciência segundo a Lei Divina. O público, postando-se de pé, aplaudiu o orador demonstrando a sua gratidão.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

segunda-feira, 11 de março de 2019

Divaldo Franco. Seminário em Franca, SP

08-03-2019

Texto: Djair de Souza Ribeiro,  Fotos: Edgar Patrocínio
“Jesus é para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a Humanidade na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele estava animado do espírito divino e foi o ser mais puro que já apareceu na Terra".
Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, q.625.

Fundação Educandário Pestalozzi, criada (1944) a partir do ideal da professora Maria Aparecida Novelino e de seu marido o médico Dr. Tomás Novelino ofereceu as dependências de seu ginásio esportivo para acomodar as mais de 1.100 pessoas que se reuniram para ouvir Divaldo Franco apresentar o seminário “Jesus e a Atualidade”.
Divaldo inicia o Seminário fazendo referência ao filósofo latino Marco Túlio Cícero (106 aC-43aC), citando-o pela frase: “A história é a pedra de toque1 que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”.
A história da humanidade – com seus erros e acertos - é um documento vivo a retratar o processo evolutivo da Sociedade humana. Ações tidas como heroicas, benfazejas na época em que foram realizadas, são mais tarde – pela sucessão do tempo – evidenciadas com equívocos desastrosos uma vez apuradas as consequências de tais atitudes.
Grandes revoluções, detentoras de planos e projetos maravilhosos, apresentam resultados frustrantes e decepcionantes, pois aqueles que as conceberam tinham a alma avassalada por propósitos enganosos por serem inferiores, o que os impossibilitavam de realizar ações de desenvolvimento ou de libertação.
O mundo dos dias de hoje está repleto de enganosas passagens prometendo a felicidade: Fama e visibilidade, beleza física, poder, fortuna. São, contudo, “portas” ilusórias, permitindo a entrada da criatura, sem, contudo oferecer-lhe uma saída que não seja a dor e o sofrimento.
“Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que levam à perdição, e muitos são os que entram por esse caminho. Porque estreita é a porta e difícil o caminho que conduzem à vida, apenas uns poucos encontram esse caminho! Pelo fruto se conhece a árvore”. (Mateus 7:13 e 14)
A partir dessa constatação, Divaldo nos conduz a uma jornada pelos fatos mais marcantes da humanidade ressaltando a necessidade de conhecermos as pretéritas ocorrências da Sociedade para reflexionarmos a respeito dos fatos históricos, a fim de melhor podermos compreender a realidade dos dias atuais.
Jesus, Modelo, Guia, Mestre, Irmão, mas acima de tudo o Amigo incondicional de todos nós e que dividiu a história da Humanidade em antes e depois Dele.
Carl Gustav Jung utiliza-se das qualidades de Jesus como referência para o biótipo numinoso2nível que lograríamos alcançar ao final do largo processo de Individuação3.
Não é, portanto, sem justificativa que Jesus declara: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida". João 8:12.
Discorrendo sobre as circunstâncias que precederam a vinda de Jesus bem como aquelas outras que predominaram enquanto o Mestre aqui conosco esteve, Divaldo inicia sua narrativa dos fatos históricos pela fundação de Roma e posteriormente dos seus 2 triunviratos focando maiores detalhes em torno do período em que Caio Júlio Cesar militar romano conduziu a transformação da República Romana para o Império Romano um gigante da sociedade patrícia, mas que mesmo assim foi traído por parte do Senado e morto a punhaladas.
Júlio Cesar é sucedido pelo segundo triunvirato formado por Marco AntônioMarco Emílio Lépido e Caio Júlio Cesar Otaviano Augusto, que encerra o triunvirato - após as mortes dos outros dois integrantes - restabelecendo a República Romana e governando com reconhecidos valores morais buscando, dessa forma, reparar os equívocos e excessos perpetrados por Júlio Cesar.
Foi um período de muita paz e progresso para os Romanos. Sabiamente Otaviano Augusto compreendera que um povo só é feliz quando está em paz. Porém, a paz somente é possível quando existe moralidade a começar pelos seus governantes para servir de modelo aos governados.
Após essa jornada pelos fatos históricos que forneceu a oportunidade de nos situarmos no ambiente sócio e político que predominava no início da Era Cristã, Divaldo envereda agora pelos fatos envolvendo a chegada de Jesus ao Mundo.
Foi durante o governo de Otaviano Augusto que nasce na humilde aldeia de Belém Aquele que seria o Modelo e Guia de toda a humanidade: Jesus.
Com prodigiosa memória, Divaldo narra com incrível nível de detalhamento as circunstâncias envolvendo Jesus, extraídas da leitura por ele realizada em 62 obras biográficas, entre as quais destaca “Vida de Jesus” do autor brasileiro Plinio Salgado.
Em seguida Divaldo nos transporta em pensamento até a Palestina da época de Jesus narrando:
As cenas envolvendo o nascimento de Jesus na aldeia de Belém, esclarecendo sobre o equívoco na sua datação.
Discorre sobre a construção do segundo Templo e informa-nos de Herodes, o Grande e suas loucuras para preservar o poder.
Fala-nos sobre a primeira vez que Jesus falou em uma Sinagoga e a tentativa de seus irmãos – filhos de José com a primeira esposa – para calá-Lo.
Descreve com rara emoção os fatos e acontecimentos envolvendo a convocação dos Apóstolos.
E a digressão histórica segue com Divaldo extasiando-nos a todos com as poéticas narrativas que transportou nossa mente à Palestina dos tempos Evangélicos com suas paisagens, das flores e dos perfumes, a brisa suave e o Mar da Galileia.
Encerrada a excursão referente aos fatos históricos Divaldo vem agora nos falar de Jesus em ação.
Divaldo nos fala do homem Jesus que revoluciona a humanidade ao nos falar de um sentimento antes nunca abordado pelos expoentes das diversas religiões: o AMOR.
Jesus vem nos apresentar a proposta superior para a vivência da vida em sua plenitude mediante a eleição de um propósito superior para a vida: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Em Jesus sempre encontraremos a pedagogia mais segura para o comportamento ideal diante das situações agressivas destes e de todos os dias tumultuosos.
Divaldo foca as palavras de Jesus no Sermão da Montanha e nas Bem-aventuranças base dos ensinamentos do Mestre (“Se o Evangelho de Jesus é o coração da Bíblia, o Sermão da Montanha é a alma do Evangelho”Huberto Rohden). Revelando a importância do Sermão da Montanha para a Humanidade, o Mahatma Gandhi afirmou: “Se se perdessem todos os livros sagrados da humanidade, e só se salvasse O Sermão da Montanha nada estaria perdido”. 
É no evento das Bem-aventuranças que Jesus nos ilumina com as qualidades que devemos desenvolver para obtermos o Reino dos Céus:
·         Humildade (Bem-aventurados os humildes porque será deles o reino dos céus);MANSUETUDE (Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a terra); MISERICÓRDIA(Bem-aventurados os misericordiosos porque obterão misericórdia);
·         Paz (não violência) (Bem-aventurados os pacificadores porque eles serão chamados filhos de Deus);
·         Pureza de coração (Bem-aventurados os puros de coração porque eles verão a Deus)
·         Desenvolvimento da Resignação (Bem-aventurados os que choram porque serão consolados; Bem-aventurados os que têm fome de justiça porque serão saciados; Bem-aventurados os perseguidos porque será deles o Reino dos Céus).
Divaldo vai repassando várias passagens do Evangelho elaborando os detalhes e esclarecendo pormenorizadamente as ações de Jesus, iluminando-nos.
Divaldo arremata. Jesus segue sendo o Caminho para a Verdade e para a Vida, para os enfrentamentos de múltiplos desafios da atualidade.
Jesus nos mostra uma vida rica de lições que, observadas e seguidas, possibilitarão o triunfo do ser humano durante a jornada da sua reencarnação.

1 Pedra de toque: Originalmente era uma pedra dura usada para determinar a pureza do ouro e da prata. Figuradamente significa algo que serve para avaliar a verdadeira natureza de algo. Separar o falso do verdadeiro.
2 Numinoso. Termo criado pelo teólogo alemão Rudolf Otto (1869-1937) em a obra O Sagrado e cuja aplicação foi popularizada por Carl Gustav Jung; Originada do latim Numem – luz, energia luminosa – é empregada como referência ao estágio superior que a Consciência atinge: Transcendência do Eu. Veja a obra Triunfo Pessoal de Joanna de Ângelis, capítulo 11, A Individuação.
3 Individuação é a unificação do Ego com o Inconsciente em um processo de conquista da totalidade da nossa personalidade, ou seja, de nos conhecermos e de nos tornarmos inteiro. Caminhamos para a integração quando começamos o nosso processo de autoconhecimento. Veja a obra Triunfo Pessoal de Joanna de Ângelis, capítulo 11, A Individuação, Item O Numinoso.

(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

sexta-feira, 8 de março de 2019

Divaldo Franco em Itumbiara, MG

06-03-2019.

Texto: Djair de Souza Ribeiro,  Fotos: Edgar Patrocínio

JESUS E A ATUALIDADE
O teatro Maria Pires Perillo, da cidade de Itumbiara no estado de Goiás, foi, uma vez mais, o local escolhido pelos organizadores do evento para acolher com conforto um público de 1000 pessoas para participarem do seminário Jesus e a Atualidade proferido pelo tribuno Divaldo Franco.
Tomando a palavra Divaldo pontua que os dias atuais apresentam-se conturbados pelas escolhas que a Humanidade vem fazendo. As ambições exacerbadas conduzem as inteligências mesmerizadas pela posse, da fama, da glória, resultando nas disputas sem sentido e na beligerância gratuita e cruel.
A atualidade necessita com urgência de Jesus, Mestre, Modelo, Guia, Irmão e terapeuta em atendimento de emergência, com o objetivo de evitar a queda da Criatura no abismo.
A partir dessa constatação, Divaldo realiza um périplo pelos fatos mais marcantes da humanidade ressaltando a necessidade de conhecermos as pretéritas ocorrências da Sociedade para reflexionarmos a respeito dos fatos históricos, a fim de melhor podermos compreender a realidade dos dias atuais.
Discorrendo sobre as circunstâncias que precederam a vinda de Jesus bem como aquelas outras que predominaram enquanto o Mestre aqui conosco esteve, Divaldo inicia sua narrativa dos fatos históricos pela fundação de Roma e posteriormente dos seus 2 triunviratos focando maiores detalhes em torno do período em que Caio Júlio Cesar militar romano conduziu a transformação da República Romana para o Império Romano um gigante da sociedade patrícia, mas que mesmo assim foi traído por parte do Senado e morto a punhaladas.
Júlio Cesar é sucedido pelo segundo triunvirato formado por Marco Antônio, Marco Emílio Lépido e Caio Júlio Cesar Otaviano Augusto, que encerra o triunvirato - após as mortes dos outros dois integrantes - restabelecendo a República Romana e governando com reconhecidos valores morais buscando, dessa forma, reparar os equívocos e excessos perpetrados por Júlio Cesar.
Foi um período de muita paz e progresso para os Romanos. Sabiamente Otaviano Augusto compreendera que um povo só é feliz quando está em paz. Porém, a paz somente é possível quando existe moralidade a começar pelos seus governantes para servir de modelo aos governados.
Após essa jornada pelos fatos históricos que forneceu a oportunidade de nos situarmos no ambiente sócio e político que predominava no início da Era Cristã, Divaldo envereda agora pelos fatos envolvendo a chegada de Jesus ao Mundo.
Divaldo faz referência ao filósofo latino Marco Túlio Cícero (106 aC-43aC), citando-o pela frase: “A história é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”. Dezesseis séculos mais tarde com base nas palavras de Cícero, Francis Bacon (1561-1626) o filósofo inglês observou: “Uma visão superficial da filosofia leva a mente humana ao ateísmo, mas a profundidade da filosofia leva-a para a religiosidade”.
Foi durante o governo de Otaviano Augusto que nasce na humilde aldeia de Belém Aquele que seria o Modelo e Guia de toda a humanidade: Jesus.
A digressão histórica segue com Divaldo extasiando-nos a todos com as poéticas narrativas que transportou nossa mente à Palestina dos tempos Evangélicos com suas paisagens, das flores e dos perfumes, a brisa suave e o Mar da Galileia.
Divaldo nos fala do homem Jesus que revoluciona a humanidade ao nos falar de um sentimento antes nunca abordado pelos expoentes das diversas religiões: o AMOR.
Jesus vem nos apresentar a proposta superior para a vivência da vida em sua plenitude mediante a eleição de um propósito superior para a vida: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Em sua abordagem Divaldo nos apresenta Joseph Ernest Renan (1823-1892) escritor, filósofo, teólogo e historiador Francês que publicou em 1861 a Obra “A Vida de Jesus” livro no qual Renan não chama a atenção somente pela grandiosa e intensa pesquisa histórica nele envolvido, mas também pela maneira com que expõe a biografia de Jesus, apresentando, no transcurso da leitura, não o Jesus crucificado, mas, o Jesus cheio de vida do Sermão da Montanha.
Para Ernest Renan Jesus é “Um homem incomparável” frase esta que contrariou o pensamento religioso dogmático que considera Jesus como a manifestação de Deus. Discorrendo, ainda, sobre algumas análises elaboradas por destacados estudiosos Divaldo aborda o pensamento da psicanalista Dra. Hanna Wolff, que considera Jesus o maior psicoterapeuta que já existiu. Suas análises e considerações estão reportadas em o livro “Jesus Psicoterapeuta”.
Seguindo em sua exposição, Divaldo, com a simplicidade própria daqueles que dominam com profundidade o tema que expõe, vem nos falar do modelo de Aparelho Psíquico baseado na Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung.
Para Jung, o EGO é o centro do campo do consciente, a parte da psique onde nossa consciência reside, o nosso sentido de identidade e existência. O Ego organiza nossos pensamentos, sentimentos, sentidos, e intuição, e regula o acesso à memória. É a parte que liga os mundos internos e externos, formando como nos relacionamos com aquilo que é externo a nós.
INCONSCIENTE PESSOAL armazena os conteúdos de todas as experiências e percepções da vida presente (encarnação atual). Ali estão todos os registros desde o momento em que se encarna, mesmo que o indivíduo (a criança p.ex.) não tenha consciência disso. Todas as observações, dores, alegrias e fatos corriqueiros ali são armazenados e alimentarão a formação futura do Eu.
INCONSCIENTE COLETIVO é a camada estrutural da Psique. Que contém toda a herança espiritual da evolução da criatura, correspondendo às experiências vivenciadas por cada indivíduo no processo da evolução, passando pelas etapas reencarnacionistas, nas quais transitou nas diversas fases do desenvolvimento intelecto e moral de si mesmo.
OS ARQUÉTIPOS A palavra arquétipo se origina do grego arkhe, que significa o primeiro, e typon, que significa marca, modelo os arquétipos estão localizados. São os registros evolutivos de nossas experiências transatas e que se aglutinam em torno de núcleos (pai-, mãe, filho, cidadão etc.).
A SOMBRA: A sombra é a parte mais escura e negada da personalidade e está associada aos comportamentos, sentimentos e fantasias proibidos, sendo por isso a parte inferior e indiferenciada da consciência. Portanto, ela é uma unidade complexa possuidora de vitalidade autônoma que é fundamentalmente o negativo de cada indivíduo.
Todo ser humano tem um lado sombrio que começa a se desenvolver na infância como consequência da repressão ou da negação de sentimentos indesejáveis. Percebemos a nossa sombra quando sentimos inexplicavelmente rancor, antipatia por alguém, ou quando descobrimos em nós algo inadmissível, ou mesmo quando nos sentimos influenciados pelo ciúme ou vergonha.
ANIMA E ANIMUS: Na psique feminina PREDOMINAM as atitudes e sentimentos de ternura, resignação, espiritualidade, maternidade etc. Não se trata de predicados EXCLUSIVOS da mulher, mas que dominam mais fortemente o psiquismo feminino.
Já na psique masculina PREDOMINAM as atitudes e sentimentos de audácia, bravura, arrojo etc.
Há mulheres que complementam essas qualidades, com atitudes e sentimentos que predominam na psique masculina. Nesses momentos atua o arquétipo ANIMUS.
PERSONA: A palavra Persona designava na antiga Grécia a máscara que os atores utilizavam para as suas atuações. Elaborar a Persona é natural e necessário e não tem nada de NEGATIVO. O problema é o indivíduo deixar-se dominar pela Persona.
Finalmente vem o SELF que é o Diretor Geral, o Presidente do Psiquismo. O Self, de acordo com Jung, é o Centro Regulador e Coordenador da nossa vida Psíquica, que corresponde SIMBOLICAMENTE à imagem de Deus (Imago Dei) que temos em nós. O Self não é somente o centro, mas a circunferência total, que abarca tanto o Consciente quanto o Inconsciente. É o centro dessa totalidade, assim como o Ego é o centro da Consciência.
Nós Espiritas consideramos o SELF a Energia Pensante – Espírito – criado por Deus.
Com esses conceitos básicos, - especialmente dos arquétipos Anima e Animus - agora comunizados entre todos os participantes, Divaldo elabora com rara maestria e a segurança típica a ele conferida pelo cabedal de conhecimento e de vivência do amor do Cristo aborda a questão da homossexualidade.
À luz da Lei de Ação e Reação, da Reencarnação e baseado nas Divaldo esclarece que a homossexualidade decorre de equívocos transatos produzidos pelas paixões desgovernadas levando ao malbaratamento da função sexual. 1
Diante dessa clara exposição dos fatos, fica nítido que não nos cabe qualquer preconceito em relação às opções do uso – digno - da sexualidade, mas por outro lado não podemos concordar com as agressões infundadas e desrespeitosas que alguns poucos – atormentados pelos conflitos e complexos, ou ainda em busca da visibilidade e fama fácil – ofendam a dignidade das pessoas, atacando a imagem sempre respeitosa de Jesus.
Nesse instante Divaldo cita Martin Luther King Junior que diante dos ataques caluniosos e preconceituosos dos desequilibrados afirmou: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. É sob o silêncio cúmplice dos decentes que alguns dos maiores crimes são praticados.
Sem ódios ou enfrentamentos beligerantes nós não devemos nos calar. Seja com os ataques soezes de uns poucos fanáticos ou diante do preconceito de raça, gênero ou RELIGIÃO.
É necessário que despertemos e busquemos um sentido psicológico profundo para a nossa existência que não seja as conquistas materiais e a entrega aos prazeres das sensações malbaratadas.
O amor deve ser sempre o ponto de partida de todas as aspirações e a etapa final de todos os anseios humanos.
Equivocadamente o sexo é considerado - por um grande contingente de pessoas - como sinônimo de amor.
Todavia, o sentimento do amor é muito mais amplo e abrangente, uma vez que representa a somatória dos sentimentos e anseios que formam a base de nossas ações no bem.
O sexo, desacompanhado do amor, é SENSAÇÃO herança do instinto dominador, enquanto que o amor é a EMOÇÃO a ser conquistada pelos caminhos da elevação espiritual e moral.
Quando o sexo se impõe sem o amor, a sua passagem é rápida, frustrante e insaciável.
O amor é permanente, enquanto as sensações, o sexo é transitório.
O amor felicita, proporcionando alegrias duradouras. As sensações agradam e desaparecem ávidas, como fogo que arde e consome o combustível, pra em seguida se tornar em cinzas que se esfriam.
As sensações tomam conta dos sentidos e respondem pelas paixões descontroladas, pelos conflitos da insatisfação, que levam ao crime e ao desespero, pois, ao eleger como objetivo imediato e impostergável, o atendimento dos desejos do desequilíbrio sexual, é responsável pela alucinação que vige nos grupos e indivíduos perturbados.
Jesus vem nos trazer sua mensagem para deixarmos os pântanos das emoções descontroladas atreladas às sensações impostas pelos instintos.
Veio nos falar do AMOR quando nos estimula ao maior dos mandamentos: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”.
Não há, portanto, razão para nos deixarmos envolver pelo manto de pessimismo que os dias atuais vêm cercando a sociedade.
Não devemos valorizar o mal que pulula à nossa volta e nem permitir que nos tirem a paz e a alegria de viver.
Em que pese os dias tumultuosos da atualidade onde as aflições, ódios, intolerâncias, sofrimentos e violências, dias em que as pessoas – ao invés de se amarem umas às outras como preconizado por Jesus – elegem se armarem umas contra as outras – no âmbito material e emocional - urge aceitar e viver a proposta de Jesus, amando mais, tornando-nos, assim, mais gentis, tolerantes, pacíficos e mansos de conformidade com os ensinamentos registrados no Sermão da Montanha, permitindo a formação de uma humanidade mais justa e feliz.
Embalando a todos nas suaves estrofes do Poema da Gratidão, Divaldo encerra a conferência, permitindo-nos sentir a presença do amor incondicional de Jesus a nos envolver.

1 Para melhor compreender esse tema, tomamos a liberdade de sugerir a leitura das seguintes obras:
·         Capítulo 7 (Homossexualidade) de o livro Sexo e Consciência, organizado por Luiz Fernando Lopes, LEAL.
·         Capítulos 5 (Sombras e Dores do Mundo), 6 (Destino e Sexo) e 15 (O Passado Elucida o Presente) de o livro Loucura e Obsessão de autoria do espírito Manoel Philomeno de Miranda pela psicografia de Divaldo Franco, LEAL.
·         Capítulo 15 (Sexo e Obsessão) e também o 16 (O Reencontro) de o livro Sexo e Obsessão, de autoria do espírito Manoel Philomeno de Miranda pela psicografia de Divaldo Franco, LEAL.
·         Questões 200. 201 e 202 de O Livro dos Espíritos.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Divaldo Franco - 35° Congresso Espírita do Estado de Goiás Goiânia

Família, Vida e Paz, Goiânia
05 de março 2019

Texto: Carlyne Paiva,  Fotos: Edgar Patrocínio


No dia 05 de março de 2019, terça-feira de carnaval, Divaldo Franco realizou o seminário, de temática central “Família, vida e Paz”, no 35ᵒ Congresso Espírita do Estado de Goiás , organizado pela FEEGO.
Para abordar o tema proposto, Divaldo iniciou sua fala relembrando ao público presente sobre o mito de Tirésias, originado na Grécia Antiga, em que este famoso profeta de Tebas  foi cegado por Hera ao decidir uma questão a favor de Zeus:  ele sabia que a sua decisão levantaria a ira do o deus derrotado.
Tirésias dá razão a Zeus, dizendo que a mulher ama mais que o homem, deixando, assim, Hera, furiosa por sua derrota. Mas Zeus, compadecido e em recompensa por Tirésias ter dado a ele a vitória, deu-lhe o dom da previsão, da visão interior, pois cego para as coisas externas, poderia concentrar-se mais em seus valores internos.
Esse mito pode ser considerado uma reflexão à proposta psicológica eminentemente terapêutica de harmonia dos relacionamentos humanos, não apenas os de natureza sexual, mas também aqueles que dizem respeito a sexualidade.
Sobre a questão da visão anterior, que pode ser considerada a do mundo, e a visão atual, a do ser, Divaldo convida a rememorar Platão em um de seus diálogos, “A República”, mencionando que a   verdadeira felicidade humana depende de uma ética: sistema de valores através dos quais o indivíduo tem a paz da sua consciência. A ética é de natureza abstrata, sendo somente uma informação de natureza equilibrante. Este mesmo princípio ético é citado por   Sócrates, em uma famosa frase, para quem foi-lhe dada a autoria, mas que advém dos sete sábios da Grécia antiga: “conhece-te a ti mesmo”. Na questão 919, d’O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta: “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?” e obtém como resposta: "Um sábio da antiguidade vo-lo disse: conhece-te a ti mesmo."
 Para Platão, a verdadeira ética é o sentido de equilíbrio do indivíduo perante o próximo, a sociedade e a si mesmo, porque somente o ser humano que tem a responsabilidade pelo autoconhecimento é capaz de compreender e confraternizar. 
Ao ser sentenciado por seus acusadores, Sócrates optou em morrer, pois estava mais preocupado em ser um indivíduo ético, sem tentar se defender em absoluto, porque, para ele, não era ética, a defesa.  E quando a sua esposa lhe indaga sobre o ato de não se defender, lembrando-lhe que era inocente, ele redargui dizendo que tanto assim, melhor, porque se fosse culpado, estariam fazendo justiça.
Para Divaldo, a ética é o equilíbrio, são os dizeres de Jesus, é o Amor, é nunca devolver o mal, porque quando o mal nos perturba, não nos faz mal:  se não dermos valor, ele não tem nenhum sentido. Cita Aristóteles e o ideal de beleza, afirmando ser necessário uma ética, que só possui fundamento se estiver dentro de um conceito estético, que deve estar no bom comportamento e no bem conviver.

Para desenvolver melhor sobre a ética, também menciona Saulo de Tarso, que na cidade de Damasco, carrega cartas para prender Ananias e assim desbaratar o primeiro grupo de cristãos fora de Jerusalém. Mas, eis que uma luz cinde do céu, quebrando a do sol e cegando-o. Era Jesus, que em sua ética lhe pergunta sem nenhum subterfúgio: “A quem persegues?” E, como o servo que reencontrou ao seu senhor, Saulo pergunta, em uma decisão ética “o que queres que eu faça?”.
Divaldo, numa pergunta retórica, indaga por que se aceita Jesus, para logo após responder que somente Ele preenche o vazio existencial. Este advém da visão do mundana, que é transitória. Já a visão interior é o mundo de uma concepção, é a beleza que está dentro de nós, que é deus e está miniaturizado no ser em que  se é  constituído. Por isso,  vem a necessidade do amor familiar, doméstico, pois a doutrina espírita é a do equilíbrio da família, sem que haja nenhuma submissão entre seus constituintes, mas sempre pregando a  harmonia.
Humberto de Campos, no livro:  A Boa Nova, narra um episódio em que Maria vai visitar Isabel  e enquanto as duas estão conversando, João e Jesus, que então por volta de 4 a 5 anos de idade,  vão até à beira de um precipício. Maria pergunta  a seu filho, o que fora fazer ali e ele responde-lhe: “vim tratar de assuntos de meu Pai”. Nesta passagem da vida de Jesus, duas famílias se apresentam:  a de Isabel e a de Maria, mas acima de tudo, Jesus menciona que a sua não é a família biológica, consanguínea (a mesma que tem o dever de educar para oferecer o indivíduo ao mundo), mas, sim,  a família espiritual. Nos três primeiros séculos depois de Cristo,  a verdadeira família,  do ponto de vista cristão,  é a dos homens do caminho, dos cristãos.
 Jesus não veio fundar uma religião, pois ele era o Amor. Ele coloca como fator primordial amar-se para se fazer a viagem interior do autoconhecimento, tendo em vista que,   depois do amor a si próprio, adquire-se a ética e logo após,  a estética, para amar ao próximo.

O Espiritismo não são os espíritas, o movimento espírita é o grupo de indivíduos que está em reforma íntima sob a luz abençoada da doutrina.  Logo, se alguém delinque, a decepção não deve ser com o Espiritismo, por se tratar de uma adulteração do indivíduo. A decepção deve ser com o homem. O Espiritismo exige a prática da caridade para conosco mesmo e essa prática  é a proposta de Zeus, no mito de Tirésias: é a visão interna, a iluminação, a busca do ser que somos, no corpo que estamos.
A família é o lugar que Deus colocou o ser humano para desenvolver experiências iluminativas. Afim de  exemplificar este item,  Divaldo Franco narra uma passagem da vida de Archibald Joseph Cronin, presente em seu livro autobiográfico, “Pelos caminhos da Minha vida”, escrito em 1952. Certa feita, quando estava na Itália, Cronin conheceu dois garotos, entre 10 e 12 anos, que vendiam mercadorias na rua, as quais o escritor escocês comprou, tornando-se conhecidos dos meninos. Estes, pertencentes a uma família dantes abastada, tornaram-se órfãos de guerra e recusaram-se a pedir esmolas, preferindo trabalhar. Aos domingos, pontualmente, iam visitar a irmã adoentada numa clínica de ortopedia traumatológica e trabalhavam para pagar semanalmente o tratamento desta, mostrando assim, um exemplo de família. Essas crianças não tinham pais encarnados, mas ao cuidar uns dos outros, constituíam verdadeira família.

Divaldo conta-nos ainda uma passagem de sua vida em que, andando pelas ruas de salvador, viu um  homem  desconhecido desmaiar.  Visando socorrer aquele transeunte, chamou um táxi para levá-lo a uma clínica de saúde.  Correndo até a recepção do hospital, a recepcionista aconselhou-o a não se envolver com aquele homem necessitado de auxílio, mas que não era de sua família biológica. Porém, com a insistência de Divaldo em auxiliar, o diretor do hospital intervém e presta os primeiros socorros ao homem ainda anônimo.
Já com o paciente fora de perigo, o diretor convida Divaldo para ir até a sua sala e lhe conta a história: sua mãe era descendente de alemães e seus pais vieram para o Brasil após a segunda guerra mundial. Dois anos depois seu pai morreu e sua mãe, que não falava o idioma português e que estava tendo dificuldades de adaptação em Salvador,  foi lavar roupas às famílias ricas.  Já na juventude, disse à sua mãe que queria ser médico e ela não mediu esforços para que ele pudesse estudar.  Na semana da formatura, a mãe chamou-lhe,  e ele,  por sua vez,  encontrou-a morrendo, vítima de tuberculose. E, num diálogo comovedor, a mãe falou-lhe sobre não poder ir à formatura, mesmo querendo estar presente. Por causa de episódio, tornou-se tisiologista.
Divaldo Franco, encerra sua palestra dirigindo-se aos ouvintes, agradecendo-os  de maneira comovedora e dizendo que esses integram a sua família universal e espiritual.

(Recebido em email de Jorge Moehlecke) 

(Recebido em email de Jorge Moehlecke)