domingo, 17 de março de 2019

Divaldo Franco no Paraná XXI Conferência Estadual Espírita

16 de março de 2019
Em continuidade às atividades inerentes ao magno evento da Federação Espírita do Paraná, Divaldo Franco, Embaixador da Paz no Mundo, servidor dedicado e fiel de Jesus, concedeu à Rede Massa de Televisão – SBT – uma entrevista comentando assuntos variados e de profundo significado.
Semeando a Boa Nova nos corações juvenis, Divaldo Franco respondeu a diversas perguntas adrede preparadas pelos jovens nos encontros em seus Centros Espíritas. O evento foi designado por: Momento - Jovens com Divaldo. Os temas giraram em torno do suicídio, notadamente entre os jovens, o livre-arbítrio, a ética, as obsessões, os impulsos avassaladores experimentados na juventude, os pensamentos e sua importância, a dinâmica para substituir pensamentos negativos pelos positivos.
Divaldo alertou que as situações mudam sistematicamente, recordando orientação de Emmanuel para Chico Xavier, quando instou o médium mineiro a escrever a seguinte sentença levando em consideração os aspectos positivos ou negativos da vida: “Isto também passa”. Asseverou ser necessário lutar contra as inclinações más, e que o amor ao outro deve se fundamentar nos valores de ordem superior e não nas aparências, sempre frágeis. Frisou que o amor é para sempre e que as ilusões sexuais são passageiras.
Sobre as influências dos Espíritos maus, o médium baiano destacou que eles costumam constranger, submetendo as suas vítimas, exigindo-lhes obediência. É necessário, frisou, não se deixar contaminar pela violência nem pelas tragédias, pois que são de todos os tempos e acompanham o homem que ainda não se moralizou o suficiente. Quando o amor se estabelece na base da sexualidade é sempre abrasador e fugidio.
Exortou os jovens a se tornarem cidadãos dignos, responsáveis, bons, testemunhando com tranquilidade os atos violentos e a própria violência. A criatura humana é a mesma, independente de lugar. É importante honrar a Pátria, desenvolvendo valores educacionais, aprendendo a tornar o País pacífico, próspero, cumprindo seus deveres para com a Pátria e à sociedade, desenvolvendo valores éticos, forjando caráter ilibado.
As relações familiares devem ser cultivadas em bom nível, diminuindo ou extinguindo os conflitos entre pais e filhos, lembrando que há, hoje, muitos pais que são ausentes nas vidas de seus filhos, quando deveriam se dar aos filhos, pois que o amor requer contato físico e que o respeito deve ser por amor e nunca por temor.
O papel dos pais, salientou o nobre médium, é o de educador, de desenvolver e estimular os bons hábitos, acolhendo seus filhos, antes que se percam nos desvãos da sociedade humana. Como educador por mais de setenta anos, Divaldo que já educou mais de cento e trinta mil, disse que pais e filhos têm sede de amor e que necessitam de carinho mútuo.
Finalizando o proveitoso encontro, Divaldo discorreu sobre as artes e a música, orientando para o discernimento entre o que é bom e belo e o que é perniciosos ao homem, o que é ético e estético. Estimulando os jovens presentes, disse-lhes que o futuro já chegou, pois que o futuro são os jovens da atualidade, ávidos por informação de qualidade e de alto nível.
Antes do Seminário Luz nas Trevas desenvolvido por Divaldo Franco, Wagner de Assis, cineasta, apresentou dados sobre o filme que retratará a vida de Allan Kardec, seu legado, a importância na história da humanidade, e que deverá ser lançado em 16 de maio de 2019, bem como, destacou a ação dos benfeitores viabilizando o filme.
Divaldo Franco, traçou os acontecimentos preparatórios para o evento que massacraria os huguenotes, - protestantes - e que foram perpetrados pelos soberanos católicos da França. O evento que ficou conhecido com a Noite de São Bartolomeu ocorreu em 24 de agosto de 1572, cujas repercussões se estenderam no tempo. Em sua narrativa, Divaldo detalhou os preparativos, as vilanias, as tramas e manobras, sempre atendendo e visando o poder temporal de reis e rainhas, de religiosos e leigos. O massacre dos protestantes tingiu de sangue o Rio Sena.
Foi uma das páginas mais negras da intolerância e das paixões humanas que se desdobrou no tempo. Em 14 de julho de 1789, novamente em Paris, outra revolução aconteceu. Foi a tomada da Bastilha, um castelo medieval transformado em um paiol de pólvora, o maior da Europa. Os guardas, desatentos, foram dominados e a revolução se alastrou, apresentando resistência por parte da nobreza, sem contudo oferecer qualquer impedimento maior.
Os inimigos, aprisionados, julgados e condenados são submetidos ao guilhotinamento, decepando um sem número de cabeças. O terror tomou conta da França. A revolução preconizava a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade. Buscando a pacificação francesa, Napoleão Bonaparte se torna imperador em 02 de dezembro de 1804, ao mesmo tempo em que desmoraliza o Papa da época.
A História é caprichosa, e em 04 de outubro de 1804, portanto dois meses antes, nascia em Lyonum menino de nome Hippolyte Léon Denizard Rivail se tornando influente educador. Mais tarde, sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do Espiritismo. Hippolyte foi dedicado discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi, emérito educador.
As luzes de Jesus alcançaram novamente a Terra, e a Doutrina Espírita se tornou realidade através do trabalho hercúleo de Allan Kardec sob inspiração dos Espíritos de escol, no histórico 18 de abril de 1857. O mundo estava em grandes transformações. Os ideais franceses ecoaram em Minas Gerais, e Tiradentes, o Mártir da Independência, pela sua postura ousada e desafiando as autoridades meramente temporais, é enforcado e esquartejado. Uma nova revolução se iniciou. Era a revolução filosófica espírita, lançando luzes sobre as sombras da ignorância e do radicalismo.
Os Benfeitores deram a sua assistência e acompanhamento à novel doutrina. Era o Espírito da Verdade, o Paracleto, a acolher o povo súplice e carente de afeto e amor. As manchas sociais vão sendo dissolvidas pelos doces e amorosos ares da caridade.
Diversas catástrofes continuaram a ocorrer, e a miséria humana estorcega, resistindo a ação saneadora que chega aos homens através da Doutrina Espírita. Há resistências, contudo, o amor do Cristo vive no coração de muitos, testemunhando fé e confiança. As paixões estertoram, porém, com o pensamento em Cristo, Aquele que é o Caminho da Verdade e da Vida, possibilitará ao homem encontrar Deus em seu interior, pois que a presença divina na sua criatura é um fascículo de luz divina em cada um. É a Era Nova. O Consolador se apresenta em Paris, ainda com cicatrizes, porém, mais pacificada. Nem tudo está pacificado, há resistências. Jesus convoca o Espírito Ismael preparando o Brasil para receber o Consolador Prometido. Assim, os franceses protagonistas da Noite de São Bartolomeu e da Queda da Bastilha, cerca de dois milhões, deveriam reencarnar em terras brasileiras, onde encontrariam receptividade ao Espiritismo. Tudo preparado, a miscigenação de europeus, africanos negros e índios nativos e as bênçãos de Espíritos de escol, o Espiritismo floresceu na Pátria do Cruzeiro em meio as almas generosas.
Mais um passo haveria de ser dado, isto é, levar o Espiritismo de volta para a Europa e outras partes da Terra, confirmando o Brasil como Pátria do Evangelho, coração do Mundo.
Assim, a partir do dia 15 de agosto de 1967, pelas ações corajosas de Divaldo Franco, o desbravador, secundado por outros brasileiros radicados no estrangeiro, o Espiritismo passou a ser difundido através de ações doutrinárias, divulgando a Doutrina Espírita, consolando e enxugando lágrimas, fundando instituições espíritas em várias cidades ao redor do Planeta, apresentando Jesus de Nazaré, Aquele das Bem-Aventuranças. Países de regimes totalitários foram sendo conquistados amorosamente, pacientemente.
A história do Espiritismo na Europa, nas Américas e outras regiões da Terra, deverá ser contada com a inclusão de um nome singular: Divaldo Pereira Franco, o Arauto de o Evangelho de Jesus Cristo, alma brasileira que acendeu a chama do Espiritismo nos cinco continentes e que é mantida acesa pela ação de muitos brasileiros residentes no Exterior.
“A história é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”. (Marco Túlio Cícero – Filósofo Latino).
“Uma filosofia superficial leva a mente humana ao materialismo, mas uma filosofia profunda conduz a mente humana a verdadeira religião (Lord Bacon).
São duas límpidas e profundas sentenças, enaltecendo o amor que canta um hino à beleza e à verdade.
Encerrando a notável conferencia, Divaldo Franco ressaltou a assertiva que Allan Kardec cunhou: Trabalho, Solidariedade, e Esperança, significando que é necessário possuir coragem para viver os postulados da Doutrina Espírita nos embates diários com as sombras. O homem, para que possa espelhar e expressar Jesus em sua alma carente de Sua presença, terá que resistir aos arrastamentos, construindo o mundo de regeneração.
Declamando o Poema Meu Deus e meu Senhor, de Amélia Rodrigues, Divaldo foi efusivamente aplaudido pelo considerável público que, envolvido em bênçãos, se movimentava paciente e calmamente demandando seus locais de repouso. O amplo ambiente estava tomado de vibrações benfazejas, atendendo cada presente.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke