quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Registro. Divaldo Pereira Franco em Goiânia, GO

12/02/2018- noite

Texto: Djair de Souza Ribeiro - Fotos: Sandra Patrocínio

Dando continuidade às atividades de divulgação no 34º Congresso Espírita do Estado de Goiás, Divaldo Franco apresenta a Conferência com o tema: Vida, Presente de Deus.
Divaldo inicia o desenvolvimento do tema abordando a constituição do Universo ocorrida há 14.000.000.000 bilhões de anos com o Big bang, evento que deu origem à toda a matéria existente – hoje – no Cosmo e também ao espaço e ao tempo.
Na realidade – prossegue Divaldo - o Big bang formou apenas átomos de hidrogênio e o mais importante as 4 forças – Gravidade, Eletromagnetismo, Força Nuclear Forte e a Força Nuclear fraca – que atuando sobre a incomensurável nuvem de hidrogênio começaram a construir a matéria. A Gravidade atraindo os átomos de hidrogênio foi aglutinando-os e pressionando-os até atingirem a imensa temperatura de 15.000.000 ºC o que possibilitou a fusão do hidrogênio produzindo um novo elemento o Hélio e a sobra da fusão transformou-se em energia. Assim nasce uma estrela que por bilhões de anos emitirá sua luz - fiat lux.
A estrela segue seu trabalho incansável no que a ciência denomina de Nucleossíntese Estelar e no seu amago as fusões seguem: Hidrogênio convertido em Hélio, depois Hélio em Lítio, e assim sucessivamente produzindo todos os elementos ilustrados na Tabela Periódica. Pela força da Gravidade, todos esses elementos permanecem retidos no interior da estrela. Todo esse esforço da estrela seria inútil, mas Deus, colocou uma “pequena” particularidade. Quando a estrela tenta fundir o átomo de Manganês em Ferro há um consumo de energia maior do que é produzida na fusão e o sutil equilíbrio entre a energia produzida na fornalha nuclear perde para Gravidade e a estrela explode em uma supernova espalhando todos os elementos que estavam armazenados em seu interior.
Esse é o processo de formação de TODA a matéria existente no Cosmo e que constituem, igualmente, os nossos corpos físicos. Do pó das estrelas surge nossos corpos que extinta a vida física voltam à sua constituição original. Como asseverado em Genesis 3:19: Do pó viemos e para o pó restituiremos nosso corpo.
Tudo isso para produzir o Mundo Físico proporcionando-nos o ensejo de reencarnarmos acelerando nosso progresso intelecto e moral.
Há 4.500.000.000 de anos – em um canto remoto da Via Láctea – uma nuvem de gás e poeira, impulsionada pela Gravidade, começa a se aglutinar e surge uma nova estrela. É o nosso sol. Da matéria restante formam-se os planetas.
Jesus e uma grande Legião de Espíritos tomam dessa massa ígnea e formam aquele que seria o nosso lar: a Terra.
Jesus segue operando e logo mais as chuvas caem resfriando a crosta superaquecida que vão se acumulando até formarem os mares, berço da vida humana. Mais alguns milhões de anos e a vida explode na superfície dando origem a um sem número de formas viventes, culminando com os primeiros primatas dando, com o passar dos anos, ensejo ao surgimento da raça humana.
Vida é presente de Deus objetivando fornecer as melhores condições para deixarmos de ser simples e ignorante para galgar os degraus de nossa evolução até atingirmos a angelitude.
Mas, o que temos feito do presente recebido de Deus? Onde estamos colocando o foco de nossas ações? Qual o sentido que estamos direcionando nossos passos?
Para emoldurar a conferência Divaldo fala-nos da força da vida compartilhando a emocionante experiência vivida por uma família americana que o procurou para dar-lhe ciência do ocorrido em suas vidas.
Durante a gravidez do segundo filho a mãe dividia sua alegria com o filho de 5 anos, buscando trabalhar seu eventual ciúme quando a irmãzinha viesse para casa após o parto.
Todavia, ao nascer a menina apresentou uma cardiopatia irreversível o que resultaria em sua morte em poucos dias.
O menino ansioso perguntou aos pais sobre a irmã e eles tristes deram-lhe a notícia. O menino, pediu então para visitar a irmã no Hospital o que foi feito com muita dificuldade pois que a criança estava na UTI. Barrado na entrada da unidade, o menino enfrentou a enfermeira e entrou resoluto dirigindo-se ao leito térmico onde a frágil menina repousava.
Em um gesto de carinho o menino pousou sua mãozinha sobre o coração enfermo da irmãzinha e passou a entoar uma canção infantil.
Uma onda de emoção percorreu a UTI levando às lágrimas todos que assistiam essa demonstração de amor puro e ingênuo. Ninguém se atrevia a interromper aquele gesto de carinho.
À medida que o menino cantava um fato inusitado teve origem. O equipamento que monitorava os fracos batimentos cardíacos acusou uma modificação frequência cardíaca. A enfermeira cautelosamente aproximou-se do equipamento e constatando que não se tratava de uma falha, saiu correndo em busca do médico que surpreso não conseguia explicar o que tinha acontecido.
Olhou o menino que interrompera a canção em função da agitação médica. O profissional da saúde pediu ao garoto que continuasse cantando e ele o fez por todo aquele dia e nos subsequentes até que finalmente a menina de olhos verdes obtivesse alta.
A Força do Amor impulsionando a Vida, presente de Deus.
Contrapondo a essa emocionante experiência que nos fala do Amor, Divaldo apresenta uma narrativa que vem nos falar de que os interesses imediatistas propugnados pelo Ego conspiram contra o Amor.
Ao pintar a famosa cena da Última Ceia em um afresco que se encontra no convento de Santa Maria delle Grazie em Milão, Itália.
Leonardo da Vinci buscou por um modelo que O trabalho pudesse inspirar-lhe a elaborar a figura de Jesus no famoso mural.
Após meses de busca, Da Vinci finalmente logrou encontrar um humilde pastor de rebanhos que preenchia com perfeição todos os requisitos exigidos pelo famoso artista.
Durante vários dias artista e modelo permaneceram no trabalho até a conclusão da obra e o rapaz recebeu o pagamento combinado: uma pequena fortuna em moedas de ouro.
Uma década transcorreu e Leonardo Da Vinci recebeu a encomenda para pintar um quadro com a cena de Judas no gesto de traição, beijando a face do Amigo.
Uma vez mais Da Vinci buscou um modelo vivo para posar, logrando encontra-lo na cadeia local um prisioneiro – acusado de múltiplos assassinatos – que preenchia todos os requisitos imaginados pelo artista.
Concordando em trabalhar como modelo, seguiria o criminoso – sempre acompanhado pela autoridade policial – até o atelier de Da Vinci que já havia iniciado a obra pintando a figura de Jesus que havia lhe sido inspirada pelo pastor.
Quando o prisioneiro viu o quadro já esboçado restando apenas inserir a figura do traidor, o assassino pôs-se a derramar lágrimas emocionado.
Da Vinci então perguntou a razão de toda aquela emoção e o modelo explicou ao atônito artista que ele – dez anos antes – havia posado para retratar Jesus no afresco da Última Ceia e que a fortuna recebida pelo trabalho havia lhe corrompido a Consciência débil e sem resistência aos apelos mundanos.
Esgotada a fortuna e tendo sido rechaçado pela mulher que amava e que supunha ser correspondido, foi tomado de fúria incontrolável assassinando-a.
Leonardo da Vinci pousou os pincéis que houvera preparado cobriu o quadro com um pano e jamais terminou a obra.
Encerrando a conferência Divaldo emocionou às lágrimas grande parte dos presentes narrando a história do menino Bill que – vítima da Leucemia – vivia seus últimos dias na Terra.
Bill tinha o projeto de se tornar Bombeiro ao crescer, mas sabia que tal plano não se concretizaria, pois pressentia a aproximação da morte.
Cientes do ocorrido o comandante da corporação local designou uma viatura equipada com escada de incêndio e ele, acompanhado de outros soldados, entraram pela janela no quarto onde Bill repousava.
Bill foi nomeado Bombeiro honorário, ganhando um uniforme e capacete, conseguindo até mesmo – sempre acompanhado da equipe médica que dele cuidava – participar de um atendimento para apagar um fogo simulado pelos companheiros de farda.
Decorrida uma semana Bill desencarnou, mas não tirou – em momento algum – a farda que orgulhosamente trajava.
Quando amamos somos capazes de fazer sempre aquilo que nos pedem e muito mais.


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)