domingo, 22 de dezembro de 2019

Jesus e Reencarnação - Mansão do Caminho

Tivemos neste sábado (21.12.2019) na Mansão do Caminho o chamado Aulão, espaço para reflexões que nesta data abordou o tema Reencarnação, contando com a presença de Juan Danilo Rodrigues, da Mansão do Caminho, Laudelino Risso, de Cascavel, PR, e do Dr. Leonardo Machado, Psiquiatra pernambucano, tendo Divaldo Franco como condutor dessa atividade, que foi dividida em três partes.
O primeiro a falar foi Juan Danilo, a quem Divaldo cognominou O Cantor do Evangelho, que discorreu sobre suas experiências de observação de fatos que lhe atestaram a autenticidade da reencarnação, como resposta plausível para a explicação dessas ocorrências, tendo-se em vista o amor infinito que Deus tem por suas criaturas. Por esta razão, ressaltou ele que a reencarnação é oportunidade que temos de aproveitar para o aprendizado do verbo amar e exercitar o Bem, rotas seguras que conduzem à plenitude, por possuir o dom de produzir uma força interna capaz de superar a dor que se faça presente na jornada terrena para os que sabemos haver uma planificação divina atuante em nossas vidas.
Na sequência, Laudelino Risso abordou, de forma brilhante, os fatos históricos que entronizam a reencarnação como um Lei natural, citando a passagem bíblica do encontro de Jesus com Nicodemus e a retirada de seu ensino, no ano de 553, através do Concílio de Constantinopla II, por parte da Igreja Católica. Citou, também, as inúmeras manifestações dos Espíritos contidas na obra O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, que narram as causas do sofrimento e felicidade fruidos, como resultantes da Lei de Reencarnação, bem como o caso de crianças de tenra idade aprisionadas em corpos deficientes a sofrerem com crueis enfermidades, ou, dotadas da precocidade de gênio. Sendo Deus o autor dessas vidas, onde a atribuição de tão diferentes destinos, sendo Ele infinitamente Justo e Amoroso? Questões de preferência divina? Incompativel com a Suprema Perfeição... Buscar o sentido da vida para vivermos como verdadeiros cristãos, foi a sua conclusão final.
O terceiro palestrante foi o Dr. Leonardo Machado, com a temática que ressalta a influenciação que exercemos uns sobre os outros e que prolongam-se para além de uma vida física. Abordou, então, alguns casos da sua vivência na psiquiatria, como a de um jovem de dezoito anos, esquizofrênico, de Recife. Colocado o seu nome para a sondagem das causas da sua perturbação em sessão mediúnica, resultou ter sido esse jovem um cruel general a comandar pequeno exército de um senhor feudal, que promoveu atrocidades, sendo agora perseguido espiritualmente por suas vítimas. A dor chega de uma forma ou de outra em nossa existência, por efeito da Lei de Causa e Efeito. Quando pensamos em reencarnação, pensemos nessas ligações que ocorrem entre os seres humanos, e o valor das influências que surgem para a edificação de nossas vidas, como o faz Divaldo Franco para o nosso despertar espiritual, na sua coragem e destemor de realizar tamanho empreendimento de amor - concluiu o Dr. Leonardo.
Com breves considerações Divaldo Franco encerrou este encontro.
Texto e fotos: Delcio Carvalho

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Divaldo Franco na Bahia Movimento Você e a Paz

Salvador, 19 de dezembro de 2019
A Paz em ti ajudará a construir a paz no mundo. (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)
O Município soteropolitano tem em seu calendário de manifestações cívicas e culturais, o Dia do Movimento Você e a Paz, comemorado anualmente em 19 de dezembro, instituído pela Lei Municipal 5.819/2000, de 29 de novembro de 2000. O farol da Barra foi o palco em que esta efeméride foi comemorada. Para lá se dirigiram milhares de pessoas comprometidas com a divulgação da paz, da não-violência, da formação de uma cultura de paz. A Equipe de Eventos do Centro Espírita Caminho da Redenção, sob a liderança de Telma Sarraf e conduzindo seus liderados atentos e comprometidos com a funcionalidade e perfeição, montou toda a infraestrutura para atender com excelência as autoridades e o público.
O momento artístico foi rico de momentos de harmonia e enlevo, conduzido pelo Coral Santa Dulce dos Pobres; Assis Diomar; Banda Redenção, sob a liderança de Juan Danilo, da Mansão do Caminho - um dos vários programas educacionais da Mansão do Caminho -; e Nando Cordel.
Com as autoridades estaduais, municipais, eclesiásticas e convidados no palco, a Banda de Música do 2º Distrito Naval da Marinha do Brasil, executando o Hino Nacional, por todos cantado, a solenidade foi iniciada. O Movimento Você e a Paz visa manter os ideais de fraternidade, de tornar as criaturas mais pacíficas e pacificadoras, de conscientização da formação de uma cultura de não-violência, de preparação de agentes pacificadores e promotores do equilíbrio espiritual, sem caráter político ou religioso. O Movimento já é realizado em 10 países e 75 cidades, das quais 58 no Brasil e 17 no Exterior. O Trabalho de promoção da paz é inadiável.
Os pronunciamentos prévios realizados por várias autoridades políticas, religiosas e militares destacaram que não haverá paz se a própria criatura humana não se tornar pacífica, harmoniosa consigo mesma, pois que o real sentido da vida é a paz, o respeito em todos os aspectos, na humildade praticada, no amor e na caridade. Construir a paz é, antes de tudo, uma atitude de solidariedade, de aceitação do outro, com abnegação, renúncia e perdão. O homem pacífico é o que se educou através de um processo interno, reverenciando a paz, sentindo-a no coração, extinguindo as guerras íntimas e que se estendem para os que estão no entorno. A paz será construída através de ações pessoais, estabelecendo uma conexão com as leis divinas, com ações de amor e de respeito.
O Movimento Você e a Paz, a partir do ano 2.000, instituiu troféus para homenagear três importantes segmentos da sociedade: Personalidade física que se doa; instituição que realiza; e personalidade que viabiliza. Os agraciados desenvolvem meritórios trabalhos de soerguimento do ser humano, promovendo-o, restituindo-lhe a dignidade, minorando estados calamitosos, acolhendo-o amorosa e fraternalmente, sem qualquer distinção.
Divaldo Pereira Franco, médium espírita, Embaixador da Paz no Mundo, idealizador do Movimento Você e a Paz, destacou que o maior desafio da criatura humana é a própria criatura humana. Com mais de dois bilhões e duzentos milhões de anos de desenvolvimento antroposociopsicológico alcançou o cosmo e, ao mesmo tempo, a micropartícula, encontrando a energia, a fonte da vida. Apesar destas conquistas o homem não conseguiu interpretar-se a si mesmo, vivendo, na atualidade, sem paz interior. Embora possuindo tudo, dominando o que seja possível, tanto no macro quanto do microcosmo, e tendo acumulado conhecimento desde o passado remoto e desenvolvido a ciência, isto não deu felicidade ao homem, contudo lhe facultou uma longevidade maior.
Apesar de toda esta conquista, o homem ainda não realizou a sua grande tarefa, a de moralizar-se, o que Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, denomina como falta de desenvolvimento moral. A filosofia tem contribuído para a mudança do pensamento humano, mas o amor, o sentimento ágape, é ainda desconhecido desde o passado até os dias presentes. O apelo material predomina sobre o espiritual.
Na busca da felicidade, a criatura humana experimentou o prazer através do hedonismo, adotando a filosofia de Epicuro, cerca de 300 anos antes de Cristo. Como não se sentiu feliz, Diógenes propôs que a felicidade poderia ser alcançada ao satisfazer a sede de ter e de poder. Zenão de Cicio, em sua filosofia estoicista, declarava que a felicidade era suportar a dor e não sofrer, pois que viver era padecer. Nenhuma delas proporcionou felicidade ao homem. Há, porém, uma proposta ética, capaz de fazer com que o homem se harmonize consigo mesmo, sentido a felicidade, é a do amor, fazendo ao outro tudo o que gostaria que lhe fosse feito. É a proposta de Jesus, onde o homem, conhecendo-se, sente-se integral, harmônico e pacifico.
Quando os indivíduos aprenderem o exercício da solidariedade, dando-se ao outro, sendo-lhe útil, amando, servindo, porque já se amam, serão felizes. Com este nível de amor a paz será constante. Todos estão na Terra para domarem o instinto, desenvolvendo o sentimento. Jesus é o caminho da reabilitação perante as leis divinas. A vida possui um sentido, é o amor, e quem ama já é pacífico. Sem a paz a vida não tem sentido.
A proposta é levar a paz para o lar, para a família, amando com mais intensidade, estar junto física e mentalmente. Amar é sentir o calor humano, é relacionar-se face a face. Ame! Se não é correspondido, continue amando, tocando a alma do outro. O bem não pode conviver com o mal. Assim, não aceite o mal dos maus, não reaja. Não fazer o que os covardes fazem é superar-se a si mesmo. O sonho do pacifista é dar-se as mãos, estampar um sorriso de amor. O homem pode se sentir feliz desde já, em paz consigo mesmo, pois que há muito o que agradecer e nada para reclamar.
Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou a 22ª edição do vitorioso Movimento Você e a Paz. Dando-se se as mãos, todos cantaram efusivamente com Nando Cordel a Canção Paz pela Paz, de sua autoria. Os abraços entre os presentes foram múltiplos, com desejos de paz, felicidade, harmonia e solidariedade através da transfusão de vibrações pacificadoras.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Divaldo Franco na Bahia Centro Espírita Caminho da Redenção

Salvador, 17 de dezembro de 2019

O amor é Deus em nós! (Divaldo Franco)
Acolhedor e profundamente grato, Divaldo Franco recepcionou com um farto lanche, ao entardecer de terça-feira, as caravanas visitantes oriundas de diversos Estados, e que estão participando dos diversos eventos do Centro Espírita Caminho da Redenção e do Movimento Você e a Paz. 
Em suas palavras de acolhimento destacou as dificuldades que a humanidade experimenta neste período de transição, especialmente os espíritas, que conhecendo com boa profundidade os ensinamentos do Cristo, devem permanecer atentos à essas mensagens, devendo permanecerem atentos quanto as diversas armadilhas do mundo moderno, muito voltado ao materialismo, tomando distância do espiritualismo. Não esquecer que a mensagem é de amor, de caridade, de solidariedade, doando-se mais ao próximo. É tarefa dos espíritas manter a pulcritude dos ensinamentos de Jesus, adotando-os nas atividades espíritas e pessoais, praticando e divulgando as bases doutrinárias, unindo-nos uns aos outros, evitando todo e qualquer movimento que venha a ser adotado ou divulgado para dividir as criaturas. Recomendou, o anfitrião, a não alimentar o mal, mas divulgar o bem, e aos médiuns, lembrou uma recomendação de Allan Kardec, que ensinava que a mediunidade deve ser exercida cristãmente. Frisou que todos devem amar e respeitar seus pais, cobrindo-os de carinho e cuidados. Eles merecem, pois que oportunizaram a reencarnação de seus filhos, não os abortando.
No Centro Espírita Caminho da Redenção, na atividade doutrinária hebdomadária, Divaldo Franco recebeu o Padre Manoel Olavo Amarante, Pároco da Paróquia Santa’Ana, Itaquera, em São Paulo, Capital, que dirigindo rápidas palavras ao público, destacou que o caminho dos cristãos é o da beleza, do amor, da felicidade, dos sentimentos elevados, da caridade. Conhecendo a obra de Joanna de Ângelis e estudando-a, afirmou que a tem por grande amiga, auxiliando-o a ser verdadeiro discípulo de Jesus, suavizando o peso de sua cruz. Salientou que não se deve ter medo de tomar uma decisão depois de bem analisada, estudada. É necessário que cada um faça todo o esforço possível para ganhar a atual encarnação, fazendo toda a caridade que estiver ao alcance, amando. Confidenciou que tem crescido espiritualmente com os ensinamentos de Joanna de Ângelis e de Jesus. A lição da paz é a do amor e da caridade.
Divaldo Franco, informou que o Movimento Você e a Paz, que está sendo realizado em Salvador atualmente, encontra-se coroado de bênçãos, tendo a sua culminância de 2019 no Farol da Barra, no dia 19 de dezembro, a partir das 18h.
Naquele 1º de setembro de 1919, uma data muito especial, a Polônia foi invadida pelo Sul pelos alemães e ao Norte pelos russos. A história envolve, inicialmente três irmãos, 1 irmã, e a mãe dos quatro. Essa é uma história verdadeira e se encontra publicada na internet, sob o título de: A menina e a maçã. Tomei a liberdade de copiá-la, pois que Divaldo a narrou com esmerada fidelidade. O próprio protagonista é o escritor, um dos três irmãos. Você pode consultar em:  http://www.iluminalma.com.br/vec/0810/14-menina.html, acessado em 18 de dezembro de 2019, às 00h30min. Ei-la na íntegra, na narrativa do autor e protagonista Herman Rosenblat:
A menina e a maçã
de Herman Rosenblat 
Naquela manhã o céu estava sombrio, enquanto esperávamos ansiosamente. Todos os homens, mulheres e crianças do gueto judeu de Piotrkow na Polônia foram arrebanhados em uma praça.
Espalhou-se a notícia de que estávamos sendo removidos. Meu pai havia falecido recentemente de tifo, que se alastrara através do gueto abarrotado. Meu maior medo era que nossa família fosse separada.
"O que quer que aconteça," Isidore, meu irmão mais velho, murmurou para mim, "não lhes diga a sua idade. Diga que tem dezesseis anos".
Eu era bem alto, para um menino de 11 anos, e assim poderia ser confundido. Desse jeito eu poderia ser considerado valioso como um trabalhador.
Um homem da SS aproximou-se, botas estalando nas pedras grossas do piso. Olhou-me de cima a baixo e perguntou minha idade.
"Dezesseis", eu disse. Ele mandou-me ir à esquerda, onde já estavam meus três irmãos e outros jovens saudáveis.
Minha mãe foi levada para a direita com outras mulheres, crianças, doentes e velhos.
Murmurei para Isidore, "Por quê?"
Ele não respondeu.
Corri para o lado da minha mãe e disse que queria ficar com ela.
"Não," ela disse com firmeza.
"Vá embora. Não me aborreça. Vá com seus irmãos".
Ela nunca havia falado tão asperamente antes. Mas eu entendi: ela estava me protegendo. Ela me amava tanto que, apenas esta única vez, ela fingiu não fazê-lo. Foi a última vez que a vi.
Meus irmãos e eu fomos transportados em um vagão de gado até a Alemanha.
Chegamos ao campo de concentração de Buchenwald numa noite, semanas após, e fomos conduzidos a uma barraca lotada. No dia seguinte recebemos uniformes e números de identificação.
"Não me chamem mais de Herman", eu disse aos meus irmãos. "Chamem-me 94938".
Colocaram-me para trabalhar no crematório do campo, carregando os mortos em um elevador manual.
Eu também me sentia como morto. Insensibilizado, eu me tornara um número.
Logo meus irmãos e eu fomos mandados para Schlieben, um dos sub-campos de Buchenwald, perto de Berlim.
Numa manhã eu pensei que ouvi a voz de minha mãe.
"Filho" ela disse suave, mas claramente, "Vou mandar-lhe um anjo".
Então eu acordei. Apenas um sonho! Um lindo sonho!
Mas nesse lugar não poderia haver anjos. Havia apenas trabalho. E fome. E medo.
Poucos dias depois, estava caminhando pelo campo, pelas barracas, perto da cerca de arame farpado, onde os guardas não podiam enxergar facilmente. Estava sozinho.
Do outro lado da cerca, eu observei alguém: uma pequena menina com suaves, quase luminosos cachinhos. Ela estava meio escondida atrás de uma bétula.
Dei uma olhada em volta, para certificar-me de que ninguém me viu. Chamei-a suavemente em Alemão. "Você tem algo para comer?"
Ela não entendeu.
Aproximei-me mais da cerca e repeti a pergunta em Polonês. Ela se aproximou. Eu estava magro e raquítico, com farrapos envolvendo meus pés, mas a menina parecia não ter medo. Em seus olhos eu vi vida.
Ela sacou uma maçã do seu casaco de lã e a jogou sobre a cerca.
Agarrei a fruta e, assim que comecei a fugir, ouvi-a dizer debilmente, ""Virei vê-lo amanhã".
Voltei para o mesmo local, na cerca, na mesma hora, todos os dias. Ela estava sempre lá, com algo para eu comer - um naco de pão ou, melhor ainda, uma maçã.
Nós não ousávamos falar ou demorarmos. Sermos pegos significaria morte para nós dois.
Não sabia nada sobre ela, que parecia uma menina de fazenda, exceto pelo fato dela entender Polonês. Qual era o seu nome? Por que ela estava arriscando sua vida por mim?"
A esperança estava naquele pequeno suprimento, e essa menina do outro lado da cerca trouxe-me um pouco, como que nutrindo dessa forma, tal como o pão e as maçãs.
Cerca de sete meses após, meus irmãos e eu fomos abarrotados num vagão de carvão e enviados para o campo de Theresiensatdt, na Tchecoeslováquia.
"Não volte", eu disse para a menina naquele dia. "Estamos partindo".
Voltei-me em direção às barracas e não olhei para trás, nem mesmo disse adeus para a pequena menina, cujo nome eu nunca soube, a menina das maçãs.
Permanecemos em Theresienstadt por três meses. A guerra estava diminuindo e as forças aliadas se aproximando, muito embora meu destino parecesse estar selado.
No dia 10 de maio de 1945 eu estava destinado a morrer na câmara de gás, às 10:00 horas.
No silencioso crepúsculo, tentei me preparar. Tantas vezes a morte parecera pronta para me receber, mas de alguma forma eu havia sobrevivido. Agora, tudo estava acabado.
Pensei nos meus pais. Ao menos, pensei, nós estaremos nos reunindo.
Mas, às 08:00 horas ocorreu uma comoção. Ouvi gritos, e vi pessoas correndo em todas as direções através do campo. Juntei-me aos meus irmãos.
Tropas russas haviam liberado o campo! Os portões foram abertos. Todos estavam correndo, então eu corri também. Surpreendentemente, todos os meus irmãos haviam sobrevivido.
Não tenho certeza como, mas sabia que aquela menina com as maçãs tinha sido a chave da minha sobrevivência.
No local onde o mal parecia triunfante, a bondade de uma pessoa salvara a minha vida, dera-me esperança num lugar onde ela não existia.
Minha mãe havia prometido enviar-me um anjo, e o anjo apareceu.
Eventualmente, encaminhei-me à Inglaterra, onde fui assistido pela Caridade Judaica. Fui colocado numa hospedaria com outros meninos que sobreviveram ao Holocausto e treinado em Eletrônica. Depois fui para os Estados Unidos, para onde meu irmão Sam já havia se mudado. Servi no Exército durante a Guerra da Coreia, e retornei à Nova Iorque, após dois anos.
Por volta de agosto de 1957 abri minha própria loja de consertos eletrônicos. Estava começando a estabelecer-me.
Um dia, meu amigo Sid, da Inglaterra, me telefonou.
"Tenho um encontro. Ela tem uma amiga polonesa. Vamos sair juntos".
Um encontro às cegas? Não, isso não era para mim.
Mas Sid continuou insistindo e, poucos dias após, nos dirigimos ao Bronx para buscar a pessoa do seu encontro e a sua amiga Roma.
Tenho que admitir, para um encontro às cegas, não foi tão ruim. Roma era enfermeira em um hospital do Bronx. Ela era gentil e esperta. Bonita, também, com cabelos castanhos cacheados e olhos verdes amendoados que faiscavam com vida.
Nós quatro nos dirigimos até Coney Island. Roma era uma pessoa com quem era fácil falar e fácil de se estar junto.
Descobri que ela era igualmente cautelosa com encontros às cegas.
Nós dois estávamos apenas fazendo um favor aos nossos amigos. Demos um passeio na beira da praia, gozando da brisa salgada do Atlântico, e depois jantamos perto da margem. Não poderia me lembrar de ter tido momentos melhores.
Voltamos ao carro do Sid, Roma e eu dividimos o assento traseiro.
Como judeus europeus que haviam sobrevivido à guerra, sabíamos que muita coisa fora deixada sem ser dita entre nós. Ela puxou o assunto, "Onde você estava", perguntou delicadamente, "durante a guerra?"
"Nos campos de concentração", eu disse. As terríveis memórias ainda vívidas, a irreparável perda. Tentei esquecer. Mas jamais se pode esquecer.
Ela concordou. "Minha família se escondeu numa fazenda na Alemanha, não longe de Berlim", ela me disse. "Meu pai conhecia um padre, e ele nos deu papéis arianos."
Imaginei como ela devia ter sofrido também, medo, uma constante companhia. Mesmo assim, aqui estávamos, ambos sobreviventes, num mundo novo.
"Havia um campo perto da fazenda", Roma continuou. "Eu via um menino lá e lhe jogava maçãs todos os dias."
Que extraordinária coincidência, que ela tivesse ajudado algum outro menino. "Como ele era?", perguntei.
"Ele era alto, magro e faminto. Devo tê-lo visto a cada dia, durante seis meses."
Meu coração estava aos pulos. Não podia acreditar.
Isso não podia ser.
"Ele lhe disse, um dia, para você não voltar porque ele estava saindo de Schlieben?".
Roma me olhou estupefata. "Sim!".
"Era eu!".
Eu estava para explodir de alegria e susto, inundado com emoções. Não podia acreditar! Meu anjo.
"Não vou deixar você partir", disse a Roma. E, na traseira do carro, nesse encontro às cegas, pedi-a em casamento. Não queria esperar.
"Você está louco!", ela disse. Mas convidou-me para conhecer seus pais no jantar do Shabbat da semana seguinte.
Havia tanto que eu ansiava descobrir sobre Roma, mas as coisas mais importantes eu sempre soube: sua firmeza, sua bondade. Por muitos meses, nas piores circunstâncias, ela veio até a cerca e me trouxe esperança. Não que eu a tivesse encontrado de novo, pois na minha mente eu jamais a havia deixado partir.
Naquele dia ela disse sim. E eu mantive a minha palavra. Após quase 50 anos de casamento, dois filhos e três netos, eu jamais a deixara partir.
Herman Rosenblat de Miami Beach, Florida.
Esta é uma história verdadeira que está sendo transformada num filme, chamado "A flor da cerca" (“Flower of the Fence” em inglês). Veja mais sobre a história e o filme no site www.atlanticoverseaspictures.com [Esta tradução foi recebida de um leitor, depois revisada e corrigida. Autor original desconhecido.]
Divaldo Franco aditou alguns comentários destacando que os amigos de Herman diziam-lhe que os alemães não lhe tinham matado o corpo, mas a alma, tal era a tristeza, que beirava a depressão, consumindo-se nas lembranças daqueles dias amargos e aterradores. Herman, salientou o cativante orador, naquele encontro em que identificou a menina benfeitora, tomou-lhe as mãos, beijou-as em agradecimento pelo gesto de coragem e solidariedade, pelas maçãs que salvaram-lhe a vida.
Segundo Carl Gustav Jung, para entender o outro é necessário passar pela situação que o outro passou. A vida tem um sentido, um sentido psicológico, esse sentido é o amor. Quem não ama não está vivendo, asseverou Divaldo Franco. Na atualidade o homem, cercado de tecnologia, vive em solidão, embora no meio da multidão. Há uma carência de afetividade, de amor ternura. Há premência em voltar à pratica da caridade que deve ser exercida com ternura. A Doutrina Espírita, ressaltou o orador inigualável, veio para trazer esse amor que está desaparecendo. O amor às criaturas deve ser o objetivo. O amor dá alegria. O amor é Deus em nós! A imortalidade dá ao ser humano a certeza do encontro com os amados, da perpetuidade da vida. Urge descobrir o sentido do amor na realização da beneficência, atuando na vida, consoante os postulados da Doutrina Espírita. O amor deve ser perpetuado, dizendo às pessoas que são amadas.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Divaldo Franco na Bahia Movimento Você e a Paz

Salvador, 15 de dezembro de 2019
Já não há alternativa: a PAZ ou o desespero! (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)
Ao entardecer do dia 15 de dezembro, com toda a infraestrutura pronta e realizada pela eficiente equipe liderada por Telma Sarraf, Vice-presidente do Centro Espírita Caminho da Redenção – CECR -, as crianças e adolescentes da Escola de Artes da Mansão do Caminho, com talentos extraordinários, se apresentaram cantando, tocando e encantando com a excelente performance, cativando os presentes. Juan Danilo Rodríguez Mantilla, equatoriano radicado no Brasil e voluntário da Mansão do Caminho e fazendo parte da Escola de Artes, cantou e tocou, alegrando os corações sedentos de paz e de beleza.
Ruth Brasil Mesquita, Iraci Noronha e Marcel Mariano deixaram as suas mensagens de paz, destacando que o ser humano, ainda em formação moral, requer cuidados, de orientação clara e segura, construindo-se na paz e no amor, devendo observar as ações do presente se utilizando da experiência do passado, construindo o futuro desejado, seguindo os passos de Jesus, modelo e guia para a humanidade, pois que pacífico, possui a força dos argumentos.
Divaldo Franco, humanista e pacifista, idealizador do Movimento Você e a Paz, se utilizou de um episódio verídico contido na obra “Perdão Radical”, de Brian Zahnd, para narrar, com sua verve característica, a excelência do perdão e do amor. O genocídio do povo armênio, provocado pelos turcos otomanos, ocorreu durante a guerra levada a efeito entre Turquia e Armênia nos anos de 1915 a 1917 e que dizimou cerca de um milhão e quinhentos mil seres humanos. Essa incursão bélica destruidora ocorreu em paralelo à I Guerra Mundial.
A protagonista, jovem com 15 anos, assistiu sua família ser cruelmente destruída pelo exército turco. Em um domingo pela manhã, e estando a família reunida para o café matinal, foram surpreendidos pela ação bélica, sendo o seu lar invadido violentamente. Seus pais foram mortos de súbito, impiedosamente, sua irmã menor foi jogada aos soldados que a violentaram até a morte, e ela foi feita escrava sexual do comandante da tropa.
Após fugir das atrocidades que lhe foram impostas, contando com o auxílio de um soldado que se apiedou dela, passou a viver da Turquia, onde se diplomou enfermeira, pois declarava que havia nascido para amar e salvar vidas. Tendo sido muçulmana, se converteu ao cristianismo. Assim, por volta do ano de 1925, e porque a clínica não havia encontrado um profissional que tivesse coragem para cuidar de um enfermo em putrefação e prestes a morrer, seu diretor pergunto-lhe se poderia cuidar o paciente tal qual uma filha abnegada, assistindo-o na morte próxima.
Ela, então, se deparou novamente com o seu algoz implacável, tendo oportunidade de salvar-lhe a vida, apesar de o ter reconhecido desde o primeiro momento no hospital em que trabalhava, na Capital da Turquia. O algoz, então comandante daquela força exterminadora, era um farrapo humano, e que lhe confiado para que o assistisse na morte iminente. Colocado sob os cuidados da jovem enfermeira, dedicadamente tratou-o, por cerca de seis meses, restituindo-lhe a saúde.
Por ocasião de sua alta hospitalar, e porque era um oficial de destaque, foi agradecer ao diretor do hospital. Esse lhe disse que o mérito era da enfermeira que o havia cuidado diuturnamente, internando-se com ele, a fim de prestar-lhe um excelente serviço.
Ao dirigir-se a enfermeira, o oficial notou que ela tinha um sotaque que lhe lembrava o povo armênio, onde estivera durante a guerra. Ela confirmou sua origem, declarando que o conhecia, e que ele a havia escravizado sexualmente, após dizimar a sua família. O oficial, tomado de inusitada surpresa, perguntou-lhe porque não o havia deixado morrer. Ela, então, redarguiu-lhe que havia aprendido a perdoar, que Jesus é o seu Mestre, que aprendeu a amar até mesmo os inimigos, e que sua profissão é dedicada a salvar vidas, jamais extingui-las.
Nos primeiros momentos, narrou a enfermeira, desejava morrer, contudo, sustentada no ódio sobreviveu aguardando a oportunidade para a vingança. Quis o destino trazê-lo de volta, e por ser agora cristã, tinha como primeiro desafio perdoar, assim, disse ela: sai do inferno e passei a experimentar suave brisa de paz, por isso o perdoei. Chamo-o agora de irmão.
É a demonstração da poderosa força transformadora da mensagem de Jesus, quando bem compreendida e vivenciada, despertando o verdadeiro amor na criatura humana. Esse amor levou a jovem armênia a perdoar radical e incondicionalmente o algoz que a havia desventurado e exterminado sua família impiedosamente.
Divaldo Franco, então, questionou os presentes quanto à capacidade de cada um de perdoar, dando um freio à violência, incitando o público à reflexão mais profunda: - Você seria capaz de perdoar?
O perverso possui o dom de destruir a intimidade da criatura humana. O Perdão é uma das virtudes mais difíceis de ser praticada. Perdoar é não devolver a ofensa, tornando-se em um permanente desafio. Divaldo, apresentando aspectos da violência cotidiana, destacou que o emprego judicioso da justiça, o sentimento de amor e o de perdão ainda estão longe dos indivíduos. A sociedade humana vive um momento grave de desamor. A mudança se dará quando os indivíduos aprenderem a amarem-se, adquirindo a noção do bem-proceder. A paz não é uma necessidade, mas uma urgência a ser atendida com presteza. Todos têm os mesmos direitos de viver, e os valores espirituais levarão o homem a viver em harmonia, em paz.
Cada criatura humana deve viver como Espírito imortal, com paz no coração à luz do Evangelho de Jesus, o grande propagador e exemplo de paz, empenhando-se ao máximo para que o EGO não perturbe e seja possível instalar a paz em si. Há um amanhecer de luz, de paz, de amor, de ações no bem, de solidariedade, fazendo algo para que alguém tenha, também, paz, desenvolvendo forças para poder ouvir, com serenidade, a própria verdade, a do outro e a verdade transcendente.
Com o público animadíssimo e estimulado para a construção da paz, o evento foi encerrado com a Canção Paz pela Paz, de Nando Cordel, quando todos, de mãos dadas uniram vozes, corações e sentimentos, igualados no desejo de estabelecer a paz.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

domingo, 15 de dezembro de 2019

Divaldo Franco em Salvador Centro Espírita Caminho da Redenção

14 de dezembro de 2019
Durante o ano as atividades realizadas na Mansão do Caminho, a entidade social do Centro Espírita Caminho da Redenção, são intensas, porém, ao findar o ano essas atividades adquirem um cunho de excepcionalidade. Este é o caso da Caravana Auta de Souza, voltada ao atendimento de pessoas carentes, idosos e doentes incuráveis. Os idosos estão distribuídos em dois grupos, outro grupo congrega os portadores de enfermidades, totalizando 160 pessoas. Já as famílias assistidas alcançam o número de quinhentas, aí se agregando, em linhas gerais, mais três familiares. Significa que só com a assistência à família, a Caravana Auta de Souza atende 1.500 pessoas, doando lanches, refrescos e um sortido e substancioso farnel com alimentos diversos.
Na manhã do dia 14 de dezembro, encerrando as atividades com os dois grupos de carentes e de idosos enfermos, estiveram reunidas mais de trezentas pessoas que lá foram recebidas carinhosamente, comemorando o nascimento de Jesus, sob as bênçãos de Francisco de Assis e de Joanna de Ângelis, festejando a vida, a alegria, agradecendo o Criador. Com sentida prece, proferida por Nivalda Steffens, do Rio Grande do Sul, a atividade se iniciou.
Juan Danilo Rodríguez Mantilla, equatoriano radicado no Brasil e voluntário da Mansão do Caminho, tocando e cantando diversas música, se expressou através das canções, agradecendo, unindo os sentimentos. Destacou que Deus está em cada um, sendo, também, cada um o instrumento utilizado por Deus para agir sobre o outro, para expressar-se no amor e com amor, com caridoso acolhimento fraternal. Juan Danilo estimulou o desenvolvimento do hábito do agradecimento, resignando-se ante os acontecimentos, na certeza de que tudo passará.
Divaldo Franco, reconhecido humanista e filantropo, atencioso e dedicado servidor de Jesus, esteve presente para acarinhar, pelas suas palavras e vibrações, os corações que ali estavam expectantes. Salientou que se encontra alegre pelo reencontro e pela comemoração do natal de Jesus, embora, na Mansão do Caminho o natal seja diário, pois que a cada dia Jesus renasce em cada coração, fazendo o bem. Asseverou que, embora o mal seja audacioso e barulhento, o bem é predominante, é o amor na vida das pessoas.
Ao narrar pequena história, Divaldo reafirmou que toda e qualquer boa ação retorna àquele que a fez desinteressadamente. Fazer o bem é muito gratificante, nobre, concedendo ao autor do bem um estado de felicidade, de satisfação em ser útil, tranquilidade de consciência. Lembrem-se, advertiu o Embaixador da Paz no Mundo, existem pessoas boas, só que estão escondidas, agindo no anonimato, sendo que as más chamam a atenção.
Fazer o bem é sempre vantajoso para quem o faça. Há incontáveis pessoas que desejam a nossa felicidade. Assim, seja sempre bom, não devolvendo o mal, insista em ser bom. Na noite santa de natal que se aproxima, lembre-se de permitir Jesus nascer na gruta de seu coração, rogando-lhe o estímulo necessário para ajudar o próximo. Sempre há alguém com mais necessidades do que nós. Desejando um feliz natal de muitas bênçãos e um ano novo de conquistas espirituais, exortou os presentes a desenvolver o sentimento de gratidão por estar vivo.
A grandeza de um homem pode ser medida pela capacidade de serviço ao próximo, de humildade e de amor. (Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)
No período noturno, na atividade doutrinária, Divaldo Franco se fazendo acompanhar por Francisco Ferraz, Iraci Campos, Carlyne Paiva, Manuel Sonyer, Juan Danilo e Suely Caldas Schubert, representando as diversas cidades presentes, frisou que se sente jubiloso pelas atividades já realizadas pelo Movimento Você e a Paz, em Salvador/BA, bem como pela proximidade da data comemorativa do nascimento de Jesus.
Ao discorrer sobre uma parte de O Livro de San Michele, de Axel Munthe (1857-1949), sueco, o primeiro médico a escrever uma obra literária. Sua obra mais famosa é esta, publicada em 1929. Munthe estudou Medicina na Universidade de UppsalaMontpellier e Paris, doutorando-se no ano de 1880. Munthe foi vivamente impressionado pelo trabalho pioneiro sobre neurologia do professor Jean-Martin Charcot, chegando a assistir às suas aulas no Hospital Salpêtrière, tendo exercido a medicina em Paris e Roma, tornando-se, posteriormente, médico da Família Real Sueca.
Nesta obra, Munthe se dedicou a entrar no pensamento cósmico, dadas as circunstâncias de suas narrativas envolvendo a casualidade, a sincronicidade. A comovente história narrada pelo ínclito orador, se refere a um aborto envolvendo uma Duquesa do país de Gales do Sul, no Reino Unido, Madame Requin – “a fazedora de anjos”- e Axel Munthe, entre outros.
Munthe foi chamado às pressas para atender uma mulher com severa hemorragia, submetida a um processo de aborto. Tendo sucesso, a criança nasceu com deformidades, debilitada e prematura, contava seis meses a gestação. Salvou mãe e filho. A mãe retornou ao seu país e o filho abortado foi vendido à madeireiros da Normandia, como era o costume, quando o feto sobrevivia.
Esta comovente história está contida, com a rica narrativa de Divaldo Franco, no capítulo 10 do livro Divaldo Franco e o Jovem, uma compilação de Délcio Carvalho. Ali o leitor se encontrará com a Duquesa, a Madame RequinPierre, a governanta Manssell Ágata, uma sueca impiedosa e Francis, o filho abortado, bem como irá apreciar o reencontro da mãe com o filho e seu desfecho. É uma leitura emocionante, não deixe de ler esta extraordinária narrativa. Tente responder à pergunta feita por Munthe: Casualidade?
Divaldo informou que Joanna de Ângelis define a casualidade como sendo algo que foi muito bem preparado para dar certo naquele instante. Será casual? Encerrado o rico momento reflexivo, o público que lotava o amplo salão se retirou meditando sobre a narrativa e seus desdobramentos.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

Divaldo Franco na Bahia Movimento Você e a Paz

Salvador, 13 de dezembro de 2019
Aquele que não vive para servir, ainda não aprendeu a viver. (Divaldo Franco)
A Praça dos Namorados, na orla de Salvador, foi o palco para mais um magnífico evento em prol da paz. O Movimento Você e a Paz, uma realização da Mansão do Caminho, alcançando o seu 22º ano, reuniu centenas de pessoas comprometidas em construir a paz em si mesmo, disseminando o sentimento pacífico através de atos não violentos. Os cantores líricos Ângela Laborda e Eduardo, acompanhados por Débora Limeira no teclado, encantaram o público que interagiu vivamente. A Banda de Música Maestro Vanderlei, da Polícia Militar do Estado da Bahia, sob a batuta do Maestro Sub-Tenente Aristóteles, trouxe um ar solene através de hinos e canções, especialmente na execução do Hino Nacional, que todos cantaram juntos. A Equipe de Eventos do Centro Espírita Caminho da Redenção, sob a liderança eficaz de Telma Sarraf, tal como engrenagem muito bem ajustada, esmerou-se em bem receber o público, apresentando uma estrutura funcional e eficiente.
Manuel Sonyer, da Espanha, e representando as caravanas presentes, convidado a se expressar, destacou ser muito importante viver a paz, exemplificando-a no cotidiano da vida, tornando-se mais solidário, construindo um futuro pacífico para todos.
Marcel Mariano, um dos expositores habituais deste evento, frisou que a paz não se estabelece por impositivos burocráticos, como a assinatura de um acordo, mas pela sua construção na intimidade do ser humano. Como a criatura humana ainda é um ser belicoso, a ausência da paz se dá entre as nações, na vida do homem em sociedade, na família e até mesmo no campo cibernético. Para que a paz se perpetue é necessário que os indivíduos tenham a paz em si mesmos, semeando-a, pacificando-se continuamente, construindo a paz coletiva, tornando-se, portanto, pacifistas.
Juan Danilo Rodríguez ressaltou que há uma fórmula infalível para treinar a paz interior. Ei-la: quando estiver desarmônico, não reaja, aprenda, antes, a refletir, acalmar-se, renovar-se de paz.
Divaldo Franco, humanista e pacifista, idealizador deste fabuloso movimento em prol da construção da paz, asseverou que é possível viver a paz, mesmo estando as nações em guerra. Narrou um episódio acontecido na Primeira Grande Guerra, quando na noite de natal de 1915, e tendo os fuzis e os canhões silenciados, e as baionetas embainhadas, momentaneamente, um soldado francês, de 22 anos, estando em sua trincheira situada bem em frente a trincheira inimiga, a dos alemães, e sem mesmo esperar a autorização de seu superior, disse que iria fazer a paz, levantou uma bandeira branca, simbolizando uma trégua. No lado inimigo, a agitação, a apreensão, tomou conta daquele setor da trincheira alemã, que com ordens de não atirar, animou um soldado alemão a fazer o mesmo gesto do francês. Marcharam um ao encontro do outro, agitando as suas bandeiras brancas, deram-se se as mãos a meio caminho, abraçaram-se, desejaram um feliz natal.
Como todos os demais soldados estivessem atentos, e estimulados por aquele pequeno gesto de coragem e destemor, desarmaram-se, saindo de suas respectivas trincheiras, encontrando-se na linha divisória que separavam os dois exércitos. Confraternizaram, cantaram, trocaram abraços, comemoraram o natal, cantaram a canção Noite Feliz, afinal não eram inimigos pessoais, defendiam posições estabelecidas por suas nações. Pela manhã jogaram uma partida de futebol, que teimosamente ficou empatada, pois que o sentido daqueles soldados não era o de vencer o “inimigo”. Porém, logo após, o monstro da guerra se fez presente, e a bestialidade, a belicosidade do ser humano, colocou os dois lados em confronto sangrento, dizimando-se.
Há, disse o Embaixador da Paz, uma guerra, também, na intimidade dos lares. É igualmente perversa, pois que, tudo quanto se instala na intimidade de um ser humano e que o leva a perder a alegria de viver, onde o desalento se instala, a ideia de extinguir a vida passa a ser uma constante, com insidiosa tendência a se tornar realidade a se concretizar no suicídio.
Don Miguel Ruiz, autor mexicano, em seu livro Os Quatro Acordos, publicado em 1997, estabelece os compromissos necessários para a construção da paz individual. 1º) Seja a sua palavra inviolável; 2º) Aprenda a ouvir para compreender; 3º) Seja você quem ama; e 4º) Nunca devolva o mal que lhe faça.
Pensar no bem é salutar, pensar no mal é intoxicar-se, destruindo-se. Há 22 anos Divaldo Franco emprega ingentes esforços para construir a paz em si mesmo, a aprender a conciliar o SELF com o EGO. Aconselhou a não se deixar dominar pela tristeza, mantendo a alegria de viver, não atribuindo valor ao que não tem valor. Asseverou que a felicidade é construída a partir do amor ao próximo, do autoamor, de viver em paz com a consciência, sem se perturbar com as provocações alheias, atraindo o outro pelo amor, sem condicionar, sendo verdadeiro, sem impor-se, aceitando e compreendendo, solidarizando-se.
Procure, ensinou o atento professor Divaldo, olhar o lado melhor da vida, ver o lado positivo, o bem e o bom. A paz é comovedora. Seja um pouco de paz no coração do próximo, ame-o. Não aceite provocações, lembre-se, estás em treinamento para desenvolver a paciência, seja o exemplo do bem-proceder, tenha coragem de sonhar e agradecer a Deus todas as intercorrências da vida, boas ou más. Declamando o Poema Meus Deus e meu Senhor, de Amélia Rodrigues, o evento foi encerrado, e todos cantando a Canção Paz pela Paz, de Nando Cordel, efusivos desejos de paz foram apresentados uns aos outros, ali presentes.
Não existe um caminho para a PAZ. A PAZ é o caminho. (Mahatma Gandhi)
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Divaldo Franco em Salvador Centro Espírita Caminho da Redenção

12 de dezembro de 2019

Vivenciando as vibrações em homenagem ao nascimento de Jesus, Divaldo Franco encontra-se jubiloso pelas atividades e os resultados positivos que vem alcançando o Movimento Você e a Paz, apesar da complexidade da atualidade, onde o homem, em sua volúpia, aturde-se. Registrou, com sua sensibilidade, as emoções especiais vividas, em 11 Dez, por ocasião das atividades desenvolvidas pelo Movimento Você e a Paz na Praça Irmã Dulce, em Salvador, capital dos baianos.
Anfitrião inigualável, gentleman, o Semeador de Estrelas, Divaldo Franco, registrou e externou a sua gratidão às diversas caravanas, nacionais e estrangeiras, que visitam a Mansão do Caminho neste período de febricitantes atividades. Por ser ocasião ímpar, Juan Danilo Rodríguez Mantilla, equatoriano, atualmente residindo e desenvolvendo suas profícuas atividades na Mansão do Caminho, e porque dotado de alta sensibilidade, lançou o CD musical intitulado - O Amor é o teu nome -, contendo 10 lindas canções. São letras adaptadas de poemas já conhecidos, outros de autoria de Juan Danilo, todos com arranjos musicais do autor. Sua apresentação de lançamento foi amplamente aplaudida, tocando os corações.
Divaldo Franco destacou a arte, a espírita em particular, como forma de enternecer e enlevar as criaturas, levando-as a experimentar momentos de transcendência e de beleza, apresentando alguns artistas e suas produções. Para destacar o potencial da arte, o ínclito orador e professor referiu-se aos mártires trucidados pelas feras em Roma, que naqueles espetáculos dantescos, entravam nas arenas e se entregavam corajosamente ao martírio, cantando, inspirados por entidades venerandas, até que a última voz silenciasse pela ação bestial das feras.
Na atualidade o materialismo provocador e covarde tenta intimidar o espiritualismo, ante a alvorada do novo mundo regenerador, que já conta com a participação de Espíritos dotados de sensibilidade, voltados e devotados ao bem, à ética, à moral e ao amor. O Espiritismo se constitui em força dinâmica, penetrando no seio da sociedade humana, nas famílias, nos indivíduos. Divulgando esses postulados nobres, Divaldo Franco esteve realizando um périplo, nos últimos dias, pelas terras portuguesas e espanholas levando o legado espírita, lançando-se, como desbravador, para alcançar o berço de uma velha civilização, riquíssima em conhecimentos tecnológicos assombrosos para aqueles dias, o velho Egito.
Sob inspiração e sugestão de Joanna de Ângelis, Divaldo Franco tem realizado profícuos trabalhos de divulgação das ideias cristãs em países de crença muçulmana. São trabalhos exploratórios, quebrando as vibrações do psiquismo nestes locais, realizando estudos evangélicos em diversas línguas, conforme os que compõem as caravanas, fundando núcleos espíritas onde possível. Primeiro foi a Turquia, depois Marrocos, Dubai, Abu Dabi, Tunísia, e agora o...
...Egito, a terra dos grandes faraós. Seus feitos estão sendo estudados e desvendados pela ciência atual, comprovando a genialidade e a tecnologia, o conhecimento e o significado de seus símbolos e medidas. Em suma, trouxeram à Terra a tecnologia, apresentando-a aos bárbaros que aqui se encontravam. Os locais visitados, esclareceu o médium Divaldo Franco, estão impregnados - paredes e ambientes - com os pensamentos daqueles que ali viveram e trabalharam.
Como naquela época, a dos faraós, a atual é de franca transição. Espíritos de outros orbes estão visitando a Terra, ou aqui encarnando, sob o influxo de uma mente superior, que tudo comanda e administra, inclusive preparando o homem para aumentar a sua capacidade de pensar, pois que o cérebro físico está em fase de adaptação e expansão, evoluindo e aumentando a capacidade de percepção cerebral. É a era do novo povo, transitando para a imortalidade, a transcendência.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke


quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Divaldo Franco na Bahia Movimento Você e a Paz

Salvador, 11 de dezembro de 2019
A realidade da vida, a caridade e o amor não possuem coloração política. (Divaldo Franco)
A Praça Irmã Dulce, no Largo de Roma, em Salvador, devidamente engalanada através do hercúleo trabalho realizado pela Equipe de Eventos da Mansão do Caminho, liderada pela eficiente e dedicada Telma Sarraf, Vice-presidente do Centro Espírita Caminho da Redenção, recebeu expressivo público para assistir o evento inicial de uma série que ocorrerá em Salvador, a primeira Capital do Brasil, que terá sequência nos seguintes dias e locais: 13 Dez – Jardim dos Namorados; 15 Dez – Dique do Tororó; e 19 Dez – Farol da Barra.
O Movimento Você e a Paz, idealizado e colocado em prática pelo humanista e pacifista Divaldo Pereira Franco em 1998, está em sua 22ª edição, sendo realizado em 11 Estados Brasileiros, 10 Países e 74 cidades no Brasil e no Exterior. O belo momento musical, aliado ao exuberante entardecer, alcançando o início da noite enluarada, foi protagonizado pela cantora Cássia Aguiar e seu conjunto musical, animando e encantando o público, que ativa e alegremente participou.
O palco foi formado por Manuel Sonier, espanhol, representando as caravanas presentes, e pelos expositores Juan Danilo Rodíguez Mantilla, Ruth Brasil Mesquita, Marcel Mariano e Divaldo Franco, Telma Sarraf e João Araújo, o mestre de cerimônia, todos imbuídos e dedicados divulgadores da renovação de sentimentos e das atitudes de pacificação.
Juan Danilo destacou a necessidade de cada ser humano construir a paz em si mesmo, eliminando, tanto quanto possível três inimigos internos: o sentimento de competição, de suplantar ou submeter o outro; a insatisfação com a vida, a inconformidade com as situações e consigo mesmo: e a falta de perdão, tanto para si como ao outro, aprendendo a compreender.
Ruth Brasil Mesquita enalteceu a conduta, as atitudes e a amorosidade da mãe de Irmã Dulce, dando a ela as condições para cumprir com êxito a sua tarefa missionária. Fruto de uma mãe amorosa, Irmã Dulce via em cada doente, Deus.
Marcel Mariano, discorrendo sobre a violência cotidiana, destacou ser necessário identificar as causas geradoras, quase sempre alicerçadas na matriz da radicalidade, o egoísmo. Com tolerância, em todos os sentidos, é possível conviver, desenvolvendo a paz interior, tornando-se agente pacificador, pelo menos no seio familiar.
Divaldo Pereira Franco, superando os limites impostos pela idade e pela dor, apresentou de forma sucinta a história de alguns pacifistas e que se superaram a si mesmos, pacificando-se e disseminando a cultura da paz, desde as relações domésticas, sociais e culturais. A tenacidade, traço comum entre eles, ensejou a mudança de comportamento, de crenças e de costumes. Leis foram modificadas, sempre tendentes a humanização nas relações. A produção literária também foi inspiradora e motivadora para a adoção de uma cultura de paz. Rosa Parks (1913-2005), norte-americana; Mahatma Gandhi (1869-1948), indiano; Martin Luther King Jr. (1929-1968), norte-americano; Léon Tolstói (1828-1910), russo; Irmã Dulce (1914-1992), brasileira, que com sua doçura e beleza caridosa, pacificava os corações aflitos e atormentados por doenças, porque, pacificada, tornou-se a Bem-Aventurada Dulce dos Pobres. Todos esses pacificadores, profundamente amorosos, pelas suas ações e convicções legaram à humanidade que a cultura da paz é possível, basta tornar-se pacífico, apaziguador.
Divaldo Franco narrou que após visitar um presídio na Guatemala, onde teve uma lição de miséria, de amargura, de preconceito, resolveu fazer algo por si mesmo, apaziguando-se, realizando algo em prol da paz, idealizando o Movimento Você e a Paz no ano de 1998. A realidade da vida, a caridade e o amor não possuem coloração política. A paz deixou de ser um substantivo para se tornar, também, um verbo, segundo os melhores dicionários, o verbo pazear.
O homem pacificado sabe amar todos e tudo, inclusive a natureza. O amor está acima de qualquer convicção política, de fé, de crenças, pois que a paz que Jesus dá é a paz do coração, da consciência reta, da prática do bem. Para tal, a família é o instrumento valiosíssimo de construção da paz, pois que está alicerçada no amor.
A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), estabeleceu os seguintes itens para a construção da paz no Planeta: 1. Respeito à vida; 2. Rejeitar a violência; 3. Ser generoso com todos; 4. Ouvir para compreender; 5. Preservar o Planeta; e 6. Redescobrir a solidariedade. É necessário, frisou Divaldo Franco, diminuir as queixas, as mentiras, o egoísmo, amando indistintamente.
Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco encerrou esse primeiro encontro promotor e difusor da paz na capital soteropolitana. O púbico, embalado pela Canção Paz pela Paz, de Nando Cordel, entoou-a a pleno pulmões, embelezando com harmonia impar o generoso espaço ao lado do memorial dedicado à Santa Dulce.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Divaldo Franco em Salvador Centro Espírita Caminho da Redenção

10 de dezembro de 2019
Retornando, em 09 de dezembro, de uma viagem doutrinária por Portugal, Espanha e Egito, Divaldo Franco estava à postos no Centro Espírita Caminho da Redenção para mais uma atividade, quando o ilustre orador disse se sentir jubiloso por identificar a suave melodia anunciando a vinda de Jesus à Terra, construindo uma aura de paz, alegria e gratidão, facultando a possibilidade de os homens edificarem a iluminação interior e a construção da paz, ao serem tocados pelas dúlcidas lições de amor.
Destacando a presença de Rosane Salerno, representando a caravana do Rio Grande do Sul, e a de Manuel, do Centro Espírita Manuel e Divaldo, de Réus, na Espanha, representando as caravanas internacionais, Divaldo Franco anunciou as mudanças no calendário de atividades que serão desenvolvidas em prol da paz, que se dão através do Movimento Você e a Paz, em sua 22ª edição, e que serão levadas à efeito nas seguintes datas e locais: 11 Dez – Largo de Roma, Praça Irmã Dulce; 13 Dez – Jardim dos Namorados; 15 Dez – Dique do Tororó; e 19 Dez – Farol da Barra, todos em Salvador, na Bahia.
Para abordar o tema doutrinário, Marcel Mariano foi convidado a fazer reflexões sobre a Parábola da festa de núpcias, contida no capítulo XVIII de O Evangelho segundo o Espiritismo. Em breve análise do comportamento do homem urbano, Marcel destacou três segmentos simbólicos: A igreja, a farmácia, o bar e a lotérica. Na lotérica, o homem acredita na sorte; na farmácia, o balconista foi nomeado farmacêutico, constatando que o brasileiro se automedica; no bar, esse mesmo homem, pelas suas mazelas morais, afoga seus conflitos ingerindo álcool; e na igreja, por não assumir suas próprias responsabilidades e esforços próprios, terceiriza a solução de seus problemas. Tudo isto demonstra que o homem teme interiorizar-se, autoconhecer-se, devido às suas diversas imperfeições e vícios morais.
Depois de historiar o aparecimento das primeiras obras fundamentais do Espiritismo, Marcel Mariano discorreu sobre a parábola e os comentários realizados por Allan Kardec, onde discorre sobre os primeiros, os segundos e os terceiros convidados, bem como reflexionou sobre o convidado que não estava devidamente vestido para as bodas. Os chamados serão muitos, porém, poucos os escolhidos. Destacou, o conferencista, que há uma imperiosa necessidade de cada ser humano se preparar, se capacitar para servir Jesus, o Mestre Nazareno. É necessário aprender a construir pontes, abandonando os velhos hábitos de estabelecer abismos entre as criaturas, aproveitando o que há de melhor e bom em cada ser humano, em cada instituição, pois que a vida é plena e a morte inexistente. Exortando às mudanças para melhor, o conferencista convidou para a realização da autoiluminação, tornando-se digno de ser convidado e ser escolhido para a festa divina.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

(Recebido em email de Jorge Moehlecke)