quarta-feira, 25 de maio de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco na Europa -2016 Viena, Áustria

Viena, 22 de maio de 2016

No último domingo, 22, o médium e orador espírita Divaldo Franco proferiu um seminário na cidade de Viena, Áustria, com o tema “O Caminho Para a Paz Interior: Uma Viagem Terapêutica”.
O evento foi realizado na “Lateinamerika-Institut”, com a presença de mais de 115 pessoas.
“O grande enigma da criatura humana é ela mesma.” Esse colocação deu início às reflexões em torno do tema proposto. A Filosofia, mãe de todas as Ciências, teria surgido exatamente para colaborar com entendimento sobre o ser. No entanto, por muitos séculos, ela deparou-se com uma incógnita: a morte. O que haveria depois desse fenômeno? O pensamento oriental resolveria a dúvida por meio da revelação espiritual, enquanto no Ocidente, os pensadores dividiam-se em correntes ideológicas, entre os materialistas e espiritualistas.
Para a demonstração de nossa natureza imortal e tríplice (corpo físico, corpo espiritual e Espírito), como seres que vivemos numa realidade interdimensional, perfeitamente integrados no todo, Divaldo apresentou o pensamento filosófico e científico desde o século IV a. C., nas áreas da Química e da Física, a propósito dos átomos e das propriedades radiantes da matéria, com Leucipo e Demócrito, passando por Epicuro, Aristóteles, René Descartes, Isaac Newton, John Dalton, Sir William Crookes, Eugen Goldstein, Sir Joseph Thomson, Wilhelm Röntgen, Marie Curie, Peter Higgs, Albert Einstein; e, ainda, na área da Astrofísica, com V. A. Firsoff e James Jeans, a respeito do Universo, sua formação, expansão e contração; também no campo das Neurociências e da Psicologia, abordando-se o ser profundo, o inconsciente, a realidade transpessoal.

Esse preâmbulo, com base eminentemente científica e filosófica, ofereceu a comprovação de que somos, em essência, uma energia pensante, que vincula-se à matéria, nos seus diferentes estados, para realizar o seu processo evolutivo, até a perfeita identificação com a Energia Criadora, denominada de a Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas, ou Deus. A experiência física (reencarnação) ofereceria-nos a possibilidade de superação de nossas más inclinações e de intelectualização da matéria, isto é, de sutilização dessa energia densa por meio de nosso poder mental, de modo que o envoltório do Espírito permitisse-lhe experiências cada vez mais transcendentes.
No campo da Psicologia, Divaldo apresentou o pensamento de Piotr Ouspenski, psicólogo russo, sobre os 4 principais níveis de consciência do ser: consciência de sono, consciência de sonho, consciência de si e consciência cósmica. As aspirações de cada um, os seus objetivos de vida, seriam os fatores a determinar em que nível cada pessoa se encontra. Também foram analisadas as 5 características essenciais do ser humano, segundo o psiquiatra e psicólogo cubano Emilio Mira y López: personalidade, conhecimento, identificação, consciência e individualidade.
De acordo com esse estudo, todos teríamos máscaras (personas) que utilizamos para a convivência social, que seriam o nosso ego e que se distinguiriam da nossa realidade profunda, aquilo que somos na essência (Self). Esse paradoxo entre o ser e o parecer representaria um dos grandes conflitos existenciais a serem vencidos pelo ser humano.

Seguindo na análise da consciência, foi esclarecido que, ao atingirmos o nível de consciência de si, a máquina humana funcionaria executando 7 funções principais: intelectiva, emocional, instintiva, motora, sexual, emocional superior (moral) e intelectiva superior ou coletiva. Fácil, portanto, de se depreender que a educação do Espírito, por meio do desenvolvimento de hábitos saudáveis e nobres, seria o caminho para se atingir patamares mais elevados de consciência e, por via de consequência, a paz interior.
A última característica do ser humano apresentada foi a individualidade, a qual seria a representação junguiana do Self, ou seja, do ser espiritual profundo em perfeita identificação com Deus.
Foi explicado que no processo evolutivo biológico, nosso corpo desenvolveu-se de maneira a oferecer, etapa a etapa, os recursos e equipamentos necessários para que o Espírito pudesse manifestar os poderes da mente. Assim é que do cérebro reptiliano, alcançamos o límbico e, mais recentemente, o neocórtex, o qual segue em desenvolvimento frontal, a fim de que as capacidades cerebrais atendam às exigências do Espírito já mais evoluído, para o uso da intuição. Seria o período, então, do Homem Noético, controlando, com o poder mental, todas as energias que compõem o Universo, derivadas do Fluido Cósmico Universal.

Entretanto, explicou o orador, para que pudéssemos educar os poderes da mente e avançar em nossa jornada evolutiva, de modo a alcançar aquela qualificação noética, seria indispensável vencer o ego, o maior impeditivo ao nosso progresso. Tomando por base a obra "O Cavaleiro da Armadura Enferrujada", de autoria de Robert Fisher, foi proposta uma análise junguiana e espírita da problemática do ego e sua relação com a origem dos sofrimentos, assim como da necessidade de a criatura humana alterar a sua conduta moral para melhor, como forma de encontrar a paz interior.

O enredo do livro descreve a saga de um cavaleiro que, ao longo de muitos anos, habituou-se a manter-se vestido com sua armadura de ferro, a qual acabou por se enferrujar. Ele era casado e tinha um filho, mas o seu relacionamento com a família era muito distante e difícil. Após uma discussão com a esposa, aborrecido, decidiu o cavaleiro afastar-se do domicílio e realizar uma viagem. Nesta viagem, ele passou a ter contato com alguns outros personagens, com os quais se relacionou e que o ajudaram a refletir sobre a própria existência. Por fim, o cavaleiro considerou que deveria retirar a armadura, o que não conseguiu de imediato, uma vez que ela já se encontrava muito enferrujada. Um dos personagens disse-lhe que seria necessário atravessar uma determinada trilha, onde encontraria três castelos: o do silêncio, o do conhecimento e o da vontade e ousadia. Ser-lhe-ia necessário permanecer um certo tempo em cada um deles, para se lhes aprender as lições, a fim de que ele pudesse seguir para o seguinte. Nesse processo, passando por cada castelo, o cavaleiro foi introjetando os diferentes ensinamentos, refletindo sobre a própria vida, conhecendo mais de si mesmo, ao tempo em que ele passou a mudar de pensamentos, de comportamentos, e , com isso, a armadura, de parte em parte, começou a cair de seu corpo, até que ele viu-se totalmente liberado dela.
Divaldo esclareceu que a viagem do cavaleiro pela trilha, visitando cada um daqueles castelos, é bem a viagem de autodescobrimento e de autoiluminação de todos nós, que trazemos as nossas máscaras, as personas a que se referia Carl Gustav Jung.

Recordando a vida e obra de Franz Kafka, marcadas sobretudo pelo extremo pessimismo, o Existencialismo de Jean Paul Sartre e de Albert Camus, o orador alertou para os riscos do vazio existencial, que levaria à depressão e aos problemas dela decorrentes, especialmente o suicídio. Foi narrada brevemente a estória de Mersault, contida na obra “O Estrangeiro”, de autoria de Albert Camus. Ali estaria representado o dilema entre o existencialismo, a pregar o gozo do aqui e agora, atendendo às exigências do ego, e o espiritualismo, a falar-nos de uma vida futura, espiritual, sobrevivente à morte física, e cujo bem-estar resultaria de uma conduta digna, saudável na Terra.

Na fase final do seminário, Divaldo discorreu sobre a psicologia de Viktor Frankl, que estabelecera que todos nós deveríamos estabelecer como meta psicológica de profundidade para a nossa vida o amor, única capaz de dar um sentido real e superior à nossa existência, em perfeita concordância com a mensagem psicoterapêutica de Jesus. Foi, também, analisado o “Decálogo Logoterapêutico”, de Elizabeth Lukas, discípula do Dr. Frankl, o qual inicia-se com o item que diz que deveríamos manter sempre contato com a transcendência, falando, ainda, da importância de dialogarmos com a nossa consciência, de mantermos valores nobres, vivenciando o amor, de mantermos os vínculos familiares, e encerrando o seu roteiro com o item que faz um apelo para que os indivíduos realizem o esforço para a sua transformação moral para melhor. Divaldo encerrou a sua dissertação, afirmando que, com a ajuda desse decálogo, o Self, saído da armadura do ego, experimentaria a paz e uma doce emoção tomaria conta de sua vida.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre

(Texto em português reccebido em email de Jorge Moehlecke)

Espanhol

DIVALDO FRANCO EN EUROPA – 2016.
Viena, 22 de mayo de 2016.



El último domingo, día 22, el médium y orador espírita Divaldo Franco dictó un seminario en la ciudad de Viena, Austria, sobre el tema El camino hacia la paz interior: un viaje terapéutico.
El acto se realizó en el Lateinamerika-Institut, con la presencia de más de 115 personas.

El gran enigma de la criatura humana es ella misma. Esa afirmación dio comienzo a las reflexiones en torno del tema propuesto. La Filosofía, madre de todas las ciencias, habría surgido precisamente para contribuir a la comprensión relativa al ser. Mientras tanto, durante muchos siglos, esta se encontró con una incógnita: la muerte. ¿Qué existiría después de ese fenómeno? El pensamiento oriental resolvería la duda por medio de la revelación espiritual, mientras que en occidente, los pensadores se dividían en corrientes ideológicas, entre los materialistas y los espiritualistas.
Para la demostración de nuestra naturaleza inmortal y triple (cuerpo físico, cuerpo espiritual y Espíritu), como seres que vivimos en una realidad interdimensional, perfectamente integrados en el todo, Divaldo presentó el pensamiento filosófico y científico a partir del siglo IV a. C., en las especialidades de la Química y de la Física, a propósito de los átomos y de las propiedades radiantes de la materia, con Leucipo y Demócrito, pasando por Epicuro, Aristóteles, René Descartes, Isaac Newton, John Dalton, Sir William Crookes, Eugen Goldstein, Sir Joseph Thomson, Wilhelm Röntgen, Marie Curie, Peter Higgs, Albert Einstein; y, además, en el área de la Astrofísica, con V. A. Firsoff y James Jeans, con respecto al universo, su formación, expansión y contracción; también en el campo de las Neurociencias y de la Psicología, abordando el ser profundo, el inconsciente, la realidade transpersonal.

Esa introducción, con base eminentemente científica y filosófica, ofreció la comprobación de que somos, en esencia, una energía pensante, que se vincula a la materia en sus diferentes estados, para realizar su proceso evolutivo hasta la perfecta identificación con la Energía Creadora, denominada Inteligencia suprema, Causa Primera de todas las cosas, o Dios. La experiencia física (reencarnación) nos ofrecería la posibilidad de superación de nuestras malas tendencias y la intelectualización de la materia, es decir, de sutilización de esa energía densa por medio de nuestro poder mental, de modo que el envoltorio del Espíritu le permitiese experiencias cada vez más transcendentes.
En el campo de la Psicología, Divaldo presentó el pensamiento de Piotr Ouspenski, psicólogo ruso, sobre los cuatro principales niveles de conciencia del ser: conciencia, conciencia de sueño, conciencia de sí y conciencia cósmica. Las aspiraciones de cada uno, sus objetivos de vida, serían los factores para determinar en qué nível se encuentra cada persona. También fueron analizadas las cinco características esenciales del ser humano, según el psiquiatra y psicólogo cubano Emilio Mira y López: personalidad, conocimiento, identificación, conciencia e individualidad.
De acuerdo con ese estudio, todos tendríamos máscaras (personas) que utilizamos para la convivencia social, que serían nuestro ego, y que se distinguirían de nuestra realidad profunda, aquello que somos en esencia (Self). Esa paradoja entre el ser y el parecer representaría uno de los grandes conflictos existenciales que debe resolver el ser humano.

Prosiguiendo con el análisis de la conciencia, se explicó que cuando alcanzáramos el nivel deconciencia de sí, la máquina humana funcionaría ejecutando siete (7) funciones principales: intelectiva, emocional, instintiva, motora, sexual, emocional superior (moral) e intelectiva superior o colectiva. Fácil es, por lo tanto, deducir que la educación del Espíritu, por medio del desarrollo de hábitos saludables y nobles, sería el camino para acceder a niveles más elevados de conciencia y, por consiguiente, a la paz interior.
La última característica del ser humano presentada fue la individualidad, la cual sería la representación junguiana del Self, o sea, del ser espiritual profundo en perfecta identificación con Dios.
Se explicó que en el proceso evolutivo biológico, nuestro cuerpo se desarrolló de manera de ofrecer, etapa tras etapa, los recursos y los equipamientos necesarios para que el Espíritu pudiese manifestar los poderes de la mente. De tal modo es cómo del cerebro del reptil alcanzamos el límbico y, más recientemente, el neocórtex, el cual sigue en un desenvolvimiento frontal, a fin de que las capacidades cerebrales atiendan a las exigencias del Espíritu ya más evolucionado, para el empleo de la intuición. Sería el período, entonces, del Hombre Noético, controlando con el poder mental todas las energías que componen el universo, derivadas del Fluido Cósmico Universal.

Entre tanto -explicó el orador-, para que pudiésemos educar los poderes de la mente y avanzar en nuestra trayectoria evolutiva, de modo de alcanzar aquella cualidad noética, sería indispensable superar el ego, el mayor impedimento para nuestro progreso. Tomando como base la obra El Caballero de la Armadura Oxidada, de Robert Fisher, se propuso un análisis junguiano y espírita de la cuestión del ego, y su relación con el origen de los sufrimientos, así como de la necesidad de que la criatura humana modifique su conducta moral para mejor, como una forma de encontrar la paz interior.

El argumento del libro describe la trayectoria de un caballero que, a lo largo de muchos años, se habituó a permanecer vestido con su armadura de hierro, la cual acabó por oxidarse. Él estaba casado y tenía un hijo, pero su relación con la familia era muy distante y complicada. Después de una discusión con la esposa, disgustado, decidió el caballero dejar su domicilio y realizar un viaje. Durante este viaje, tomó contacto con algunos otros personajes, con los cuales se relacionó, y lo ayudaron a reflexionar sobre su propia existencia. Por último, el caballero decidió que debía quitarse la armadura, lo que no consiguió de inmediato, debido a que esta se encontraba muy oxidada. Uno de los personajes le explicó que le iba a ser necesario recorrer una determinada senda, donde encontraría tres castillos: el del silencio, el del conocimiento y el de la voluntad y la osadía; y que le sería necesario permanecer durante cierto tiempo en cada uno de ellos, para aprender sus lecciones, antes de que pudiese seguir hacia el siguiente. En ese proceso, a medida que pasó por cada uno de los castillos, el caballero fue asimilando las diferentes enseñanzas, y mediante la reflexión sobre su propia vida, llegó a conocerse mejor, a la vez que comenzó a modificar sus pensamientos, luego su comportamiento y, con eso, la armadura -parte por parte- comenzó a desprenderse de su cuerpo, hasta que se vio completamente liberado de ella.
Divaldo esplicó que el recorrido del caballero por la senda, así como la visita a cada uno de los castillos, significa el viaje del autodescubrimiento y de la autoiluminación de todos nosotros, porque somos portadores de nuestras máscaras, esas personas a las cuales aludía Carl Gustav Jung.

Rememorando la vida y la obra de Franz Kafka, caracterizadas sobre todo por el pesimismo extremo, el Existencialismo de Jean Paul Sartre y de Albert Camus, el orador alertó acerca de los riesgos del vacío existencial, que conduciría a la depresión y a los problemas derivados de ella, especialmente el suicidio. Realizó una breve narración de la personalidad de Mersault -contenida en la obra El Extranjero, del escritor Albert Camus-. Allí estaría representado el dilema entre el existencialismo, que predica el gozo aquí y ahora, atendiendo a las exigencias del ego, y el espiritualismo, que nos habla de una vida futura, espiritual, de supervivencia a la muerte física, cuando el bienestar sería el resultado de una conducta digna, saludable, en la Tierra.

En la fase final del seminario, Divaldo se refirió a la psicología de Viktor Frankl, quien estableció que todos deberíamos tener una meta psicológica profunda en nuestra vida: el amor. Esa meta es la única capaz de dar un sentido auténtico y superior a nuestra existencia, en perfecta concordancia con el mensaje psicoterapéutico de Jesús. También se analizó el Decálogo Logoterapéutico de Elizabeth Lukas, discípula del Dr. Frankl, el cual comienza expresando que deberíamos mantener siempre contacto con la trascendencia, y alude, además, a la importancia de que dialoguemos con nuestra conciencia, que mantengamos valores dignos, experimentando el amor, que conservemos los vínculos familiares, y concluyó su enunciación de los ítems con el que convoca a los individuos a que realicen el esfuerzo inherente a su transformación moral para mejor. Divaldo finalizó su disertación afirmando que, con la ayuda de ese decálogo, luego de salir de la armadura del ego, elSelf experimentaría la paz, y una delicada emoción se apoderaría de su vida.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre

(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)