segunda-feira, 18 de abril de 2016

Registro. Divaldo Franco - 12º Seminário Beneficente do MAP Rio de Janeiro, RJ

17 de abril  de 2016


    TEXTO: Maria Rachel Coelho Pereira
    FOTOS: Luismar Ornelas de Lima

O 12º Seminário Beneficente do MAP

O 12º Seminário Beneficente do MAP – Movimento de Amor ao Próximo – foi realizado no dia 17 de abril de 2016 na Casa de Espetáculos, Metropolitan, no Rio de Janeiro, e recebeu um público de mais de 4.300 pessoas, além dos  que assistiram pela TV FEB e Rádio Rio de Janeiro.
O Seminário também teve uma especial importância porque deu início às comemorações do centenário do nosso irmão,  Dr. Jorge Andréa. Foi anunciado um grande Encontro no dia 13 de agosto do corrente ano com o CEJA-Barra , às 14h , onde se fará oficialmente a comemoração desses 100 anos e o lançamento do  livro “ O Outro Lado da Matéria” desse grande cientista pioneiro da medicina do futuro. 
No início do Seminário foi transmitido um vídeo em homenagem aos irmãos recém desencarnados Jorge Viana e Heráclito.
Com o tema: “Conquista da Imortalidade”, o maior médium e orador espírita da atualidade, Divaldo Pereira Franco abriu o Seminário, dividido em dois módulos.  
Referindo-se ao Professor e Doutor Harry Price, de Oxford, que estabeleceu a parapsicologia como sendo a maior pesquisa da humanidade, pela audácia de penetrar nos escaninhos da vida transcedental, um dos mais notáveis pesquisadores na área dos fenômenos parapsíquicos, a humanidade estava saindo inevitavelmente das doutrinas mais avançadas para aquela que diz respeito ao ser verdadeiramente integral. Poderíamos dizer que o ser contemporâneo está saindo da astronáutica para a psiconáutica, através do nosso pensamento, na fonte geradora diretriz da vida, que é o cérebro, o grande decodificador, estamos diante de um desafio que faz parte do processo antroposociopsicológico da nossa evolução.

Divaldo Franco, recordou que desde os tempos mais remotos que a criatura humana se pergunta: A morte mata a vida? Num período remoto, onde a vida apresentava-se apenas no seu aspecto biológico, onde a criatura humana vivia dos três extintos básicos: comer, dormir e procriar até passarmos pelo nascimento da emoção e o medo que acercou o cérebro humano, para estabelecer os paradigmas da melhor maneira de viver, a interrogação  procurava uma resposta que ainda não se adequava a realidade. E hoje, graças as doutrinas mais avançadas das neurociências vamos constatar que a vida é de natureza imortal.
Divaldo citou que a Organização Mundial de Saúde há quatro anos que definia a saúde  como estado de bem estar fisiológico, emocional e mental, acrescentou o bem estar espiritual e há dois anos a Academia de Psiquiatria dos EUA, fazendo uma revisão no Código das doenças internacionalmente reconhecido constatou que o transe, até então, considerado de natureza patológica, na esquizofrenia, na epilepsia, e outros estados traumáticos, merece hoje estudos apurados da ciência, porque a vida não se restringe a massa cerebral. 
O mesmo, Dr. Price, estabeleceu que a matéria não é tudo. Que muito do que nós constatamos não é de natureza material e que a maioria das coisas em que nós acreditamos não é visível. Desta forma, existe um grande enigma entre a apresentação material e a realidade transcendente do ser. Divaldo relembra, então, o pensamento do notável filósofo latino Cícero, “ A história é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a verdade”.  O que levaria dezesete séculos depois, o notável cientista Lord Bacon, afirmar que uma filosofia superficial leva a mente humana ao materialismo, mas uma filosofia profunda conduz a mente humana a verdadeira religião.
E elucidando diversos  fatos mediúnicos ocorridos na História, o orador, demonstra que em todas as épocas da humanidade, os espíritos se comunicaram com os que se encontravam reencarnados.
Recorrendo a Heródoto de Halicarnasso, narrou a primeira pesquisa parapsicológica a respeito da imortalidade da alma, no século VII a.C.  na Lídia, país que hoje corresponde à Turquia, o homem mais rico do mundo, Creso, teve a  idéia de reunir os embaixadores no palácio e mandá-los a diferentes países para que entrassem nos templos, adquirissem intimidade com os sacerdotes e dentro de 100 dias apartir da data da saída de Sardes consultassem os deuses. A consulta era para saber se aqueles deuses eram autênticos ou não e sobre uma prática exótica realizada por Creso e impossível de se advinhar.  Os embaixadores foram voltando e narrando ao rei as respostas dos deuses. Somente os que voltaram do Templo de Delfos lograram obter dos deuses a resposta certa, coincidindo com o que fez o rei. Este é o primeiro fato paranormal da história.  
O conferencista continuou discorrendo sobre a mediunidade e descreveu o assassinato do Imperador Tito Lívio Domiciano, em Roma e o desencarne de Dante Aliguieri, em 1321. Fez um pequeno histórico sobre fatos mediúnicos ocorridos com relação à sua obra “A Divina Comédia”, quando um mês depois seu filho mais jovem, dormindo em outra cidade e lhe apareceu em sonho, seu pai, pedindo que fosse a  casa em que ele desencarnara e na parede encontraria um cofre onde estava a parte mais bela da Divina Comédia, quando, de fato, seu filho se deparou com os 13 cantos da Obra.
 Outra ocorrência mediúnica destacada pelo emérito orador foi a previsão do Papa Pio V no dia 5 de outubro de 1571 sobre a Batalha de Lepanto, considerada a mais notável Batalha de toda a humanidade até a 1ª Guerra Mundial. Os mouros que são vencidos e expulsos perpetuamente da Europa e agora os vemos retornando à Europa, pela Lei de Causa e Efeito. Se a causa é boa o efeito é edificante mas aquilo que fez o Papa Pio V  gerou um carma do ocidente em relação ao oriente. Roma entra em festa e só chegam notícias da vitória, 20 dias depois. A Batalha de Lepanto foi no porto de Corinto na Grécia e o papa estava em Roma. A Igreja Católica Apostólica Romana é que noticia o fato demonstrando a imortalidade da alma  e a paranormalidade da criatura humana.
 Mas se não fosse suficiente, em setembro de 1756, Emanuel Swedenborg, cientista sueco vê um incêndio devorando Estocolmo e as multidões desesperadas gritando em chamas. E ele estava na cidade de  Gotemburgo, distante de Estocolmo 508 km. O que se confirmou dois dias depois, pelos correios, a grande tragédia que quase destruiu Estocolmo. E apartir desse fato, Swedenborg transforma-se em clarividente e funda uma religião, a Nova Jerusalém.
 Não há na história quem possa duvidar, inclusive, Kant, grande filósofo, pesquisa arduamente para ver se não havia uma interpretação falsa e chega a conclusão que existem realidades que nos escapam e que há muita coisa que nós ignoramos em nosso conhecimento superficial da vida.
Divaldo lembra, ainda, que o Presidente americano Abraham Lincoln teve um sonho sobre sua própria morte e a visão que teve o Cardeal Eugênio Paccelli, do Papa Pio X, que lhe disse: venho em nome de Deus dizer-lhe que vais ser papa dentro de dias e se tornaria, por unanimidade de votos, o Papa Pio XII.  
Fatos notáveis, históricos, incontestáveis. E ignorados pelo Professor Price.
Divaldo passa a analisar a importância das crises e da dor, necessárias para as grandes transformações. Para que sobre elas edifique-se novos prédios de esperanças. Recorda dos danos que seu pai sofreu da grande crise de Wall Street, de 1929. Embora tenha nascido dois anos antes, seu pai era exportador da folha de tabaco e foi vítima  da crise de Nova Iorque, de uma hora para outra foi quase reduzido à miséria mas gerou uma família de lutadores: ...” aqui estou há 88 anos, lutando, porque a luta fortalece! O coqueiro que não quer ser arrancado pela ventania, dobra-se, a ventania passa e ele recupera a postura! É necessário sabermos dobrar-nos para permanecermos vivos!”...
 E concluindo o 1º módulo do Seminário, destacou  que no dia 18 de abril de 1857 nasce a nova aurora do mundo novo, e Allan Kardec, cientista emérito, porque realizou experiências  com aproximadamente mais de mil médiuns, que não dispunham de watsapp, telefone celular, nenhum meio de comunicação. Ele mandava a mesma pergunta a 50 médiuns e depois  cotejava as 50 respostas constatando a originalidade e a causa fundamental de onde venha aquela contestação, declarando que a morte não mata a vida e que o Espiritismo é uma ciência, que estuda a natureza, o destino dos espíritos e as relações que mantemos com eles aparece para enfrentar a crítica da cultura de então.
Essa ciência extraordinária, traz em seu bojo a investigação de laboratório e Allan  Kardec foi um eminente e frio investigador, não se deixando ludibriar pela astúcia dos mistificadores ou pela tendência daqueles que querem aparecer para satisfazerem seus egos. Ele omitiu seu nome, como grande educador, discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi, para no anonimato apresentar a ciência que um dia uniria as pessoas na psiconáutica, na mediunidade que é uma faculdade que todos nós somos portadores em graus levemente diferenciados. Nasce a Filosofia Espírita que vai além da parapsicologia, que não tem uma filosofia de comportamento ético. A Filosofia Espírita diz: ao analisarmos o fato e constatarmos a origem, nós temos uma conseqüência filosófica, ético moral, que é a vida. Qual é o sentido da vida? Porque estamos aqui? Como escreveu o notável  Dostoiewski, na sua obra, O Idiota: A beleza salvará o mundo! Então Allan Kardec trouxe a beleza para o mundo colocando essa mensagem no Evangelho Segundo o Espiritismo: A dor é a benção que Deus reserva aos seus eleitos! Temos que agradecer as dores, das noites não dormidas, da incompreensão, do desgaste material, do dia a dia porque viver é desgastar o combustível, é gastar esse fluído cósmico que  nos dá beleza e sem qualquer masoquismo, ser feliz na dor!
Divaldo termina contando ao público que semana passada estava aplicando um passe numa senhora portadora de neoplasia maligna com metástase e ela chorava de dor quando lhe apareceu o filho desencarnado, pedindo-lhe: fale para mamãe que seja feliz agora sem os cravos da cruz, os cravos da cruz pertenceram a Jesus por nós e nós vamos nos encontrar e Divaldo lhe disse: a senhora chorou tanto pelo filho que viajou e agora que ele lhe espera com um ramalhete de flores, porque os cravos da cruz? Retire-os. E parta, alegre, pois que ele está aqui esperando pela senhora. Seja feliz! E ela desencarnou, e ele lhe estendeu as mãos e feliz foi com o filho.
Não deixemos que os cravos da cruz, as recordações negativas perturbem a beleza da nossa dor. Que soframos integralmente, que nos alegremos integralmente, que tenhamos altivez de viver integralmente, porque é nisso que consiste a vida. A Filosofia Espírita veio trazer essa marca: não existe um Deus em punição mas existe um Deus que é todo amor, que vela por nós. A dor é um fenômeno de desgaste. A dor física. O mal que fizemos a outrem, a nós próprios nos fizemos. E esse mal está vivo em nós como culpa que nos faz reencarnar com timidez, melancolia, transtorno do pânico que são os mecanismos expurgatórios. Quem de nós não sabe que a Lei é de amor, então, para quê o ressentimento? Para quê valorizar quem não nos quer bem? Nós nascemos para sermos felizes, então a proposta do Espiritismo é a proposta do Cristianismo primitivo, a volta do Homem de Nazaré,  esse homem extraordinário que dividiu a história, que a filosofia espírita nos proporciona nos dias de hoje. A nossa meta não é ganhar dinheiro, isso é um meio de chegar a nossa meta. A nossa meta é a imortalidade. Aqueles que nos anteciparam, voltam, vem ter conosco, esperam-nos, choram com nossas lágrimas, sorriem com o nosso bem estar e acima de tudo interferem junto a Deus para que a plenitude tome conta de nossas vidas.
Na segunda parte do seminário, o Semeador de Estrelas, iniciou mencionando as experiências do Dr. Michael Persinger, com tomografias computadorizadas, emissões de ondas eletromagnéticas, de pósitrons, nos lobos temporais. As pessoas submetidas a essas experiências teriam tido “visões” e sentiram presenças espirituais. O Dr. Persinger, descobriu, a existência de peculiar luminosidade, de um ponto de luz no interior do cérebro. O investigador resolveu, então, convidar o Dr. Vilayanur Ramachandran, pesquisador indiano, radicado nos EUA para fazer as suas experiências visando confirmar e ampliar o conhecimento até aquele momento sobre o ponto luminoso. Constatou o Dr. Ramachandran que ao pronunciar a palavra, Oh, my God, ou Deus, no idioma que fosse, aquele ponto luminoso fazia-se mais expressivo. Existe no cérebro humano, numa área próxima a glândula pineal uma certa luminosidade que oscila e deu a essa área o nome de “ O ponto de Deus ou ponto de luz no cérebro”. Dean Hamer, pesquisando a origem da vida humana, descobriu que uma das causas é a presença de Deus.
 Nesse momento do Seminário, Divaldo convida a todos a sonhar e menciona momentos emocionantes da vida de Francisco de Assis, destacando sua abnegação, seu amor ao próximo e à natureza, sua autoiluminação, suas dores. Que não era masoquismo, não era prazer em sofrer mas era prazer em amar, comove o mundo com palavras simples: Senhor, faze de mim um instrumento da tua paz ... e mudou os séculos XII e XIII e a humanidade até hoje. E ao falar da Úmbria fez a ternura tomar todo o auditório: ...” Oh, irmãs aves, não vedes que estou falando sobre Jesus”... E diz a tradição que as aves se calaram... Sentimos a doçura do Cristo!
 Ao final do Seminário, o  embaixador da paz no mundo discorreu sobre buscarmos o estado luminoso, que Jesus colocou de outra forma: O reino de Deus está dentro de vós! A solução do problema está dentro e não fora e não adianta fugir, mas amarmos, abrir-nos, vivermos intensamente mesmo diante da dor. Desenvolvermos o Cristo interno. Abordando a empatia sugeriu-nos que devemos realizar o bem ao próximo, nós cristãos, que sabemos da imortalidade da alma devemos buscar  e enxergar nossos irmãos invisíveis, aqueles que são desconsiderados e marginalizados pelos outros, para lhes tornarmos socialmente visíveis e dignificados. Devemos cuidar dos doentes e dos convalescentes. E a imortalidade da alma nos convida a todos a vivermos esse mundo novo, de uma nova Úmbria, da solidariedade, do respeito humano e do amor e é por isso que a Doutrina Espírita é uma religião, porque religa a criatura ao criador de quem está momentaneamente afastado. Não precisamos abandonar nossos postos para amarmos uns aos outros sempre e em qualquer circunstância. Nunca te arrependerás do bem que fizeres mas  se arrependerá do bem que deixar de fazer e que não lhe custa nada fazer. Após recitar o Poema da Gratidão, Divaldo foi ovacionado pelo público que se postou de pé.
TEXTO: Maria Rachel Coelho Pereira
    FOTOS: Luismar Ornelas de Lima

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)


Espanhol


DIVALDO FRANCO - 12º Seminario Benéfico del MAP 
Rio de Janeiro, 17de abril de 2016.
 

El 12º Seminario Benéfico del MAP -Movimiento de Amor al Prójimo- se llevó a cabo el día 17 de abril de 2016 en la Casa de Espectáculos Metropolitan, en Rio de Janeiro, y recibió un público compuesto por más de 4.300 personas, además de quienes siguieron la labor a través de la TV FEB y de la Radio Rio de Janeiro.
El seminario también tuvo una especial importancia, porque dio comienzo a las conmemoraciones del centenario de nuestro hermano, Dr. Jorge Andréa. Se anunció un gran Encuentro para el día 13 de agosto del corriente año con el CEJA-Barra, a las 14:00 , donde se realizará oficialmente la conmemoración de los 100 años y el lanzamiento del libro “ O Outro Lado da Matéria” -El Otro lado de la Materia- obra de ese gran científico pionero de la medicina del futuro. 
Al comienzo del Seminario se transmitió un vídeo en homenaje a los hermanos recién desencarnados: Jorge Viana y Heráclito.
Con el tema: Conquista de la Inmortalidad, el máximo médium y orador espírita de la actualidad, Divaldo Pereira Franco, dio comienzo al seminario, dividido en dos módulos.  
Con referencia al Profesor y Doctor Harry Price, de Oxford, que calificó a la Parapsicología como la mayor investigación de la humanidad, debida a la audacia de uno de los más destacados investigadores en el área de los fenómenos parapsíquicos, que penetró en los pliegues de la vida trascendental, cuando la humanidad estaba saliendo inevitablemente de las doctrinas más avanzadas, en dirección a aquella que atañe al ser verdaderamente integral. Podríamos decir que el ser contemporáneo está saliendo de la astronáutica hacia la psiconáutica, a través de nuestro pensamiento, en la fuente generadora, directriz de la vida, que es el cerebro, el gran decodificador, y que estamos ante un desafío que forma parte del proceso antroposociopsicológico de nuestra evolución.

Divaldo Franco recordó que desde las épocas más remotas, la criatura humana se preguntaba: ¿La muerte mata a la vida? Eso ocurría en un período muy lejano, cuando la vida se presentaba sólo en su aspecto biológico, pues la criatura humana vivía a través de los tres instintos básicos: comer, dormir y procrear. Hasta que pasamos por el nacimiento de la emoción y del miedo, que se acercó al cerebro humano para establecer los paradigmas relativos a la mejor manera de vivir, la interrogación buscaba una respuesta que aún no se adecuaba a la realidad. Hoy, gracias a las doctrinas más avanzadas de las neurociencias, vamos a constatar que la vida es de naturaleza inmortal.
Divaldo citó que la Organización Mundial de la Salud, cuatro años atrás, definía a la salud como un estado de bienestar fisiológico, emocional y mental, pero agregó el bienestar espiritual; y hace dos años que la Academia de Psiquiatría de USA, haciendo una revisión en el Código de las enfermedades -internacionalmente reconocido- constató que el transe, hasta entonces considerado de naturaleza patológica, en la esquizofrenia, en la epilepsia y en otros estados traumáticos, merece hoy estudios minuciosos de parte de la Ciencia, porque la vida no se limita a la masa cerebral. 
Así mismo, el Dr. Price estableció que la materia no es todo. Que mucho de lo que constatamos no es de naturaleza material, y que la mayoría de las cosas en las cuales creemos no es visible. De esta forma, existe un gran enigma entre la presentación material y la realidad trascendente del ser. Divaldo recuerda, entonces, el pensamiento del insigne filósofo latino Cicerón: La Historia es la piedra de toque que desgasta el error y hace brillar la verdad, lo que llevaría, diecisiete siglos después, al notable científico Lord Bacon, a afirmar que una filosofía superficial conduce a la mente humana al materialismo, mientras que una filosofía profunda conduce a la mente humana a la verdadera religión.
Mediante la explicación de diversos fenómenos mediúmnicos registrados en la Historia, el orador demuestra que en todas las épocas de la humanidad, los Espíritus se comunicaron con quienes se encontraban reencarnados.
Recurriendo a Heródoto de Halicarnaso, narró la primera investigación parapsicológica con respecto a la inmortalidad del alma, realizada en el siglo VII a. C., en Lidia, un país que hoy pertenece a Turquía. El hombre más rico del mundo, Creso, tuvo la  idea de reunir a los embajadores en el palacio y enviarlos a diferentes países para que entrasen en los templos, se familiarizaran con los sacerdotes y, después de 100 días, contados a partir de la fecha de la salida de Sardes, consultaran a los dioses. La consulta tenía por objeto saber si aquellos dioses eran auténticos o no y, además, era acerca de una práctica exótica realizada por Creso, imposible de que fuera adivinada. Los embajadores fueron retornando y revelaron al rey las respuestas de los dioses. Solamente aquellos que regresaron del Templo de Delfos, habían logrado obtener de los dioses la respuesta acertada, que coincidía con lo que había hecho el rey. Éste es el primer fenómeno paranormal de la Historia.  
El conferencista continuó haciendo referencia a la mediumnidad, y describió el asesinato del Emperador Tito Livio Domiciano, en Roma, y después se refirió a la desencarnación de Dante Alighieri en 1321. Hizo un breve relato histórico sobre fenómenos mediúmnicos ocurridos con relación a la obra La Divina Comedia, cuando un mes después de haber desencarnado, el poeta se apareció a su hijo menor durante el sueño -cuando este se hallaba durmiendo en otra ciudad-, y le pidió que fuese a la casa donde él había desencarnado, pues en la pared encontraría un cofre, dentro del cual estaba la parte más bella de La Divina Comedia y, de hecho, su hijo encontró allí los 13 cantos de la obra.
 Otro acontecimiento mediúmnico, destacado por el emérito orador, fue la previsión del Papa Pío V, el día 5 de octubre de 1571, sobre la Batalla de Lepanto, considerada la más notable batalla de toda la historia de la humanidad, hasta la 1ª Guerra Mundial. Los moros, que fueron derrotados y expulsados a perpetuidad de Europa, ahora vemos que están retornando a Europa, por la Ley de Causa y Efecto. Si la causa es buena, el efecto es edificante, pero aquello que hizo el Papa Pío V generó un karma para Occidente en relación con Oriente. Roma se pone a festejar cuando llegan las noticias de la victoria, 20 días después. La Batalla de Lepanto se desarrolló en el puerto de Corinto, en Grecia, y el Papa estaba en Roma. La Iglesia Católica Apostólica Romana es la que da las noticias acerca del acontecimiento, demostrando la inmortalidad del alma y la paranormalidad de la criatura humana.
Pero si eso no fuese suficiente, en septiembre de 1756, Emmanuel Swedenborg, científico sueco, ve un incendio que está devorando Estocolmo, y las multitudes desesperadas gritando entre las llamas. Mientras tanto, él estaba en la ciudad de  Gotemburgo, a 508 km de Estocolmo. Dos días después, se toma conocimiento a través de los correos, de la gran tragedia que casi había destruido a Estocolmo, y a partir de ese acontecimiento, Swedenborg se transforma en clarividente y funda una religión: la Nueva Jerusalén.
No hay en la Historia quien pueda dudar; incluso Kant, un gran filósofo, investiga arduamente para verificar si no había alguna interpretación falsa, y llega a la conclusión de que existen realidades que se nos escapan, y que hay muchas cosas que nosotros ignoramos, por nuestro conocimiento superficial de la vida.
Divaldo hace mención, además, a que el Presidente norteamericano Abraham Lincoln tuvo un sueño relativo a su propia muerte, y se refiere también a la visión que tuvo el Cardenal Eugenio Paccelli, sobre el Papa Pío X, quien le dijo: Vengo en nombre de Dios, a decirle que va a ser Papa dentro de algunos días y, en efecto, se convertiría, por unanimidad de votos, en el Papa Pío XII.  
El ilustre orador se refiere, además, a acontecimientos extraordinarios, a hechos históricos indiscutibles e ignorados por el Profesor Price.
Divaldo pasa a analizar la importancia de las crisis y del dolor, necesarias para las grandes transformaciones, de modo que sobre ellas se edifiquen nuevos edificios de esperanzas. Recuerda los daños que su padre sufrió, a raíz de la gran crisis de Wall Street, en 1929, aunque Divaldo había nacido dos años antes. Su padre era exportador de hojas de tabaco, y fue víctima de la crisis de Nueva York. De una hora para otra quedó prácticamente reducido a la miseria, pero dio origen a una familia de luchadores: ...¡Aquí estoy hace 88 años, luchando, porque la lucha fortalece! ¡El cocotero que no quiere ser arrancado por el vendaval, se dobla; y el vendaval pasa y él recupera su posición! ¡Es necesario que sepamos doblarnos para que permanezcamos vivos!...
A modo de conclusión del 1er. Módulo del Seminario, destacó  que el día 18 de abril de 1857 nace la Nueva Aurora del Mundo Nuevo, y Allan Kardec era un científico emérito, porque realizó experiencias con aproximadamente más de mil médiums, que no disponían de whatsapp, ni teléfono celular, ni ningún medio de comunicación. Él enviaba la misma pregunta a 50 médiums, y después  cotejaba las 50 respuestas para constatar la originalidad y la causa fundamental de donde provenía aquella contestación. Así declaró que la muerte no mata a la vida, y que el Espiritismo es una ciencia que estudia la naturaleza, el destino de los Espíritus y las relaciones que mantenemos con ellos, y que aparece para enfrentar a la crítica de la cultura de entonces.
Esa ciencia extraordinaria es portadora, en su seno, de la investigación de laboratorio, y Allan Kardec fue un eminente y frío investigador, que no se dejó burlar por la astucia de los mistificadores ni por la tendencia de aquellos que querían destacarse para satisfacer sus egos. Él omitió su nombre, como gran educador, discípulo de Johann Heinrich Pestalozzi, a fin de presentar en el anonimato la Ciencia que un día uniría a las personas en la psiconáutica, en la mediumnidad, que es una facultad de la cual todos nosotros somos portadores en grados levemente diferenciados. Nace así la Filosofía Espírita, que va más allá de la Parapsicología, que no tiene una filosofía relativa al comportamiento ético. La Filosofía Espírita sostiene: cuando analizamos el fenómeno y constatamos su origen, tenemos una consecuencia filosófica, ético- moral, que es la vida. ¿Cuál es el sentido de la vida? ¿Por qué estamos aquí? Como escribió el ilustre Dostoievski en su obra El Idiota: ¡La belleza salvará al mundo! Entonces Allan Kardec trajo la belleza para el mundo, al colocar ese mensaje en El Evangelio según el Espiritismo: ¡El dolor es la bendición que Dios reserva a sus elegidos! Debemos agradecer los dolores de las noches sin dormir, de la incomprensión, del desgaste material, de la vida cotidiana, porque vivir es consumir el combustible, es consumir ese fluido cósmico que  nos da belleza, y sin masoquismo alguno, ¡ser feliz en el dolor!
Divaldo concluye contándole al público que, la semana anterior había estado aplicando un pase, a una señora portadora de neoplasia maligna con metástasis mientras ella lloraba de dolor. Fue cuando se le presentó a Divaldo, el hijo desencarnado de la señora y le pidió: Dígale a mi mamá que sea feliz ahora, sin los clavos de la cruz. Los clavos de la cruz le pertenecieron a Jesús por nosotros, y nosotros nos vamos a encontrar. Y Divaldo le dijo: Usted lloró tanto por el hijo que tuvo que marcharse de viaje, y ahora que él la espera con un ramillete de flores, ¿por qué los clavos de la cruz? Quítelos. Y parta con alegría, pues él está aquí esperándola. ¡Sea feliz!Y ella desencarnó y él le tendió las manos, y así fue feliz con su hijo.
No permitamos que los clavos de la cruz, los recuerdos negativos perturben la belleza de nuestro dolor. Que suframos integralmente, que nos alegremos integralmente, que tengamos altivez de vivir integralmente, porque es en eso que consiste la vida. La Filosofía Espírita ha venido a traer esa señal: no existe un Dios de punición, sino existe un Dios que es todo Amor, que vela por nosotros. El dolor es un fenómeno de desgaste, el dolor físico. El mal que hemos hecho a los demás, a nosotros mismos nos lo hicimos, y ese mal está vivo en nosotros como culpa, que nos hace reencarnar con timidez, con melancolía, con trastorno de pánico, que son mecanismos expurgatorios. ¿Quién de nosotros no sabe que la Ley es de Amor? Entonces, ¿para qué el resentimiento? ¿Para qué valorizar a quien no nos quiere bien? Nacemos para ser felices, entonces, la propuesta del Espiritismo es la propuesta del Cristianismo primitivo, el retorno del Hombre de Nazaret, ese Hombre extraordinario que dividió la Historia, ese Hombre al que la filosofía espírita nos proporciona en los días actuales. Nuestra meta no es ganar dinero; el dinero es un medio para llegar a nuestra meta. Nuestra meta es la inmortalidad. Aquellos que nos precedieron, vuelven, vienen a conversar con nosotros, nos esperan, lloran con nuestras lágrimas, sonríen con nuestro bienestar y, por sobre todo, interceden ante Dios para que la plenitud se apodere de nuestras vidas.
En la segunda parte del seminario, el Sembrador de Estrellas comenzó mencionando las experiencias del Dr. Michael Persinger con tomografías computadas, emisiones de ondas electromagnéticas de positrones en los lóbulos temporales. Las personas sometidas a esas experiencias habrían tenido visiones y percibido presencias espirituales. El Dr. Persinger descubrió la existencia de una peculiar luminosidad, un punto de luz en el interior del cerebro. El investigador resolvió, entonces, invitar al Dr. Vilayanur Ramachandran, investigador nacido en la India y radicado en USA, para que hiciera sus experiencias, con la expectativa de confirmar y ampliar, el conhecimiento que había hasta aquel momento sobre el punto luminoso. Constató, el Dr. Ramachandran, que al pronunciar las palabras: ¡Oh, my God! o Dios, en el idioma que fuese, aquel punto luminoso se hacía más intenso. Existe en el cerebro humano -en una zona cercana a la glándula pineal- una cierta luminosidad que oscila, y él le dio a esa zona el nombre de El punto de Dios o punto de luz en el cerebro. Dean Hamer, durante investigaciones acerca del origen de la vida humana, descubrió que una de las causas es la presencia de Dios.
En ese momento del seminario, Divaldo invita a todos a soñar, y menciona anécdotas emocionantes de la vida de Francisco de Asís, destacando su abnegación, su amor al prójimo y a la Naturaleza, su autoiluminación, sus dolores, que no eran masoquismo, no eran placer de sufrir sino placer de amar. Él conmueve al mundo con palabras simples: Señor, haz de mí un instrumento de tu paz... y modificó los siglos XII y XIII, y la humanidad hasta hoy. Al describir la Umbría hizo que la ternura se apoderara de todo el público: ...Oh, hermanas aves, no veis que estoy hablando sobre Jesús... Y dice la tradición que las aves se quedaron en silencio... ¡Percibimos la dulzura del Cristo!
Hacia la finalización del Seminario, el  Embajador de la paz en el mundo se refirió a la búsqueda del estado numinoso, al cual Jesús aludió de otra forma: ¡El Reino de Dios está dentro de vosotros! La solución del problema está adentro y no afuera; no sirve huir, sino amarnos, brindarnos, vivir intensamente incluso ante el dolor. Desarrollemos el Cristo interno. Abordando la empatía, nos sugirió que debemos realizar el bien al prójimo, nosotros los cristianos, que sabemos de la inmortalidad del alma y debemos buscar y encontrar a nuestros hermanos invisibles, aquellos que no son tenidos en cuenta, sino marginados por los otros, para tornarlos socialmente visibles y dignificados. Debemos cuidar a los enfermos y a los convalescientes. Y la inmortalidad del alma nos invita a que todos vivamos en ese mundo nuevo, de una nueva Umbría, de la solidaridad, del respeto humano y del amor y es por eso que la Doctrina Espírita es una religión, porque re-liga a la criatura con el Creador, de quien está momentáneamente alejado. No precisamos abandonar nuestros puestos para amarnos los unos a los otros, siempre y en toda circunstancia. Nunca te arrepentirás del bien que hagas, pero te arrepentirás del bien que dejes de hacer, que no te cuesta nada hacer. Luego de que recitara el Poema de la Gratitud, Divaldo fue ovacionado por el público, que se puso de pie.
TEXTO: Maria Rachel Coelho Pereira
    FOTOS: Luismar Ornelas de Lima


(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)