segunda-feira, 6 de março de 2017

Registro. Divaldo Franco- Encerramento do Congresso Espírita de Goiânia, GO

28/02/2017
Após 4 (quatro) dias de muita informação proporcionada pelas séries de palestras esclarecedoras e evangelizadoras, além da fraternidade e alegrias intraduzíveis o 33º Congresso Espírita do Estado de Goiás chega ao seu fim.
Para fechá-lo Divaldo Franco realiza a derradeira palestra do evento. O tema a ser desenvolvido é o mesmo daquele adotado como temática central do Congresso que estava encerrando:  Vida: Desafios e Soluções.
As emoções se entrechocam: A alegria pelos momentos inesquecíveis é tocada pelo clima de saudades da  convivência em uma ambiente onde a atmosfera espiritual a todos nos repletou.
As conversas animadas dos participantes já possuíam algo de nostálgico. As bênçãos da Espiritualidade a todos sensibilizavam, preparando-nos para as emoções derradeiras daquele banquete de luz.
Foi, neste clima emocional e entre palmas a refletirem os mais nobres sentimentos do enorme público que lotava o teatro,  que Divaldo Franco dirigiu-se à tribuna.
No meio do enorme silêncio expectante Divaldo falou:
O célebre caçador de nazistas - 4 (quatro) vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz - Simon Wiesenthal  narra em o livro O Girassol (1970) que em 1944 era um jovem polonês e judeu encarcerado  no campo de concentração de Mauthausen-Gusen, localizado próximo da cidade de Linz na Áustria . Amargurado, sem esperança e indefeso, testemunhou o assassinato da  sua avó e o embarque de sua mãe em um vagão de carga contendo mulheres judias idosas.
Na condição de mão de obra escrava, Simon foi destacado para remover o lixo em um hospital para soldados alemães feridos na ofensiva dos aliados e enquanto trabalhava acercou-se dele uma enfermeira e certificando-se de que Simon era   judeu lhe fez sinal para que a acompanhasse. Receoso, Simon a seguiu até um quarto onde um soldado nazista jazia imóvel envolvido em ataduras.
O soldado,  gravemente ferido, era um oficial da SS, e ele mandara chamar Simon lhe fazer  para uma confissão no leito de morte.
- Meu nome é Karl - disse uma voz entrecortada e distorcida pelas ataduras que lhe cobriam grande parte do rosto - Preciso lhe contar algo que me devasta a alma.
De formação religiosa Católica alistou-se nas tropas SS havendo retornado recentemente, muito ferido, do front russo.
Durante um cerco às tropas russas que fugiam da “máquina nazista” a unidade de Karl fora atraída a um campo minado que resultou na morte de mais de 30 dos seus soldados. Como vingança, os SS reuniram 300 (trezentos) judeus, prendendo-os em sobrado de 3 (três) andares, espalharam combustível e a incendiaram. Karl ordenara aos seus homens que atirassem contra qualquer um que tentasse escapar.
Karl fez um breve silêncio e seguiu a narrativa macabra, que Simon acompanhava tomado de ódio que o silenciava.
- Os gritos das vítimas na casa eram horríveis.
- Divisei um homem com uma criancinha nos braços. Suas roupas estavam em chamas. Ao lado havia uma mulher, sem dúvida a mãe da criança. Com a mão livre, o homem cobria os olhos da criança, depois ele pulou para a rua. Segundos depois a mãe jogou-se também. Nós atiramos matando todos aqueles que tentavam fugir!
Dominado pelas emoções dessa insanidade Karl continuou após algum tempo de silêncio:
- Nunca mais pude esquecer o olhar de incredulidade daquele menino cujos olhos lhe pareciam perguntar: Por que?
- Sei que em poucas horas morrerei, e por essa razão solicitei a presença de um judeu. Mas antes queria pedir a um judeu que me perdoasse pelas atrocidades.
Simon Wiesenthal, olhou para o corpo do homem moribundo abriu a porta e deixou o local em silêncio sem conceder o perdão solicitado.
Através dos anos, Wiesenthal perguntou a muitos rabinos e sacerdotes o que deveria ter feito. Finalmente, mais de vinte anos depois da guerra, ele escreveu essa história e submete o leitor a uma questão:
- O que você teria feito em meu lugar?
Após breve silêncio Divaldo segue no desenvolvimento do tema.
Desde o instante do nascimento quando nos esgueiramos pelo canal vaginal a vida se nos opõe dificuldades. Algumas naturais, próprias da vida física, outras que nos chegam por imposição de equívocos gerados pelas nossas imprudências, incompetência ou imprevidência.
Outras ainda nos colhem como necessidade de desenvolver predicados que carecemos para a nossa evolução moral, espiritual e intelectual. Como praticar a qualidade do perdão se ninguém nos magoar ou ferir – moral ou fisicamente?
Há, ainda, as dores acerbas e quase intermináveis que parecem nos consumir nas labaredas das dores morais e físicas. São as expiações que nos fazem experimentar – hoje – as dores com as quais submetemos nosso semelhante em atos pretéritos.
Não são castigos ou condenações. São desafios que nos convidam a desenvolver humildade, pureza de coração, paciência, tolerância, perdão e resignação. Qualidades preconizadas em o Sermão das Bens Aventuranças e que nos ensinarão a sermos Benevolentes com todos. Indulgentes com as falhas alheias. Perdão para com as faltas que contra nós praticam nossos irmãos. TODASelas qualidades que representam o verdadeiro significado da palavra CARIDADE, conforme o entendimento do Mestre Jesus – Modelo e Guia de toda a Humanidade.
A solução é então apresentada pelo Semeador de Estrelas:
Viver – na prática – os ensinamentos do Mestre Jesus. Aplicando a Caridade em todas as oportunidades e locais - no lar, no ambiente de trabalho, no lazer – entendendo que a vida tem um propósito superior: Desenvolver padrões de pensamento e ação que transforme a nossa Natureza Animal (instintos e sensações) em Natureza Espiritual a nos permitir experimentar a paz e a felicidade em sua plenitude.
Diante de tão belos e cristalinos conceitos o silêncio se fez natural e prosseguiu por um longo hiato até que uma onda de paz e forte emotividade perpassou todas as almas, iluminando os corações encharcados de bênçãos.
A voz sublime do espírito Dr. Bezerra de Menezes se fez ouvir - pela mediunidade psicofônica de Divaldo Franco -  nos convidando a seguir as Pegadas do Nazareno.
Chegava ao fim o 33º Congresso Espírita do Estado de Goiás.
    Fotos: Sandra Patrocínio
    Texto: Djair de Souza Ribeiro

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)


ESPANHOL

DIVALDO FRANCO - CLAUSURA DEL CONGRESO ESPÍRITA DE GOIÀNIA - 28/02/2017


    Al cabo de 4 (cuatro) días de abundante información, proporcionada por las sucesivas conferencias, esclarecedoras y evangelizadoras, además de la fraternidad y la alegría, indescriptibles, el 33º Congreso Espírita del Estado de Goiás llega a su fin.
    A tal efecto, Divaldo Franco realiza la última conferencia del programa. El tema que desarrollará es el mismo que ha sido adoptado como tema central del Congreso que estaba clausurando: Vida: Desafíos y Soluciones.
    Las emociones se entrechocan: La alegría por los momentos inolvidables se contrapone a la nostalgia por la convivencia, en un ambiente donde la atmósfera espiritual a todos nos colmó.
    Las conversaciones animadas de los participantes ya tenían una cierta nostalgia. Las bendiciones de la Espiritualidad a todos emocionaron, predisponiéndonos para las emociones de las despedidas, de aquel banquete de luz.
    Fue en este clima emocional y, entre las palmas que reflejaban los más nobles sentimientos del numeroso público que colmaba el teatro, que Divaldo Franco se dirigió a la tribuna.
    En medio del absoluto silencio, expectante, Divaldo comenzó su disertación:
    El célebre cazador de nazis -4 (cuatro) veces propuesto al Premio Nobel de la Paz- Simon Wiesenthal, narra en el libro El Girasol (1970), que en 1944 era un joven polaco y judío, encarcelado en el campo de concentración de Mauthausen-Gusen, ubicado cerca de la ciudad de Linz, en Austria. Amargado, sin esperanza e indefenso, fue testigo del asesinato de su abuela y del embarque de su madre en un vagón de carga, que contenía mujeres judías de edad avanzada.
    En la condición de mano de obra esclava, Simón fue designado para eliminar la basura en un hospital para soldados alemanes, heridos durante la ofensiva de los aliados, y mientras trabajaba se le acercó una enfermera, quien al constatar que Simón era judío le hizo una seña para que la acompañase. Temeroso, Simón la siguió hasta un cuarto, donde un soldado nazi yacía inmóvil, envuelto con vendas.
    El soldado, gravemente herido, era un oficial de la SS, y él había mandado a llamar a Simón, para hacerle una confesión en el lecho de muerte.
    -Mi nombre es Karl -dijo con voz entrecortada y distorsionada por las vendas que le cubrían gran parte del rostro. -Necesito contarle algo que me destroza el alma.
    De formación religiosa católica, se alistó en las tropas SS, y había retornado recientemente, muy herido, del frente ruso.
    Durante un cerco a las tropas rusas, que huían de la máquina nazi, la unidad de Karl había sido atraída hacia un campo minado, lo que dio por resultado la muerte de más de 30 de sus soldados. A modo de venganza, los SS reunieron a 300 (trecientos) judíos, los colgaron a lo largo de 3 (tres) niveles o pisos de una casa, derramaron combustible y los prendieron fuego. Karl había ordenado a sus hombres que dispararan contra cualquiera que tratase de escapar.
    Karl hizo un breve silencio y continuó con la macabra narración, a la que Simón acompañaba dominado por el odio, que lo obligaba a guardar silencio.
    -Los gritos de las víctimas en la casa eran horrorosos.
    -Divisé a un hombre con una criatura en los brazos. Sus ropas estaban en llamas. Al lado había una mujer, sin duda la madre de la criatura. Con la mano libre, el hombre cubría los ojos de la criatura, después él saltó hacia la calle. Algunos segundos después la madre se arrojó também. ¡Nos lanzamos para matar a todos los que intentaban huir!
    Dominado por las emociones de esa locura, Karl continuó después de algunos instantes de silencio:
    -Nunca más pude olvidar la mirada de incredulidad de aquel pequeño, cuyos ojos parecían preguntar: ¿Por qué?
    -Sé que en pocas horas voy a morir, y por ese notivo solicité que trajeram a mi presencia un judío. Porque antes quería pedirle que me perdonase las atrocidades.
    Simon Wiesenthal dirigió una mirada al cuerpo del hombre moribundo, abrió la puerta y se retiró del lugar en silencio, sin conceder el perdón que se le había solicitado.
    A través de los años, Wiesenthal preguntó a muchos rabinos y sacerdotes acerca de qué debería haber hecho. Finalmente, más de veinte años después de la guerra, él redactó esa historia y planteó al lector una pregunta:
    -¿Usted qué habría hecho en mi lugar?
    Luego de un breve silencio, Divaldo continúa con el desarrollo del tema.
    A partir del instante del nacimiento, cuando nos deslizamos por el canal vaginal, la vida nos presenta dificultades. Algunas de ellas lógicas, inherentes a la vida física, otras nos llegan por imposición de equivocaciones generadas por nuestra imprudencia, incompetencia o imprevisión.
    Otras, además, nos sorprenden como una necesidad de desarrollar atributos para nuestra evolución moral, espiritual e intelectual. ¿Cómo ejercitar la cualidad del perdón, si nadie nos ofende o hiere– moral o físicamente?
    Hay, además, dolores crueles y casi interminables, que parecieran consumirnos en las llamas de los dolores morales y físicos. Son las expiaciones, que nos hacen experimentar –hoy– los dolores con los cuales hemos sometido a nuestro semejante, en acciones del pasado.
    No son castigos ni condenas. Son desafíos que nos invitan a desarrollar la humildad, la pureza de corazón, la paciencia, la tolerancia, el perdón y la resignación. Cualidades preconizadas en el Sermón de las Bienaventuranzas, que nos enseñarán a que seamos Benevolentes con todos. Indulgentes con las faltas ajenas. Que perdonemos las faltas que contra nosotros practican nuestros hermanos. TODAS esas cualidades, representan el verdadero significado de la palabra CARIDAD, según lo entendía el Maestro Jesús –Modelo y Guía de toda la humanidad.
    La solución es, pues, presentada por el Sembrador de Estrellas:
    Vivir en la práctica las enseñanzas del Maestro Jesús. Aplicando la Caridad en todas las oportunidades y lugares -en el hogar, en el ámbito de trabajo, en el ocio –entendendiendo que la vida tiene un propósito superior: desarrollar modelos de pensamiento y de acción que transformen nuestra Naturaleza Animal (instintos y sensaciones) en Naturaleza Espiritual, lo que nos permita experimentar la paz y la felicidad en su plenitud.
    Ante tan hermosos y transparentes conceptos, el silencio se instaló espontáneamente y se extendió por un largo espacio de tiempo, hasta que una onda de paz e intensa emotividad impregnó a  todas las almas, iluminando los corazones, desbordantes de bendiciones.
    La voz sublime del Espíritu Dr. Bezerra de Menezes, se hizo oír a través de la mediumnidad psicofónica de Divaldo Franco- y nos invitó a que siguiéramos las huellas del Nazareno.
    LLegaba a su fin el 33er. Congreso Espírita del Estado de Goiás.

    Fotos: Sandra Patrocínio
    Texto: Djair de Souza Ribeiro



(Texto em espanhol recebido em email da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)