terça-feira, 17 de março de 2015

Pinhais – 15 de março – XVII Conferência Estadual Espírita

Chegado o último dia desse significativo evento, e todos muito animados e felizes pelo conhecimento apresentado pelos diversos expositores, o público manteve-se fiel e atento.  O primeiro orador do dia foi Alberto Almeida que desenvolveu o Seminário Entre o Céu e o Inferno... a família? Destacou as questões familiares atuais, as quais, em um expressivo número de lares, há uma inversão de valores, quando os filhos são os que ditam as regras de comportamento familiar e social, transformando os lares em verdadeiros “infernos”.
Divaldo Pereira Franco, com seu habitual desempenho, cativou o público apresentando o Seminário Ciência e Espiritismo. Embora o tema seja árido, o Embaixador da Paz no Mundo apresentou-o de uma forma leve e descontraída. Após apresentar a história palmilhada pela ciência, a partir do Século XVI, com Nicolau Copérnico e sua tese do Heliocentrismo, e pela religião, apresentou as conclusões a que chegaram os homens de ciência e os religiosos. Rompendo alianças ou reconciliando-se, a fé e a razão avançaram inexoravelmente, apesar das interferências do setor religioso nas ciências e vice-versa.
Passando pelo materialismo e pelo positivismo do Século XIX, Divaldo destacou o surgimento do Espiritismo como sendo a religião de cunho científico, reclamada por certos cientistas aos religiosos, já que o entendimento de alguns desses segmentos a matéria seria somente aquilo que possuísse dimensões palpáveis como altura, largura e profundidade. Despontava na Terra as luzes provenientes das esferas superioras. Novos conhecimentos, cientistas mais independentes, religiosos mais racionais, embora com algum dogmatismo, foram arejando o pensamento humano, possibilitando a presença de Deus na mente e nos laboratórios de pesquisa de alguns cientistas, bem como os ares da renovação adentraram os ambientes religiosos.
A ciência espírita, comprovando uma série de fatos transcendentes, vai conquistando o seu espaço através de sua seriedade. O Século XX foi fértil na produção do conhecimento científico, aprofundando a pesquisa, apresentando novos parâmetros. A pesquisa sobre o genoma humano, a sonda que se adentrou no cérebro do homem identificou um ponto de luminescência que se amplia ante a pronúncia da palavra Deus, em vários idiomas, levando os cientistas a levantar a tese de que Deus está presente no ser humano.
Há uma aproximação da ciência e a religião. Conceitos antigos estão sendo postos em cheque, sendo revistos. Inúmeros casos de comprovação das reencarnações são estudados e confirmados através de dados sólidos. A Doutrina Espírita, ressalta-se, demonstra que a vida possui um sentido divino. É imperioso que o homem empreenda a grande viagem, a viagem para dentro de si mesmo, se redescobrindo filho de Deus. É necessário, afirmou o nobre orador, fazer silêncio interno para captar as vozes de além túmulo, para descobrir qual é o sentido da vida.
O Espiritismo é uma religião científica, mas também é uma religião de amor. O Bom Samaritano é aquele que ama o próximo. É necessário amar, amar até aos que nos odeiam, nos prejudicam. É necessário que o homem desarme-se para poder amar-se e amar ao próximo, seja ele quem for.  Não seja um opositor, mas um colaborador, esteja ao lado para poder ajudar. Ame sempre, é possível ser feliz. Se não podes mudar o mundo, mude a si mesmo. Seja aquele que tem a honra de amar, recomendou o Paulo de Tarso da Atualidade. A criatura humana é lucigênita, da Divina Luz gerado.
Finalizada a XVII Conferência Estadual Espírita por Luiz Henrique da Silva, Presidente da Federação Espírita do Paraná, Divaldo Franco foi convidado a apresentar em nome de todos os conferencistas as considerações finais. Nesse momento aconteceu a manifestação psicofônica do Espírito Dr. Bezerra de Menezes destacando que a atualidade é de turbulência, de dificuldades. É também momento de autoiluminação, de conquistas espirituais. Exortou-nos a termos confiança e fé, Jesus está no comando do Planeta, preservemo-nos das contaminações morais pestilentas, sacrificando o egoísmo.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
Alberto Almeida
Divaldo Pereira Franco
Divaldo Pereira Franco
Divaldo Pereira Franco e Haroldo Dutra Dias
Divaldo Pereira Franco com participantes do Paraguai.