segunda-feira, 16 de março de 2020

Divaldo Franco no Paraná XXII Conferência Estadual Espírita

Pinhais, 15 de março de 2020
A XXII Conferência Estadual Espírita, da Federação Espírita do Paraná – FEP – alcançou o seu último dia – 15 de março - no Expotrade Pinhais, onde três temas foram abordados, dentro do Tema Geral: O Homem, a Consciência e Deus. No período da manhã, os expositores se apresentaram na tribuna na seguinte ordem:
A Força do Um foi o tema trabalhado por André Trigueiro; Alberto Almeida discorreu sobre Enamorar-se de Deus; e Divaldo Franco, encerrando as atividades da profícua Conferência, apresentou o tema Jesus.
Narrou Divaldo que na história dos hebreus haviam se passado cerca de quinhentos anos sem o som das vozes proféticas. Roma havia distendido suas fronteiras e as legiões asseguravam para a Capital a luz do sol a brilhar permanentemente, dado a extensão territorial. Passando ligeiramente pela fundação de Roma e a sua importância, destacou os seus dois triunviratos, com maiores detalhes em torno do período em que Caio Júlio Cesar militar romano conduziu a transformação da República Romana para o Império Romano, um gigante da sociedade patrícia, mas que mesmo assim foi traído por parte do Senado e morto a punhaladas. Júlio Cesar foi, então, sucedido pelo segundo triunvirato formado por Marco Antônio, Marco Emílio Lépido e Caio Júlio Cesar Otaviano Augusto, que encerrou o triunvirato - após as mortes dos outros dois integrantes - restabelecendo a República Romana e governando com reconhecidos valores morais buscando, através de novas diretrizes, reparar os equívocos e excessos perpetrados por Júlio Cesar.
Roma estava em paz pela segunda vez em um período de aproximadamente 640 anos. Pairavam messes de alegria e bem-estar. Neste período de Otaviano não renasceram homens belicosos em Roma, porém, filósofos, artistas e intelectuais reencarnaram, empregando esforços na construção de um período de crescimento intelectual e moral para os romanos.
Otaviano, demonstrando o seu acentuado amor pela moralidade, não tergiversou nem com a esposa, que havia se envolvido na prática de envenenamento de desafetos, nem mesmo com a filha, que com atitudes impróprias, desonrava a corte, expulsando-as sem apelação.
Foi um período de muita paz e progresso para os romanos. Sabiamente Otaviano Augusto compreendera que um povo só é feliz quando está em paz. É necessário que haja paz, que a paz somente é possível quando existe moralidade, e essa deve começar pelos seus governantes para servir de modelo aos governados.
O que estava acontecendo? Os Espíritos dizem que o mundo estava em preparação para receber o Messias, que efetivamente veio, nascendo em uma gruta de calcário, no seio do povo hebreu. Antes da chegada do Messias, a civilização conhecida, por cerca de 300 anos, experimentou o martirológio imposto por diversos bárbaros conquistadores, tal qual Aníbal, o Cartaginês; Ciro, o Rei dos Persas; Alarico I e II; Átila, o Uno; e Gengiskan, entre outros. Todos conquistadores cruéis.
Tudo preparado, foi durante o governo de Otaviano Augusto que nasceu em humilde aldeia de Belém Aquele que seria o Modelo e Guia de toda a humanidade: Jesus, que vivendo em Nazaré venceu a humanidade, apresentando o Amor. Somente Ele veio como se fosse uma sinfonia melodiosa a penetrar em todos os escaninhos da Terra.
Ernest Renan, (1823-1892), filósofo, escritor e historiador francês do século XIX, foi nomeado em 1862 professor de hebraico no Collège de France, mas, após sua primeira aula, onde chamara Jesus de “homem incomparável”, seu curso foi suspenso pelo governo de Napoleão III, curso depois suprimido até 1870. Em 1864-1865, uma segunda viagem ao oriente o ajudou a preparar a sequência, que ele meditava, da ‘Vida de Jesus’, uma das obras mais célebres do século XIX, rapidamente traduzida em quase todas as línguas. Renan era o primeiro em França a vulgarizar a exegese alemã de David Friedrich Strauss, segundo a qual a vida de Jesus nada tinha de intervenção sobrenatural.
Ernest Renan, instigado por sua irmã Henriette, pesquisou sobre Jesus nos originais, ficando fascinado por esse Homem extraordinário. Desta forma Ernest Renan, embora ateísta, decidiu escrever sobre a vida Jesus, em três tomos. Em uma aula inaugural no Collège de France, em 22 Fev 1862, Ernest Renan afirmou que Jesus é um Homem incomparável, e que dividiu a História em antes e depois Dele. Jesus foi um vulto tão grande que não coube na História da Humanidade, sendo a personagem histórica mais biografada de todos os tempos.
Jesus venceu o mundo com olhos de ternura e compaixão, amando também as crianças, tão desprezadas a seu tempo. Ele foi a primeira personagem que não afastou de seu coração pater-maternal as crianças. Tornou-se o Embaixador da paz em nome de Deus. Ninguém revelou tanta sabedoria como Ele. Até hoje sua mensagem é acalentada nos corações humanos. Doze séculos depois, Francisco de Assis rogava para se tornar um hábil instrumento da paz.
Divaldo Franco destacou que na velha Palestina, na baixa Galileia, junto ao lago Genesaré, Jesus contemplava o outro lado, formado por uma cadeia de montanhas, em cujo topo se encontrava a cidade de Gadara. Ali, naquela região, se localizava a decápolis, detestada pelos judeus, haja vista que seus habitantes criavam porcos. Foi nesse cenário, no mês de Nissan (março/abril) com temperatura amena e o ar perfumado pelas rosas, que o Mestre Galileu, tomando o barco de Pedro, atravessou o lago, desembarcando em singela praia, no contraforte da montanha escarpada. Aqueles eram tempos difíceis.
O Mestre intentava visitar a comunidade malsinada e odiada pelos judeus. Subindo a escarpa, no primeiro platô havia um pequeno cemitério abandonado. De uma sepultura saltou alguém desgrenhado, gritando, - o que tens contra nós? E Jesus indaga: - e tu, quem és? Ao que recebe como resposta: - Legião, nós somos muitos, não nos mande para o Hades, deixe-nos, ao menos, ficar junto aos porcos. Não nos mande para as Geenas!
Jesus, então, ordena: - Legião! Sai dele! E o possesso, aturdido levanta-se, perguntando: - Senhor! Que queres que eu faça? Deixando livre o subjugado, aqueles Espíritos perversos, vibracionalmente, causaram pânico aos porcos, que aturdidos, se atiraram do alto daquele precipício. Aquele homem, possesso, estava há vinte anos sob o domínio ultrajante, vivendo no cemitério. Foi curado, e sorrindo, dizia a todos que havia sido Ele, Jesus, que o havia curado.
Ao mesmo tempo os gadarenos, que cuidavam os porcos, O amaldiçoaram por terem perdido seus animais, dizendo que não O queriam em Gadara, pois que o Mestre era judeu, recomendando que não voltasse mais, suplicando que os deixassem em paz. Alguém mais exaltado lançou uma pedra que raspou uma face do rosto de Pedro. Ide de volta, vociferaram, que Te vá, deixa-nos em paz, já perdemos os nossos porcos. Os gadarenos perguntavam-se entre si, quem era Aquele homem. Não sabiam responder, não haviam indagado sobre o visitante, nem mesmo procuraram saber o que viera ali fazer.
Ele, acompanhado pelo recém-liberto e os demais, embarcam de volta. Os gadarenos haviam trocado Jesus pelos porcos. É um exemplo de obsessão coletiva e a legião, também, se apossou dos demais criadores de porcos, desperdiçando a oportunidade de ascensão vertical, preferindo a horizontal, a que contempla os bens materiais. Até os dias atuais, muitos optam pelas paixões asselvajadas, trocando-O sem conhecê-Lo.
Jesus, o Incomparável Mestre, amando incondicionalmente, estabeleceu nova ordem para a humanidade, o amor, que deve ser a si mesmo, ao outro e a Deus. Ele é um Rei singular. Não possui trono, seu território é invisível. Ele assenta-se no trono de cada coração que o recebe, estabelecendo, assim, o Reino de Deus em cada criatura humana. Jesus é compaixão, é piedade para com todos.
Asseverou o nobre orador que o importante é não ser inimigo de ninguém. Joanna de Ângelis destaca que a ação dos belicosos é a saudade que eles sentem de Jesus, e não sabendo expressar essa saudade, agridem, ofendem, matam, na ânsia de acalmar a falta de Jesus em seus corações. Anseiam por Jesus.
Neste momento em que se clausura a XXII Conferência proferida pela Federação Espírita do Paraná, e que os seres angélicos que administram o nosso destino comparecem para repetirem como os mártires: - Ave Cristo! Aqueles que te amamos te saudamos e homenageamos.
Ao final, o Dr. Bezerra de Menezes assim se expressou, através da mediunidade de Divaldo Franco:
Jesus, meus filhos, é o zenith e o nadir das nossas especulações. Jamais tivemos tanta necessidade deste Pastor querido e jamais a humanidade apresentou tanto amor como nestes dias. O amor à natureza nas suas mais variadas expressões. Nesse amor à natureza, a tudo que em a natureza vibra e vive, os nossos irmãos da escala zoológica. Ademais, os nossos inimigos, os nossos amigos e irmãos, nunca houve tão bela e nobre consciência dos ditados de Jesus, porque não nos deixou órfãos, permitiu que as luminíferas estrelas caíssem dos céus sobre a Terra na escuridão pós revolução francesa que estimularia o mundo às canções de liberdade pelas Américas, arrebentando os grilhões do colonialismo que a humanidade de alguma forma ainda impõe na sociedade carente. Em tempo algum Jesus foi tão exaltado, tão combatido, e isso nos merece reflexão. Exultemos e não temamos, a morte não é o fim, é a grande libertadora da escravidão carnal. Não vos preocupeis demasiadamente com a presença pandêmica do vírus, cujo momento será mais tarde entendido nas suas razões, nas suas origens e no por que nos chegou-nos agora provocando pânico e dor. Vós que conheceis Jesus mantende o respeito às leis, buscando a precaução recomendada pelas autoridades sanitárias, mas não oculteis a mão socorrista aos padecentes. Não negueis a palavra libertadora aos que se preparam para enfrentar a imortalidade. Não saiais de onde fostes colocados numa inútil e enganosa tentativa de impedir a contaminação. Buscai a pureza íntima e sobretudo alimentai-vos da fé dinâmica, corajosa e gentil, amando a todos, evitando as paixões que dividem, e as experiências que unem. Hoje, quiçá, mais do que nunca, Jesus precisa de vossas mãos, falar pelos vossos lábios, sentir o calor da vossa compaixão e a misericórdia dos vossos sentimentos. O grande antídoto para todos os males é o amor responsável, é o amor dinâmico, é o amor que doa e não se preocupa em receber nem mesmo o sorriso do beneficiário. Não penseis que vos encontrais a sós, os céus enviam os seus embaixadores para que o intercâmbio entre encarnados e desencarnados se faça com muito mais facilidade. Tende o cuidado para que as vossas ondas mentais sincronizem-se com as mentes que administram as vidas e evitai descer o vosso pensamento às páginas da agonia onde se encontram as forças ultrajantes que estão produzindo as dores por necessidade da evolução do planeta. Ide, como Jesus disse aos quinhentos da Galileia, e pregai pelo exemplo, pela palavra iluminada e pelo exemplo de abnegação. As forças vivas do Universo estão conosco no doce intercâmbio convosco. Ide e amai! Em nome dos Espíritos espíritas, nós suplicamos, oh Senhor, que nos abençoe e nos guarde em paz. São os votos do Servidor Humílimo e Paternal. Bezerra.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

Divaldo Franco no Paraná. XXII Conferência Estadual Espírita Pinhais

14 de março de 2020
A XXII Conferência Estadual Espírita, da Federação Espírita do Paraná – FEP – teve o seu prosseguimento no Expotrade Pinhais com sete temas para elucidar o Tema Geral: O Homem, a Consciência e Deus. Durante todo o dia 14 de março os expositores se revezaram na tribuna na seguinte ordem:
Sandra Borba Pereira discorreu sobre o tema Compromisso com Jesus, retornando no período da tarde para expor sobre Conhecimento, Consciência e Responsabilidade; Haroldo Dutra Dias abordou o tema O santuário da consciênciaA Lei de conservação e a Lei de destruição foi o tema trabalhado por André Trigueiro; Alberto Almeida apresentou suas reflexões sobre A (a) ventura da (in) consciência; Consciência e responsabilidade foi a abordagem realizada por Jorge Godinho Barreto Nery; e Divaldo Franco, encerrando as atividades do dia, discorreu sobre O homem perante a consciência cristã.
Antes da exposição de Divaldo Franco, Juan Danilo Rodríguez, trabalhador da Mansão do Caminho, apresentou bela página musical interpretando o poema Gostaria de ser, sendo amplamente aplaudido.
Tenhas o conhecimento teórico de várias ciências, sejas possuidor de um grande conhecimento, quando, no entanto, se estiveres diante de uma alma, lembra-te, estás diante de uma alma. Esta é uma frase de Carl Gustav Jung. Assim começou Divaldo Franco a sua exposição. É uma reflexão profunda ante a necessidade de as criaturas humanas ouvir, sentir e compreender o outro, merecedor de alta consideração. Cada indivíduo vive conforme a sua própria consciência. No passado, toda a pessoa dotada de conhecimento era considerada possuidora de consciência, porém, a experiência demonstrou o contrário.
A consciência é um atributo do Espírito, do ser imortal. Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, escreveu em três dias e três noites, freneticamente, o livro Resposta à Jó, personagem mitológica da Bíblia, onde apresenta uma definição a respeito da consciência, destacando que o verdadeiro momento de consciência é quando o Ego toma conhecimento do SELF, do EU profundo. A busca pelo autoconhecimento levará o homem a construir-se mais equilibrado, responsável, amoroso. A família é o laboratório ideal. Voltar à família, construindo o genuíno lar é tarefa que todos devem realizar.
Apresentando dois pesquisadores, George Ivanovich Gurdjieff, que viveu no período da revolução bolchevique, e o seu discípulo Peter Ouspensky, Divaldo Franco, com seu verbo iluminado, discorreu sobre os quatros níveis de consciência do ser humano, segundo Peter Ouspensky. Ele classificou a sociedade em dois biótipos. Denominou de fisiológico aquelas criaturas que se relacionam através das sensações. Ao outro biótipo chamou de psicológico – uma minoria da sociedade. Em seus estudos, Peter Ouspensky classificou o ser humano em quatro níveis de consciência. Consciência de sono sem sonhos é o primeiro nível. Neste está a grande maioria, com raras exceções. É o estágio primário na escala de evolução. Ouspensky afirmou que pelas reencarnações o indivíduo vai adquirindo conhecimento e despertando a consciência. O segundo nível é o de sono com sonhos, ou consciência desperta. A criatura humana alcança o discernimento, dá-se conta que sua existência tem um significado psicológico. Elucidando estes níveis de consciência, Divaldo expôs o pensamento de Joanna de Ângelis que os desdobra um pouco mais. Para tal, utilizou-se do Mito da Caverna, de Platão. Na questão 621 de O Livro dos Espíritos, lembra o professor Divaldo Franco, Allan Kardec indagava sobre onde estava escrita a Lei de Deus. Na consciência, foi a resposta obtida.
Consciência de si mesmo é o terceiro nível estabelecido por Ouspensky. Neste nível o autor apresenta as funções da máquina – o ser humano. A primeira função é a intelectiva. A segunda é a emocional. Na ordem estão as funções instintiva, motora ou postural, e a sexual. A sexta função é a intelectiva emocional e a intelectiva superior é a sétima. Estas funções devem ser administradas por essa consciência de si mesmo. Peter Ouspensky denominou o quarto nível como o de consciência objetiva, que Allan Kardec chamou de consciência cósmica. Educação moral, familiar, cultural, emocional e social, impõem-se como fundamentais. Essa deve ser a consciência dos espíritas, sob as dúlcidas vibrações de Jesus.
Fácil, portanto, de se depreender que a educação do Espírito, por meio do desenvolvimento de hábitos saudáveis e nobres, seria o caminho para se atingir patamares mais elevados de consciência. O amor de Deus pode refazer o Universo, assim, todos os indivíduos deveriam ser tornar seres de consciência emocional superior. Finalizando o excelente trabalho, Divaldo Franco foi amplamente aplaudido após declamar o Poema Meu Deus e Meu Senhor, de Amélia Rodrigues.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

domingo, 15 de março de 2020

Divaldo Franco no Paraná XXII Conferência Estadual Espírita

13 de março de 2020
A XXII Conferência Estadual Espírita, da Federação Espírita do Paraná – FEP – teve o seu momento artístico sob a responsabilidade do Coral Ildefonso Correia, encantando o público, harmonizando os pensamentos e sentimentos, preparando o ambiente para recepcionar os expositores e convidados.
Jorge Godinho Barreto Nery, Presidente da Federação Espírita Brasileira externou o seu sentimento de gratidão à FEP e ao Movimento Espírita paranaense por proporcionar momentos de reflexão sobre Deus, Jesus e o homem, ampliando conhecimentos, lançando luzes mais potentes sobre a imortalidade da alma, a mensagem crística sobre a vida eterna, sobre o magnífico exemplo legado pelo Cristo, ao tempo em que exortou os presentes a orarem em favor da serenidade, da fé e da esperança.
Luis Henrique da Silva, Presidente da FEP, destacou a importância que as reflexões desta Conferência irão proporcionar, principalmente sobre o que está ocorrendo na Brasil e no mundo, pois que o tema da Conferência é: O Homem, a Consciência e Deus. Destacou a necessidade de a criatura humana realizar ações nobres e acalentar pensamentos edificantes, à luz de Jesus e seus ensinamentos.
Divaldo Franco, discorrendo sobre A Conquista da Paz, asseverou que no apagar das luzes do Século XX o homem conseguira aprofundar-se no infinitamente pequeno e nas conquistas do macrocosmo, onde as sondas alcançam o inimaginável para a grande massa humana na Terra. É a ciência oferecendo oportunidades para que a vida flua de maneira menos surpreendente, com deveres e direitos, alongando o olhar através dos telescópios ultra potentes propiciando o homem conhecer sextilhões de astros.
Viajando para fora, esqueceu-se que é um ser moral, dotado de sentimentos. Com toda a tecnologia posta a serviço do homem, este ainda não se sente feliz, plenificado, está triste. A humanidade imaginava que no alvorecer do terceiro milênio conquistaria a paz, a felicidade e o bem-estar, contudo, assim não se verificou até o presente momento.
Líderes mundiais e idealistas, estabelecendo uma aliança pela paz através da UNESCO, lançaram um memorando com seis itens fomentadores da paz. 1. É necessário amar a vida; 2. É necessário preservar a paz; 3. É necessário desenvolver a tolerância; 4. É necessário estabelecer o diálogo e a compreensão entre todos; 5. É necessário preservar a natureza, desenvolvendo um sentimento ecológico; e 6. É necessário retornar à solidariedade. Com estas medidas, os líderes saudaram a imensa possibilidade da paz. Com o memorando em favor da paz foi ampliada a divulgação desse ideal.
Jesus já falara de paz, que é alcançada através da prática do amor a si mesmo, ao próximo e a Deus. Mas, como o homem pouco conhece o Cristo, uma fatalidade se abateu sobre a humanidade em 11 de setembro de 2001, estabelecendo um marco na escalada do terrorismo internacional, mudando as medidas de relacionamento entre as pessoas, criando desconfiança entre todos. O medo se instalou no seio da sociedade humana e o terror e a perversidade criaram um desequilíbrio emocional.
O Semeador de Estrelas, enriquecendo o conteúdo apresentado, narrou singular lenda e que está contida no livro Estante da Vida, de Humberto de Campos, sob o título: A Lenda da Guerra. Seu fundamento está contido no desperdício que o homem pratica em suas várias reencarnações, postergando aprendizados importantes e inadiáveis com relação ao seu adiantamento moral. E na prestação de contas com o Senhor, que identificando a insensibilidade humana, e mostrando-se entristecido ordenou em seguida que alguns anjos descessem aos infernos e libertassem perigoso monstro sem olhos e sem ouvidos, mas com milhões de garras e bocas. Foi então que, desde esse dia, o monstro cego e surdo da guerra acompanha os pastores do bem, a fim de exterminar, em tormentas de suor e lágrimas, tudo o que, na Terra, constitua obra de vaidade e orgulho, egoísmo e tirania dos homens, contrários aos sublimes desígnios de Deus.
Nestes atuais dias, asseverou o ínclito orador, um Anjo Bondoso trouxe um ser pequenino, invisível a olho nu, para que o homem se repense e avance na direção da moralidade. Esse coronavírus é a oportunidade oferecida por Deus para que as guerras percam a intensidade e faça com que o homem passe a respeitar as divinas leis, utilizando o Evangelho de Jesus.
A Doutrina Espírita convida ao trabalho, à tolerância e à solidariedade. Jesus é o modelo de virtudes jamais observado na face da Terra. A imortalidade da alma é uma realidade, e o amor disseminado pelo Mestre é a grande lição ainda não aprendida. O Espiritismo ainda não se instalou por completo no coração dos espíritas, nem no do homem em geral. A mensagem ética e moral está sendo deturpada na atualidade, aturdindo o ser humano aprisionado por sensações mil, criando um campo vibracional de polaridade negativa.
O amor de Deus fala aos corações humanos através da exuberante natureza, estimulando-os ao incessante trabalho da renovação de caráter. Todos os espíritas deveriam vivenciar a Doutrina Espírita tendo certeza da imortalidade. Para falar sobre a imortalidade, Divaldo narrou que a cerca de dois meses um Espírito se apresentou para contar a sua história, afiançando a imortalidade. Era um Espírito que se apresentava e falava no idioma alemão. Tratava-se do autor e protagonista desse episódio conhecido como A Menina da Maçã, Herman Rosenblat. Essa história está no filme O Homem do Pijama Listrado. Recomendou, o protagonista da história, que os homens passem a se amarem.
Jesus é a excelência do amor. É necessário amar sempre, sem condições. Deus manda o coronavírus para que a humanidade desperte e o amor possa permear a sociedade humana. O monstro cego, surdo e insensível deve dar lugar a Jesus, o condutor dos homens. É necessário que o homem se abra para o amor, construindo um mundo de regeneração. O amor é a caridade que liberta. Somente o amor é capaz de felicitar o homem. A Lei de Amor é o sentido da vida, e todo o homem sensato não deve dar vazão e razão às queixas, às intrigas, ao mal. O Amor é paz interior, é sabedoria. Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco foi aplaudidíssimo pelo público que se postou de pé, homenageando o destacado orador espírita.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke


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sexta-feira, 13 de março de 2020

Divaldo Franco no Paraná Ponta Grossa

12 de março de 2020
Retornando à encantadora cidade de Ponta Grossa pelo 66º ano consecutivo, Divaldo Franco foi entrevistado pela TV local, ocasião em que respondeu questões sobre o seu sentimento com relação à Ponta Grossa; o COVID-19 – o coronavírus-19 -; o grande desafio do ser humano, isto é, fazer a grande viagem para o seu interior, descobrindo-se; e a mensagem de Jesus, o modelo e guia para a humanidade, um exemplo de ética e de moral irretocável.
Após bela apresentação do Coral Vozes de Francisco, e perante os dirigentes espíritas locais, regionais e estadual, e cerca de 2.000 pessoas que lotaram o auditório do Clube Princesa dos Campos, Divaldo Franco asseverou que aqueles eram dias igualmente semelhantes aos atuais. Realizando um passeio pelos fatos marcantes da humanidade, ressaltou a necessidade de os conhecer para refletir sobre os fatos históricos a fim de melhor compreender a realidade dos dias atuais.
Passando ligeiramente pela fundação de Roma e a sua importância, destacou os seus dois triunviratos, com maiores detalhes em torno do período em que Caio Júlio Cesar militar romano conduziu a transformação da República Romana para o Império Romano, um gigante da sociedade patrícia, mas que mesmo assim foi traído por parte do Senado e morto a punhaladas. Júlio Cesar é sucedido pelo segundo triunvirato formado por Marco Antônio, Marco Emílio Lépido e Caio Júlio Cesar Otaviano Augusto, que encerra o triunvirato - após as mortes dos outros dois integrantes - restabelecendo a República Romana e governando com reconhecidos valores morais buscando, dessa forma, reparar os equívocos e excessos perpetrados por Júlio Cesar.
Foi um período de muita paz e progresso para os romanos. Sabiamente Otaviano Augusto compreendera que um povo só é feliz quando está em paz. É necessário que haja paz, que a paz somente é possível quando existe moralidade. Essa deve começar pelos seus governantes para servir de modelo aos governados. Foi durante o governo de Otaviano Augusto que nasceu em humilde aldeia de Belém Aquele que seria o Modelo e Guia de toda a humanidade: Jesus.
Emoldurando a histórica, Divaldo se utilizando de narrativas poéticas, apresentou a Palestina dos tempos Evangélicos com suas paisagens, flores e perfumes, a brisa suave e o Mar da Galileia. Israel experimentava inquietações que não identificava. Jesus estava por chegar e permanecer algum tempo entre os homens. Havia uma expectativa no ar, havia angústia, decepção, pois que a criatura humana havia sido reduzida em importância. Israel era monoteísta, cercada por politeístas.
Na casa de Simão Pedro, Jesus, cuja face fazia lembrar uma noite de estrelas, com dois sois, seus olhos doces, em suave tonalidade azul, havia procedido as curas durante todo o dia, notadamente a de Natanael Ben Elias. Ele veio trazer Boas Novas de alegria. Ali estavam as necessidades humanas e suas aflições. A multidão, como na atualidade, estava ansiosa pela cura. Vendo-O cansado, Pedro dispersou a multidão ao entardecer, e levou o Mestre a descansar a beira do mar da Galileia, e sentado em uma pedra sob generosa sombra de uma árvore, Jesus chorou. Pedro, exultante pelos resultados positivos imaginou que Jesus chorava de alegria. No entanto, o Mestre lhe diz que era por compaixão, pois que, aqueles que haviam sido beneficiados pela cura estavam se perdendo novamente nos desvãos da moralidade e da iniquidade.
Como para as curas, é necessário que o ser humana creia para poder conquistar qualquer objetivo. Crer é uma proposta terapêutica. Simão Pedro, como os que foram curados também não compreenderam o sentido. Jesus não veio para curar as feridas do corpo, mas as da alma. Jesus veio para curar as feridas da alma para que os corpos não tenham feridas. Estabeleceu que intercederia pelos homens rogando a Deus que enviasse outro consolador para que esse ficasse permanentemente com os homens, ensinando, relembrando e esclarecendo para que possa ser consolado.
O Espírito de Verdade veio para restaurar a mensagem do Cristo, trazendo conhecimentos novos, e a sublime mensagem do amor alcança os ouvidos e os corações dos que O escutam. Jesus veio para amar. Perpassando a história do cristianismo, Divaldo Franco descreveu o panorama inaugurado pelos primeiros cristãos, que deturpado após, foram estabelecidas em seu nome as perseguições, onde os cristãos experimentaram dores acerbas no testemunho de sua fé. Como o homem é insensato! Nos períodos que se seguiram, e tendo os cristãos assomado ao poder, passaram a perseguir e a matar os perseguidores de outrora. Perseguido ontem, perseguidor hoje. Aí estão, na História, as Cruzadas, os tribunais do Santo Ofício, a Inquisição.
Jesus trouxe a sua mensagem de amor para que o homem deixasse os pântanos das emoções descontroladas, atreladas às sensações impostas pelos instintos, ensinando que os bens imperecíveis são os do Espírito imortal.
Discorrendo, ainda, sobre algumas análises elaboradas por destacados estudiosos, Divaldo abordou o pensamento da psicanalista Dra. Hanna Wolff, que considera Jesus o maior psicoterapeuta que já existiu. Suas análises e considerações estão reportadas em o livro “Jesus Psicoterapeuta”.
O amor é inspirador da busca de um sentido profundo e transcendental para a vida, encaminhando o ser humano para alcançar o discernimento e a capacidade de distinguir o bem do mal. O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não das gratificações que o amado oferece. O amor deve ser sempre o ponto de partida de todas as aspirações e a etapa final de todos os anseios humanos.
Não há, portanto, razão para que a criatura humana se deixe envolver pelo manto de pessimismo que os dias atuais vêm cercando a sociedade. Não se deve valorizar o mal que graça no seio da sociedade humana, nem mesmo se deve permitir que nos tirem a paz e a alegria de viver.
Apesar dos dias tumultuosos da atualidade, onde as aflições, os ódios, as intolerâncias, os sofrimentos e as violências, é urgente aceitar e viver a proposta de Jesus, amando mais, tornando-se o ser humano, assim, mais gentil, tolerante, pacífico e manso, de acordo com os ensinamentos registrados no Sermão da Montanha, permitindo a formação de uma humanidade mais justa e feliz. Muitos, ao invés de se amarem uns aos outros como preconizado por Jesus, elegem se armarem uns contra os outros, seja no campo material, seja no emocional.
A Doutrina Espírita convida a criatura humana a estabelecer profundas reflexões sobre a vida, suas existências e o potencial que cada uma possui para melhorar-se moralmente, empregando o verbo amar em toda e qualquer circunstância. A humanidade atual vive momentos de aflição e muita apreensão ante a avassaladora multiplicação de contaminados com o coronavírus, o COVID-19. Paira sobre a sociedade humana esse bafio pestilento.
Destacando a imortalidade, o Embaixador da Paz, evidenciou o trabalho contínuo que muitos Espíritos pioneiros de Ponta Grossa, já desencarnados, continuam incessantemente realizando, sentindo-se felizes por poder auxiliar o próximo, principalmente o que se acha na dimensão material. Frisou que se deve equalizar o EGO e o SELF, estabelecendo um eixo equilibrado. Todo aquele que se diz cristão tem o dever de acolher Jesus em si, isto é, viver segundo os seus ensinamentos, tornando-se um ser mais solidário, fraternal e amoroso. Ame a vida com serenidade, sem pânico, está na hora de abraçar a caridade, é hora de não reclamar, de não pedir nada, mas de agradecer, de ser grato por tudo e todos. Nas suaves estrofes do Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou a conferência, recebendo fortíssimos aplausos, permitindo aos presentes sentir a presença do amor incondicional de Jesus envolvendo todos.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

Divaldo Franco no Paraná Maringá

11 de março de 2020
O Ginásio de Esportes Chico Neto recebeu cerca de 4.000 pessoas para assistirem a magnífica conferência cujo teor comovente versou sobre a capacidade de o ser humano de amar-se, amar o próximo, amando, portanto, Deus, transformando-se moralmente para melhor.
Ao tempo de Jesus, Magdala era uma formosa e celebre cidade à beira do mar da Galileia. Célebre por que a Rainha Cleópatra, por duas vezes, passou o verão tórrido do Egito, na calma e agradável cidade às margens do Mar da Galileia, que também tinha fama pelo seu mercado e pelo câmbio de importantes moedas.
Ali residia bela mulher, disputada por muitos. Com belas mansões e palacetes, aparentava opulência. Era o mês de Nissan – março/abril -, do calendário judaico. Assim ambientado, Divaldo narrou a comovente história de Maria de Magdala, a meretriz, que conhecendo Jesus, tornou-se uma nova mulher, abandonando, de chofre, todos os maus hábitos, distribuindo todos os seus bens, dispensando empregados e escravos, para seguir Jesus incondicionalmente.
A vida da famosa meretriz de Magdala era visitada periodicamente por forças misteriosas que a deixavam prostrada, hebetada. E porque procurara Jesus, ao encontrar um mendigo leproso que lhe pedia dinheiro, este disse-lhe que naquelas imediações havia um homem bom que curava os doentes. Maria, então, solicita-lhe que se o encontrasse fosse ter com ela, informando-a sobre o paradeiro, dando a ele uma moeda de ouro. Ele tinha lepra por fora e ela por dentro, isto é, a consciência em tormento. Era uma pecadora, uma vendedora de ilusões.
Assim sucedeu. O leproso encontrou o Messias, foi ter com Ele e ficou curado. Imediatamente foi informar a equivocada de Magdala. A noite se fazia presente. Ela se encontrava aturdida pelo acometimento que lhe visitava inesperadamente. Nestas ocasiões não recebia a ninguém. Mas o mendigo insistiu tanto que logrou o seu tentame. Informou-lhe que o Messias estava em Cafarnaum, onde pernoitaria para sair no dia imediato. Não poderia perder tempo. De barco, atravessaram o mar da Galileia e foram ter com Ele ao amanhecer.
Ao encontrar Jesus, Maria de Magdala atirou-se aos seus pés, chamando-o de Mestre querido - Raboni. Jesus se dirige a ela chamando-a pelo nome, - o Mestre a conhecia, tal qual o pastor conhece as suas ovelhas – Ele é o bom Pastor das almas, conhecendo-as, todas. Maria disse que deseja seguir-lhe os passos, acompanhá-lo. Porém, o Nazareno disse-lhe não, por ora não seria possível, não agora, mas depois. Por ora, Maria, ame, ame os filhos do mundo, tome conta deles e depois venha a mim. Vai Maria, Eu te esperarei. Vá e ame. Jesus ama as multidões, ilumina a noite dos corações.
Retornando ao seu palacete, a meretriz parecia ter enlouquecido. Ninguém a compreendia. Ela atirava pelas janelas de sua imensa casa luxuosa, as joias, seus bens preciosos, moedas e outros valores, perfumes raros e caros. Dispensou seus empregados. Libertou os escravos. Apanhou um vaso com perfume raro e foi ter com o Mestre, servindo-o com deferência e sublime amor. Passou a ser vista nas caravanas, atendendo a todos, falando de Jesus, o incomparável Mestre. Peregrinou e pregou o Reino de Deus.
O AMOR é libertador. A meretriz de Magdala amou-O como nunca. Passou a fazer parte das atividades de Jesus. Ela assistiu-O entrar em Jerusalém, no período de ramos, quando o Mestre iria, pouco depois, para o suplício no Gólgota. Jesus foi para o seu martírio, João e a pecadora convertida acompanharam-nO de perto.
Após percorrer o caminho de dor imposto pelos poderosos temporários, e já no monte da caveira, ou do calvário, Maria de Nazaré, a Santíssima, acompanhada de Maria de Magdala e de Mônica, que lhe secou o suor sanguinolento, experimentam a dor da angústia, do medo e o tormento do suplício aplicado ao inocente. A cena era tenebrosa, Jesus tomba pendurado na cruz. Tudo estava consumado.
A noite caiu sobre a terra antes mesmo de o sol se pôr. Aqueles últimos momentos foram de terrível angústia e tristeza. A ex-meretriz permaneceu ali, constrita, em profunda tristeza e ao amanhecer foi ao sepulcro e lá já não encontrou o corpo do Messias. Vislumbra, na penumbra da madrugada, uma silhueta, imagina ser um zelador, e pergunta para onde haviam levado o seu Senhor. Ele, então, se volta, ela se viu diante do Mestre, que não se deixa tocar.
Maria de Magdala saiu dali e foi ter com os demais discípulos, informando-os sobre o sucedido. O Mestre está vivo, exclama ela. Não acreditaram nela. Maria Santíssima, disse-lhe, então: - Minha filha, meu coração de mãe diz que tu o viste. Já Tomé, somente mais tarde foi acreditar, desejava tocar em suas chagas para que tivesse certeza de era realmente o Mestre.
Depois desta aparição, Jesus ainda teve outras oportunidades para se fazer notar pelos circunstantes, reafirmando a sua natureza espiritual ímpar. Estimulou e encorajou aos que estiveram com Ele a saírem por toda a parte para pregarem o Evangelho para todos.
No passado, como na atualidade, o preconceito vige soberano. Maria de Magdala não conseguia trabalhar. E por não encontrar trabalho, ao passar de uma caravana de sírios leprosos que procuravam pelo Mestre, no desejo de serem curados, e não sabendo do que havia sucedido no Gólgota, Maria de Magdala dá-lhes a notícia.
Ela falou aos leprosos sírios com uma ternura como nunca, e como não tinha a ninguém, foi ter com eles, passando a falar de Jesus para aqueles doentes. Em estando no meio de leprosos, adquiriu a peste. A lepra se alastrou, tomou-lhe o corpo outrora belo e, agora, quando falava aos leprosos, se dirigia não mais a vós, mas a nós, pois que, então, fazia parte do número dos contaminados.
Maria de Magdala decidiu, então, visitar a Mãe Santíssima, em Éfeso. Viajava à noite, para não ser importunada. Depois de longas noites caminhando, chegou à Éfeso pela manhã. Já quase sem forças, desfaleceu, e um casal de cristãos recolheram-na para a casa de Maria Santíssima e de João.
Por três dias e três noites Maria de Magdala permaneceu em delírio. Na manhã do terceiro dia sentiu algo estranho e uma força arrancou-a da carcaça, sendo acolhida por um grupo de seres angélicos. Viu-se à beira do mar, ouvia suave melodia e aquela luz, pairando sobre as águas, arrebatou-a às alturas, acolhendo-a. Era Jesus. Luz fulgurante rasgou os céus. Maria de Magdala havia transposto a porta estreita. No amor que Jesus nos ensinou está a resposta para todas as amarguras. Está a resposta para a nossa busca no amor. Jesus veio para que cada ser humano possa atravessar a porta estreita, consolando, apresentando o reino dos Céus. Esta comovente história está contida no livro Estrela Verde, sob o título - Mirian de Migdal: capítulo 3, uma compilação de Delcio Carvalho, da Editora LEAL.
Finalizado o fulgurante encontro pacificador de corações e estimulador do amor, Divaldo Franco foi calorosamente aplaudido de pé. Marcando esse evento, as lideranças espíritas locais prestaram-lhe singela homenagem.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke