quarta-feira, 1 de março de 2017

Registro. Divaldo Franco - Síntese da Palestra de Goiânia, GO

26-02-2017.

 O Teatro Rio Vermelho localizado no Centro de Convenções de Goiânia abrigou os mais de 2.000 pessoas para ouvir Divaldo Franco desenvolver o tema proposto pelos organizadores do 33º Congresso Espírita do Estado de Goiás: Amor, Sexualidade e Seus Desafios.
Assumindo a tribuna Divaldo deu início +a palestra narrando a tocante história de Moisés Mendelssohn (1729-1786) avô do célebre compositor, pianista e maestro alemão Felix Mendelssohn (1804-1847).
Moisés Mendelssohn era um homem feio, baixo e possuidor de uma grotesca corcunda.
Certa feita conheceu a lindíssima filha de um comerciante e por ela se apaixonou perdidamente, porém, a jovem ao lhe ser apresentada demonstrou profunda repulsa pela sua desagradável estética.
Mas Moisés não se deixou abater por ter sido repelido pela linda Frudge e num gesto de muita ousadia perguntou –lhe:
- Você acredita que os casamentos são combinados no céu, antes de nascermos?
Evitando olhar aquela figura tosca a jovem respondeu:
- Sim, acredito.
-Também, acredito – completou Mendelssohn.
E sem deixar que o silêncio constrangedor dominasse aquela conversa, ele emendou:
- Quando me preparava para nascer, Deus mostrou-me aquela que seria, mais tarde, a minha esposa.
- Ela era bela, muito bela. Deus, porém, anunciou:
-Sua mulher será bela, porém trará uma corcunda a lhe marcar a aparência física.
Diante dessa informação, ousei levantar os olhos ao Altíssimo e lhe suplicar:
- Senhor, uma mulher com corcunda será uma tragédia. Permita, por misericórdia, que eu seja corcunda e que ela seja perfeita.
E Deus, na sua infinita bondade resolveu atender minhas súplicas e me fez nascer encurvado.
Pela primeira vez Frudge olhou diretamente nos olhos de Mendelsshon e fitando-lhe os olhos apaixonados deu-se conta de que aquela fora a mais pungente declaração de amor que ela jamais havia imaginado receber.
Emocionada, tomou a mão do rapaz entre as suas e aceitou-o como noivo vindo, posteriormente, a se casar com ele.
Após a narrativa desta tocante história a emoldurar o tema, Divaldo passou a aprofundar suas observações.
 O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não das gratificações que o amado oferece.
O amor deve ser sempre o ponto de partida de todas as aspirações e a etapa final de todos os anseios humanos.
Equivocadamente o sexo é considerado - por um grande contingente de pessoas - como sinônimo de amor.
Todavia, o sentimento do amor é muito mais amplo e abrangente, uma vez que representa a somatória dos sentimentos e anseios que formam a base de nossas ações no bem.
O sexo, desacompanhado do amor, é SENSAÇÃO herança do instinto dominador, enquanto que o amor é a EMOÇÃO a ser conquistada pelos caminhos da elevação espiritual e moral.
Quando o sexo se impõe sem o amor, a sua passagem é rápida, frustrante e insaciável.
A mitologia grega define Eros como sendo o deus do Amor, mais especificamente o amor físico.
Eros teria nascido – espontaneamente - do caos primitivo como manifestação da vida afetiva.
Posteriormente passou a representar a Paixão, e teria tido uma origem diferente, mais poética, agora como filho de Hermes e Afrodite, ou ainda filho de Cronos e Gê  ou ainda, de Afrodite e Marte.
Nessa situação passou a representar o desejo sexual, a função resultante do prazer sensualista, dos prazeres e satisfações sexuais.
Após essa síntese da Mitologia que considera Eros e Amor  como uma único sentimento, Divaldo interpõe o conceito a moral espírita-cristão para o qual o amor é superior aos desejos sexuais, enquanto Eros, que pode ser portador de sentimento afetivo, caracteriza-se pela libido, sempre canalizada para os prazeres e satisfações imediatas da utilização do sexo.
O amor é permanente, enquanto Eros é transitório.
O amor felicita, proporcionando alegrias duradouras. Eros agrada e desaparece ávido, como fogo que arde e consome o combustível, pra em seguida se tornar em cinzas que se esfriam.
Eros toma conta dos sentidos e responde pelas paixões descontroladas, pelos conflitos da insatisfação, que levam ao crime e ao desespero, pois, ao eleger como  objetivo imediato e impostergável, o atendimento dos desejos do desequilíbrio sexual, é responsável pela alucinação que vige nos grupos e indivíduos perturbados.
Manifestando-se pela posse descontrolada, não confia, e se deixa contaminar pelo ciúme e pela insegurança, num crescendo desvairado até culminar em patologias sexuais devastadoras e perversões alucinantes.
O amor dulcifica e acalma, espera e confia. É enriquecedor, e, embora se expresse em desejos ardentes que se extasiam na união sexual, não consome aqueles que se lhe entregam ao abrasamento, porque se enternece e vitaliza, contribuindo para a perfeita união.
O AMOR utiliza-se de Eros, sem que se deixe ser por ele controlado, Eros, porém, raramente se utiliza do sentimento de pureza e serenidade qualidades características do AMOR.
E como advertência final, Divaldo esclarece a respeito dos descalabros e da inversão de valores dos dias atuais.
O sexo praticado de forma vil atrai Espíritos igualmente atormentados e doentes que se vinculam ao indivíduo, levando-o a processos de obsessões terríveis e de difícil libertação.
Desvios de comportamento sexual, aberrações nas práticas do sexo, condutas extravagantes e subvertendo as funções estabelecidas pelas Leis da Vida, produzem perturbações, que não se restabelecem com facilidade, senão através de dolorosas reencarnações.
Fitando do alto da tribuna o imenso público que ouvia suas considerações Divaldo arremata com uma observação a ecoar nas consciências atentas.
Ninguém se engane quanto aos compromissos do sexo perante a vida e tome o cuidado de não enganar a outrem, pois cada um responde sempre pelo que inspira e pelo que faz.
O sexo não foi elaborado para o prazer vulgar, senão para as emoções superiores na construção das vidas, ou para as sensações compensativas quando amparado pelas dúlcidas vibrações do amor, mantendo a afetividade e a alegria de viver.
Os dias atuais são de libido e de paixões descontroladas e pela predominância dos desejos que desgovernam as mentes e aturdem os sentimentos sob o comando de Eros.
Todavia, o amor está sendo convidado a substituir a ilusão que o sexo desregrado produz, acalmando as ansiedades enquanto eleva os seres humanos.
Amor ou Eros?
Jesus, modelo e guia,  nos apresenta a resposta: Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração
(Mateus 6:23)
    Fotos: Sandra Patrocinio
   Texto: Djair de Souza Ribeiro


(Texto em português recebido em email de Jorge Moehleck)


ESPANHOL

DIVALDO FRANCO - SÍNTESIS DE LA CONFERENCIA DEL DÍA 26/02/2017, EN GOIÂNIA.
El Teatro Rio Vermelho, ubicado en el Centro de Convenciones de Goiânia, albergó a más de 2.000 personas dispuestas a escuchar a Divaldo Franco, quien desarrolló el tema propuesto por los organizadores del 33º CONGRESO ESPÍRITA DEL ESTADO DE GOIÁS: Amor, Sexualidad y sus desafíos.
Instalado en la tribuna, Divaldo dio comienzo a la disertación, narrando la conmovedora historia de Moisés Mendelssohn (1729-1786) -abuelo del célebre compositor, pianista y maestro alemán Felix Mendelssohn (1804-1847).
Moisés Mendelssohn era un hombre desprovisto de belleza, de baja estatura y tenía una grotesca joroba.
En cierta ocasión, conoció a la muy hermosa hija de un comerciante, y se sintió perdidamente enamorado de ella; mientras tanto, cuando le fue presentada la joven, ella demostró un profundo rechazo por su desagradable aspecto.
Pero Moisés no se dejó abatir, a causa del rechazo de la hermosa Frudge y, en un gesto muy audaz, le preguntó:
-¿Usted cree que los casamientos están pactados en el cielo, antes de nuestro nacimiento?
Evitando dirigir la mirada a aquella figura contrahecha, la joven respondió:
-Sí, lo creo.
-También yo lo creo –completó Mendelssohn.
Y sin permitir que el silencio incómodo dominase aquella conversación, él agregó:
-Cuando me preparaba para nacer, Dios me mostró a la que sería, más tarde, mi esposa.
-Ella era hermosa, muy hermosa. Dios, mientras tanto, anunció:
-Su mujer será hermosa, pero tendrá una joroba que caracterizará su apariencia física.
Ante tal información, me permití elevar la mirada al Altísimo y le supliqué:
-Señor, una mujer jorobada será una tragedia. Permita, por misericordia, que yo sea el jorobado y que ella sea perfecta.
Y Dios, en su infinita bondad resolvió atender mis súplicas, y me hizo nacer jorobado.
Por primera vez, Frudge miró directamente a los ojos de Mendelsshon, y al observar su mirada apasionada, se dio cuenta de que aquella había sido la más fervorosa declaración de amor que ella jamás había imaginado recibir.
Emocionada, tomó la mano del joven entre las suyas y lo aceptó como novio; posteriormente, se casó con él.
Después de la narración de esta conmovedora anécdota, para enmarcar el tema, Divaldo comenzó a profundizar sus reflexiones.
El amor no se apega ni padece la ausencia, sino disfruta siempre, porque vive en la intimidad del ser y no de las gratificaciones que el amado dispensa.
El amor debe ser, siempre, el punto de partida de todas las aspiraciones, y la etapa final de todos los anhelos humanos.
Equivocadamente, el sexo es considerado -por una gran cantidad de personas- como sinónimo de amor.
No obstante, el sentimiento del amor es mucho más amplio y contenedor, pues representa la sumatoria de los sentimientos y los anhelos que constituyen la base de nuestras acciones en el sentido del bien.
Si el sexo no está acompañado por el amor, es una SENSACIÓN -herencia del instinto dominador-, mientras que el amor es la EMOCIÓN que se conquista atravesando los caminos de la elevación espiritual y moral.
Cuando el sexo se impone sin el amor, su paso es breve, frustrante e insaciable.
La mitología griega define a Eros como el dios del Amor, pero específicamente el amor físico.
Eros habría nacido –espontáneamente- del caos primitivo, como manifestación de la vida afectiva.
Posteriormente, comenzó a representar la Pasión, y habría tenido un origen diferente, más poético, como hijo de Hermes y Afrodita, o también como hijo de Cronos y Gea, o de Afrodita y Marte.
En esa situación pasó a representar el deseo sexual, la función resultante del placer sensual, de los placeres y las satisfacciones sexuales.
A continuación de esa síntesis de la Mitología que considera a Eros y Amor como un único sentimiento, Divaldo enuncia el concepto de la moral espírita-cristiana, para la cual el amor es superior a los deseos sexuales, mientras que Eros, que puede ser portador de un sentimiento afectivo, se caracteriza por la libido, siempre canalizada hacia los placeres y las satisfacciones inmediatas de la utilización del sexo.
El amor es permanente; mientras tanto, Eros es transitorio.
El amor es portador de felicidad, y proporciona alegrías duraderas. Eros agrada y desaparece ávido, como fuego que arde y consume el combustible, para seguidamente convertirse en cenizas que se enfrían.
Eros se apodera de los sentidos y es responsable de las pasiones descontroladas, de los conflictos de la insatisfacción, que conducen al crimen y a la desesperación, pues al elegir como objetivo inmediato e impostergable, la satisfacción de los deseos del desequilibrio sexual, es responsable de la alucinación que está vigente en los grupos y en los individuos perturbados.
Se manifiesta mediante la posesión descontrolada; no confía; se deja contaminar por los celos y la inseguridad, en un crescendo de descontrol, hasta culminar en patologías sexuales devastadoras y en perversiones alucinantes.
El amor dulcifica y calma; espera y confía. Es enriquecedor y, aunque se exprese en deseos ardientes, que llegan al éxtasis en la unión sexual, no consume a aquellos que se entregan a su abrazo, porque se enternece y se vitaliza, contribuyendo a la perfecta unión.
El AMOR se vale de Eros, pero no permite que él lo controle; Eros, mientras tanto, raramente se vale de los sentimientos de pureza y serenidad, cualidades características del AMOR.
Como advertencia final, Divaldo explica respecto a los descalabros y la inversión de valores de los días actuales.
El sexo practicado de forma vil atrae a Espíritus igualmente atormentados y enfermos, que se vinculan al individuo, conduciéndolo a procesos de obsesiones terribles, y de difícil liberación.
Desvíos de la conducta sexual, aberraciones en las prácticas del sexo, conductas extravagantes, que subvierten las funciones establecidas por las Leyes de la Vida, producen perturbaciones que no se reparan con facilidad, sino a través de dolorosas reencarnaciones.
Mientras observaba -desde lo alto de la tribuna- a la inmensa cantidad de público que escuchaba sus reflexiones, Divaldo plantea una observación que quedaría resonando en las conciencias atentas:
Nadie se equivoque acerca de los compromisos del sexo ante la vida, y tenga el cuidado de no inducir a error a otros, pues cada uno es responsable -siempre- por lo que inspira y por lo que hace.
El sexo no fue creado para el placer vulgar, sino para las emociones superiores en la edificación de las vidas, para las sensaciones compensadoras,cuando está amparado por las delicadas vibraciones del amor, conservando la afectividad y la alegría de vivir.
Los días actuales son de libido y pasiones descontroladas, con el predominio de los deseos que perturban las mentes y aturden los sentimientos, comandados por Eros.
No obstante, el amor está siendo invitado a sustituir a la ilusión que el sexo descontrolado produce, para que calme las ansiedades, mientras eleva a los seres humanos.
¿Amor o Eros?
Jesús, modelo y guía,  nos presenta la respuesta: Donde esté vuestro tesoro, allí estará también vuestro corazón. - Mateo, 6:23.

    Fotos: Sandra Patrocinio
   Texto: Djair de Souza Ribeiro


(Texto em espanhol recebido em email de MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)