quinta-feira, 18 de maio de 2017

Registro. Divaldo Franco na Europa Bruxelas, Bélgica

16 de maio de 2017

Ao amanhecer do dia 16 de maio de 2017, uma terça-feira, após o encerramento das atividades em Londres, no Reino Unido, Divaldo Pereira Franco e alguns amigos, dando sequência ao roteiro de divulgação da Doutrina Espírita em terras europeias, dirigiram-se à estação de trens para embarcar com destino à Bruxelas, na Bélgica, carregando malas e pertences. Somente vivendo a experiência se poderá bem avaliar como é cansativo, como exige dos passageiros, pois é o próprio viajante quem embarca as suas bagagens, da plataforma para dentro do vagão. Malas para uma viagem longa exigem esforços que desafiam qualquer um. Divaldo e Nilson de Souza Pereira (1924-2013) muitas vezes fizeram isto sozinhos, em tempos onde ninguém pensava em divulgar o Espiritismo além-fronteiras, lá estavam eles, desbravando o caminho, para o futuro, para os que viriam depois...

Com o objetivo de fortalecer e ampliar o Espiritismo, Divaldo Franco, atendendo ao convite dos amigos do grupo espírita NEECAFLA ASBL, (Núcleo de Estudos Espíritas Camille Flammarion), de Bruxelas, proferiu uma conferência sobre o tema: Les miracles de l’Amour, (Os milagres do Amor), para uma plateia de 340 pessoas, ao anoitecer de 16/05, superlotando o belo auditório.
Antes de iniciar a conferência propriamente dita, o Dr. Juan Danilo Rodriguez, de Quito, no Equador, e que acompanha Divaldo na presente jornada, saudou os presentes, tecendo breves considerações sobre a Doutrina Espírita e seu codificador, Allan Kardec.

Divaldo iniciou instigando a plateia ao afirmar que a humanidade perdeu o endereço de si mesma. Apesar das amplas conquistas atingidas pelo homem, ainda não amamos e por isto mesmo não somos felizes. Qual o motivo, questionou o ilustre orador, de ser a criatura moderna tão rica de ciência e tão pobre de amor? Qual o sentido da vida? Por que estamos aqui?  Perdido em si mesmo, não encontrando respostas, a criatura humana foge para o prazer, que é fugidio, pois que, acabando o combustível que o mantém, termina, também, o prazer.
Diagnosticou que a forma rápida e superficial dos relacionamentos atuais, a utilização das redes sociais como mecanismos de fuga à realidade, e os relacionamentos virtuais com pessoas que se encontram do outro lado do planeta, fazem com que o homem moderno se aprofunde na solidão, e, fechado em si mesmo, não consegue entender e relacionar-se saudavelmente com aqueloutro que está ao seu lado.

A paz íntima somente é possível quando se ama. Para uma melhor avaliação de si mesmo, Divaldo discorreu sobre as quatro emoções básicas do ser humano: o Medo, a Ira, a Raiva e o Amor, esse é relativamente novo em nossa natureza. Para que se pudesse aquilatar a veracidade sobre a ação do amor, o ilustre conferencista e médium espírita brasileiro apresentou grandes nomes e seus exemplos de amor verdadeiro, culminando com a figura inolvidável de Jesus Cristo, que embora incompreendido, a todos compreendeu, odiado muitas vezes, a todos amou, mesmo sabendo que o abandonaríamos, segue nos amando a aguardando por nós. Divaldo referiu-se a figura extraordinária do admirável Papa Francisco, que nos dá exemplos de amor à humanidade a todo momento.
Utilizando-se de sua própria trajetória, de forma jovial, mergulhou nos anos, nas décadas que se passaram até os dias atuais, ressaltando a importância do Amor em nossas vidas, narrando os desafios encontrados por ele e pelo fiel amigo Tio Nilson nas atividades da Mansão do Caminho, sem nunca desistirem de amar.
Com a sua narrativa foi produzida uma onda de ternura que tomou conta do auditório. Observando-se os presentes, foi quase impossível encontrar alguém que não estivesse com a face orvalhada pelas lágrimas produzidas pelas emoções, impossíveis de serem contidas.

Por fim, após quase "matar o povo" de tanta emoção, nosso querido orador, encaminhando-se para o encerramento, afirmou que quem ama não adoece, embora seja portador de doenças. Quem é doente está sempre na queixa, no desânimo. Estamos todos convidados a compreender que somos as mãos de Deus para a execução do amor. Valorizemos a vida, descubramos nossos irmãos "invisíveis" que estão no abandono, à margem, os que desempenham tarefas dignas, porém sem projeção. Saibamos, também, dar atenção aos que transitam ao nosso lado "sem vê-los", mas que necessitam, igualmente, serem amados.
Ao final, após responder várias perguntas sobre o tema, Divaldo foi muito aplaudido pela plateia que dali saiu com a alma inundada de bênçãos. A intérprete da conferência, vertendo ao francês, foi Sophie Giusti.
Texto e fotos: Ênio Medeiros


(Texto recebido em email de Jorge Moehlecke)