domingo, 15 de março de 2020

Divaldo Franco no Paraná XXII Conferência Estadual Espírita

13 de março de 2020
A XXII Conferência Estadual Espírita, da Federação Espírita do Paraná – FEP – teve o seu momento artístico sob a responsabilidade do Coral Ildefonso Correia, encantando o público, harmonizando os pensamentos e sentimentos, preparando o ambiente para recepcionar os expositores e convidados.
Jorge Godinho Barreto Nery, Presidente da Federação Espírita Brasileira externou o seu sentimento de gratidão à FEP e ao Movimento Espírita paranaense por proporcionar momentos de reflexão sobre Deus, Jesus e o homem, ampliando conhecimentos, lançando luzes mais potentes sobre a imortalidade da alma, a mensagem crística sobre a vida eterna, sobre o magnífico exemplo legado pelo Cristo, ao tempo em que exortou os presentes a orarem em favor da serenidade, da fé e da esperança.
Luis Henrique da Silva, Presidente da FEP, destacou a importância que as reflexões desta Conferência irão proporcionar, principalmente sobre o que está ocorrendo na Brasil e no mundo, pois que o tema da Conferência é: O Homem, a Consciência e Deus. Destacou a necessidade de a criatura humana realizar ações nobres e acalentar pensamentos edificantes, à luz de Jesus e seus ensinamentos.
Divaldo Franco, discorrendo sobre A Conquista da Paz, asseverou que no apagar das luzes do Século XX o homem conseguira aprofundar-se no infinitamente pequeno e nas conquistas do macrocosmo, onde as sondas alcançam o inimaginável para a grande massa humana na Terra. É a ciência oferecendo oportunidades para que a vida flua de maneira menos surpreendente, com deveres e direitos, alongando o olhar através dos telescópios ultra potentes propiciando o homem conhecer sextilhões de astros.
Viajando para fora, esqueceu-se que é um ser moral, dotado de sentimentos. Com toda a tecnologia posta a serviço do homem, este ainda não se sente feliz, plenificado, está triste. A humanidade imaginava que no alvorecer do terceiro milênio conquistaria a paz, a felicidade e o bem-estar, contudo, assim não se verificou até o presente momento.
Líderes mundiais e idealistas, estabelecendo uma aliança pela paz através da UNESCO, lançaram um memorando com seis itens fomentadores da paz. 1. É necessário amar a vida; 2. É necessário preservar a paz; 3. É necessário desenvolver a tolerância; 4. É necessário estabelecer o diálogo e a compreensão entre todos; 5. É necessário preservar a natureza, desenvolvendo um sentimento ecológico; e 6. É necessário retornar à solidariedade. Com estas medidas, os líderes saudaram a imensa possibilidade da paz. Com o memorando em favor da paz foi ampliada a divulgação desse ideal.
Jesus já falara de paz, que é alcançada através da prática do amor a si mesmo, ao próximo e a Deus. Mas, como o homem pouco conhece o Cristo, uma fatalidade se abateu sobre a humanidade em 11 de setembro de 2001, estabelecendo um marco na escalada do terrorismo internacional, mudando as medidas de relacionamento entre as pessoas, criando desconfiança entre todos. O medo se instalou no seio da sociedade humana e o terror e a perversidade criaram um desequilíbrio emocional.
O Semeador de Estrelas, enriquecendo o conteúdo apresentado, narrou singular lenda e que está contida no livro Estante da Vida, de Humberto de Campos, sob o título: A Lenda da Guerra. Seu fundamento está contido no desperdício que o homem pratica em suas várias reencarnações, postergando aprendizados importantes e inadiáveis com relação ao seu adiantamento moral. E na prestação de contas com o Senhor, que identificando a insensibilidade humana, e mostrando-se entristecido ordenou em seguida que alguns anjos descessem aos infernos e libertassem perigoso monstro sem olhos e sem ouvidos, mas com milhões de garras e bocas. Foi então que, desde esse dia, o monstro cego e surdo da guerra acompanha os pastores do bem, a fim de exterminar, em tormentas de suor e lágrimas, tudo o que, na Terra, constitua obra de vaidade e orgulho, egoísmo e tirania dos homens, contrários aos sublimes desígnios de Deus.
Nestes atuais dias, asseverou o ínclito orador, um Anjo Bondoso trouxe um ser pequenino, invisível a olho nu, para que o homem se repense e avance na direção da moralidade. Esse coronavírus é a oportunidade oferecida por Deus para que as guerras percam a intensidade e faça com que o homem passe a respeitar as divinas leis, utilizando o Evangelho de Jesus.
A Doutrina Espírita convida ao trabalho, à tolerância e à solidariedade. Jesus é o modelo de virtudes jamais observado na face da Terra. A imortalidade da alma é uma realidade, e o amor disseminado pelo Mestre é a grande lição ainda não aprendida. O Espiritismo ainda não se instalou por completo no coração dos espíritas, nem no do homem em geral. A mensagem ética e moral está sendo deturpada na atualidade, aturdindo o ser humano aprisionado por sensações mil, criando um campo vibracional de polaridade negativa.
O amor de Deus fala aos corações humanos através da exuberante natureza, estimulando-os ao incessante trabalho da renovação de caráter. Todos os espíritas deveriam vivenciar a Doutrina Espírita tendo certeza da imortalidade. Para falar sobre a imortalidade, Divaldo narrou que a cerca de dois meses um Espírito se apresentou para contar a sua história, afiançando a imortalidade. Era um Espírito que se apresentava e falava no idioma alemão. Tratava-se do autor e protagonista desse episódio conhecido como A Menina da Maçã, Herman Rosenblat. Essa história está no filme O Homem do Pijama Listrado. Recomendou, o protagonista da história, que os homens passem a se amarem.
Jesus é a excelência do amor. É necessário amar sempre, sem condições. Deus manda o coronavírus para que a humanidade desperte e o amor possa permear a sociedade humana. O monstro cego, surdo e insensível deve dar lugar a Jesus, o condutor dos homens. É necessário que o homem se abra para o amor, construindo um mundo de regeneração. O amor é a caridade que liberta. Somente o amor é capaz de felicitar o homem. A Lei de Amor é o sentido da vida, e todo o homem sensato não deve dar vazão e razão às queixas, às intrigas, ao mal. O Amor é paz interior, é sabedoria. Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco foi aplaudidíssimo pelo público que se postou de pé, homenageando o destacado orador espírita.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke


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