quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Registro: Divaldo Pereira Franco. Seminário em São Paulo, SP

Segundo e Terceiro dias  de encontro com Divaldo Franco, no Seminário: Amanhecer de Uma  Nova Era, no Hotel Jaraguá em São Paulo/SP.

São Paulo/SP, sábado, 08/02/2014 – As atividades foram iniciadas às 9h da manhã, com a projeção de um vídeo que continha imagens do espaço infinito, do processo evolutivo do Homem na Terra e da presença excelsa do Mestre Jesus no orbe, ao som de comovente música que dizia: “O amor é o nosso destino, deixe as vozes soarem, rejubilarem-se e cantarem ‘agora é o tempo’ . A breve e belíssima introdução remeteu o público às ideias do Universo ilimitado e da destinação feliz de nossa Humanidade, cuja cultura de cerca de 10 mil anos tem progredido imensamente. A partir disso, Divaldo Franco iniciou sua explanação discorrendo sobre a filosofia da Grécia Antiga, referindo-se ao período pré-socrático, depois, ao idealismo de Sócrates, que defendia o princípio da imortalidade da alma e ressaltava que o importante para o ser humano era “ser” e não “ter”, e educava as criaturas pelo método maiêutico, ou seja, pelo “parto” das ideias, do conhecimento e das virtudes do interior do próprio indivíduo. Seguindo a linha da História, foram recordados o discípulo de Sócrates, Platão, cujos ensinamentos compreendiam também a tese reencarnacionista, e, ainda, a contribuição das escolas filosóficas pós-socráticas. Além dessas referências, também foi apresentado o pensamento de Siddharta Gautama, o Buda, que propunha a negação do “eu”, a superação do ego e o despertamento da criatura, com a sua auto-iluminação. Divaldo destacou que todas essas revelações e conhecimentos foram, mais tarde, sintetizados na mensagem incomparável de Jesus de Nazaré, especialmente no conteúdo do sermão do monte, numa proposta de conquista do reino dos céus, que está dentro de nós mesmos. Nesse contexto, os presentes foram convidados a refletir a respeito de como as paixões inferiores da criatura humana maculam os conteúdos enobrecedores da vida, numa tentativa de corromper a Verdade, em decorrência do seu lado sombra, do ego, conforme a análise do psicólogo americano James Hollis. Desfilaram na oratória de Divaldo exemplos históricos de indivíduos que entregaram a vida aos ideais da verdade e do amor, como Inácio de Antioquia, Francisco de Assis, Lutero, e também de outros que empenharam os seus esforços na  adulteração da Verdade e no espalhamento do sofrimento e da treva. Como encerramento desta primeira etapa das ativididades, o público ouviu o pensamento de Blaise Pascal, que asseverou, no século XVII, que a Humanidade encontrava-se numa encruzilhada, porque houvera desenvolvido o espírito de geometria, isto é, o conhecimento, a Ciência, o intelecto, mas necessitava, urgentemente, de aperfeiçoar-se no campo dos sentimentos nobres e desenvolver o que ele chamava de espírito de gentileza, para se alcançar o perfeito equilíbrio, ou seja, o espírito de coração. Neste amanhecer da nova era, a proposta do Espiritismo, revivendo a mensagem consoladora e libertadora de Jesus, é a de transcendência do ser, por meio das renúncias às paixões inferiores e desenvolvimento dos caracteres do Homem de bem, para se viver, desde já, o reino dos céus no imo de cada um de nós.
Foi feito um breve intervalo nos trabalhos. No retorno, Divaldo apresentou interessante dado histórico: na data de 31 de março de 1848, no Velho Mundo, foi publicado o Manifesto Comunista, de Karl Marx, propondo o materialismo e afirmando que a religião era o ópio das massas; nessa mesma data, no Novo Continente, em Hydesville/NY, Estados Unidos, os fenômenos mediúnicos , por meio das irmãs Fox, deram início ao que foi chamado de uma verdadeira invasão organizada dos Espíritos, que rompiam o silêncio das tumbas para proclamar a verdade da imortalidade e a mentira do materialismo. Foi realizada profunda análise do paranorama atual da Terra e da sua Humanidade, mencionando-se os fenômenos de alterações geológicas e climáticas, as mudanças na estrutura de comportamento das crianças do presente, gerando desafios para os pais e especialistas na área da educação, e as grandes problemáticas das sociedades, como o consumismo, a perda do sentido psicológico da vida, o total desrespeito aos valores éticos, o orgulho e o egoísmo e as obsessões espirituais. Divaldo discorreu sobre o capítulo da obra “O Céu e o Inferno”, de Allan Kardec, intitulado “Código Penal da Vida Futura”, explicando que o caminho de reabilitação do Espírito endividado passa por 3 estações, quais sejam: o arrependimento, a expiação ou sofrimento e , por fim, a reparação. Nessa análise, foi apresentada a grande contribuição da Ciência, especialmente nas áreas da Genética, das Neurociências, e da Física Quântica, que, dia-após-dia, tem corroborado os postulados espíritas, propiciando aos seres humanos uma visão cósmica da vida.
Após o almoço, Divaldo retomou o seminário, discorrendo sobre as experiências do Dr. Michael Persinger, neuropsicólogo americano, e do Dr. Vilayanur Ramachandran, neurocientista e Professor na Universidade da Califórnia/EUA, que, por meio de escaneamentos de topografia com emissão de pósitrons, revelaram a existência de um ponto no cérebro dos humanos que reagia toda vez que o indivíduo ouvia a palavra “Deus”em qualquer idioma ou discutia assuntos espirituais, tendo chamado tal área cerebral de “ponto de Deus”. O resultado de tais experiências teriam levado a Dra. Danah Zohar, Física formada pelo MIT, com pós graduação em Harvard e lecionando na Universidade de Oxford, a considerar que além das já conhecidas Inteligência Intelectual (QI) e da Inteligência Emocional (QE), os seres humanos teriam um outro tipo de inteligência, que seria a mais importante de todas para uma vida saudável, de equilíbrio, para uma vida integral, a qual chamou de Inteligência Espiritual. Diante de tais observações, conclui-se que o cérebro é um veículo de manifestação da inteligência, mas que a sede da inteligência é, portanto, extra-física, ou seja, o Espírito imortal. Nesse sentido, foi apresentada a explicação do Espírito André Luiz, que na sua obra “Missionários da Luz”, psicografada por Francisco Cândido Xavier, esclareceu que a glândula pineal ou epífise seria responsável pelos fenômenos mediúnicos, capaz de captar o campo eletromagnético, as irradiações dos Espíritos e decodificá-las, provocando, assim, a fenomenologia mediúnica, corroborando, dessa forma, a colocação de Allan Kardec que afirmara ser a mediunidade uma faculdade orgânica. Divaldo narrou ao público uma sua experiência com o médium Francisco Cândido Xavier, numa ocasião em que, estando acometido de sérios problemas na garganta com riscos de ter a voz definitivamente comprometida, recebeu a intercessão espiritual por meio da ajuda do Espírito Sheila, que, utilizando-se dos recursos mediúnicos de efeitos físicos de Chico Xavier, materializou-se e tratou do seu problema de saúde, curando-o totalmente daquela afecção, mas também advertindo-o de que a cura de sua garganta tinha uma razão muito específica: a de que ele pudesse continuar a divulgar o Espiritismo, a mensagem de Jesus, em todo o mundo, para todas as pessoas, até o findar de sua existência. Esse exemplo foi utilizado para esclarecer que a função primordial do Espiritismo não é a de promover curas do corpo, para remendar os corpos que os próprios indivíduos dilaceram e prejudicam com os seus maus comportamentos e pensamentos, mas sim a de socorrer e curar almas, estimulando as pessoas à transformação moral para melhor. Divaldo apresentou uma informação de grande interesse e significação, relatando que o Espírito São Luís, guia espiritual da França, solicitou a Ismael, guia espiritual da pátria brasileira, que recebesse cerca de 2 milhões de Espíritos franceses, vinculados aos episódios históricos da Noite de São Bartolomeu e da Revolução Francesa, ambos que provocaram terríveis mortes de milhares de indivíduos, a fim de se aliviar a psicosfera francesa da emissão de vibrações negativas de tantos Espíritos e ao mesmo tempo concedendo a eles a oportunidade de recomeço em terras brasileiras, em nova reencarnação, na qual deveriam estar comprometidos com a mensagem de Jesus. Divaldo concluiu esse módulo afirmando ser a mediunidade, nos dias de hoje, uma verdadeira floração para a nova era, quando todos deveremos educar os nossos recursos divinos, da alma, para nos transformarmos em verdadeiros servidores de Jesus, médiuns do bem e do belo, em todas as ocasiões.
Houve novo intervalo , após o que Divaldo reiniciou os trabalhos falando-nos sobre a proposta da Psicossíntese, do psiquiatra italiano Roberto Assagioli, destacando o seu excelente trabalho sobre a necessidade da gentileza em nossas vidas, assim como sobre a proposta do psiquiatra austríaco Viktor Frankl, que dizia ser indispensável a todo ser humano a busca de um sentido existencial profundo. Na sequência, apresentou o excelente trabalho da Dra. Elisabeth Lukas, discípula de Viktor Frankl, e explanou sobre os 10 mandamentos na versão logoterápica, exaltando a importância da espiritualização do ser humano e de sua reconexão consigo mesmo e, por conseguinte, com Deus.
No período da noite, as atividades foram retomadas. Divaldo fez uma belíssima intodução por meio de uma parábola que apresentava o Rio Jordão como afluente do mar da Galiléia e do mar Morto e as diferenças entre esses 2 mares, um cheio de vida e outro sem nenhuma vida, e, então, fez a transposição dessas imagens para a vida humana. Em seguida, realizou uma visualização terapêutica com os presentes, esclarecendo antes que as visualizações, conquanto não tenham o caráter espírita, possuem um valor terapêutico de grande valia. As atividades do dia foram encerradas.
São Paulo/SP, Hotel Jaraguá, 09/02/2014 - No domingo, a tarefa foi reiniciada às 9h das manhã. Houve uma linda apresentação musical. Essa etapa do seminário foi destinada a perguntas e respostas. Divaldo respondeu questões sobre: auto-perdão, crianças hiperativas, educação dos filhos, drogadição e consequências no perispírito, reencarnação e problemas congênitos, desafios das casas espíritas, genética e bio-ética, cirurgias preventivas, desafios no período de transição planetária, conflitos sociais, dentre outros temas. Para o encerramento do encontro, Divaldo narrou a comovente estória de uma famosa meretriz que no auge de sua vida conheceu Jesus e por Ele encantou-se, reencontrando-o bem mais tarde, no fim de sua existência física, quando já vitimada pela hanseníase, sendo pelo sublime nazareno socorrida e recambiada ao mundo espiritual. Sob as bênçãos de Deus e de Jesus, o encontro foi encerrado, coroado de êxito e júbilo.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Edgard Patrocinio e Vânia Caroza
         
                     Abraço,
                               Jorge Moehlecke


 (Informações recebidas em email de Jorge Moehlecke)