sexta-feira, 31 de março de 2017

Noite de comemoração na Mansão do Caminho, celebrando os 70 anos de oratória de Divaldo Franco, 30/03/2017

70 anos????
É isso mesmo, 70 anos de oratória, “semeando estrelas”, pois que ele “tem uma estrela na boca”.
Fala-nos Joanna de Ângelis que a palavra é “instrumento valioso, doação divina, para o elevado ministério do intercâmbio entre os homens. Não poucas vezes, a mesma se converte em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência, em bisturi da revolta e golpeia às cegas, ao império das torpes paixões.
A má palavra envenena e mata, enlouquece e fulmina, desequilibra e arma de ódio.
Muitos falam sem pensar, gerando antipatias e fomentando crimes.
Outros pensam sem falar e perdem as oportunidades edificantes de sustentar o ideal do bem e da vida.
A boa palavra ergue e consola, ensina e corrige, ampara e salva.
Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirimem conflitos, equacionam incógnitas, resolvem dificuldades”.
Na noite de ontem, 30.03, no espaço dedicado à reunião doutrinária “Conversando sobre Espiritismo” aqueles os que o amamos dedicamos-lhe uma singela homenagem, que não consegue, mesmo juntamente com outras tantas, expressar, traduzir o real significado de sua vida em nossas vidas.
Não são 70 anos de existência, o que já seria altamente expressivo, mas de oratória, de utilização desse valioso instrumento, a palavra, a benefício de muitos, ensinando, amparando, consolando, renovando esperanças e iluminando, qual um Farol, os barcos-seres na escolha da rota segura no grande oceano da Vida.
No discreto preito de gratidão foi apresentado um vídeo, resultado da edição de dois outros realizados pela Intelítera Editora e pela Federação Espírita do Paraná entremeados com a música “Fica sempre um pouco de perfume”.
Logo em seguida, duas placas foram passadas às suas mãos, pelo presidente da Instituição, Demétrio Ataíde Lisboa, e um grupo de confrades da mesma, representando a capital sergipana, bem como a entrega de um ramalhete de rosas por parte de alguns filhos do seu coração.
Fazendo uso da palavra, Divaldo falou, sinteticamente, de toda sua trajetória pela mediunidade e a marcante significativa primeira palestra na cidade de Aracajú. Encerrando com a prece, nos conduziu, de forma tocante, utilizando o poema “solo tu” da poetisa argentina Alfonsina Storni.

Fotos: Lucas Milagre
Texto: João Araújo


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

terça-feira, 28 de março de 2017

Divaldo Franco - Encerramento I Encontro Fraternidade Sem Fronteiras 26/03/2017. Campinas, SP

TEXTO: Djair de Souza Ribeiro   FOTOS: Sandra Patrocínio
Manhã de domingo, ensolarada e convidando ao lazer ou ao “dolce far niente”. Enquanto muitos ainda deixam se envolver pela natural “depressão domingueira” por vislumbrarem a segunda-feira que se aproxima, uma multidão alegre e bem disposta vai buscando acomodar-se no Espaço Guanabara, em Campinas-SP, para o derradeiro dia do I Encontro da Fraternidade Sem Fronteiras.
A emoção incontida, transborda dos corações luarizados pelas mensagens do dia anterior que mobilizou  palestrantes de diversas religiões e atividades profissionais. Não obstante essa multiplicidade de correntes de pensamentos uma característica comum sobressaia: a dedicação em servir ao próximo e a prática da caridade abnegada e desinteressada.
Depoimentos de voluntários que estiveram nos locais devastados pela fome, miséria – social e econômica – e o desamparo oficial tocaram o coração de muitos.
As narrativas das cenas de penúria e fome chocaram os corações mais indiferentes. Todavia a mensagem de esperança falou mais alto, quando foram mostradas imagens das crianças – agora – alimentadas e assistidas.
Entre a miríade de dados e estatísticas divulgados pelos ocupantes que se revezaram na tribuna, a informação mais desconcertante e impactante foi fornecida por Divaldo: Enquanto – nas sociedades mais desenvolvidas economicamente – 40% da população sofre de obesidade, a FAO (Organização das Nações Unida para a Alimentação e Agricultura) alerta que nos próximos 10 anos cerca de 80.000.000 milhões de criaturas humanas morrerão à fome em todo o Planeta. Chocante e estarrecedor para uma Humanidade que conquistou o Cosmo e desvendou os segredos da matéria e das partículas subatômicas.
O primeiro dia terminara. Nas mentes uma certeza: Todos nós podemos e devemos participar da solução desse grave problema que envergonha a raça humana.
Foi nesse clima de expectação, emotividade e uma psicosfera espiritual sublime que teve início o segundo dia do Encontro.
Para encerrar Divaldo assumiu a tribuna para desenvolver o tema “O Papel da Fraternidade na Transição Planetária”
Divaldo Franco inicia sua conferência abordando as diversas barreiras para a real fraternidade entre os povos é o idioma e relembra a trajetória de Ludwik Lejzer Zamenhof (1859  1917) - oftalmologista e filólogo polonês – motivado por quebrar uma das grandes barreiras para a comunhão universal – a barreira da comunicação, devido às diversidades dos idiomas – dedicou-se a idealizar e criar um idioma Global: o Esperanto, a língua artificial mais falada e bem sucedida no mundo.
Em seguida Divaldo fala-nos do escritor russo Leon Tolstoi (1828 —  1910) um dos grandes nomes da literatura russa do século XIX e que publicou os romances Guerra e Paz e Anna Karenina obras que o consagraram no meio literário mundial, mas que não conseguia, contudo preencher o vazio que ele sentia e em um gesto inesperado, abdicou de seus títulos e passou a viver de forma simples junto dos agricultores de sua antiga propriedade, levando uma existência simples e em proximidade à natureza, pois buscava o Reino de Deus e Sua justiça.
Dessa experiência transcendental publicou em 1.894 aquela que lhe seria a grande obra de não ficção de Tolstói: O Reino de Deus Está em Vós, obra em que Tolstói defende a ideia de que o cristianismo não é uma doutrina abstrata, mas uma proposta prática para a vida.
O livro gerou tanta polêmica que foi proibido pelo czar da Russia, e seu autor excomungado pela Igreja Ortodoxa Russa e por essa razão foi publicado pela primeira vez na Alemanha, pois fora banido em seu país de origem, a Rússia.
Anos mais tarde esse livro foi lido por um indiano radicado na África do Sul e que pela cor da sua pele sofria ignominiosa descriminação. Advogado por formação acadêmica, professando o hinduísmo, esse jovem encontrou a motivação para seguir sua missão.
Era Mohandas Karamchand Gandhi (1869—1948) que deixou a África do Sul e voltou para a, então, colônia inglesa da Índia, onde se tornou, mais conhecido como Mahatma (A Grande Alma) Gandhi e, pacificamente, libertou o povo da subjugação inglesa, utilizando-se da “Satyagraha” a política da Não-Violência.
E o livro que inspirou Gandhi caiu, anos mais tarde, nas mãos do americano Martin Luther King Junior (1929—1968) um pastor protestante que se tornou um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo.
Em comum entre ambos o fato de terem sido covardemente assassinados. Morreram, mas não os seus ideais e sonhos as quais lograram libertar mais de 1 bilhão de almas da violência da falta de liberdade.
Seguindo com o tema Divaldo aborda a questão da Guerra – a face mais visível do egoísmo e da crueldade humana – emocionando a todos com a narrativa do Rabino Samuel que no ano de 1930 morava próximo a um jovem alemão. Diariamente o Rabino quando passava próximo à residência do jovem germânico cumprimentava-o gentilmente:
— Guten Morgen, Her Müller (Em alemão – Bom Dia, Sr. Müller)
O jovem orgulhoso e arrogante mostrava-se indiferente à cordialidade do religioso judeu e jamais retribuirá o cumprimento.
Essa cena repetiu-se centenas de vezes, até a eclosão da 2ª Guerra Mundial e a adoção da política de Hitler de extermínio dos Judeus.
Em uma manhã gelada do inverno europeu, um fila enorme é organizada em um campo de concentração. À frente da fila um oficial das temidas tropas SS nazista segurando nas mãos um rebenque examinava a cada um dos prisioneiros e determinava seu destino.
Se o rebenque fosse apontado para a esquerda o prisioneiro era arrastado às câmaras de gás e assassinado. Caso o rebenque apontasse para a direita o prisioneiro era levado para as cabanas e permanecia vivo – até a próxima vistoria.
A fila seguia sua cadência trágica - Esquerda: Morte. Direita: Vida - até que postou-se diante do oficial um senhor alquebrado pelos sofrimentos e em um gesto audacioso ousou dirigir a palavra ao comandante nazisya:
— Guten Morgen, Her Müller.
O soldado, que trazia afivelada ao rosto a máscara da indiferença, estremeceu ao reconhecer a voz de seu antigo vizinho e diante daqueles olhos humildes que o fitavam, apontou o rebenque para a direita. Vida!
Finda a Guerra o rabino Samuel foi convidado a testemunhar as atrocidades e participar do julgamento de vários dos carrascos nazistas que não lograram fugir ou suicidar-se.
Diante de Herr. Müller – agora prisioneiro de Guerra – o rabino voltou a cumprimenta-lo: — Guten Morgen, Her Müller – e respondendo ao juiz que lhe indagara sobre o réu, o antigo prisioneiro dos campos de extermínio reconheceu que aquele jovem à sua frente havia-o salvado.
Ao sair do tribunal – que o condenara - o ex-soldado nazista deteve-se diante do Rabino e lhe sussurrou:
— Vielen Danke, Herr Rabino (Em alemão – Muito obrigado, Sr. Rabino).
Guerras. Conforme o pesquisador Kenneth Boudling (1910-1993), em o livro Paz Estável, nos últimos 3.500 anos de registros históricos, o mundo só teve 268 sem guerras. Somente nas guerras do século XX morreram 98.000.000 de seres humanos. O pior dessa estatística é que a maioria das guerras ocorreu por motivos religiosos. Hipocritamete alegando amar a Deus mas odiando ao seu irmão.
São chegados os momentos da Transição Moral da Humanidade. Ocasião em que o joio – a erva daninha – será separado do trigo.
Para tanto, os candidatos ao “Trigo de Deus” deverão derrubar as fronteiras – não somente as fronteiras geográficas , mas principalmente aquelas que erigimos - por trás das quais nos ocultamos e que nos impedem de ver ao nosso próximo que do outro lado dessa barreira de indiferença clama por socorro, físico ou moral.
Muitos se perguntam quando dar-se-á a Transição Planetária?
Divaldo silencia por uns poucos segundos e como que olhando para cada um de nós, adverte com a severidade assertiva de quem dedicou a vida ao próximo:
— Este dia chegará, quando aprendermos a estender as mãos ao nosso próximo e sem fronteiras de nenhuma espécie chama-lo de irmão. A verdadeira fraternidade.
No exato instante em que a conferência aproximava-se do final uma falha na rede elétrica emudeceu os microfones, mas que foi incapaz de silenciar Divaldo Franco.
Em meio a um silêncio completo Divaldo ergueu sua voz poderosa e convidou-nos a todos a seguirmos os passos desses valorosos trabalhadores do bem da Fraternidade Sem Fronteiras, lembrando-nos a todos com ênfase:
— Agora é o teu momento de fazer algo pelos que choram e pedem amparo. Compaixão e não piedade!
Olhos nublados de lágrimas emolduravam a maioria das fisionomias. Nas mentes a certeza de que podemos fazer a diferença e tornar o Mundo melhor. Silenciar nossas queixas e agirmos de conformidade com a lição imorredoura de Jesus e registrado pelo evangelista Mateus no capítulo 25 do versículo 31 ao 46:
Quando o Filho do homem vier em sua glória, reunirá todas as nações diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes. E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda.
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita:
— Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram.
Então os justos lhe responderão:
— Mas Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?
O Rei responderá:
— Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram.
Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda:
— Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos. Pois eu tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e nada me deram para beber; fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas, e vocês não me vestiram; estive enfermo e preso, e vocês não me visitaram.
Eles também responderão:
— Mas Senhor, quando te vimos com fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso, e não te ajudamos?
Ele responderá:
— Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo.
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO



(Recebido em email de Jorge Moehlecke)


segunda-feira, 27 de março de 2017

Divaldo Franco - Fraternidade Sem Fronteiras 25/03/2017 Campinas, SP

TEXTO: Djair de Souza Ribeiro   FOTOS: Sandra Patrocínio
O Espaço Guanabara, na cidade de Campinas-SP, recebeu cerca de 600 participantes do 1° Encontro Fraternidade Sem Fronteiras – com o tema “Um só Povo, um só Coração” – evento organizado pela ONG Fraternidade sem Fronteiras, uma organização sem fins lucrativos, que apesar de brasileira, tem a atenção voltada para as regiões mais pobres do mundo.
Focando - desde 2009 - na implantação de Centros de Acolhimento em locais onde a fome, a miséria e o desamparo vitimam diariamente inocentes, com destaque por Moçambique, na África, onde o número de órfãos da AIDS não para de crescer, e que obrigam as crianças – na ausência dos pais - a assumirem a responsabilidade de cuidar dos irmãos mais novos, perdendo os direitos mais básicos das crianças: Educação, alimentação, as brincadeiras e os cuidados médicos.
O evento foi aberto pelas palavras de Divaldo Franco que emocionou a todos com a narrativa comovente da vida de Albert Schweitzer (1875 — 1965) teólogo, músico, filósofo e médico alemão, nascido na Alsácia, então parte do Império Alemão que abandonou a vida confortável e de muita fama que usufruía por toda a Europa por ser um dos melhores intérpretes de Bach, além de prestigioso pastor em sua Igreja e professor Universitário.
Abandonou toda essa invejável posição social e dirigiu-se para as colônias francesas na África para atender os nativos que, abandonados à própria sorte, lutavam para manter a vida. Mas para tanto, frequentou a Faculdade de Medicina, tornando-se médico exclusivamente para essa tarefa.
Com a esposa viajou para o Gabão para um local chamado Lambarèné onde cuidava de mais de 40 doentes por dia e paralelamente ao serviço médico, ensinava o Evangelho com uma linguagem apropriada, dando exemplos tirados da natureza sobre a necessidade de agirem em beneficio do próximo.
Por essa atitude altruísta Albert Schweitzer recebeu, em 1952, o Prêmio Nobel da Paz. Homenagem idêntica com a qual foi laureada Madre Teresa de Calcutá em 1979 igualmente por dedicar sua vida em auxiliar o próximo.
Posteriormente Divaldo cita a comovente história de Ananda relatada - em toda sua emoção e detalhes – no livro de Dominique Lapierre (1931), Muito Além do Amor.
Ananda, jovem hindu Pária (classe social inferior), que aos 13 anos foi expulsa de casa por manifestar a Hanseníase. Abandonada foi sequestrada violentada sexualmente e colocada em um prostibulo até o momento em que as feridas da Lepra tornaram-se evidentes resultando na sua expulsão daquele antro.
Uma vez mais abandonada e quase morta de fome foi acolhida por Madre Teresa de Calcutá que não só lhe salvou a vida física tratando-a da moléstia e alimentando-a como também, e principalmente, devolvendo-lhe a dignidade e a vontade de ser útil a seu próximo e inundada de felicidade adotou o Cristianismo passando a integrar a congregação religiosa das Missionárias da Caridade, ordem fundada por Madre Teresa.
Eclodia em todas as partes do Mundo o surto de AIDS fazendo-se acompanhar de terrível preconceito em virtude da ausência de tratamento e cura, o que relegava os aidéticos ao mais completo abandono.
Madre Teresa, fazendo-se acompanhar de outras 10 irmãs da Ordem – incluindo Ananda – que iniciaram, em Nova York, a assistência aos desvalidos, incluindo alguns prisioneiros homicidas e condenados à pena de morte
Um dos condenados afeiçoou-se por Ananda e ela esquivou-se. Um dia ele disse-lhe que era rejeitado por ser aidético. Ela lhe respondeu, tranquila, que não se tratava disso, mas porque era casada com Jesus, e afirmou:
— Perco a vida, mas não trairei Jesus.
O criminoso, tomado de um ódio covarde aplicou em Ananda , quando ela estava atendendo outro paciente, sangue retirado do próprio corpo que iria contaminá-la.
Ela sorriu para ele e afirmou sem medo, nem ódio ou raiva:
— Seja feita á vontade de Jesus - e seguiu naturalmente com as suas tarefas.
O condenado morreu poucas semanas depois. Ananda prosseguiu sua missão e nunca desenvolveu a doença.
A atmosfera emocional e espiritual do local onde se realiza a conferência atinge seu ponto culminante. Corações enternecidos pelas narrativas de exemplos vivos de que é possível – quando assim se deseja – atender ao apelo de Jesus, Mestre e Guia de todos nós: — Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros. (João 13:34).
 Divaldo dirigindo-se a todos observa que a (ONG) Fraternidade Sem Fronteiras é um braço de Jesus que busca levar o socorro e o amparo a tantos sofredores nas terras distantes de Moçambique e Madagascar por intermédio de jovens sonhadores que por através de ações direcionadas ao bem buscam transformar amargura em sorrisos, cantando o hino da Solidariedade, atendendo ao convite exarado pelo Mestre Jesus: — Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e aflitos e eu os aliviarei. (Mateus 11:28).
Com o olhar severo, mas com o coração a transbordar amor em suas palavras, Divaldo enfatiza que nessa hora tão dura para toda a Humanidade, silenciemos nossas queixas e busquemos ser Anandas ou como os integrantes da Fraternidade Sem Fronteiras e aproveitemos a oportunidade que Jesus nos oferece — Aquele que crê em mim também fará as obras que faço. (João 14:12).


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

segunda-feira, 20 de março de 2017

Registro. Divaldo Pereira Franco no Paraná XIX Conferência Estadual Espírita. Pinhais, PR

19 de março de 2017
A individualidade é o Espírito que somos, no corpo em que estamos. (Divaldo Franco)
Estando presente diversas lideranças e expositores da Doutrina Espírita do Paraná, do Movimento Espírita brasileiro, do Paraguai e dos Estados Unidos da América, a XIX Conferência Estadual Espírita foi encerrada. O Presidente da Federação Espírita do Paraná, Adriano Greca, sensibilizado, agradeceu o trabalho e o apoio dos colaboradores, em número expressivo, destacando o trabalho da equipe dos intérpretes da língua dos sinais – LIBRAS -, as caravanas que se deslocaram de vários Estados, do Paraguai e dos Estados Unidos da América para estarem presentes neste ágape espiritual que se desenrolou durante três dias em Pinhais/PR. O Saldo destes últimos três dias de intensas atividades foi altamente positivo. Foram, nas palavras de Jorge Godinho, Presidente da Federação Espírita Brasileira, momentos de interação dos dois planos da vida, foram, também, dias de aprendizado e de reflexões valorizando o maior arcabouço filosófico que a humanidade possui, O Livro dos Espíritos.
Sem descanso e sem cansaço, Divaldo Franco, orador, médium e humanista reconhecido internacionalmente, proferiu a conferência de encerramento abordando o tema Desafios Existências. Destacando a individualidade, uma das características constituintes do ser humano segundo Peter Ouspensky (1878 – 1947), o pacifista e dedicado servidor do Cristo, frisou que essa individualidade tem por meta buscar o vir a ser, isto é, traçar um perfil desejável de aprimoramento espiritual e moral. A individualidade é o Espírito que somos, no corpo em que estamos. Essa individualidade permanece, a despeito do desaparecimento da indumentária física. O SELF não se destrói, transitando de corpo em corpo até alcançar o estado numinoso, segundo Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, ou seja, o estabelecimento do Reino de Deus na intimidade do ser humano, conforme ensinava o Mestre de Nazaré.
A reencarnação tem por meta principal desenvolver o Espírito, devendo aprender a respeitar o outro, a conviver com os demais, evitando ferir por qualquer forma o próximo. Assim, o ser lúcido deverá analisar-se, examinando a sua individualidade, descobrindo as inclinações más herdadas das ações realizados no passado.
Narrando a história de Ilse, um caso registrado pelo renomado psicanalista americano Dr. James Hollis e publicado no livro Os Pantanais da Alma, Divaldo, um dos mais consagrados oradores e médium da atualidade, emocionou o numeroso público composto por cerca de doze mil pessoas, apresentando o drama dessa Polonesa, radicada nos Estados Unidos da América.  Ilse era uma jovem cristã, que no ano de 1.942, enquanto fazia compras, foi equivocadamente identificada como judia e levada como prisioneira para terrível campo de concentração na própria Polônia e depois para outros, como o Bergen-Belsen, na Alemanha. Seus protestos e apresentação de documentos comprovando não ser judia não demoveram os inflexíveis soldados das Tropas SS, que ali estavam para aprisionar todos os que fossem hebreus. Chegando ao campo de concentração, foi empurrada para a fila de triagem de onde seria enviada para a câmara de gás ou para o barracão de prisioneiros.
À sua frente estava uma mulher frágil acompanhada de duas filhas muito pequenas. Antevendo seu destino, a morte pelo gás, tentou a enfraquecida mãe, deixar com Ilse ambas as meninas para que pudessem escapar da morte terrível pela asfixia. Temendo ser envolvida naquela situação – o que fatalmente resultaria na sua morte – Ilse empurrou com força as duas meninas na direção da senhora que já se afastava em direção a execução. Um soldado nazista percebendo a tentativa da verdadeira mãe em salvar as filhas, com requintes de crueldade e impiedade, mandou as meninas para junto de sua mãe, destinando-as à morte, também.
Ilse jamais esqueceu o olhar daquela mulher fragilizada, física e emocionalmente, a lhe fitar naquele momento. Ilse jamais se esqueceria das lágrimas que vertiam daqueles olhos entristecidos, desesperados.
Lutou para não morrer, sobrevivendo a diversos campos de concentração, sempre aguardando ser selecionada para a morte. Os anos se dobraram e finalmente o campo de concentração foi liberado pelos aliados Russos. Ilse estava entre os sobreviventes. Saiu dali como uma sombra fantasmagórica. Foi para um campo de refugiados e depois transferida para a Inglaterra.
Mais tarde mudou-se para Chicago, nos Estados Unidos da América, passando a viver as facilidades do conforto americano, tornando-se bibliotecária. Certo dia, em seu ambiente de trabalho, encontrou uma coleção de jornais encadernados do ano de 1.942. Esse ano lhe era muito peculiar. Com as mãos trêmulas pegou o volume, e ao acaso, abre em uma página onde havia uma fotografia. Ilse se identificou, fora fotografada no exato momento em que empurrava as garotinhas de volta para a mãe. Jamais se perdoara. Recusava-se a casar. Não se considerava digna de ser mãe, nem mesmo se achava digna de ser amada. Não lograra obter a paz para sua consciência. Peregrinara por diversas religiões, mas em nenhuma conseguira encontrar o que tanto almejava: o perdão de sua covardia moral que resultara na morte de mãe e filhas.
Tomada de profunda angústia e tristeza, Ilse escreveu ao seu psicanalista pedindo um encontro sigiloso onde somente ela falaria por um espaço de duas horas, bem como deveria guardar segredo absoluto. Ao pedido anexou uma fotografia velha, amassada, parecendo ter sido arrancada de um jornal. Aceita as condições, o encontro foi marcado. No dia estabelecido, Ilse compareceu ao consultório, narrou todo o seu drama, informando que na crença judaica, o pecador que encontrasse três pessoas dignas para se confessar, seria perdoada. Seu psicanalista foi o primeiro.
Terminada a exposição, o psicanalista disse a ela que pegasse de volta com a secretária o valor da consulta, pois que ele não havia contribuído, como profissional, para a melhora da paciente. No livro em tela, o profissional se perguntava: teria Ilse encontrado os outros para que se sentisse perdoada?
São esses os espinhos cravados na alma dos indivíduos. Esses desafios existências são variados e intrincados. O egoísmo, os vícios físicos e morais, os maus hábitos, invariavelmente levam os indivíduos aos vales do sofrimento. As Leis Divinas ou Naturais não podem ser defraudadas, nem derrogadas, sua ação é educativa e reabilitadora. Os espinhos cravados na alma perturbam a marcha. Devem ser arrancados e suas cicatrizes curadas.
O Benfeitor Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, informa que somente se poderá considerar vitorioso depois da desencarnação, pois que a qualquer momento um deslise pode ser praticado e constatar que, caindo, perdeu as oportunidades de evolução. Assim, cada qual deverá se manter atento para não cair nas ciladas do egoísmo, do orgulho, da vaidade, da presunção, por exemplo.
Jesus há dois mil anos nos espera. Esse ser de luz chama os seus eleitos à plenitude. Ele deu ao mundo os mecanismos e conhecimentos para que todos pudessem estar com Ele, redivivo, trabalhando mergulhado em Seu amor, em verdadeiro ato de doação e entrega incondicional. Os grandes desafios são as imperfeições, a falta de fé.
Com narrativas esclarecedoras, Divaldo Franco destaca que a verdade quase sempre é preterida em favor da fantasia enganadora e bajuladora. O Espiritismo é instrumento eficaz no despertamento da consciência, onde o céu e o inferno são construções individuais e particulares. O Evangelho é Jesus de volta para enxugar as lágrimas da dor, acolhendo as súplicas dos sofredores e as lamúrias de tantos. O amor está, como sempre esteve, presente no seio da humanidade que nem sempre se mostra receptiva à esta fonte de vida.
Há que se ter coragem de amar para poder abafar a ação das imperfeições, perdoando e perdoando-se. Cada criatura humana deve se destacar no amor ao próximo, e ao passo em que vai se depurando, vai extraindo do imo da alma os espinhos da iniquidade humana. Cada um deve enfrentar as duras lutas para não se deixar envolver pelas fraquezas de caráter e que precisam ser trabalhadas.
Mensagem de Bezerra de Menezes
O Benfeitor, pela psicofonia de Divaldo Franco, deixou sua mensagem acolhedora e instrutiva e anotada segundo a minha própria percepção, dizendo que deveríamos nos alegrar esperando que nossos nomes estejam escritos no livro do Reino dos Céus, atendendo ao doce e suave chamado de Jesus. Não tergiversar, não se enganar ou enganar a ninguém. O sentido da vida é amar, tendo Jesus presença assegurada em nossos corações. Tanto sofrimento, tanta tecnologia de ponta e tanta carência moral, dominados pelas paixões enganadoras. Que o nosso esforço seja coroado de luz. Ouvistes as orientações dos expositores amorosos e deles recebestes as instruções de bem-viver. Em qualquer circunstância sejas aquele que ama, que agradece todos os cometimentos da vida. As dores do mundo quando bem suportadas transformam-se em estrelas de bênçãos.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
(Informações recebidas em email de Jorge Moehlecke)

Registro. Divaldo Pereira Franco no Paraná XIX Conferência Estadual Espírita. Pinhais, PR

18 de março de 2017
O amor, quanto mais se divide, mais se multiplica. (Divaldo Franco)
Divaldo Franco, voltando a se expressar na XIX Conferência Estadual Espírita, promovida pela Federação Espírita do Paraná, abordou o tema O Ser Humano Integral.
Em 1917, em plena Revolução Russa se destacou George Ivanovich Gurdjieff (1866 – 1949), um estudioso do comportamento humano, notadamente da consciência. Para tal reuniu em torno de si alunos interessados nessa Escola de Consciência. Obtendo um salvo-conduto, viajou ao redor do mundo para encontrar homens notáveis. Após, em menos de um ano, fixou-se em Paris/França. Seu discípulo, Peter Ouspensky (1878 – 1947), era aplicado. Segundo Ouspensky, a criatura para ser humana deve se constituir de quatro características.
1ª – a personalidade;
2ª – o conhecimento;
3ª – a consciência, subdividida em níveis, a seguir expostos; e
4ª – a consciência cósmica.
Os níveis de consciência, de acordo com Peter Ouspensky são sete principais, a saber:
A intelectiva; a emocional; a instintiva; a motora; a sexual; a emocional superior (moral); e a intelectiva superior ou coletiva.
O verdadeiro espírita deve ser o modelo de homem integral, consciente de que pode colaborar para a transformação do planeta, tornando-se melhor do que foi ontem. O cidadão deve se melhorar para que o mundo seja melhor. As conquistas, as mudanças, se operam no campo interno das individualidades.
É necessário que a Doutrina Espírita saia dos livros e passe a ser praticada, dando um sentido ético de bem-viver, com a consciência própria e com o próximo. Quando o cristão se encontrar em dúvida, deve se questionar: Se fosse Jesus em meu lugar, o que Ele faria? É dever de todo espírita saber que o perdão é o filho dileto do amor.
Os ensinamentos de Jesus devem ser aplicados nas ações desenvolvidas pelos indivíduos como fundamento essencial, imaginando estar com Ele a percorrer as terras da Palestina do passado, embriagando-se no amor.
Esses dias que a humanidade vive, enaltecem o trabalho esclarecedor de Haroldo Dutra Dias pela sua tradução do Novo Testamento. O homem e a mulher integral são construtores corajosos do novo mundo que será melhor do que o de ontem. Aceitar o convite de Jesus para construir um mundo onde o amor seja o sentimento que une todos os indivíduos sob o manto de o Evangelho do Cristo é inadiável. Com o Poema Meu Deus e Meus Senhor, Divaldo concluiu se profícuo trabalho de despertar as consciências, muitas ainda adormecidas. Os aplausos atestaram o carinho e o amor que todos dedicam ao Semeador de Estrelas, confirmando que suas judiciosas palavras produziram algum resultado.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke                                                                                   


(Informações recebidas em email de Jorge Moehlecke)

domingo, 19 de março de 2017

Registro. Divaldo Pereira Franco no Paraná XIX Conferência Estadual Espírita. Pinhais, PR

17 de março de 2017
A Conferência Estadual Espírita, nos moldes atuais, teve início em 1994. Atualmente é um dos maiores eventos espíritas do mundo, reunindo cerca de 30 mil pessoas em 3 dias de evento, no Expotrade Convention Center, Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel, 10454 - Pinhais/PR, região Metropolitana de Curitiba. O tema central é: 160 anos de Espiritismo na Terra. Diversos palestrantes, desde o dia 13 de março, realizaram em treze localidades do interior, litoral e região metropolitana, diversas atividades, dando à Conferência Estadual Espírita essa dimensão estadual e decentralizada. A culminância do evento ocorre de 17 a 19 de março de 2017, em Pinhais.
A abertura, com a participação de notáveis líderes espíritas, conferencista e autoridades, teve a participação especial de José Raul Teixeira. Presentes, também, as diretorias da Federação Espírita do Rio Grande do Sul e da Federação Espírita Catarinense e outras lideranças do Movimento Espírita brasileiro e paraguaio.
O Presidente da Federação Espírita do Paraná, Adriano Lino Greca, abrindo a Conferência, destacou o lançamento de O Livro dos Espíritos, apresentando à humanidade, por Allan Kardec, em 18 de abril de 1857, a Doutrina Espírita, esclarecedora e consoladora, constituindo-se em a Terceira Revelação Divina.
Pelo sucesso alcançado, este ano foi lançado, na abertura da XIX CEE, o segundo volume da obra Vida e Valores, da Editora FEP.
Homenageando e agradecendo a trajetória de luz de Divaldo Pereira Franco que vem esparzindo bênçãos ao longo de setenta anos de trabalho em prol do esclarecimento, da divulgação e do acolhimento, foi divulgado um vídeo destacando seus feitos na tarefa de acolher necessitados e de esclarecer aos sedentos de saber e consolação. Divaldo Franco, orador, médium e educador, foi parabenizado pelas sete décadas de oratória constante, sendo aplaudido calorosamente de pé. Materializando essa homenagem, foi-lhe entregue uma placa em gratidão e homenagem pelo brilhante trabalho de iluminar as consciências ao longo de sua história.
Emocionado, Divaldo Franco agradeceu a homenagem com que foi destacado, transferindo-a à Allan Kardec, o egrégio codificador. Para si recebia o carinho e a ternura com que vem sendo destacado pelos paranaenses há sessenta e três anos, ininterruptamente.
Em magistral conferência, com o tema Imortalidade e Vida, Divaldo Franco, solícito e participativo, discorreu sobre o inevitável encontro com a morte do corpo físico, pois que dela não há quem possa se evadir. Falando sobre a imortalidade da vida, o orador e médium que fez de sua vida um hino de louvor ao Cristo, amando o próximo, citou o pensamento dos antigos filósofos que enalteciam e ensinavam sobre a imortalidade da vida e a sobrevivência do Espírito.
Jesus apresentou a mensagem do amor, da imortalidade, evidenciando através de Seu exemplo e de Seus ensinamentos a respeito da imortalidade que Ele tão bem destacou ao apresentar-se inúmeras vezes para um sem número de pessoas após a crucificação no Calvário, falando de um mundo inolvidável. A mensagem é de vida e de vida eterna.
Passando por Francisco de Assis e outros, o conferencista de Feira de Santana salientou os feitos de notáveis pensadores e cientistas, de varias escolas, descortinando uma realidade antes negada. O Espiritismo marcha ao lado da ciência, e vai adiante expondo o mundo dos invisíveis, ou o dos sem corpos físicos. Filósofos e pensadores de diversas correntes têm se aplicado, desde há muito, desenvolvendo conceitos sobre a vida, a imortalidade e o ser espiritual.
O desenvolvimento de escolas psicológicas resultou na criação da parapsicologia, da psicobiofísica, da psicotrônica e a psicologia transpessoal, cujas bases são semelhantes à Doutrina Espírita. A imortalidade, que dá sentido à vida, alicerça-se na comunicabilidade das almas, alçando o homem à vida espiritual. A imortalidade é o poema glorioso da vida porque dá vida a vida.
Sentir-se livre, imortal, dá ao homem a condição de ser servidor, dando-se ao outro. A mudança interior, através da vivência do amor, propicia aos indivíduos a plenitude, não permitindo que o mal dos maus lhe faça o mal. Jesus aguarda que cada um aceite o Seu convite de ir até Ele. Bendigamos a vida. A dor é o poema que Deus reserva aos eleitos, assim se expressou o Embaixador da Paz e da Bondade no Mundo. Em momentos de crise moral, existencial, é necessário viver conforme os ensinamentos crísticos. Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou a sua conferência sob intensos aplausos da multidão que o assistia.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

Registro. Divaldo Pereira Franco no Paraná Ponta Grossa

16 de março de 2017
Em noite agradável, Divaldo Franco se apresentou em Ponta Grossa para mais uma brilhante conferência, como vem fazendo ininterruptamente desde o ano de 1954 quando esteve pela primeira vez nos campos gerais. O Salão Social Arthur João de Maria Ribeiro, do Clube Princesa dos Campos – Clube Verde -, foi palco para mais uma grande confraternização dos espíritas paranaenses. Antes do evento o Sistema Brasileiro de Televisão – SBT- Ponta Grossa – realizou entrevistas com a escritora Suely Caldas Schubert, de Minas Gerais; Lúcia Moehlecke Flores, da Equipe do Livro Divaldo Franco, do Rio Grande do Sul; Demétrio Ataíde Lisboa, Presidente do Centro Espírita Caminho da Redenção/Mansão do Caminho; Jorge Godinho Barreto Nery, Presidente da Federação Espírita Brasileira, entre outras personagens; e Divaldo Pereira Franco que falou sobre o começo de sua mediunidade, o seu desejo de continuar na obra do bem, a transição planetária e o intercâmbio entre os mundos habitados, e a felicidade – a paz na intimidade do indivíduo.
Após bela interpretação musical ao som do clarinete, compuseram a mesa diretiva Luís Maurício Resende, Conselheiro da Federação Espírita do Paraná – FEP; Adriano Lino Greca, Presidente da FEP; Jorge Godinho Barreto Nery, Presidente da FEB; Edson Luiz Wacholz, Presidente da União Regional Espírita – 2ª Região; e Divaldo Pereira Franco. Presentes, também, outras autoridades do Movimento Espírita do Paraná e do Brasil. Comemorando antecipadamente os setenta anos de oratória – 27 de março de 1947 -, e nonagésimo aniversário de Divaldo Franco foi-lhe ofertada uma placa de agradecimento em nome da URE-2ª Região.
Iniciando a conferência para mais de dois mil presentes, em dois ambientes, Divaldo Franco discorreu sobre o conhecimento humano, desde a micropartícula ao macrocosmo, uma conquista notável, bem como a realização do pensamento humano. Estas conquistas, aliando a tecnologia e a ciência, prolongam a vida do homem sobre a Terra. As comunicações, pessoais e institucionais, se constituem em um avanço notável. Por outro lado, a humanidade experimenta, ainda, os flagelos das guerras, da violência de toda ordem, a miséria material e moral. A paz ainda se encontra distante dos corações e das mentes do homem moderno, carente de transformação moral, apesar de todos os avanços modernos.
Esquecendo-se de si para viver o mundo exterior, o homem deixou de viajar para dentro de si mesmo, descobrindo-se como um ser capaz de amar, possuidor de um sentido moral e psicológico para a vida, dando um significado ético, autoconhecendo-se e identificando a sua condição de ser psicológico.
Em faltando um significado para a vida, o homem está enveredando pelo caminho da depressão. Estima-se que haja 360 milhões de depressivos crônicos, e que em 2025 a depressão será a primeira causa de mortes através do suicídio, por absoluta falta de um sentido psicológico para a vida.
Rollo May, (1909 —1994) afirmava que a sociedade humana havia elegido como parâmetros para a felicidade o individualismo, o sexismo e o consumismo. Todos são caminhos de fuga para a realidade existencial. O homem moderno, cibernético está coisificando-se. Já não conversa mais, não dialoga, somente discute. Isolou-se, e a solidão instalada o consome.
O que fazer? Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, escreveu em três dias e noites, freneticamente, o livro Resposta à Job, personagem mitológica da Bíblia, onde apresenta uma definição a respeito da consciência, destacando que o verdadeiro momento de consciência é quando o Ego toma conhecimento do SELF, do EU profundo. A busca pelo autoconhecimento levará o homem a construir-se mais equilibrado, responsável, amoroso. A família é o laboratório ideal. Voltar à família, construindo o genuíno lar é tarefa que todos devem realizar.
Emilio Mira y Lopez, (1896-1964), sociólogo, médico psiquiatra, psicólogo e professor, estabeleceu os gigantes devoradores da vida humana: rotina, ansiedade, medo e amor. São elementos presentes na vida de grande parte da humanidade, e que comprometem o equilíbrio integral - físico, psicológico e espiritual -, impedindo os indivíduos de alcançarem o estado de paz e felicidade. A falta de metas psicológicas profundas, de motivação, vivendo-se para o atendimento aos instintos básicos - comer, repousar e procriar -, em permanente estado de ansiedade, sem confiança em si mesmo e na providência divina, sem controle dos medos e de da libido, compõem o quadro ideal para as perturbações íntimas.
Joanna de Ângelis, Mentora Espiritual, estimula os indivíduos a realização de esforços para transformar esses gigantes perniciosos da alma. Em vez da rotina, ter uma vida dinâmica, variando as atividades, experimentando novas oportunidades; em vez de sucumbir aos medos, enfrentá-los, com o uso da audácia, da coragem; a ansiedade deve ser substituída pela confiança em si mesmo, na perfeita justiça e misericórdia divinas, que tudo provê, vivendo cada momento tendo a consciência do que está fazendo ou vivendo; a solidão deve ser substituída pela solidariedade – o solidário não é solitário -; e, por fim, educar a libido, para poder viver o amor mais puro, livre de conflitos e desequilíbrios perturbadores. É o amor vivido e exemplificado por Jesus de volta aos corações humanos, a Sua proposta é psicoterapêutica.
O amor é seiva de vida para se alcançar a felicidade. Deve-se compreender que a vida de cada um depende de outrem, constituindo a grande família universal. Não se resignar com o mal que grassa no seio da humanidade. É necessário quebrar essa rotina. A Mentora Joanna de Ângelis orienta para que os homens possam descobrir os invisíveis da sociedade humana, isto é, os desafortunados, os miseráveis, tanto material quanto moralmente. O amor deve ser dirigido, ofertado indistintamente, tanto para os amigos, como para os inimigos.
As condecorações dos cristãos verdadeiros são as cicatrizes do sofrimento, oriundas do burilamento a si mesmo, aparando as arestas agressivas. É necessário ser feliz, mesmo carregando as dificuldades, servindo sempre, principalmente aos familiares. O Espiritismo é o novo sermão do monte, construindo uma sociedade digna. É a doutrina que leva o homem a crer racionalmente. É a ciência e a religião unidas em prol da humanidade.
Quando o indivíduo perdoa, desalgema-se e trabalha em favor da humanidade, agasalhando pensamentos voltados para as virtudes, afastando-se dos pensamentos pessimistas e fomentadores do mal. Amar é tornar-se feliz. Assim foi encerrada a magnífica conferência em Ponta Grossa sob fortíssimos aplausos após a apresentação do poema Meu Deus e Meu Senhor.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
 

terça-feira, 7 de março de 2017

Registro. Conferência por Divaldo Franco Rio Verde, GO

28-02-2017

A aprazível e pujante cidade de Rio Verde – distante 280 km de Goiânia, capital do estado de Goiás - optou pelas amplas instalações  do Clube Dona Gersina, para receber cerca de 2.600 pessoas  que confortavelmente ali se reuniram para ouvir Divaldo Franco.
Após assumir a tribuna, Divaldo inicia sua conferência relatando a situação sócio, econômica e política vigente em Israel  na época do nascimento de Jesus.
Em seguida Divaldo nos leva – pela força poderosa de seu verbo – a uma viagem que tem início na promessa do Mestre do envio do Consolador, pxssando pela crucificação da Luz do Mundo que precedeu as perseguições de todos aqueles que – despertos pelos seus exemplos – passaram a seguir os passos de Jesus.
Divaldo, numa anamnese histórica, salta das perseguições pecos romanos aos cristãos para a adoção do Cristianismo como religião de Roma.
Os cristãos – antes perseguidos – passam a perseguir e matar todos quanto não aceitem suas convicções.
Mas Jesus – incondicional em seu amor - envia regularmente emissários para restabelecer seus ensinamentos de amor, harmonia e paz. Santo Agostinho, o bispo de Hipona e a luz inigualável de Francisco de Assis.
É a noite medieval logo sucedida pelas perseguições e crimes do Santo Ofício a temida – Santa Inquisição infelicitando e matando em nome do Cristo.
Insurge-se Lutero contra os descalabros papais e tem início a Reforma – protestantismo.
Mentes brilhantes cansadas da ditadura religiosa que a todos submetia impedindo a evolução do pensamento científico rebelam-se e pelo Iluminismo iniciam o divórcio da Igreja.
Pela metade do século XIX vem à luz da humanidade o Consolador prometido por Jesus em Seus dias na Galiléia.
Um novo período alvorece iluminando os corações e as mentes sombreadas pelas nuvens pesadas do obscurantismo religioso e do cinismo materialista do ateísmo.
O Espiritismo – organizado por Allan Kardec, o Bom Senso encarnado – vem resgatar, com sua  estrutura  sólida, a pulcritude dos postulados cristãos, por intermédio de suas bases:
1. Existência de Deus
2. Pluralidade dos Mundos habitados
3. Imortalidade e Evolução Progressiva da alma.
4. Reencarnação
5. Comunicabilidade dos Espíritos.
São as colunas de uma Doutrina que responde a questões antigas que acompanham a humanidade por milênios: Quem somos? De onde viemos? Qual o propósito da vida? Qual a origem e a razão do sofrimento? E que logrou matar a morte revelando um Mundo Espiritual pujante e dinâmico em substituição ao silêncio dos túmulos e às beatitudes imobilizantes de um Paraíso destinado aos Eleitos de um Deus personalista e vingativo.
Uma Doutrina que traz Jesus de volta por estar desataviada de mitos incompreensíveis por incompatíveis com a bondade absoluta de Deus – Nosso PAI.
Uma Doutrina que vem esclarecer e dar conteúdo moral à faculdade da Mediunidade, e a coragem de informar: “Todo aquele que de forma consciente ou não, sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é médium. Essa faculdade é própria ao homem não sendo, ASSIM, um privilégio exclusivo de uns poucos”. Livro dos Médiuns, Cap. XIV, item 159.
Relatando suas experiências pessoais no desabrochar de sua Mediunidade, Divaldo encerra a conferência enfatizando as recomendações da Espiritualidade Superior para que – à semelhança de Francisco de Assis – nos dedicássemos ao amor e a caridade.
   Fotos: Sandra Patrocinio
   Texto: Djair de Souza Ribeiro

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)


ESPANHOL

DIVALDO FRANCO - RIO VERDE, GOIÁS - 28/02/2017.

    La apacible y pujante ciudad de Rio Verde –a 280 km de Goiânia, capital del Estado de Goiás- optó por las amplias instalaciones del Clube Dona Gersina, para recibir a cerca de 2.600 personas que, confortablemente, se reunieron allí a fin de escuchar a Divaldo Franco.
    Después de instalarse en la tribuna, Divaldo da comienzo a su conferencia describiendo la situación sócio-económica y política vigente en Israel, en la época del nacimiento de Jesús.
Seguidamente, Divaldo nos conduce –mediante la poderosa fuerza de su palabra– a un viaje, que tiene comienzo en la promesa del Maestro del envío del Consolador, pasando por la crucificación de la Luz del Mundo, que precedió a las persecuciones de todos aquellos que – despiertos mediante Sus ejemplos– comenzaron a seguir los pasos de Jesús.
Divaldo, en una reminiscencia histórica, salta de las persecuciones de los romanos a los cristianos, para la adopción del Cristianismo como religión de Roma.
Los cristianos –antes perseguidos– pasan a perseguir y matar a todos los que no acepten sus convicciones.
No obstante, Jesús –incondicional en su amor- envía regularmente emisarios para restablecer sus enseñanzas de amor, armonía y paz: San Agustín, el obispo de Hipona, y la luz inigualable de Francisco de Asís.
Es la noche medieval, a la que suceden las persecuciones y crímenes del Santo Oficio, la temida Santa Inquisición, que siembra la desdicha y la muerte en nombre del Cristo.
Se rebela Lutero contra los descalabros papales, y comienza la Reforma – el protestantismo.
Mentes brillantes, cansadas de la dictadura religiosa que a todos sometía, impidiendo la evolución del pensamiento científico, se rebelan, y mediante el Iluminismo dan comienzo al divorcio de la Iglesia.
A mediados del siglo XIX llega a la luz de la humanidad, el Consolador prometido por Jesús en sus días en la Galilea.
Un nuevo período amanece, iluminando los corazones y las mentes, ensombrecidas por las nubes densas del oscurantismo religioso y del cinismo materialista del ateísmo.
El Espiritismo –organizado por Allan Kardec, el Buen Sentido encarnado– vino a rescatar, con su estructura sólida, la pulcritud de los postulados cristianos, a través de sus bases:
1. Existencia de Dios
2. Pluralidad de los Mundos habitados
3. Inmortalidad y Evolución Progresiva del alma.
4. Reencarnación
5. Comunicabilidad de los Espíritus.

Son las columnas de una Doctrina que responde a cuestiones antiguas, que han acompañado a la humanidad durante milenios: ¿Quienes somos? ¿De dónde venimos? ¿Cuál es el propósito de la vida? ¿Cuál es el origen y la razón del sufrimiento? Y que logró matar a la muerte, al revelar la existencia de un Mundo Espiritual pujante y dinámico, en sustitución al silencio de las tumbas y a las beatitudes paralizantes, de un Paraíso destinado a los Elegidos de un Dios personalista y vengativo.
Una Doctrina que trae a Jesús de retorno, porque está despojada de mitos incomprensibles, incompatibles con la bondad absoluta de Dios: Nuestro PADRE.
Una Doctrina que vino a esclarecer y dar contenido moral a la facultad de la Mediumnidad, y el coraje de informar: Toda persona que siente, en forma consciente o no, en un grado cualquiera, la influencia de los Espíritus es médium. Esa facultad es inherente al hombre, de modo que no constituye un privilegio exclusivo, de uns pocos. El Libro de los Médiums, cap. XIV, ítem 159.
Con el relato de sus experiencias personales, vinculadas al desabrochar de su Mediumnidad, Divaldo concluye la conferencia enfatizando las recomendaciones de la Espiritualidad Superior, para que –a semejanza de Francisco de Asís– nos dedicásemos al amor y la caridad.
   Fotos: Sandra Patrocinio
   Texto: Djair de Souza Ribeiro

(Texto em espanhol recebido em email da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)

segunda-feira, 6 de março de 2017

Registro. Divaldo Franco- Encerramento do Congresso Espírita de Goiânia, GO

28/02/2017
Após 4 (quatro) dias de muita informação proporcionada pelas séries de palestras esclarecedoras e evangelizadoras, além da fraternidade e alegrias intraduzíveis o 33º Congresso Espírita do Estado de Goiás chega ao seu fim.
Para fechá-lo Divaldo Franco realiza a derradeira palestra do evento. O tema a ser desenvolvido é o mesmo daquele adotado como temática central do Congresso que estava encerrando:  Vida: Desafios e Soluções.
As emoções se entrechocam: A alegria pelos momentos inesquecíveis é tocada pelo clima de saudades da  convivência em uma ambiente onde a atmosfera espiritual a todos nos repletou.
As conversas animadas dos participantes já possuíam algo de nostálgico. As bênçãos da Espiritualidade a todos sensibilizavam, preparando-nos para as emoções derradeiras daquele banquete de luz.
Foi, neste clima emocional e entre palmas a refletirem os mais nobres sentimentos do enorme público que lotava o teatro,  que Divaldo Franco dirigiu-se à tribuna.
No meio do enorme silêncio expectante Divaldo falou:
O célebre caçador de nazistas - 4 (quatro) vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz - Simon Wiesenthal  narra em o livro O Girassol (1970) que em 1944 era um jovem polonês e judeu encarcerado  no campo de concentração de Mauthausen-Gusen, localizado próximo da cidade de Linz na Áustria . Amargurado, sem esperança e indefeso, testemunhou o assassinato da  sua avó e o embarque de sua mãe em um vagão de carga contendo mulheres judias idosas.
Na condição de mão de obra escrava, Simon foi destacado para remover o lixo em um hospital para soldados alemães feridos na ofensiva dos aliados e enquanto trabalhava acercou-se dele uma enfermeira e certificando-se de que Simon era   judeu lhe fez sinal para que a acompanhasse. Receoso, Simon a seguiu até um quarto onde um soldado nazista jazia imóvel envolvido em ataduras.
O soldado,  gravemente ferido, era um oficial da SS, e ele mandara chamar Simon lhe fazer  para uma confissão no leito de morte.
- Meu nome é Karl - disse uma voz entrecortada e distorcida pelas ataduras que lhe cobriam grande parte do rosto - Preciso lhe contar algo que me devasta a alma.
De formação religiosa Católica alistou-se nas tropas SS havendo retornado recentemente, muito ferido, do front russo.
Durante um cerco às tropas russas que fugiam da “máquina nazista” a unidade de Karl fora atraída a um campo minado que resultou na morte de mais de 30 dos seus soldados. Como vingança, os SS reuniram 300 (trezentos) judeus, prendendo-os em sobrado de 3 (três) andares, espalharam combustível e a incendiaram. Karl ordenara aos seus homens que atirassem contra qualquer um que tentasse escapar.
Karl fez um breve silêncio e seguiu a narrativa macabra, que Simon acompanhava tomado de ódio que o silenciava.
- Os gritos das vítimas na casa eram horríveis.
- Divisei um homem com uma criancinha nos braços. Suas roupas estavam em chamas. Ao lado havia uma mulher, sem dúvida a mãe da criança. Com a mão livre, o homem cobria os olhos da criança, depois ele pulou para a rua. Segundos depois a mãe jogou-se também. Nós atiramos matando todos aqueles que tentavam fugir!
Dominado pelas emoções dessa insanidade Karl continuou após algum tempo de silêncio:
- Nunca mais pude esquecer o olhar de incredulidade daquele menino cujos olhos lhe pareciam perguntar: Por que?
- Sei que em poucas horas morrerei, e por essa razão solicitei a presença de um judeu. Mas antes queria pedir a um judeu que me perdoasse pelas atrocidades.
Simon Wiesenthal, olhou para o corpo do homem moribundo abriu a porta e deixou o local em silêncio sem conceder o perdão solicitado.
Através dos anos, Wiesenthal perguntou a muitos rabinos e sacerdotes o que deveria ter feito. Finalmente, mais de vinte anos depois da guerra, ele escreveu essa história e submete o leitor a uma questão:
- O que você teria feito em meu lugar?
Após breve silêncio Divaldo segue no desenvolvimento do tema.
Desde o instante do nascimento quando nos esgueiramos pelo canal vaginal a vida se nos opõe dificuldades. Algumas naturais, próprias da vida física, outras que nos chegam por imposição de equívocos gerados pelas nossas imprudências, incompetência ou imprevidência.
Outras ainda nos colhem como necessidade de desenvolver predicados que carecemos para a nossa evolução moral, espiritual e intelectual. Como praticar a qualidade do perdão se ninguém nos magoar ou ferir – moral ou fisicamente?
Há, ainda, as dores acerbas e quase intermináveis que parecem nos consumir nas labaredas das dores morais e físicas. São as expiações que nos fazem experimentar – hoje – as dores com as quais submetemos nosso semelhante em atos pretéritos.
Não são castigos ou condenações. São desafios que nos convidam a desenvolver humildade, pureza de coração, paciência, tolerância, perdão e resignação. Qualidades preconizadas em o Sermão das Bens Aventuranças e que nos ensinarão a sermos Benevolentes com todos. Indulgentes com as falhas alheias. Perdão para com as faltas que contra nós praticam nossos irmãos. TODASelas qualidades que representam o verdadeiro significado da palavra CARIDADE, conforme o entendimento do Mestre Jesus – Modelo e Guia de toda a Humanidade.
A solução é então apresentada pelo Semeador de Estrelas:
Viver – na prática – os ensinamentos do Mestre Jesus. Aplicando a Caridade em todas as oportunidades e locais - no lar, no ambiente de trabalho, no lazer – entendendo que a vida tem um propósito superior: Desenvolver padrões de pensamento e ação que transforme a nossa Natureza Animal (instintos e sensações) em Natureza Espiritual a nos permitir experimentar a paz e a felicidade em sua plenitude.
Diante de tão belos e cristalinos conceitos o silêncio se fez natural e prosseguiu por um longo hiato até que uma onda de paz e forte emotividade perpassou todas as almas, iluminando os corações encharcados de bênçãos.
A voz sublime do espírito Dr. Bezerra de Menezes se fez ouvir - pela mediunidade psicofônica de Divaldo Franco -  nos convidando a seguir as Pegadas do Nazareno.
Chegava ao fim o 33º Congresso Espírita do Estado de Goiás.
    Fotos: Sandra Patrocínio
    Texto: Djair de Souza Ribeiro

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)


ESPANHOL

DIVALDO FRANCO - CLAUSURA DEL CONGRESO ESPÍRITA DE GOIÀNIA - 28/02/2017


    Al cabo de 4 (cuatro) días de abundante información, proporcionada por las sucesivas conferencias, esclarecedoras y evangelizadoras, además de la fraternidad y la alegría, indescriptibles, el 33º Congreso Espírita del Estado de Goiás llega a su fin.
    A tal efecto, Divaldo Franco realiza la última conferencia del programa. El tema que desarrollará es el mismo que ha sido adoptado como tema central del Congreso que estaba clausurando: Vida: Desafíos y Soluciones.
    Las emociones se entrechocan: La alegría por los momentos inolvidables se contrapone a la nostalgia por la convivencia, en un ambiente donde la atmósfera espiritual a todos nos colmó.
    Las conversaciones animadas de los participantes ya tenían una cierta nostalgia. Las bendiciones de la Espiritualidad a todos emocionaron, predisponiéndonos para las emociones de las despedidas, de aquel banquete de luz.
    Fue en este clima emocional y, entre las palmas que reflejaban los más nobles sentimientos del numeroso público que colmaba el teatro, que Divaldo Franco se dirigió a la tribuna.
    En medio del absoluto silencio, expectante, Divaldo comenzó su disertación:
    El célebre cazador de nazis -4 (cuatro) veces propuesto al Premio Nobel de la Paz- Simon Wiesenthal, narra en el libro El Girasol (1970), que en 1944 era un joven polaco y judío, encarcelado en el campo de concentración de Mauthausen-Gusen, ubicado cerca de la ciudad de Linz, en Austria. Amargado, sin esperanza e indefenso, fue testigo del asesinato de su abuela y del embarque de su madre en un vagón de carga, que contenía mujeres judías de edad avanzada.
    En la condición de mano de obra esclava, Simón fue designado para eliminar la basura en un hospital para soldados alemanes, heridos durante la ofensiva de los aliados, y mientras trabajaba se le acercó una enfermera, quien al constatar que Simón era judío le hizo una seña para que la acompañase. Temeroso, Simón la siguió hasta un cuarto, donde un soldado nazi yacía inmóvil, envuelto con vendas.
    El soldado, gravemente herido, era un oficial de la SS, y él había mandado a llamar a Simón, para hacerle una confesión en el lecho de muerte.
    -Mi nombre es Karl -dijo con voz entrecortada y distorsionada por las vendas que le cubrían gran parte del rostro. -Necesito contarle algo que me destroza el alma.
    De formación religiosa católica, se alistó en las tropas SS, y había retornado recientemente, muy herido, del frente ruso.
    Durante un cerco a las tropas rusas, que huían de la máquina nazi, la unidad de Karl había sido atraída hacia un campo minado, lo que dio por resultado la muerte de más de 30 de sus soldados. A modo de venganza, los SS reunieron a 300 (trecientos) judíos, los colgaron a lo largo de 3 (tres) niveles o pisos de una casa, derramaron combustible y los prendieron fuego. Karl había ordenado a sus hombres que dispararan contra cualquiera que tratase de escapar.
    Karl hizo un breve silencio y continuó con la macabra narración, a la que Simón acompañaba dominado por el odio, que lo obligaba a guardar silencio.
    -Los gritos de las víctimas en la casa eran horrorosos.
    -Divisé a un hombre con una criatura en los brazos. Sus ropas estaban en llamas. Al lado había una mujer, sin duda la madre de la criatura. Con la mano libre, el hombre cubría los ojos de la criatura, después él saltó hacia la calle. Algunos segundos después la madre se arrojó também. ¡Nos lanzamos para matar a todos los que intentaban huir!
    Dominado por las emociones de esa locura, Karl continuó después de algunos instantes de silencio:
    -Nunca más pude olvidar la mirada de incredulidad de aquel pequeño, cuyos ojos parecían preguntar: ¿Por qué?
    -Sé que en pocas horas voy a morir, y por ese notivo solicité que trajeram a mi presencia un judío. Porque antes quería pedirle que me perdonase las atrocidades.
    Simon Wiesenthal dirigió una mirada al cuerpo del hombre moribundo, abrió la puerta y se retiró del lugar en silencio, sin conceder el perdón que se le había solicitado.
    A través de los años, Wiesenthal preguntó a muchos rabinos y sacerdotes acerca de qué debería haber hecho. Finalmente, más de veinte años después de la guerra, él redactó esa historia y planteó al lector una pregunta:
    -¿Usted qué habría hecho en mi lugar?
    Luego de un breve silencio, Divaldo continúa con el desarrollo del tema.
    A partir del instante del nacimiento, cuando nos deslizamos por el canal vaginal, la vida nos presenta dificultades. Algunas de ellas lógicas, inherentes a la vida física, otras nos llegan por imposición de equivocaciones generadas por nuestra imprudencia, incompetencia o imprevisión.
    Otras, además, nos sorprenden como una necesidad de desarrollar atributos para nuestra evolución moral, espiritual e intelectual. ¿Cómo ejercitar la cualidad del perdón, si nadie nos ofende o hiere– moral o físicamente?
    Hay, además, dolores crueles y casi interminables, que parecieran consumirnos en las llamas de los dolores morales y físicos. Son las expiaciones, que nos hacen experimentar –hoy– los dolores con los cuales hemos sometido a nuestro semejante, en acciones del pasado.
    No son castigos ni condenas. Son desafíos que nos invitan a desarrollar la humildad, la pureza de corazón, la paciencia, la tolerancia, el perdón y la resignación. Cualidades preconizadas en el Sermón de las Bienaventuranzas, que nos enseñarán a que seamos Benevolentes con todos. Indulgentes con las faltas ajenas. Que perdonemos las faltas que contra nosotros practican nuestros hermanos. TODAS esas cualidades, representan el verdadero significado de la palabra CARIDAD, según lo entendía el Maestro Jesús –Modelo y Guía de toda la humanidad.
    La solución es, pues, presentada por el Sembrador de Estrellas:
    Vivir en la práctica las enseñanzas del Maestro Jesús. Aplicando la Caridad en todas las oportunidades y lugares -en el hogar, en el ámbito de trabajo, en el ocio –entendendiendo que la vida tiene un propósito superior: desarrollar modelos de pensamiento y de acción que transformen nuestra Naturaleza Animal (instintos y sensaciones) en Naturaleza Espiritual, lo que nos permita experimentar la paz y la felicidad en su plenitud.
    Ante tan hermosos y transparentes conceptos, el silencio se instaló espontáneamente y se extendió por un largo espacio de tiempo, hasta que una onda de paz e intensa emotividad impregnó a  todas las almas, iluminando los corazones, desbordantes de bendiciones.
    La voz sublime del Espíritu Dr. Bezerra de Menezes, se hizo oír a través de la mediumnidad psicofónica de Divaldo Franco- y nos invitó a que siguiéramos las huellas del Nazareno.
    LLegaba a su fin el 33er. Congreso Espírita del Estado de Goiás.

    Fotos: Sandra Patrocínio
    Texto: Djair de Souza Ribeiro



(Texto em espanhol recebido em email da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)