terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Registro. Divaldo Pereira Franco em Barcelona, Espanha

03 de dezembro de 2014
Em 3 de dezembro, na Tunísia, antes do amanhecer, muito cedo, o grupo se preparava para continuar seu caminho, deixando esta terra, para alcançar o outro lado do Mar Mediterrâneo.
Eram cerca das 10 horas da manhã quando o avião pousou no aeroporto de Barcelona, na Espanha, em um dia muito frio, principalmente porque havíamos nos acostumado com a temperatura amena no país vizinho. Divaldo P. Franco, o discípulo incansável do Mestre Jesus, foi recebido por seus amigos do Centro Barcelonês de Cultura Espírita. Na mesma tarde proferiu a conferência "Os quatro gigantes da alma" no salão Liceo do Hotel Silken Ramblas, da capital catalã.
O evento começou com pontualidade britânica, logo após a conclusão dos cumprimentos e a concessão de autógrafos nos livros adquiridos por parte de duzentos participantes
Dentro das apresentações apropriadas sobre a figura de Divaldo e da instituição filantrópica Mansão do Caminho, houve uma menção especial para informar que em 06 de novembro último foi realizada, na Câmara dos Deputados em Brasília/Brasil, uma solenidade especial em homenagem ao médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco, e que no Salão de Entrada da Câmara Federal foi aberta a exposição "150 anos da presença espírita no Parlamento Brasileiro - 1864-2014". Esta foi a primeira vez que a Câmara dos Deputados homenageou uma pessoa reencarnada.
Em seguida o professor Divaldo P. Franco ofereceu uma exposição brilhante e comovente, iniciando-a a partir da ideia de que o real problema da criatura humana é ela mesma. Os indivíduos, ao longo das culturas históricas, têm procurado encontrar a plenitude, desde o oriente até o ocidente, passando por Jesus que disse que o verdadeiro sentido da vida está no amor.
Afirmou que o desenvolvimento intelectual da humanidade, ao longo da história, não foi acompanhado pelo desenvolvimento moral, e que atualmente vivemos na era do individualismo como sobrevivência, e a era do consumismo como um meio de fuga, ameaçando ambos, os aspectos de saúde individual e coletiva da humanidade.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS -, continuando assim, a causa mortis fundamental não será nem o câncer, nem os problemas cardíacos, mas a depressão, e especialmente os suicídios que ela pode provocar.
Com esta linha de abordagem, Divaldo apresentou majestosamente os quatro gigantes da alma, estabelecendo uma comparação formidável entre o psicólogo e psiquiatra espanhol, nascido em Cuba, Emilio Mira y Lopez, e o psicólogo americano e psicoterapeuta existencialista Rollo May, descrevendo cada um desses quatro aspectos: a rotina, o medo, a ansiedade e a solidão.
A formidável conferência se prolongou por cerca de 80 minutos, finalizando com o estabelecimento de uma proposta de superação desses quatro gigantes da alma através da paciência, da experiência e do sentimento de amor e dever. Todos esses mecanismos podem ser descobertos através da proposição de Santo Agostinho, contida na questão 919 de O Livro dos Espíritos.
Finalizada a conferência, que culminou com o Poema de Gratidão, de Amélia Rodrigues, o público agradeceu comovido as palavras de Divaldo com um demorado aplauso. Muitos participantes e velhos amigos aproveitaram, ainda, para cumprimentá-lo com o coração.
                  Texto em Espanhol: Xavier Llobet
                  Texto em Português: Paulo Salerno
                  Fotos: Manuel Sonyer

Registro. Divaldo Franco em Túnis, Tunísia

02 de dezembro de 2014.

Divaldo Franco e o grupo de amigos que o acompanhamos em sua atividade pelo norte da África nos reunimos às 9h30min para continuarmos a viagem pela Tunísia. Dirigimo-nos para o norte, para o centro da capital, Túnis. Cruzamos a principal avenida, a Bourguiba, onde se encontra o Portão da Medina e a Embaixada Francesa.
Bem em frente da Embaixada Francesa está uma das poucas catedrais católicas do norte da África, a Catedral de São Vicente de Paula. A visita serviu para lembrar esse discípulo de Francisco de Assis e fundador da Congregação da Missão e da Companhia das Filhas da Caridade, servas dos pobres doentes, esta última com Santa Luísa de Marillac.
Focalizados no trabalho que nos propúnhamos realizar, e tentando sintonizar nossos sentimentos e pensamentos, entramos no templo. As imagens de Santos, Mártires, o retábulo, as janelas com belos cristais impactavam cada um de nós de forma diferente. Porém, se destaca a austeridade geral dos ornamentos desta catedral católica. Nos acercamos de Divaldo, ao lado do altar, em frente a uma reprodução de Jesus.
Divaldo novamente compartilhou conosco informações maravilhosas sobre as vidas exemplares de tantas mentes superiores, verdadeiros missionários da caridade que trabalharam para o progresso da terra. Como não poderia ser de outra forma, esses trabalhadores abnegados do Cristo continuaram o seu trabalho, a partir do mundo espiritual, através das comunicações vertidas por nobres médiuns. A imagem de Jesus, de braços abertos, seu sagrado coração no peito, faz com que o ambiente se impregne de sentimentos comovedores.
Divaldo destacou o trabalho da Equipe do Espírito de Verdade, e na qual colaboraram esses Espíritos luminosos junto ao codificador. Foi um trabalho diretamente guiado e conduzido pelo Mestre Jesus. Em suas explicações, Divaldo novamente emocionou os presentes, e aproveitando esse momento de elevação de sentimentos, e a companhia das nobres Entidades Espirituais, que se acercaram, nos convidou a orar em silêncio, em frente a imagem do Mestre Nazareno, desta vez para nós mesmos, para a nossa autoiluminação.
Ao sair da Catedral, contrastando com o seu interior, deparamo-nos com a agitação de Medina, com suas ruas movimentadas, o tráfego, a atividade comercial. Concluída a primeira etapa do dia, deixamos o centro de Túnis, dirigindo-nos para Cartago. Chegamos na hora do almoço, o ambiente no grupo durante a viagem foi memorável, exalava alegria e companheirismo. Em Cartago, depois do almoço, fomos visitar as ruínas dessa cidade memorável.
O guia explicou a origem deste assentamento humano. É um lugar bonito, ali foram construídos edifícios emblemáticos. Desses, somente alguns permanecem em ruínas. No entanto, todos nós percebemos a opulência dos edifícios, a grandeza das civilizações que passaram para a história com suas luzes e sombras.
Cartago, cidade fenícia construída à beira-mar, e mais tarde destruída pelos romanos, testemunhou muitas batalhas e destruição, contudo, agora é azul, bonita, calma. Nas famosas Termas de Santo Antônio, Divaldo nos convidou para sentarmo-nos ao redor, como se fazia na época dos Pais da Filosofia, para iniciar o estudo de o Evangelho. Começamos a orar em línguas diferentes, castelhano em primeiro lugar, em seguida, Catalão, Inglês, Holandês, Alemão, Francês e Português.
A atmosfera espiritual se envolveu em energias sutis, permitindo que este encontro fosse único entre as entidades espirituais e os que ainda caminham dolorosamente neste planeta. Nós vivemos em circunstâncias muito semelhantes as que ocorreram naquela época. Em todos nós afloraram sentimentos que novamente elevaram-nos, fazendo-nos conscientes, embora seja um instante desse importante momento, do compromisso que se está adquirindo. Divaldo, e por meio dele, os guias espirituais nos têm falado diretamente ao coração.
Concluído o Evangelho, continuamos o nosso caminho para o hotel. Agora vamos começar a nos preparar para trilhar o nosso próprio caminho. Nos conhecemos um pouco mais, e o mais importante foi ter conhecido um pouco mais os colegas de trabalho que compartilharam esta jornada, e cada vez mais reconhecendo-nos como uma grande família espiritual.
Não é um fim, é o começo de uma nova tarefa, a expansão dos princípios cristãos em solo tunisiano. Nós tentamos deixar pegadas de amor através de um coração amigo, cheio de esperanças em um mundo melhor. Pegadas que nos levem à regeneração. Até breve.
                     Texto em Espanhol: Sandra y Manuel Sonyer
                     Texto em Português: Paulo Salerno
(Informações recebidas em email de Jorge Moehlecke)

Registro. Divaldo Pereira Franco em Kairouan, Tunísia

1º de dezembro de 2014

Após proferir uma conferência na capital espanhola, o espiritualista e médium humanista Divaldo Pereira Franco desembarcou em 30 de novembro em terras tunisianas, no norte do continente Africano, para dar continuidade ao trabalho que vem realizando em terras onde o Islamismo é majoritário.
Fazendo uma escala em Barcelona, e estando acompanhado por seus amigos inseparáveis do Centro Espírita Manuel e Divaldo, de Réus, ali encontraram-se com um grupo de vinte e cinco espíritas oriundos de diferentes pontos: Réus, Lleida, Sevilla e Igualada, todos da Espanha; e também de Viena/Áustria, para acompanhar Divaldo Franco em sua turnê Paulínia, divulgando a Doutrina Espírita.
Tunísia é a encruzilhada das grandes civilizações que se desenvolveram no mar Mediterrâneo. O país, ao longo da história das dominações recebeu a influência dos fenícios, romanos, vândalos, dos Otomanos, Bizantinos, franceses, espanhóis e dos árabes, dando origem a uma rica mistura de culturas e crenças religiosas. Agora recebe um novo renascimento. O cristianismo reviveu graças ao verbo e obra de nosso maior expoente da Doutrina Espírita, Divaldo Franco, deixando para trás um rastro indelével para sempre. Nem o tempo, nem o homem, nem as novas civilizações que venham a desembarcar no porto de Cartago poderão impedir a sua disseminação.
 A imagem do nosso amado Espiritismo foi inserida e construída sobre a rochatunisiana, tentando cinzelá-la nas almas deste querido povo, precursor dos fatos históricos ocorridos e conhecidos como a Primavera Árabe.
A nova primavera amanheceu em 1º de dezembro. Bem cedo, os componentes do grupo, liderados pelo Paulo de Tarso em nossos dias, foram visitar a cidade deKairouan, localizada no centro-leste do país Africano. Fundada por Uqba ibn NafiUqba em 670 d. C., conta a lenda que ali foi encontrado um cálice de ouro na areia, atribuindo-se pertencer a Meca, e que quando foi recolhida, fez brotar água naquelas terras áridas.
A cidade é conhecida por possuir a Grande Mesquita, no centro da Medina. É a mais antiga mesquita do norte da África e o quarto destino de peregrinação muçulmana mais importante depois de Meca, Medina e Jerusalém. Sete visitas a esta mesquita equivalem a uma visita a Meca.
Depois de contemplar e receber informações de um guia turístico sobre a majestade do edifício construído, o grupo de espíritas começou seu trabalho doutrinário do lado de fora dos portões do salão de orações, cuja entrada não é permitida para aqueles que não professam a religião muçulmana. Formulando uma primeira oração Xavier Llobet, do Centro Espírita de Lleida, e Irene Solans, do Centro Espírita Manuel e Divaldo, de Réus. Divaldo P. Franco, em continuidade, e visivelmente inspirado pelo Dr. Bezerra de Menezes, apresentou uma doce e suave mensagem de amor e de paz, qual foi ensinada por Jesus, deliciando os ouvidos dos integrantes do grupo, e destas terras.
Tomados pela emoção e sensibilizados todos, se iniciou um passeio pelas ruas tranquilas de Kairouan até alcançarmos os arredores de um antigo cemitério, que fica perto de um dos famosos cafés da Tunísia, momento em que Divaldo aproveitou para dar aos presentes, em ambos os planos da vida, uma extensa narrativa, iniciando-a com o mito/arquétipo religioso do sacrifício de seres vivos que esteve e está presente nas práticas e rituais de muitas religiões, deixando sua marca, mesmo em nosso meio, quando tratamos, em algumas ocasiões, sobre a figura do Nazareno como o "Cordeiro de Deus".
Contrapondo-se a esse mito religioso, surgiu o aspecto científico e filosófico com consequências religiosas do Espiritismo, por tratar-se da ciência do conhecimento. A Doutrina Espírita rompe a ligação entre mito e privilégio que foi estabelecido como o fundamento de povos e crenças. Muda a palavra privilégio em favor da palavra mérito, ao focar o estado evolutivo do Espírito, em sentido ascendente, obedecendo o imperativo da reencarnação.
Ele lembrou que o ínclito Codificador da Doutrina Espírita perguntou aos Nobres Espíritos se Espiritismo seria a religião do futuro, a que responderam que seria o futuro das religiões, de todas as religiões...
Divaldo concluiu sua incrível narrativa, afirmando que a revelação dos Espíritos Superiores não é completa e nem conclusiva, mas que é um trabalho que é feito gradualmente à medida que o intelecto e o desenvolvimento moral dos Espíritos imortais reencarnados, que se encontram em busca de sua transformação moral, de convivência e confiança, trabalhem em benefício da humanidade.
Estando todos os presentes profundamente comovidos, se dispuseram a recuperar as forças para retomar o trabalho doutrinário, na mesma tarde, nas ruínas do Anfiteatro Romano de El Jem.
Delenda est Carthago, assim é a frase em latim antigo, atribuída a Cato, o Velho, que em seu sentido figurativo viria a referir-se a uma ideia fixa, que se persegue sem descanso até que seja levada a termo. Assim, como em qualquer grande caminhada que não vai começar sem o primeiro passo, e mediante esses primeiros passos fica estabelecido, pela primeira vez, o Espiritismo em terras tunisianas, perseguindo a ideia de que estas terras sejam banhadas por uma nova e revolucionária “civilização”, que, à maneira da primavera, faça brotar a flor do Amor e da Paz preconizada por Jesus.
              Texto em Espanhol: Xavier Llobet
              Texto em Português: Paulo Salerno