terça-feira, 7 de novembro de 2017

Registro. Divaldo Franco na Argentina Buenos Aires

06 de novembro de 2017
Na noite de segunda-feira, 06 de novembro de 2017, após ter deixado a capital dos gaúchos, no Brasil, Divaldo Pereira Franco rumou para a capital da Argentina, Buenos Aires, na companhia de amigos. Ao desembarcar, foi recebido pelos queridos confrades Gustavo Martinez, presidente da Confederación Espiritista Argentina - CEA -  e Melciades Lezcano, do Paraguai.
Rapidamente se acomodaram no hotel, rumando de imediato para a sede da CEA onde já o aguardavam cerca de 300 pessoas ansiosas pelos esclarecimentos deste arauto do Evangelho. A chegada na sede da Confederación se constituiu em um momento de reencontro com velhos e queridos amigos, afinal, Divaldo já visita regularmente o vizinho país há mais de 50 anos, período onde lá fundou diversas Sociedades Espíritas.
Logo se fez um clima efusivo de amizade e alegria, ali estavam espíritas do Equador, do Uruguai, do Paraguai, do Brasil e da Argentina, naturalmente, contagiando a todos, pois que, aquele que abraça a Doutrina Espírita e a busca estudar, aprofundar e vivenciar seus postulados, logo desperta para valores que preenchem e dão ânimo novo e alegria de viver.
Portador do verbo inflamado de seareiro comprometido com Jesus, Divaldo Franco transferiu as homenagens recebidas aos pioneiros do Espiritismo na Argentina, almas corajosas que ousaram fincar a bandeira da Doutrina Espírita neste solo, que prossegue iluminando consciências e dulcificando corações, bem como à Allan Kardec e a Doutrina Espírita.
O eminente orador fez todo um retrospecto na historia da Psiquiatria na Universidade de Salpêtrière, em Paris/França, e do jovem médico que ficou conhecido como o pai da psiquiatria, Philippe Pinel (1745-1826), e daqueles ditos LOUCOS que se encontravam aprisionados nos porões fétidos da Universidade, pelo crime de serem portadores de enfermidades mentais.
Aprofundando a temática, apresentou toda a trajetória da depressão, enfermidade que assola considerável números de pessoas nos dias atuais, estando classificada como pandemia. Igualmente discorreu sobre a esquizofrenia e a psicologia em seus amplos aspectos. Enunciou os trabalhos desenvolvidos por Paul Pierre Broca (1824-1880), cientista, médico, anatomista, descobridor do centro do uso da palavra no cérebro humano. Sua descoberta é fruto de seus estudos sobre os cérebros dos pacientes com incapacidade de falar. Outro ponto de destaque foi a descrição e a utilização da técnica e do emprego do eletrochoque como tratamento de diversas patologias inerentes ao cérebro humano.
Citando Allan Kardec e O Livro dos Médiuns, capítulo XXIII, adentrou-se pelo campo das obsessões, sempre norteando sua fala com referências às obras fundamentais do Espiritismo. Allan Kardec, destacou o orador, é o exemplo que deve ser seguido por todo expositor espírita, afinal, falar sobre a Doutrina Espírita sem utilizar-se das obras fundamentais e do seu Codificador faz com que haja um afastamento do caminho seguro que estes livros basilares representam.
Salientou que o Espiritismo é uma ciência. Uma ciência de vida, que explica por que os indivíduos sofrem, por que tem dores, que afinal, são bênçãos que Deus envia aos seus eleitos, assinalando que algo não está bem. Então, como solucionar? Mudando de vida, buscando em si mesmo a mudança moral para melhor. O espiritismo aproxima os homens de Jesus, que é o guia, o modelo para a humanidade.
Ao modificar para melhor os hábitos, os indivíduos conscientes deixam para trás as ondas mentais infelizes. Em seus aprofundados estudos, contatos amiúdes com Espíritos benfeitores e grande vivência, Divaldo Franco esclarece que todos possuem inimigos, no corpo ou fora dele, porém, o mais importante é NÃO SER inimigo de ninguém, é não carregar mágoas ou ódios, que somente infelicitam e enfermam.
É necessário vigiar, observar e após orar, portanto, Allan Kardec é o Philippe Pinel, que libertou a humanidade das obsessões. Se hoje experimentas o sofrimento, paciência, pois amanhã estarás melhor na medida dos esforços e das escolhas que fizeres para o bem.
Ao encerrar a belíssima conferência, que foi também uma aula de psiquiatria, psicologia e mediunidade, Divaldo recitou o poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, que a todos emocionou, promovendo um clima de harmonia. Dúlcidas vibrações pairavam no ar. Foram momentos que pareciam a eternidade, comovendo às lágrimas, havia um sentimento de gratidão a este trabalhador incansável do Evangelho de Jesus, que colocando as mãos no arado do trabalho no bem, nunca mais olhou para trás, e o semeador saiu a semear...
    Texto: Ênio Medeiros
    Fotos:  Mayra Cortés e Ênio Medeiros


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)