sábado, 14 de abril de 2012

Mais um roteiro de Divaldo Pereira Franco aos Estados Unidos

O tribuno brasileiro Divaldo Pereira Franco cumpriu mais uma jornada pelos Estados Unidos, na Califórnia, onde desenvolveu Seminários, Conferências e reuniões com os trabalhadores de casas espíritas. O roteiro que começou por San Francisco no dia 3 de abril prosseguiu em San Leandro, Los Angeles, San Diego e Hawthorne. Dentre os temas desenvolvidos constou: Transição Planetária e Psicologia da Gratidão.

(Com informações e fotos recebidas em email de Akemi [adamsakemi@aol.com])


Divaldo na Califórnia em San Francisco com o seminário Transição Planetária



Divaldo Pereira Franco em San Leandro, na Califórnia, EUA, falando para os trabalhadores espíritas da “Bay área”



Divaldo em Los Angeles, na Califórnia, EUA



O público que participou do seminário com Divaldo em San Diego, CA, EUA



Seminário Psicologia da Gratidão, com Divaldo Pereira Franco, em Hawthorne, CA, EUA

Divaldo em Hawthorne se despede de mais um roteiro pelos Estados Unidos, desta vez na Califórnia

Um depoimento sincero sobre Divaldo, um amigo do tempo de todas as horas

José Antonio Luiz Balieiro

Presidente da USE/SP

1962, um dia do meio de ano, tempo de futebol, o Brasil havia conquistado a copa do mundo do Chile, batendo a então Tchecoslováquia, lembro-me como se fosse hoje, 3x2, e lá íamos nós, cinco jovens espíritas, de Ribeirão Preto para Ibitinga, onde à noite aconteceria conferência de Divaldo Pereira Franco. O Brasil estava em festa e nós estávamos felizes pelo encontro amigo e esclarecedor. Sem me lembrar do tema que ouvimos, é viva a memória sobre a ágape na residência de Dr. Flávio Pinheiro. Levamos e acertamos com o amigo um roteiro de trabalho pela nossa região, em momento tumultuado de diz que diz na comunidade espírita, alertados por Divaldo sobre o fato, perguntou-nos se mesmo assim faríamos a programação, dissemos que sim, e prontamente fechamos o rol de compromissos. O acordo foi para pequeno período, menos de uma semana, mas prevaleceu por toda a vida.

Antes disso, Divaldo já era habitual em Ribeirão Preto desde os anos 50, onde muito jovem já fazia as suas pregações, atendendo aos convites de Dr. Jaime Monteiro de Barros e encaminhamentos de José Soares Cardoso que, envolvido pelo exemplo do amigo, introduziu nos estatutos da União dos Moços Espíritas de Ribeirão Preto um item projetando a criação de um trabalho similar ao da Mansão do Caminho em nossa cidade, isto em 1955. Mas o encontro de 1962 foi um marco no nosso relacionamento. Temos ai, de lá para cá, 50 anos vividos. Hoje Divaldo chega aos 85 anos, nós com os nossos 70 anos, com uma boa caminhada juntos.

O que aconteceu? Divaldo participou do projeto de construção e inauguração da sede própria de nossa mocidade, hoje Centro Espírita Joana de Angelis; viveu o início das atividades das confraternizações de mocidade do nordeste de nosso estado; apoiou desde o princípio as confraternizações de mocidades no Estado de São Paulo, a Comjesp; esteve conosco em campanhas e eventos; no estado, assume e contribui para a implantação dos trabalhos da USE, valorizando o trabalho federativo a entidade e visitando-nos, nas várias partes do estado, certamente, em todos os meses do ano. Antes eram as cartas que iam e vinham, agora, modernos, os e-mails e telefonemas em ocasiões especiais.

Divaldo acompanhou a nossa vida, juventude, idade adulta, a velhice, sentimos necessidade de afirmar. Discreto viu o namoro, acompanhou o casamento, viu o nascer dos filhos e netos e ganhou uma família de coração junto de nossa família. Em nossa casa é amigo, irmão e tio, pessoa querida que tangencia a nossa vida, vez ou outra no relacionamento dos encontros entre encarnados, mas que ganha dimensão significativa no aspecto espiritual, onde os sentimentos e emoções calam forte em nossas almas. Vemos amigos escrevendo histórias e fatos onde se envolvem com Divaldo, temos também um livro sobre ele, marcado no dia a dia, no coração e na alma, sem ousar escrever por termos muitos capítulos pela frente ainda sendo construídos.

Temos visão e impressão de Divaldo as mais diferentes registrando como referências situações e fatos diferentes: a de nossa juventude sentados no chão; a dos encontros e confraternizações, orientando e mostrando a fidelidade à causa e aos trabalhos; a de sua vida na Mansão onde é reconhecido e tratado pelos mais próximos com carinho; à maneira como é visto pelo povo de sua terra que o acompanha pelas longas viagens e dele sentem saudade; àquela do seu relacionamento com companheiros de outras nações sempre solícita e fraterna; a do participante ativo nas reuniões do Conselho Federativo Nacional; a do amigo e parceiro nas atividades da USE; a do Divaldo do lar, conversando, brincando, cozinhando, criando motivação e situações novas para o nosso viver. Todavia, em todas elas aparece o mesmo Divaldo íntegro, alegre, responsável e generoso no tocante à moral e ao compromisso com Jesus.

Dos momentos significativos, entre tantos, de nossos encontros com o

amigo baiano, um foi vivido em Assunção no Paraguai, onde em passeio, amigos se encontraram com ele durante o dia nas compras e souberam dos trabalhos doutrinários à noite, e lá fomos todos juntos à palestra, recebidos com muita alegria, em noite admirável, aonde pela primeira vez o vimos pregar em outra língua, comovente em todos os sentidos. O outro, em congresso na Bahia, homenagem aos 500 anos do descobrimento do Brasil, onde fomos a convite da federativa para seminário e presenciamos o relacionamento de Divaldo com os baianos, no habitat natural, e presenciamos como ele é querido e respeitado, deixando por terra àquela sina popular de que “santo de casa não faz milagre...”

Um amigo nosso aqui de Ribeirão Preto, já no plano espiritual, dizia “Divaldo é um Paulo de Tarso dos tempos modernos...”, mas deixamos isso para lá, pois bom é dizer que Divaldo é gente, compromissado com a gente, vivendo com a gente na sintonia do compromisso com a Doutrina Espírita e com os ensinamentos do Amorável Mestre Jesus.


Divaldo Pereira Franco. Conferência em Salvador, Bahia, no ano de 1967, para 8 mil pessoas.

Comemoração dos 110 anos de “O Livro dos Espíritos”

Anuário Espírita, Ide, Araras, ano 1968, pag. 142