segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Divaldo Franco no Rio Grande do Sul Santa Cruz do Sul,

24 de agosto de 2018
Minisseminário Pelos Caminhos de Jesus
Através de um belo momento artístico, executado pela Família Ritzel e pela Camerata Filarmonia de Santa Cruz do Sul, a atividade teve início no final da tarde de 24 de agosto de 2018.
O minisseminário Pelos Caminhos de Jesus foi apresentado por Juan Danilo Rodríguez e por Divaldo Franco. Juan Danilo discorreu sobre os caminhos traçados por Jesus visando atender o homem, que desde os tempos mais recuados tem lançado seus olhos para os céus em busca de respostas para suas inquietações, incertezas, mas também, cheio de esperança. Jesus é a Estrela de primeira grandeza na Terra, lançando suas luzes nos corações e nas mentes aturdidas do homem ainda fragilizado emocionalmente.
Jesus é uma figura incomparável, é o modelo e guia para a humanidade. A primeira estrada é representada pelo jejum moral. Começa, então, para o homem, uma etapa nova, desenvolvendo uma visão sobre Jesus onde as imperfeições e conflitos passam a ser analisados não mais sob o ângulo do erro, do pecado, mas da responsabilidade em a criatura humana se transformar para melhor a cada novo dia, sob a vigência do amor. Allan Kardec, compreendendo Jesus, descreveu a verdadeira essência do amor.
Jesus, após a meditação no deserto foi ter com os pescadores e os convocou para se unirem a Ele, quando, então, Jesus ofereceu a eles o pão da vida, o que necessitavam. Era o pão que possuía a capacidade de saciar a fome por todos os tempos. Pedro e André, pescadores, foram conquistados por Jesus. E porque tinham a necessidade de saber, aqueles olhos identificaram nos pescadores o amor.
A segunda estrada oferecida pelo Mestre Galileu foi a da compreensão sobre os sofrimentos, a origem do homem, seu destino, e sua atual condição. Para trilhar esse caminho, Jesus apresentou as Bem-aventuranças, e a dor passou a ser compreendida como a pedagogia do amor. Para se deslocar nesta estrada será necessário admitir e responsabilizar-se pelos próprios equívocos cometidos, ganhando coragem para admitir que é falho. As Bem-aventuranças são as companhias ideais para se empreender a viagem. O espírita deve ter a obrigação moral de estudar a Doutrina Espírita para tornar-se apto a pacificar-se e pacificar.
A terceira estrada que Jesus nos leva a percorrer é a da sinceridade, e as coisas mais simples são as facilitadoras para que os indivíduos se alegrem com a vida, resistindo ao mal, tendo em vista que a vida é em comunidade, assim, é necessário que o homem aprenda a conviver. É necessário que o homem lúcido faça o bem e jamais enfrente o mal, o que significa oferecer a outra face – Bem e Mal. Nessa estrada deve ser aprendida a lição de respeitar o outro, até mesmo, quando o outro está em delito com a Justiça Divina. Isso levará o homem a desenvolver o senso de fraternidade, fazendo o bem aos que aborrecem.
A quarta estrada é a da bondade e da humildade. O espírita precisa e deve refletir sobre os seus atos, lembrando que há formas de caridade que humilham o favorecido. Nesse contexto será identificada a importância da prece, a inspiração, a mediunidade como meio de se fazer caridade. A primeira caridade é para consigo mesmo, e todo espírita que labora nas reuniões mediúnicas necessita estudar O Livro dos Médiuns. Os Espíritos dotados de lucidez convidam para praticar a caridade. O Espiritismo é, em primeiro lugar, a educação moral. O espírita sincero deve inspirar-se para fazer o bem, sem críticas a quem quer que seja., renovando-se, portanto.
A lealdade é a quinta estrada. Não é possível servir a dois senhores ao mesmo tempo, o espírita deve ter discernimento para fazer a sua opção. O Espiritismo religa o homem a Deus, renovando suas esperanças, é o consolador das almas. Nessa estrada o homem aprende a não ser hipócrita, a não temer a morte, a somente servir a Deus.
Fora da caridade não há salvação. Nesta sexta estrada o homem descobre que não pode julgar, se não quer ser julgado. A bondade é desenvolvida nesta estrada e que se expressa pela caridade, reconhecendo que o outro não é perfeito. Jesus é o sol reluzente que aclara e ilumina as consciências. Deus existe, e se faz presente quando se faz o bem. Concluindo o seu belo trabalho, Juan Danilo advertiu para que os centros espíritas cumpram com a sua missão de acolher e consolar as criaturas em viagem pelas estradas de Jesus. Pondo-se de pé, o público o aplaudiu intensamente.
Divaldo Franco, após um breve intervalo, assumiu a tribuna para apresentar, ligeiramente, o pensamento do Ernest Renan. Sua irmã Henriette estimulou-o a pesquisar sobre Jesus nos originais. Ficou fascinado por esse Homem extraordinário. Ernest Renan decidiu, então, escrever sobre a vida de Jesus, em três tomos. Mais tarde escreveu sobre os Atos dos Apóstolos, o quarto tomo. Em uma aula inaugural no Collège de France, em 22 Fev 1862, Ernest Renan afirmou que Jesus é um Homem incomparável, e que dividiu a História em antes e depois Dele. Com o pensamento do filósofo, escritor e historiador francês do século XIX, Ernest Renan, que, não obstante ser ateísta, teve oportunidade de afirmar que Jesus foi um homem incomparável, um vulto tão grande que não coube na História da Humanidade, dividindo-a, sendo a personagem histórica mais biografada de todos os tempos.
Allan Kardec teve grande responsabilidade quando instigou os seus circunstantes a compreender Jesus como humano, como filho de Deus. Ele é o caminho para se lançar Deus. Por herança do ocidente, Jesus é confundido como sendo, também, deus, ao interpretar a sentença: Eu e o Pai somos UNO. Esse UNO significa não a condição numeral UM, mas a união, UNO de unido. A intolerância no passado, como hoje, fez com que Ernest Renan fosse expulso do Collège de France por ter dito a verdade.
Divaldo Franco fez uma análise dos quatro evangelistas, descrevendo-os em suas particularidades e no distanciamento dos fatos, explicando que, naquela época, as doutrinas eram memorizadas, e por conseguinte, pode-se ter certeza sobre a justiça dos textos evangélicos escritos entre os anos de 57 e 90 da era cristã, assim, a conotação sobre a história de Jesus era a da memorização. Jesus mudou a História da Humanidade.
Jesus foi a primeira personalidade a se levantar para dar apoio à uma mulher. Jesus é todo amor. Jesus se adentra a noite escura das almas humanas levando as luzes do amor e o óleo da caridade, e os flagelos se diluem, dando aos indivíduos em equívoco a condição de se responsabilizar consigo mesmo. Ninguém vive sem o amor. Portador de beleza lírica, Jesus é o arquiteto das almas. Suas histórias estão recheadas de conhecimento. O pudor está no erotismo, a beleza na estética.
Aplicando a técnica da risoterapia, Divaldo Franco conduziu os presentes para belos momentos onde o riso tornou-se terapêutico. Jesus é o libertador, Ele nos dá a felicidade de dizer eu te amo. O fenômeno que a Doutrina Espírita apresenta é a de transformar o homem para melhor.
O Templo Espírita é o educandário de almas, Enquanto este, ou aquele está recebendo auxílio, através de diversas ações, esse santuário de almas deve primar por conversações edificantes, negando quaisquer futilidades. São as bênçãos dos reinos do céu colocadas à disposição dos que buscam a verdade. Agradecendo a acolhida que obteve no Rio Grande do Sul, Divaldo Franco rogou aos benfeitores as bênçãos aos gaúchos que se despedem ao finalizar mais um roteiro doutrinário onde as luzes do saber e o calor do amor estiveram presentes por onde passou. Reconhecendo o profundo trabalho apresentado, o público, colocando-se de pé, agradeceu através de efusivas salvas de palmas.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke