sexta-feira, 20 de maio de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco na Europa -2016 Viena, Áustria

Viena, 17 de maio de 2016
Na terça-feira passada, 17, o médium e orador espírita Divaldo franco proferiu uma conferência na cidade de Viena, Áustria, com o tema “Libertação do Egoísmo”.
O evento foi realizado na sede da Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec de Viena e contou com a participação de mais de 110 pessoas.
Como introdução para o assunto escolhido, foi narrado o registro histórico do século VI a.C., referente à vida do rei Creso, da Lídia. Conforme narrado, Creso vivia na capital de seu reino, Sardes, com seus dois filhos. Acreditava-se plenamente feliz, pois que era o homem mais rico do planeta. Certa feita, o rei convidou o grande filósofo Sólon para visitar seu palácio. Após mostrar-lhe a sua imensa fortuna, falar da grandeza de seu reino e de seu poder, perguntou-lhe se conhecia alguém mais feliz do que ele, recebendo uma resposta afirmativa. Contrariado, reformulou a questão, indagando a respeito de quem seria, então, a segunda pessoa mais feliz do mundo. Novamente, seu nome não foi indicado pelo filósofo, o que lhe causou profunda revolta. Sólon aproveitou a oportunidade para oferecer-lhe uma grande reflexão, afirmando que somente seria possível verificar-se se uma pessoa realmente foi feliz após a sua morte, já que antes disso muitos fatores poderiam, de um minuto para outro, alterar a sorte de uma vida. O ensinamento recebido foi profético. Creso houvera, oportunamente, requisitado de seus ministros que procurassem os médiuns, pitonisas, videntes, mais importantes de diversas regiões, a fim de testar a autenticidade dos fenômenos ditos paranormais. Após todos retornarem a Sardes para apresentarem ao rei as informações colhidas, constatou-se que a médium de Delfos era, de fato, autêntica.
De lá, chegaram os avisos para Creso de que ele não teria sucessores legítimos no trono, uma vez que o filho surdo-mudo estaria naturalmente impedido de assumir a função e o outro desencarnaria tragicamente, e de que um grande império estaria para ruir. E assim ocorreu. O filho sem limitações físicas morreu em um trágico acidente. O rei, acreditando, equivocadamente, que a referência sobre o império a ruir seria do persa, decidiu guerrear contra ele, caindo, porém, derrotado. Mas algo inusitado acontecera nesse episódio. Após perder a batalha, Creso retornou para seu palácio e , ali, em uma sacada, contemplando as terras destruídas, não percebeu que um soldado inimigo houvera adentrado o local; quando este preparava-se para arremessar uma lança, o outro filho do rei da Lídia, que era surdo-mudo, numa reação surpreendente, deu um grito, pedindo que não matassem o pai. O soldado titubeou e ao fazer o arremesso, errou o alvo. O rei foi preso com a família, mas quando estavam para ser mortos, ele pronunciou em voz alta o nome de Sólon e repetiu a frase que lhe houvera sito dita. Naquele dado instante, Ciro, o rei dos persas, passava por ali e ouviu a menção ao filósofo, de quem era profundo admirador. Ao saber daquele encontro entre Creso e Sólon, o comandante dos persas decidiu libertar o rei derrotado e sua família, solicitando de seu servo que anotasse que na História, Ciro houvera sido misericordioso, poupando a vida de um inimigo vencido, para que, no dia em que eventualmente fosse também derrotado, tivessem igualmente misericórdia para com ele. Após esse gesto, Creso, que era todo egoísmo, curvara-se diante do vencedor e oferecera a si e sua família para se lhe tornarem servos dedicados e leais.
Esse fato, narrado pelo historiador grego Heródoto de Halicarnasso e que traz as comprovações históricas da paranormalidade/mediunidade, bem descreve a impermanência da existência física, a sua fragilidade, a ilusão das conquistas mundanas e as alternâncias das situações da vida material, demonstrando que o egoísmo, a maior chaga da Humanidade e filho do ego, é elemento impeditivo da felicidade e da paz. 
O egoísmo, segundo explicado, pode ser considerado sob diversos aspectos, recebendo diferentes designações: egoísmo, egotismo, egolatria, egocentrismo etc. No entanto, sob qualquer ângulo que seja abordado ou estudado, encontrar-se-á sempre o ego como gênese desses comportamentos.
A conduta egoísta, inevitavelmente, levaria a criatura a desviar-se da solidariedade humana. A consequência disso seria o isolamento, os tormentos da solidão, a infelicidade, a depressão, com o risco do suicídio.
Foi ressaltado que essa questão sempre mereceu a preocupação dos filósofos, desde a Antiguidade Clássica. A Filosofia Socrática teria oferecido elementos substanciais para o melhor entendimento da criatura humana e de seu relacionamento consigo e com os outros seres. Os princípios da imortalidade da alma, da comunicabilidade dos Espíritos- nesse intercâmbio constante entre os dois planos da vida-, da reencarnação, da vida moral saudável, foram as bases do pensamento de Sócrates, de modo que se constituiu verdadeiro precursor da Filosofia Espírita. Esse conjunto de conhecimentos seria fundamental para o trabalho de autoconhecimento e autoiluminação que, em outras palavras, significaria a superação do egoísmo ou, ainda, na linguagem analítica junguiana, a união do ego com o Self.
Seguindo nesse raciocínio, foi explanado que, 400 anos após Sócrates, surgiria Jesus no cenário terrestre, aprofundando e desdobrando o pensamento socrático e centralizando toda a sua mensagem na Lei de Amor. Ninguém teria falado sobre o Amor e vivido-o como ele, em toda a História. Dois milênios após a sua passagem pela Terra, a Ciência, em diversos ramos e sobretudo nas especificidades da Psicologia e Psiquiatria, reconheceria sua mensagem como a mais profunda e excelente psicoterapia para o ser humano, capaz de conduzir o indivíduo ao estado de saúde integral, de plenitude. O convite ao autoencontro e autoiluminação estaria presente na sua orientação: “O Reino dos Céus está dentro de vós”. 
Demonstrando a tese, foi apresentado o estudo do psiquiatra austríaco Viktor Frankl, que afirmara que todos nós necessitamos de estabelecer um sentido psicológico profundo em nossas vidas e de vivê-lo; de outra forma, o ser entraria em depressão e o suicídio poderia ocorrer. Segundo o médico austríaco, o amor seria a mais excelente e positiva meta psicológica para todos. Mas, além dele, Carl G. Jung, outro psiquiatra, este suíço, afirmaria a mesma coisa, elegendo o amor como o sentido mais elevado para a vida, gerador da plenitude, da completitude, do estado numinoso.
Divaldo narrou a história do grande escritor russo Leo Tolstoy, que abandonou a sua posição e título de nobreza, como conde, para viver no interior, no campo, servindo aos seus semelhantes, especialmente aos pobres e simples. Ele teria escrito ao czar da Rússia, Nicolau II, que era o protótipo do homem egoísta, e dito em sua carta, em tom admoestatório, que “aqueles que são egoístas têm a tendência de sofrer a tragédia de si mesmos”. Mais tarde, o czar seria levado com sua família para a Sibéria, ondem foram fuzilados.
Por essa razão, afirmou o conferencista, é que surgiu, no século XIX, o Espiritismo, como a ciência que estuda a origem, a natureza e o destino dos Espíritos e as relações existentes entre o mundo físico e espiritual, dando-nos a conhecer o que somos, de onde viemos e a nossa destinação, tanto quanto as causas de nosso sofrimento e as chave para que deles nos libertemos. A geratriz principal de todas as nossas mazelas seria o egoísmo e, em vista disso, Allan Kardec estabelecera que a nossa salvação, isto é, a libertação de nossos sofrimentos, somente seria possível por meio da diluição do egoísmo, com a vivência do Amor, na prática da caridade pura. Concluindo, afirmou: viver, usufruindo de todos os recursos que Deus nos oferece na Terra, mas sem a eles nos apegar, transformando o egoísmo no prazer de se fazer o bem; sendo isso o grande testemunho da saúde integral.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre e Ênio Medeiros
(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)



Espanhol

DIVALDO FRANCO EN EUROPA – 2016.
Viena, 17 de mayo de 2016.
El último martes, día 17, el médium y orador espírita Divaldo Franco pronunció una conferencia en la ciudad de Viena, Austria, sobre el tema Liberación del Egoísmo.
La actividad se desarrolló en la sede de la Sociedad de Estudios Espíritas Allan Kardec de Viena, y contó con la participación de más de 110 personas.
A modo de introducción al tema elegido, se narró el registro histórico del siglo VI a. C., referido a la vida del rey Creso de Lidia. De conformidad con la narración, Creso vivía en la capital de su reino -Sardes- junto con sus dos hijos. Consideraba él que era plenamente feliz, porque era el hombre más rico del planeta. En cierta ocasión, el rey invitó al gran filósofo Solón a que visitara su palacio. Después de mostrarle su inmensa fortuna, de hablar acerca de la grandeza de su reino y de su poder, le preguntó si conocía a alguien más feliz que él, y recibió una respuesta afirmativa. Contrariado, volvió a formular la pregunta, averiguando quién sería, entonces, la segunda persona más feliz del mundo. Nuevamente, su nombre no fue mencionado por el filósofo, lo que le ocasionó un profundo disgusto. Solón aprovechó la oportunidad para proponerle una importante reflexión, al afirmar que solamente sería posible verificar si una persona fue realmente feliz, después de su muerte, ya que antes de eso muchos factores podrían, de un instante para otro, modificar la suerte de una vida. La enseñanza recibida fue profética. Creso había, oportunamente, pedido a sus ministros que buscasen a los médiums, las pitonisas, y los videntes más importantes de diversas regiones, a fin de probar la autenticidad de los fenómenos denominados paranormales. Después de que todos retornaron a Sardes, para exponer al rey las informaciones recogidas, se constató que la médium de Delfos era, por cierto, auténtica.
De allí llegaron las noticias para Creso, en cuanto a que él no tendría sucesores legítimos en el trono, pues su hijo sordomudo estaría naturalmente impedido de asumir esa función, y el otro desencarnaría trágicamente y, además, de que un gran imperio estaría a punto de desmoronarse. Y así ocurrió. El hijo que no tenía limitaciones físicas murió en un trágico accidente. El rey, en la suposición equivocada, en cuanto a que la referencia acerca del imperio que se derrrumbaría correspondía al imperio persa, decidió declararle la guerra, y cayó derrotado. Pero, algo inusitado había ocurrido en esa circunstancia. Después de perder la batalla, Creso retornó a su palacio y , allí, en un balcón, mientras contemplaba las tierras arrasadas, no percibió que un soldado enemigo había penetrado al lugar; cuando este se preparaba para arrojarle una lanza, el otro hijo del rey de Lidia, que era sordomudo, tuvo una reacción sorprendente: dio un grito, pidiendo que no matasen a su padre. El soldado titubeó y al arrojar la lanza, erró el blanco. El rey fue tomado preso junto con su familia, pero cuando estaban a punto de ser eliminados, él, Creso, pronunció en voz alta el nombre de Solón y repitió la frase que le había dicho. En aquel preciso instante, Ciro, el rey de los persas, pasaba por allí y escuchó la mención al filósofo, del cual era un profundo admirador. Al enterarse de aquel encuentro entre Creso y Solón, el comandante de los persas decidió liberar al rey derrotado y a su familia, y solicitó a su servidor, además,  que registrase en la Historia que Ciro había sido misericordioso, y había perdonado la vida de un enemigo derrotado, a fin de que el día en que llegara a ser él mismo derrotado, tuviesen también misericordia para con él. Después de ese gesto, Creso, que era todo egoísmo, se inclinó ante el vencedor y le ofreció, a él y a su familia, que se convirtieran en servidores suyos, devotos y leales.
Esta anécdota, narrada por el historiador griego Herodoto de Halicarnaso, que aporta las comprobaciones históricas de la paranormalidad o mediumnidad, describe con eficacia la inestabilidad de la existencia física; su fragilidad, la ilusión de las conquistas mundanas y las alternativas de las situaciones de la vida material, demostrando que el egoísmo, la mayor llaga de la humanidad e hijo del ego, es un elemento que atenta contra la felicidad y la paz. 
El egoísmo, según lo explicado, puede ser considerado desde diversos aspectos, y recibir diferentes denominaciones: egoísmo, egotismo, egolatría, egocentrismo, etc. Mientras tanto, cualquiera sea el ángulo desde el cual se lo enfoca o estudia, siempre se encontrará al ego en la génesis de tales conductas.
La conducta egoísta, inevitablemente, conduciría a la criatura a alejarse de la solidaridad humana. A consecuencia de eso, aparecería el aislamiento, los tormentos de la soledad, la desdicha, la depresión, con el riesgo de suicidio.
Se destacó que esa cuestión siempre mereció la atención de los filósofos, a partir de la antigüedad clásica. La filosofía socrática habría aportado elementos sustanciales para el mejor entendimiento de la criatura humana, y de su relación consigo misma y con los demás seres. Los principios de la inmortalidad del alma, de la comunicabilidad de los Espíritus- en ese intercambio constante entre los dos ámbitos de la vida-, de la reencarnación, de la vida moral saludable, han sido las bases del pensamiento de Sócrates, de modo que se convirtió en un verdadero precursor de la Filosofía Espírita. Ese conjunto de conocimientos sería fundamental, para la tarea de autoconocimiento y autoiluminación que, en otras palabras, significaría la superación del egoísmo o, también, en el lenguaje analítico junguiano, la unión del ego con el Self.
Siguiendo con ese razonamiento, se explicó que 400 años después de Sócrates, surgiría Jesús en el escenario terrestre, profundizando y ampliando el pensamiento socrático, además de centralizar por completo su mensaje en la Ley del Amor. Nadie habría aludido al Amor ni vivido como Él, en toda la Historia. Dos milenios después de su paso por la Tierra, la Ciencia, en diversas ramas y, sobretodo en las especificidades de la Psicología y la Psiquiatría, reconocería su mensaje como la más profunda y excelente psicoterapia para el ser humano, capaz de conduzir al individuo al estado de salud integral, de plenitud. La invitación al autoencuentro y la autoiluminación estaría presente en su expresión: El Reino de los Cielos está dentro de vosotros. 
A modo de demostración de esa tesis, fue presentado el estudio del psiquiatra austríaco Viktor Frankl, quien afirmó que todos nosotros necesitamos establecer un sentido psicológico profundo en nuestras vidas, y experimentarlo; de otra forma, el ser caería en una depresión y podría llegar al suicidio. Según el médico austríaco, el amor sería la más excelente y positiva meta psicológica para todos. Pero, además de él, Carl G. Jung, otro psiquiatra -este suizo- afirmaría lo mismo, eligiendo al amor como el sentido más elevado para la vida, generador de la plenitud -de la completitud-, del estado numinoso.
Divaldo narró la historia del ilustre escritor ruso León Tolstoy, que abandonó su posición social y su título de nobleza como conde, para vivir en el interior, en el campo, sirviendo a sus semejantes, especialmente a los pobres y sencillos. Él habría escrito al zar de Rusia, Nicolás II, que era el modelo del hombre egoísta, y dicho en su carta, en tono de amonestación, que aquellos que son egoístas tienen la tendencia a sufrir la tragedia de sí mismos. Más tarde, el zar sería trasladado junto con su familia a Siberia, donde fueron fusilados.
Por ese motivo, afirmó el conferencista, surgió en el siglo XIX el Espiritismo, como la ciencia que estudia el origen, la naturaleza y el destino de los Espíritus y las relaciones que existen entre el mundo físico y el espiritual, dándonos a conocer qué somos, de dónde venimos y cuál es nuestro destino, tanto como las causas de nuestro sufrimiento y la clave para liberarnos de ellos. El principal generador de nuestros males sería el egoísmo y, en vista de eso, Allan Kardec estableció que nuetra salvación, es decir, la liberación de nuestros sufrimientos, sólo sería posible por medio de la superación del egoísmo, con la vivencia del Amor, mediante la práctica de la caridad pura.
Para concluir, manifestó: vivir, disfrutando de todos los recursos que Dios nos brinda en la Tierra, pero sin apegarnos a ellos, transformando el egoísmo en el placer de hacer el bien; pues ese es el gran testimonio de la salud integral.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre e Ênio Medeiros

 (Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)