quarta-feira, 18 de maio de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco na Europa Zurique, Suiça

Zurique, 14 e 15 de maio de 2016

Nos dias 14 e 15 de maio, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou um seminário na cidade de Zurique, Suíça, com o tema “Libertação do Sofrimento”.
O evento foi realizado no auditório do G19 Stiftung e contou com a participação de cerca de 150 pessoas em cada dia. A Fundação G19, na pessoa de Andre Studer, foi a responsável por convidar Divaldo a falar sobre o Espiritismo na Suíça por primeira vez.
Para a realização desse encontro, colaboraram a Sociedade Espírita Maria de Magdala, de Zurique, o CEEAK, de Winterthur e o CEEJA, também de Zurique.
Tomando por base a obra "O Cavaleiro da Armadura Enferrujada", de autoria de Robert Fisher, Divaldo propôs uma análise junguiana e espírita da problemática do ego e sua relação com a origem dos sofrimentos, assim como da necessidade de a criatura humana alterar a sua conduta moral para melhor, como forma de libertar-se das dores que a afligem.
Para que fosse possível realizar essa viagem de estudo sobre o autodescobrimento e a autoiluminação mais facilmente, foram abordados os conceitos de ser humano, nos seus aspectos biológico, psicológico e social, assim como a visão espírita dele, que o apresenta como ser tríplice (corpo físico, perispírito e Espírito), demonstrando-se que somos, em essência, uma energia pensante que sobrevive ao decesso físico e realiza o seu processo evolutivo por meio das reencarnações. Também foram apresentados alguns conceitos da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, tais como o consciente, o inconsciente coletivo e o individual, os arquétipos, o ego, o Self, a sombra.
Em seguida, o orador passou à análise específica da estória contida no livro referido.
Tratava-se de um cavaleiro que, ao longo de muitos anos, habituou-se a manter-se vestido com sua armadura de ferro, a qual acabou por se enferrujar. Ele era casado e tinha um filho, mas o seu relacionamento com a família era muito distante e difícil. Após uma discussão com a esposa, aborrecido, decidiu o cavaleiro afastar-se do domicílio e realizar uma viagem. Nesta viagem, ele passou a ter contato com alguns outros personagens, com os quais se relacionou e que o ajudaram a refletir sobre a própria existência. Por fim, o cavaleiro considerou que deveria retirar a armadura, o que não conseguiu de imediato, uma vez que ela já se encontrava muito enferrujada. Um dos personagens disse-lhe que seria necessário atravessar uma determinada trilha, onde encontraria três castelos: o do silêncio, o do conhecimento e o da vontade e ousadia. Ser-lhe-ia necessário permanecer um certo tempo em cada um deles, para se lhes aprender as lições, a fim de que ele pudesse seguir para o seguinte. Nesse processo, passando por cada castelo, o cavaleiro foi introjetando os diferentes ensinamentos, refletindo sobre a própria vida, conhecendo mais de si mesmo, ao tempo em que ele passou a mudar de pensamentos, de comportamentos, e , com isso, a armadura, de parte em parte, começou a cair de seu corpo, até que ele viu-se totalmente liberado dela.
Divaldo esclareceu que a viagem do cavaleiro pela trilha, visitando cada um daqueles castelos, é bem a viagem de autodescobrimento e de autoiluminação de todos nós, que trazemos as nossas máscaras, as personas a que se referia Carl Gustav Jung.
Ao longo de nossa jornada evolutiva, criamos em nós condicionamentos negativos, que tornaram-se uma segunda natureza em nós, passamos a usar máscaras que compõem a nossa personalidade, que utilizamos para agradar as convenções sociais. E assim, perdemos o contato com o nosso ser profundo, a nossa realidade espiritual (Self). Esses condicionamentos negativos, as nossas más inclinações, seriam a causa de nossos sofrimentos.
Conforme afirmou o orador, é necessário que façamos a viagem interior, em busca do conhecimento da Verdade, dessas leis divinas que estão escritas em nós, para que tomemos consciência de que somos Espíritos imortais e de que a nossa meta psicológica profunda deve ser amar, vencendo os nossos medos e dúvidas, eliminando as nossas imperfeições morais e estabelecendo-se, assim, a conexão entre o ego e o Self.
O sofrimento poderia ser superado, portanto, por um estado emocional saudável, através da vivência do amor, que propiciaria ao indivíduo o equilíbrio psicológico e espiritual. E, quando necessário, naturalmente que as terapêuticas orgânicas deveriam ser utilizadas.
Foi apresentada a visão espírita do sofrimento, que considera a questão sob um prisma otimista e saudável. A dor, então, seria “uma bênção que Deus envia aos seus eleitos”. Isso porque, com a compreensão da lei de causa e efeito, damo-nos conta de que somos os artífices de nosso destino e de que as causas de nossas aflições residem em nós mesmos. Os sofrimentos de hoje seriam resultados de nossas más condutas do passado e a reencarnação seria o meio pelo qual expungimos esses desequilíbrios, que se nos apresentam como dores, físicas ou morais. Assim agiria a misericórdia de Deus, que nos faculta a oportunidade de libertação de nossas aflições.
Em seguida, Divaldo propôs uma reflexão acerca dos 4 compromissos da filosofia tolteca como uma técnica para libertarmo-nos dos sofrimentos e evitarmos criar novos para nós mesmos: seja impecável com a sua palavra; não leve nada para o lado pessoal; não tire conclusões; sempre dê o melhor de si.
Conforme elucidado, seria necessário que fizéssemos o esforço para transitarmos do sofrimento para a alegria, evitando comportamentos masoquistas, processos de auto-vitimização, estabelecendo a ponte entre o ego e o Self e entre o Self e a Divindade, nesse processo de individuação e integração com o Todo, de maneira que as dores fossem diluídas.
Na fase final do seminário, Divaldo narrou a bela história de Ananda, contida no livro “Muito Além do Amor”, de autoria de Dominique Lapierre; uma jovem que enfrentou os sofrimentos físicos e morais mais cruéis em sua infância e juventude, para encontrar a libertação de suas dores na entrega total de sua vida ao Cristo, amando a todos os seres incondicionalmente e dedicando-se integralmente ao alívio dos sofrimentos de seus irmãos em Humanidade.
Divaldo encerrou o seminário afirmando que o amor - a si mesmo e aos outros-, é a única solução para a libertação de nossos sofrimentos e que, ao expandirmos a nossa visão espiritual, por meio dos processos de autoconhecimento e autoiluminação, passaremos a perceber o mundo maravilhoso em que vivemos e todas as bênçãos divinas de que somos beneficiários, de modo que as nossas queixas diminuirão e um profundo sentimento de gratidão à vida e a Deus extravasará de nossos corações.
Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre

(Texto em português recebido de Jorge Moehlecke)



Espanhol


DIVALDO FRANCO - GIRA EUROPEA 2016 - Zurich, Suiza, 14 y 15 de mayo.
 
Zurich, 14 y 15 de mayo de 2016.

Durante los días 14 y 15 de mayo, el médium y orador espírita Divaldo Franco realizó un seminario en la ciudad de Zurich, Suiza, sobre el tema Liberación del Sufrimiento.
La tarea se llevó a cabo en el auditorio del G19 Stiftung y contó con la participación de cerca de 150 personas cada día. La Fundación G19, en la persona de Andre Studer, fue la responsable de haber invitado a Divaldo para que disertara sobre el Espiritismo, en Suiza, por primera vez.
Para la realización de ese encuentro colaboraron: la Sociedad Espírita María de Mágdala, de Zurich, el CEEAK, de Winterthur y el CEEJA, también de Zurich.
Tomando como base la obra El caballero de la armadura oxidada, del autor Robert Fisher, Divaldo propuso un análisis junguiano y espírita del problema del ego, y su relación con el origen de los sufrimientos, así como de la necesidad de que la criatura humana modifique su conducta moral para mejor, como una forma de liberarse de los padecimientos que la afligen.
A fin de que fuera posible realizar ese viaje de estudio sobre el autodescubrimiento y la autoiluminación más fácilmente, se abordó el concepto de ser humano, en sus aspectos biológico, psicológico y social, así como su enfoque espírita, que lo presenta como un ser triple (cuerpo físico, periespíritu y Espíritu), demostrando que somos, en esencia, una energía pensante que sobrevive al deceso físico, y realiza su proceso evolutivo mediante las reencarnaciones. También fueron presentados algunos conceptos de la Psicología Analítica de Carl Gustav Jung, tales como el consciente, el inconsciente colectivo y el individual, los arquetipos, el ego, el Self y la sombra.
A continuación, el orador dio comienzo al análisis específico de la anécdota contenida en el libro referido. Se trataba de un caballero que, a lo largo de muchos años, se habituó a permanecer vestido con su armadura de hierro, la cual acabó oxidándose. Él estaba casado, y tenía un hijo, pero su relación con la familia era muy distante y complicada. Después de una discusión con su esposa, disgustado, decidió el caballero marcharse de ese domicilio y realizar un viaje. Durante ese viaje, él tuvo contacto con algunos otros personajes, con los cuales se relacionó, y quienes lo ayudaron a reflexionar acerca de su propia existencia. Por último, el caballero consideró que debería quitarse la armadura, lo que no consiguió de inmediato, debido a que esta se encontraba muy oxidada. Uno de los personajes le dijo que le sería necesario atravesar un determinado sendero, que lo llevaría a encontrar tres castillos: el del silencio, el del conocimiento y el de la voluntad y la osadía. Le sería necesario, además, permanecer por cierto tiempo en cada uno de ellos, para que aprendiera sus lecciones, antes de que pudiese ir hacia el siguiente. En ese proceso, al pasar por cada uno de los castillos, el caballero fue asimilando las diferentes enseñanzas y reflexionó sobre su propia vida, se conoció mejor a sí mismo y, a la vez, fue modificando su modo de pensar, su comportamiento, y así la armadura, parte por parte, comenzó a caer de su cuerpo, hasta que él se vio completamente liberado de ella.
Divaldo explicó que el viaje del caballero a través de la senda, visitando cada uno de aquellos castillos, es semejante al viaje del autodescubrimiento y la autoiluminación de todos nosotros, que tenemos puestas nuestras máscaras, las personas a las cuales se refería Carl Gustav Jung.
A lo largo de nuestra trayectoria evolutiva, hemos creado en nosotros condicionamientos negativos, que se convirtieron en nuestra segunda naturaleza; comenzamos a usar máscaras que componen nuestra personalidad, a las cuales utilizamos para agradar según las convenciones sociales. Y de ese modo, perdemos el contacto con nuestro ser profundo, nuestra realidad espiritual (Self). Tales condicionantes negativos, nuestras malas tendencias, serían la causa de nuestros sufrimientos.
De conformidad con lo manifestado por el orador, es necesario que realicemos un viaje interior, en busca del conocimiento de la Verdad, de esas Leyes Divinas que están inscriptas en nosotros, para que tomemos conciencia de que somos Espíritus inmortales, y de que nuestra meta psicológica profunda debe ser amar, superando nuestros temores y dudas, eliminando nuestras imperfecciones morales y, de tal modo, estableciendo la conexión entre el ego y el Self.
El sufrimiento podría ser superado, por lo tanto, con un estado emocional saludable, a través de la experiencia del amor, que propiciaría al individuo el equilibrio psicológico y espiritual. Y, cuando resulte necesario, por cierto, deberían ser utilizadas las terapéuticas orgánicas.
Se expuso el enfoque espírita del sufrimiento, que considera la cuestión desde un punto de vista optimista y saludable. El dolor sería, pues, una bendición que Dios envía a sus elegidos. Eso surge de la comprensión de la ley de causa y efecto, y nos damos cuenta de que somos los artífices de nuestro destino, y de que las causas de nuestras aflicciones residen en nosotros mismos. Los sufrimientos de hoy serían consecuencia de nuestras conductas equivocadas del pasado, y la reencarnación sería el mecanismo mediante el cual nos liberamos de tales desequilibrios, que se nos presentan como dolores físicos o morales. De tal modo procedería la misericordia de Dios, que nos propicia la oportunidad de liberarnos de nuestras aflicciones.
Seguidamente, Divaldo propuso una reflexión acerca de los cuatro compromisos de la filosofía tolteca, como una técnica para liberarnos de los sufrimientos, y a fin de que evitemos generar otros nuevos para nosotros mismos: sea impecable con su palabra; no lleve nada hacia el lado personal; no saque conclusiones; siempre dé lo mejor de usted.
Según lo explicado, sería necesario que hiciésemos el esfuerzo para trasladarnos del sufrimiento hacia la alegría, evitando conductas masoquistas o procesos de autovictimización, estableciendo un puente entre el ego y el Self, y entre el Self y la Divinidad, en ese proceso de individuación e integración con el Todo, de manera de disipar los dolores.
En la fase final del seminario, Divaldo narró la hermosa historia de Ananda, contenida en el libroMucho más allá del Amor, cuya autora es Dominique Lapierre. Una joven enfrentó los sufrimientos físicos y morales más crueles, en su infancia y en su juventud, para encontrar la liberación de sus dolores mediante la entrega absoluta de su vida al Cristo, a través del amor a todos los seres incondicionalmente, y de la dedicación integral al alivio de los sufrimientos de sus hermanos en humanidad.
Divaldo dio por conluido el seminario afirmando que el amor -a uno mismo y a los otros-, es la única solución para liberarnos de nuestros sufrimientos, y que a medida que ampliemos nuestra visión espiritual, por medio de los procesos de autoconocimiento y de autoiluminación, comenzaremos a percibir el mundo maravilloso en el que vivimos, y todas las bendiciones divinas de las cuales somos beneficiarios, de modo que nuestras quejas disminuyan y un profundo sentimiento de gratitud a la vida y a Dios fluya de nuestros corazones.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucas Milagre
(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)