quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Registro. Divaldo Pereira Franco no Rio Grande do Sul Santa Cruz do Sul

30 de agosto de 2017
Cidadão Honorário de Santa Cruz do Sul, Divaldo Franco esteve proferindo um minisseminário naInside Centro de Eventos, cujo título foi: Consciência e Liberdade. Mil e trezentas pessoas participaram do evento. A Camerata Filarmonia, com seus acordes maravilhosos, trouxe ao ambiente mais enlevo e serenidade. A atividade foi uma promoção da Associação Espírita Francisco de Assis, do Educandário Thales Theisen e da Sociedade Espírita À Caminho da Luz.
Para ambientar o tema, o Semeador de Estrelas narrou uma parábola sobre Deus, ditada por Selma Lagerlöf (20 Nov 1858 - 16 Mar 1940), escritora sueca, à Divaldo Franco, que, em síntese, narra a necessidade de Deus em descansar, levando em conta que estava muito cansado pelos desmandos da criatura humana no mundo. Desejava encontrar um lugar onde não fosse perturbado. Após inúmeras sugestões de seus Anjos assessores, indicando lugares diversos, se aproxima do grupo um anjo encarregado da limpeza, era um anjo varredor, afrodescendente. Depois de valorizar, superdimensionando esse lugar, e estando Deus impaciente, o anjo varredor disse por fim: esse lugar é o coração do homem. Lá, Senhor, não será perturbado, porque a criatura humana raramente visita esse lugar. Assim, a partir desse dia Deus passou a habitar o coração do homem.
O orador exímio narrou a comovente história de Ilse, uma senhora polonesa, sobrevivente do Holocausto, que foi paciente do psicanalista estadunidense Dr. James Hollis, e cujo caso foi descrito no livro “Os Pantanais da Alma”, de autoria do referido terapeuta. Essa senhora procurou o Dr. Hollis para uma única consulta, na qual apresentaria o seu drama, segundo ela mesma, não para que ele a orientasse ou tratasse, mas tão-somente para que fosse ouvida. Tendo-lhe enviado uma foto previamente à sessão, Ilse esclareceu-o quanto àquela imagem. Ela foi presa em sua cidade natal, na Polônia, e, embora cristã, foi levada para o campo nazista de Majdanek. Durante a separação dos presos, quando alguns seriam enviados para o grupo de trabalhos forçados e outros para a câmara de gás letal, avistou à sua frente uma mãe com duas crianças pequenas. Essa mãe fora selecionada para o primeiro grupo e as crianças, para a morte. Na sequência, Ilse foi também selecionada para o grupo de trabalhos forçados, mas o soldado impôs-lhe uma condição: conduzir as crianças até a câmara, o que fez. No exato momento em que assim procedia, alguém tirou uma foto, que somente muitos anos mais tarde, já vivendo nos EUA, ela teria oportunidade de vê-la, o que lhe traria de volta todo o conflito de culpa que havia conseguido abafar ao longo do tempo. Cerca de cinquenta anos depois do Holocausto, o seu “inferno” continuava a ser a memória daquilo que considerava ter sido uma covardia moral de sua parte; era a chamada síndrome do sobrevivente. Após mudar-se para os Estados Unidos, tentou ser judia, mas não se adaptou à doutrina. Mesmo assim, manteve a lembrança de que, naquela cultura, dizia-se que alguém poderia libertar-se da culpa por misericórdia dos “céus”, caso 13 pessoas justas lhe ouvissem a história. Por isso, buscou o Dr. Hollis, a primeira delas.
O ser humano é portador de todo o tipo de consciência. Ela não faz parte da estrutura física. Todos os indivíduos possuem a noção do certo e do errado, todos com disposição para o bem, podendo equivocar-se por influência do próprio histórico construído ao longo das existências. A consciência funciona, inclusive, fora da indumentária física. Os níveis de consciência atestam o estágio evolutivo em que a criatura humana se encontra.
O psicólogo e filósofo russo Pedro Ouspensky (1878 – 1947) estabeleceu que há quatro níveis ou estados de consciência. De maneira geral, o homem pode conhecer quatro estados de consciência, que são: a de sono sem sonhos; a de sono com sonhos; a de consciência de si mesma; e a de consciência cósmica. Assim, para um crescimento efetivo e produtivo será necessário que cada indivíduo se analise buscando perceber em que nível se encontra, ou por quais transita.
Introduzindo narrativas de experiências diversas, suas e de outros, o exímio orador foi envolvendo o público, tanto em emoção, com em sentimentos, levando-o a uma consciência mais apurada, demonstrando que é possível transitar pelos diversos níveis, embora não podendo, ainda, se fixar nos de mais alto grau, dominando a si mesmo, refreando os instintos e as sensações.
Todos, disse o ínclito arauto do evangelho, somos almas em direção a Deus, com Jesus sinalizando o caminho através da consciência, ou a voz do coração. Algo de bom nos dirá que não deveríamos fazer o mal. Fazer o bem, viver na liberdade do amor consciente sem a astúcia do ego, sendo solidário e altruísta, esse deveria ser o objetivo de todo o cristão. Quem ama é livre, quem ama sabe fazer, podendo olhar para traz sem tormentos de consciência, sem envergonhar-se do passado.
A segunda parte do minisseminário foi dividida com o Dr. Juan Danilo Rodríguez, espírita de Quito, no Equador. Fazendo um apanhado sobre a consciência em as obras fundamentais do Espiritismo, Juan destacou que a Lei Divina se encontra escrita em a consciência do ser humano. Jesus, o Cristo, exarou que a felicidade está em cumprir os preceitos da lei Divina através da sentença afirmativa de que é preciso amar a Deus acima de qualquer coisa ou circunstância, devendo igualmente amar o próximo como a si mesmo.
É fundamental estabelecer uma relação de amor para com a natureza, para com o outro e com toda a obra da criação divina. A análise diária é exercício que se impõe para identificar os pontos que necessitam atenção e esforço para que sejam melhorados, reformados. Desfrutar de paz mental é fazer o bem a qualquer pessoa, escutando-a ao menos. Em escutar, há a possibilidade de mudar o conceito do outro, fazendo o bem sem limites.
É necessário progredir consciencialmente, descobrindo as imperfeições, transformando-as em virtudes. Já não podemos mais permanecer indiferentes, omissos ou carentes em relação ao próximo. Tudo o que se fizer ao outro será a si mesmo que estará fazendo. A felicidade, portanto, é possível, basta cumprir a Lei Divina. Todo o ato que se possa fazer ao outro impulsionado pelo desejo de fazer o bem é gerador de alegria.
É importante ter a consciência de que cada um age sobre o outro provocando uma reação, isso se dá o tempo tudo. Para tal, narrou experiência pessoal em que foi tocado e desperto pelo olhar de um recém-nascido, desenvolvendo um sentimento de gratidão e reconhecimento, despertando para o amor.
Todos, absolutamente todos, disse Juan, temos o poder de afastar a dor de qualquer pessoa. Quem ajuda a afastar a dor do outro está pleno de condições. O sofrimento pode tocar o coração, a mente. Cada um tem a solução para a sua própria dor, só não o faz porque se conforma com a dor. Ser gentil e bom é dever do cristão consciente. A gentileza é uma joia que a criatura humana possui no coração para oferecer ao outro. Todos podem ser gentis, a gentileza é a joia que adorna o coração.
Dr. Juan Danilo estimulou para o autoestudo, educando a alma, tornando-se em alguém melhor, mais alegre e feliz, aprendendo com a própria experiência, convertendo-se naquele que se deseja ser. Dizendo que todos são responsáveis por amar ou não amar, perguntou: - Qual a responsabilidade que irão acolher no coração, hoje? A consciência busca o caminho da felicidade, assim, todos têm o poder de afastar a dor do outro. Não há culpados, mas ignorantes.
Divaldo Franco, retornando, salientou que a liberdade de consciência é muito relevante, merecendo atenção dos Espíritos por ocasião da codificação do Espiritismo. Livre é todo aquele que não se encontra preso ao passado. A liberdade de pensar é total e cada qual pode viajar através da imaginação, alcançando a liberdade plena, respeitando a liberdade do outro. A liberdade de agir está vinculada à responsabilidade de reconhecer os limites, as ações e reações provocadas no outro. A liberdade está adstrita ao respeito pela liberdade do outro e se expressa de várias maneiras.
A lucidez que se possa ter sobre liberdade é capaz de provocar percepções nobres apesar das circunstâncias em que os fatos ocorram, ou que os ambientes apresentem. Construir uma consciência cristã, desperta, livre, é viver o ideal, amando e retribuindo com amor. Há tantos necessitados, perguntemos ao amor e ele indicará a arte e a ciência de fazer o bem.
Uma consciência equivocada aprisiona, quando desperta liberta, torna o ser humano feliz ao ajudar o próximo, conquistando a paz e a tranquilidade. A humanidade necessita de mais ternura, de compaixão, de fraternidade, de solidariedade, de alegria de viver, de fazer o bem, de desenvolver a consciência do amor. Finalizando, e profundamente grato aos que o acolheram e à cidade de Santa Cruz do Sul, disse que se pudesse doar algo, doaria o seu coração. Com o Poema Meu Deus e Meu Senhor, de Amélia Rodrigues, Divaldo encerrou a profícua atividade recebendo em gratidão fortíssima salva de palmas, com os presentes em pé.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Registro. Divaldo Franco e Juan Danilo Rodríguez no Rio Grande do Sul. Santa Cruz do Sul.

29 de agosto de 2017
No início da tarde Divaldo Franco visitou a Associação Espírita Francisco de Assis e o Educandário Thales Theisen, quando, então, interagiu com a garotada, contando belas e divertidas histórias, tocando os seus corações, sensibilizando-os. Foram momentos de muita alegria, descontração e fraternidade.
À noite, o Dr. Juan Danilo Rodríguez, em estando acompanhando Divaldo Franco em atividade doutrinária no Rio Grande do Sul, proferiu uma conferência na sede da Sociedade Espírita À Caminho da Luz. Enio Medeiros destacou a data de 29 de agosto de 1831, quando renasceu no Brasil o emérito Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, patrono da instituição anfitrião, enaltecendo o seu alto senso de justiça, amor e caridade.
Juan Danilo, natural de Ambato, no Equador, é espírita, residente em Quito, a capital equatoriana. Querido amigo de Divaldo, é profissional da área de saúde, fundou a primeira instituição espírita do Equador, em Quito, o Centro Espírita Francisco de Assis, sendo seu atual presidente. Fundou, também, a Fundação Luz Fraterna, dedicada ao tratamento da síndrome autista. Neste seguimento escreveu o livro Alliyana, abordando o tratamento aos portadores de autismo. Alliyana é uma palavra originária da língua quíchua dos nativos do Equador e tem como significado sarar, que para a cultura andina, sarar, curar é esclarecer.
Dirigindo-se ao público que lotou a instituição, Juan Danilo foi o portador do abraço dos espíritas do Centro Espírita Francisco de Assis, dizendo que seus integrantes estudam com afinco a Doutrina Espírita, desenvolvendo o amor e a caridade. Sua conferência teve por tema central a vida futura. Salientando que todos têm dores físicas e emocionais, viajando na direção da felicidade, realizando experiências e sacrifícios.
De origem materialista, Juan Danilo defrontou-se com a mediunidade amplamente aflorada, mesmo antes de conhecer o Espiritismo. Tinha dúvidas sobre as mensagens recebidas, buscando comprová-las através do cruzamento de dados. Orientado por um mentor, resolveu estudar a Doutrina Espírita junto a outros companheiros que buscavam os mesmos ideais, eram todos espiritistas.
Tudo se compreende com a vida futura. As dores possuem seus alicerces nas ações do passado. Comprovando a imortalidade, narrou a história da menina Vitória, portadora de cardiopatia que a levou a desencarnar nos braços de Juan. Sentia muitas dores. Ligado emocionalmente à Vitória, sentia saudades e tristeza. Mais tarde, um casal amigo, materialistas, estão esperando o nascimento de um filho. Juan, então, no processo do sono físico, ficou sabendo que era Vitória de retorno. Retornaria com a mesma problemática cardíaca, porém, com possibilidades de cirurgia. Vitória tornou-se uma menina forte e alegre. Foi mais um fato comprovando a reencarnação. Na perpetuidade da vida, as dores são passageiras.
Outra faceta muito interessante envolvendo o jovem espírita foi a sugestão de uma mentora negra instigando-o a estudar a língua portuguesa. Embora não percebendo a utilidade do estudo e anuindo ao pedido insistente, passou a estudar o português com a mentora, que aconselhou a aprimorar a fluência e o conhecimento da língua, justificando que para o trabalho com Jesus é necessário um vocabulário maior e fluidez. Sua primeira experiência falando em público, em português, foi na Mansão do Caminho na presença de Divaldo Franco.
Assim, compreendendo que cada criatura humana é uma pedra na construção divina, das virtudes, como sentenciou Jesus a Pedro – serás a pedra onde se assentará a mensagem do amor. As mãos de Jesus para a construção do bem na Terra são as dos encarnados que possuem em Cristo a sua crença e fé. Frisou que todos somos pedras para construir o edifício de amor, de caridade, de fraternidade, de solidariedade.
Para tal, será necessário, em primeiro lugar, a humildade, isto é, o reconhecimento de todos os valores físicos, morais e intelectuais a serviço do bem. Em segundo, o cristão deverá viver na alegria. Os que trabalham no bem são alegres, apesar dos problemas ou das dores que possui. Se é feliz, alegre, trabalhando em favor do outro, possuindo a alegria de viver. O Espiritismo possui todas as respostas para o bem-viver. Em terceiro lugar, para a construção do bem na Terra será necessária a presença do amor. Somente se poderá sentir realizado amando. O verdadeiro amor não é sentido pelo corpo físico, pelas expressões das paixões, ligadas as emoções. As paixões e emoções são etapas do treinamento para oamor incondicional. Para amar será necessário ser abnegado, altruísta.
O cristão materialista, afirmou o seguro conferencista, busca respostas rápidas para suas dores e aflições, deseja milagres. O amor que muitos dizem sentir pelo outro esvai-se ante um equívoco, mesmo diante de inúmeros acertos, assim, já não ama mais a quem dizia amar. O verdadeiro amor se expressa por um olhar, uma expressão cordial, um sorriso, uma palavra de estímulo. A vida futura é muito importante, todos devem entender que a mesma começa a ser construída desde já.
Sobre o autismo, afirmou que é de origem espiritual, que não tem cura, podendo ser superado com trabalho. Está fundamentado em três fatores principais. 1º - a ruptura, a infração grave a Lei de Sociedade. Geralmente tiveram facilidade de comunicar-se e grande mobilidade, causando alienação e destruição de indivíduos. 2º - construção da independência, esses são geralmente muito inteligentes, exige um trabalho constante com eles, trabalhando principalmente a sensibilidade. 3º - a comunicação social deve ser trabalhada nos portadores de estruturas neurológicas e de expressão do sistema nervoso central.
Finalizando, narrou as ações do franciscano, contemporâneo de Francisco de Assis, que como autista seguia linearmente as indicações que lhe davam. Tratava-se do irmão Junípero.
O público, gratificado pelo conhecimento recebido, pôs-se de pé para aplaudir o conferencista calorosamente, recebendo inúmeros cumprimentos.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Registro. Divaldo Pereira Franco no Rio Grande do Sul Passo Fundo

28 de agosto de 2017

Retornando mais uma vez à Passo Fundo, Divaldo Franco proferiu uma conferência pública no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo. No espaço de tempo dedicado aos autógrafos, o lídimo trabalhador do Cristo concedeu breves entrevistas para diversos órgãos de comunicação social de Passo Fundo e região. A Prece de São Francisco cantada e tocada ao violão, asserenou o público, bastante disciplinado, dando início ao magnífico evento que reuniu em torno de 7.000 mil pessoas, acomodadas em ambientes internos e externos.
O Dr. Juan Danilo Rodríguez, de Quito, no Equador, espírita, querido amigo de Divaldo, profissional da área de saúde, fundou a primeira instituição espírita de Quito, o Centro Espírita Francisco de Assis, sendo seu atual presidente. Também é o fundador de uma instituição para tratamento da síndrome autista. Neste seguimento escreveu o livro Alliyana, abordando o tratamento aos portadores de autismo. Dr. Juan, em breves palavras, destacou que a língua do Espiritismo é o amor e a caridade. Tomado por esses sentimentos, dedica-se, há 17 anos, a auxiliar, estendo as mãos do conhecimento aos necessitados. Certo dia uma mentora incentivou-o a estudar o português, preparando-se para melhor auxiliar e se fazer compreender. O Espiritismo, disse, propicia tantas alegrias e felicidades. Para fruí-las será necessário abrir o coração.
Fernando Carlos Bicca, líder do movimento espírita regional e coordenador do evento, destacou sentir imensa alegria, saudando os presentes e aos internautas que acompanham o evento virtualmente. Enaltecendo os feitos de Divaldo em favor dos homens, frisou que o Semeador de Estrelas tem contribuindo grandemente para a melhoria do planeta, melhorando as criaturas humanas, tornando-as mais dignas, mais justas, honradas, éticas, amorosas. Passo Fundo o recebe com carinho e amor.
Chamado à tribuna, Divaldo Franco, ícone do Espiritismo na atualidade, sensibilizado, agradeceu as referências elogiosas a ele dirigidas, dizendo que havia aprendido a amar Passo Fundo desde que a visitou pela primeira vez há mais de 50 anos.
“Se um único homem atingir o mais alto grau de amor, será suficiente para neutralizar o ódio de milhões” (Mohandas Karamchand Gandhi), assim, começou a excelente conferência espírita. Incomparável, Gandhi mudou o conceito de paz entre as criaturas humanas.
Apoiando-se na obra “Perdão Radical, de Brian Zahnd, o conferencista narrou a história vivida por Simon Wiesenthal (31 Dez 1908 - 20 Set 2005), sobrevivente de campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, autor do livro Os Girassóis.
Estando no campo de Mauthausen, durante a Segunda Guerra Mundial, foi procurado por uma enfermeira que o levou a visitar um soldado alemão gravemente enfermo e que desejava falar com um judeu, pedir-lhe perdão. Karl Silberbauer, da Gestapo, já em seus últimos dias, implorou o perdão de Simon. Karl, tinha sido educado no cristianismo. Fascinou-se pelo discurso de Hitler, ingressando na juventude hitlerista, passando mais tarde a integrar a Gestapo. Nesta condição havia cometido vários atos de barbárie. Estava arrependido em seu leito de morte, havia sido ferido, agonizava.
No diálogo com Wiesenthal, Karl procurou se certificar que o seu visitante era realmente judeu. Convencido, solicitou dois favores, um era dizer a sua mãe que estava arrependido e que morrera cristão, relegando o nazismo, outro era ser perdoado por um judeu, levando em conta as atrocidades que cometera. Wiesenthal cumpriu o primeiro, já o segundo sentia-se incapaz de perdoar. Se fosse você, perdoaria? Perguntou Divaldo ao público, levando a uma reflexão sobre o perdão.
O grande desafio da criatura humana é a própria criatura humana. Interpretar a sua realidade é a proposta do pensamento filosófico. Ela não encontrou ainda a sua plenitude, a felicidade. Não logrou porque não teve a coragem de fazer a viagem interior em uma tentativa eficaz para autodescobrir-se, utilizando-se do amor, compreendendo que é um ser específico.
Apoiando-se nos estudos de George Gurdjieff e de seu discípulo Peter Ouspensky, Divaldo Franco, com seu verbo iluminado, discorreu sobre os quatros níveis de consciência do ser humano. De acordo com Peter Ouspensky, o ser humano pode ser catalogado em quatro níveis de consciência. Consciência de sono é o primeiro nível. Neste está a grande maioria, com raras exceções. É o estágio primário na escala de evolução. Ouspensky afirmou que pelas reencarnações o indivíduo vai adquirindo conhecimento e despertando a consciência. O segundo nível é o de consciência desperta. A criatura humana alcança o discernimento, dá-se conta que sua existência tem um significado psicológico. Consciência de si mesmo é o terceiro nível estabelecido por Ouspensky. Neste nível o autor apresenta as funções da máquina – o ser humano. A primeira função é a intelectiva. A segunda é a emocional. Na ordem estão as funções instintiva, motora e sexual. A sexta função é a emotiva superior e a intelectiva superior é a sétima. Estas funções devem ser administradas por essa consciência de si mesmo. Peter Ouspensky denominou o quarto nível como o de consciência objetiva, e que Allan Kardec chamou de consciência cósmica. O espiritismo conduz a criatura humana a ter vida em abundância, revelando com ênfase Jesus Cristo.
Utilizando-se de técnicas para que o público se descontraísse, Divaldo conduziu-os para o riso, uma verdadeira terapia de enriquecimento humano, elevando o padrão vibratório, destacando a certeza na imortalidade da alma, seu crescimento com o emprego do perdão, abandonando o ódio, a raiva, tornando-se amoroso, fraterno e caridoso. Deixar de viver na angústia, adotar a alegria de viver com amor, dando ao outro o direito de ser como deseja, é tarefa que se impõe.
Jesus disse ser a luz do mundo. Para viver nele e na luz será necessário realizar o exercício da solidariedade, servindo e amando sempre. Vale a pena amar, vale a pena perdoar. Finalizando o profícuo trabalho com o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo foi aplaudido de pé, demoradamente. Envoltos em vibrações de amor e profundo sentimento de servir, todos saíram levando em seus corações a esperança em dias melhores, compreendendo que são os construtores da era nova, a era do amor.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Registro. Divaldo Pereira Franco no Rio Grande do Sul Frederico Westphalen

27 de agosto de 2017
O Peregrino de Jesus, Divaldo Pereira Franco, tomando em suas mãos a tarefa de divulgar o Espiritismo, congregar corações e semear o amor, esteve pela primeira vez em Frederico Westphalen, proferindo uma conferência. O evento, organizado pelos Centros Espíritas Mensageiros da Luz e Caminhos da Luz, foi realizado no Ginásio do Itapagé. Durante a sessão de autógrafos, o Semeador de Estrelas concedeu rápidas entrevistas as Rádios Cruz Alta e Pop Rock FM; Rádio da Hora da Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen; Rádio Landell FM, de Palmeira das Missões; e para o jornal O Alto Uruguai, de Frederico Westphalen.
Um público de aproximadamente 3.500 pessoas foi recepcionado por belas interpretações musicais, harmonizando o ambiente. Assim, o Dr. Juan Danilo Rodríguez, de Quito, Equador, dileto amigo de Divaldo, e que acompanha a jornada iluminativa em terras gaúchas, que é médico, terapeuta holístico, psicólogo transpessoal, residente na cidade de Quito, no Equador, fundador e atual presidente do Centro Espírita Francisco de Assis, na capital equatoriana. Dr. Juan Danilo fundou, também, uma instituição para tratamento da síndrome autista, tornando, para esses, uma vida de mais equilíbrio e contato social, dignificando a criatura humana. É autor do livro Alliyana, com uma abordagem sobre o tratamento do autismo. Rapidamente o Dr. Juan apresentou o abraço dos espíritas de sua cidade, em especial do Centro Espírita Francisco de Assis, destacando o infinito amor de Jesus, tendo legado um tratado de convivência ética e moral para a humanidade.
Divaldo, assomando a tribuna, destacou que é natural que a existência terrena apresente eventos inesperados, intempestivamente, ocasionando mudanças dos projetos de vida, conduzindo a criatura para situações jamais imaginadas.
Iluminando corações, narrou comovente e real história publicada em 1939 intitulada “Estes Dias Tumultuosos” do escritor, jornalista holandês-canadense Pierre van Paassen (1895 – 1968), Pastor Luterano, consciente que o seu próximo deve ser compreendido e amado. A história se refere a um jovem francês de nome Ugolin. Pierre van Paassen perdeu todos os membros de sua família na II Guerra Mundial.
Ugolin foi um jovem portador de deformações físicas provocadas pela violência paterna e que viva pelas ruas parisienses do pós-guerra. Abandonado e excluído da sociedade, ele vivia da generosidade alheia e de pequenos favores. Órfão, possuía somente como família a irmã. Ela vivia da prostituição.
Pierre van Paassen e Ugolin tornaram-se amigos. O afeto mútuo os unia, plenificando-se em carinho e amor. No desenrolar dos dias o convívio entre ambos se estreitou. Como se aproximava o natal, Ugolin solicitou de presente um par de sapatos.
O escritor aguardava a noite de Natal para entregar a Ugolin o par de sapatos tão desejado. Na noite, véspera do Natal, Ugolin não apareceu. Um grupo de jovens alcoolizados amarraram o jovem excluído a um poste após despi-lo, surrando-o barbaramente.
Diante da balbúrdia, o Abade de La Roudaire, sacerdote da igreja local, interferiu, fazendo com que os delinquentes fugissem. Retirando do posto o jovem exangue, o abade levou-o até a casa paroquial para ali passar a noite. Pela manhã, o religioso não o encontrou no leito onde o tinha deixado.
Mais tarde o abade soube que Ugolin havia cometido suicídio. Sua irmã, ao tomar conhecimento dos fatos, não suportando a dor e desalentada, igualmente cometeu o suicídio.
Apesar de a Igreja Luterana proibir atos litúrgicos aos suicidas, o funeral de ambos foi oficiado pelo abade, que após orar junto aos corpos dos irmãos, cujas vidas foram de aflições, sofrimento e abandono, dirigiu-se aos fiéis que lotavam a igreja afirmando que aqueles jovens infelizes não seriam considerados por Deus como suicidas, mas na condição de assassinados pela maldade e crueldades humanas. No sermão, o abade, se dirigindo ao público, formulou um questionamento hipotético de Deus: Abade de La Roudaire que fizestes das ovelhas que te confiei? Feito essa pergunta três vezes, o abade responde: Não foram ovelhas que tu me mandaste, eram lobos sob peles de ovelha. Essa instigante, comovente e real história encontra-se estampada, em detalhes, no livro Divaldo Franco e o Jovem, da Editora LEAL.
A narrativa despertou a emotividade. Tanto o autor da história, Pierre van Paassen, quanto o abade de La Roudaire, não conseguiram consolar e auxiliar mais efetivamente a Ugolin e a irmã, pois que não aceitavam a doutrina da pluralidade das existências e por essa razão não conseguiram explicar as razões do grande sofrimento de ambos ante a vida. Teria Deus os esquecidos ou tratava-se de castigo da Divindade? Era a questão insistentemente formulada por Ugolin e que o religioso e o escritor não conseguiam responder adequadamente.
O princípio da reencarnação – associado ainda à existência de Deus, a possibilidade de comunicação entre ambos os planos da vida, a existência da alma e o seu progresso gradativo e a pluralidade dos mundos habitados -  formam a base da Doutrina Espírita.
A Doutrina Espírita faculta o desenvolvimento de objetivos transcendentais, além de ser O Consolador prometido por Jesus que vem explicar que os sofrimentos têm uma razão de ser. Não se trata de castigo, mas sim, oportunidades que a Divindade oferece – a lei de Ação e Reação – ou por necessidade de evolução, criando oportunidades para o desenvolvimento de qualidades. As reencarnações, juntamente com a imortalidade da alma, formam o magnífico mecanismo para o reajuste com as Leis Soberanas. Compete ao ser humano, de posse desse conhecimento libertador, tornar-se instrumento com o qual irá construir a evolução moral e espiritual.
Não há, portanto, razão para que a criatura humana se deixe envolver pelo pessimismo dos dias atuais e que rondam a sociedade, nos estertores desse Mundo de Provas e Expiações. Relacionando com a palpitante história, Divaldo Franco foi alinhando formulações à luz de O Evangelho de Jesus, consolando e esclarecendo àqueles miseráveis que perambulam pelas cidades. Saibamos, disse Divaldo, descobrir os invisíveis da sociedade, acolhendo-os, sendo-lhes solidários, fraternos e caridosos.
Amai-vos uns aos outros! Vale a pena amar, repartir a esperança, acreditar no outro. Cada indivíduo deveria se sentir tocado pelas mãos de Deus, que chega em forma bênçãos generosas, tendo a honra de fazer o bem. As mágoas devem ser deixadas de lado, abrindo possibilidades para agradecer pela vida e como ela se apresenta.
Apesar dos dias tumultuosos da atualidade, onde as aflições, ódios, intolerâncias, sofrimentos e violências, dias em que as pessoas – ao invés de se amarem umas às outras como preconizado por Jesus – elegem se armarem umas contra as outras – no âmbito material e emocional -  urge aceitar e viver a proposta de Jesus, amando mais, tornando-se mais gentis, tolerantes, pacíficos e  mansos, em acordo com os ensinamentos registrados no Sermão da Montanha,  permitindo a formação de uma humanidade mais justa e feliz. Declamando o Poema da Gratidão, Divaldo Franco, ensejou a oportunidade para muitas reflexões, convictos na reencarnação, na imortalidade da alma e do ajuste às Leis Soberanas. Os generosos aplausos foram os agradecimentos dos corações ternos ao ínclito orador baiano.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

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domingo, 27 de agosto de 2017

Registro. Divaldo Pereira Franco em Chapecó, SC

Chapecó, 26 de agosto de 2017
Governador de Santa Catarina recebeu Divaldo Franco em Chapecó.
O Governador Raimundo Colombo recebeu Divaldo Franco no aeroporto de Chapecó. Divaldo procedia de Lages, onde na noite anterior havia proferido uma conferência espírita.
Inteiramente dedicado ao próximo e atendendo convite, Divaldo Franco manteve um diálogo com algumas famílias das 71 vítimas que pereceram no acidente aéreo em 19 de novembro de 2016, na Colômbia, sendo a maioria de jogadores da Chapecoense, dirigentes esportivos e profissionais da imprensa. O evento sensibilizou vários países, desencadeando um movimento de solidariedade e de fraternidade.
Ao chegar para desempenhar o seu compromisso na Arena Condá, Divaldo atendeu rapidamente os profissionais de imprensa da NSC – Rede de Televisão Catarinense e a Rádio Chapecó, passando a conceder autógrafos a seguir. O público presente foi estimado 7.500 presentes. A mídia eletrônica – FEBTV, FECTV e Web Rádio Fraternidade – somaram mais de 14.000 acessos registrados.
Diversas autoridades políticas, esportivas e espíritas estiveram presentes ou representadas, entre elas o Prefeito de Chapecó, Luciano Buligon e o representante da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. O evento teve, também, por objetivo comemorar o centenário da aprazível Chapecó.
Divaldo foi homenageado pelo seu 90º aniversário e pelos 70 anos de oratória espírita, completando, assim, o destaque dessas ocorrências, que havia se iniciado em Florianópolis e depois em Lages. Os sentimentos expressos são de gratidão pela mensagem apostolar da fraternidade, divulgando as máximas do Cristo. Divaldo Franco é um idealista incomparável que esteve em Chapecó pela primeira vez no ano de 1979, retornando mais quatro vezes, fazendo-se ponte entre os homens e Deus.
O nobre orador, sensibilizado, agradeceu a lembrança da Federação Espírita Catarinense, dizendo que o registro o remete a fazer profundas reflexões, transferindo a homenagem aos lídimos trabalhadores espíritas catarinenses.
Com dois grandes pensamentos: o primeiro, de Marco Túlio Cícero, afirmava que a História é a pedra de toque que desgasta o erro e faz brilhar a Verdade; o segundo, de Lord Francis Bacon, preconiza que uma filosofia superficial leva ao materialismo, mas uma filosofia profunda leva à Deus, à verdadeira religião. Apoiando-se nesses pensamentos, Divaldo demonstrou que a História, desde a Antiguidade Oriental até os dias atuais, é um manancial inexaurível de informações que comprovam a imortalidade da alma.
O inolvidável orador, como exímio professor, destacou vários fatos históricos envolvendo religiosos e pesquisadores, que através da mediunidade se expressaram sobre fatos ocorridos em locais distantes, guardando a hora precisa em que se desenvolveram. Outros, onde a mediunidade anuncia fatos a ocorrerem e que se concretizaram, confirmam os registros históricos.
A criatura humana na busca de conhecer-se e conhecer o mundo em que vive, emprega esforços para compreender fatos cujas origens são transcendentes e que boa parte dos homens de ciência rejeitam. A mediunidade, faculdade orgânica do ser humano, esteve e está presente nos atos de todos, colaborando para a construção de dias melhores.
Em sua narrativa histórica, Divaldo dissecou vários episódios, como a separação entre ciência e religião; o advento da Doutrina Espírita; o amor apresentado aos homens por Jesus. Coube ao Espiritismo revelar e comprovar, pela mediunidade, que a vida não se interrompe com a morte do corpo físico, que o ser pensante sobrevive e preexiste à indumentária carnal.
Jesus, o inigualável amigo, conjugando o verbo amar, ensinou a necessidade do perdão e da compreensão, da caridade e da solidariedade, da ética e da moral, da verdade que liberta e da mentira que aprisiona, da hipocrisia e da benevolência, da violência e da paz, tudo para que o homem tivesse vida em abundância. O amor é força criativa e sustentadora.
Modernos astrofísicos, pelas pesquisas, concluem que Deus e o Espírito são existências palpáveis, fazendo uma ponte entre a ciência e a religião. A mediunidade sempre esteve presente no curso da evolução humana, desde a sua criação. Na atualidade, homens notáveis se dedicam a comprovar a existência e a manifestação do Espírito. Assim, pouco a pouco o véu que encobria parcela da verdade está sendo levantado, deixando à mostra uma realidade insofismável, o Espírito e suas ações no meio físico e extrafísico.
Francisco de Assis, Francisco Cândido Xavier, e outros, são emissários divinos junto aos homens, auxiliando o progresso da humanidade. A Doutrina Espírita, com sua trilogia, ciência, filosofia e religião, é a expressão do amor de Deus se disseminando coletivamente. Vários casos de mediunidade foram apresentados, inclusive os referentes ao médium orador e conferencista Divaldo Franco, que, desde os quatros anos de idade, confabula com os Espíritos desencarnados.
É a sobrevivência da vida. O Espiritismo realizou a maior façanha filosófica, matou a morte. A Doutrina Espírita dá a certeza da imortalidade da alma. Os ditos mortos estão vivos.
Finalizando, Divaldo Franco destacou que, ao homenagear o centenário de Chapecó, felicitou os seus cidadãos, com a certeza de que o amor sobrevive a qualquer equação. Aos sobreviventes da tragédia que abalou o município, em especial, incentivou-os a dizerem que amam seus afetos e que lhes devotam gratidão. Recitando o Poema da Gratidão, Divaldo encerrou sua brilhante abordagem, demonstrando a sobrevivência da alma humana e suas relações com o mundo físico.
O Prefeito, tomando a palavra, agradeceu a visita de Divaldo, enaltecendo o amor, Os aplausos que se sucederam, atestaram o carinho e a devoção dos presentes, reconhecendo o quanto somos gratos ao nobilitante trabalho desenvolvido por esses Espírito de Escol, Divaldo Pereira Franco, o Semeador de Estrelas.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
(Recebido em email de JorgeMoehlecke)

Registro. Divaldo Pereira Franco em Lajes, SC

25 de Agosto de  2017

Quer salvar o mundo, comece a arrumar a própria cama. (Divaldo Franco)
Ao chegar no Clube de Caça e Tiro, onde faria a conferência, Divaldo Franco, enquanto atendia aos autógrafos, concedeu entrevista aos meios de comunicação social da região. Com belas interpretações musicais o ambiente foi se harmonizando, preparando os assistentes para mais um grande evento.
O Dr. Juan Danilo Rodríguez, médico, terapeuta holístico, psicólogo transpessoal, residente na cidade de Quito, no Equador, fundador e atual presidente do Centro Espírita Francisco de Assis, em Quito, querido amigo de Divaldo Franco, está acompanhando o atual roteiro doutrinário em terras catarinenses. Instado a dirigir algumas palavras ao público, Dr. Juan apresentou os cumprimentos dos espíritas de Quito, discorrendo sobre o seu contato com a mediunidade, há 17 anos, deixando uma mensagem de otimismo e confiança nos propósitos divinos.
Divaldo Franco, aquele que decidiu servir Jesus onde quer que se encontre, destacou que na vida de todas as criaturas humanas sucede algo de inusitado, levando-as a reflexões profundas, ensejando oportunidade para compreensão da transitoriedade do corpo e sua finitude, bem como os eventos que corroboram as manifestações da vida além-túmulo.
O trator de Deus, assim denominado por Chico Xavier, Divaldo Franco narrou os fatos que levaram o Bispo James Pike (Fev 1913-Set 1969), da Igreja Anglicana nos Estados Unidos da América, a colocar a prova as suas convicções e fé sobre a vida espiritual e o destino daqueles que passaram a viver no mundo dos espíritos. O Bispo Episcopal Pike, americano, escritor foi uma das principais figuras religiosas anglicana.
Suas opiniões francas sobre muitas questões teológicas e sociais fez dele um respeitado religioso. Suas convicções teológicas e sua fé foram profundamente abaladas com o inusitado suicídio de seu filho Jim Pike. Destaca-se, nesta história, que o impacto emocional, aliado a muitas dúvidas teológicas sobre o destino dos que deixam o plano físico, provocam momentos de grandes reflexões, e que, se claras e profundas, conduzem a mudanças expressivas. O Bispo Pike escreveu sua autobiografia cujo título é: Do Outro Lado, narrando a sua saga e as convicções que foi conquistando ante fatos inegáveis.
Essa bela, real e comovente história, onde a mediunidade está muito presente, encontra-se catalogada, com detalhes, na obra Um Encontro com Jesus, da Editora LEAL.
Com sua verve esclarecedora e consoladora, o humanista Divaldo Franco foi acrescentando informações iluminativas, ensejando reflexões de cunho transformador, pois que, aos que o escutaram com atenção, lograram alcançar transformações éticas, morais e espirituais, preparando-se para compreender os eventos inusitados que costumam visitar a vida de muitos.
O Espiritismo, disse, é a ciência que estuda as relações entre o mundo espiritual e o físico, bem como os efeitos de um sobre o outro. O sentido da vida, tem ensinado Divaldo, é amar. E nesses tempos de crise econômica e moral, a necessidade de amar o próximo, como a si mesmo, é imperativa, sempre visando a construção da paz mundial a partir da pacificação de cada um, exercendo a fraternidade.
O Espiritismo é a mensagem do Cristo redivivo, enaltecendo e esclarecendo a proposta do amor incondicional. Para um mundo melhor será necessário construir uma família melhor, célula de suma importância na economia social, preparando ética e moralmente o ser humano. Nessa construção, a solidariedade não deve ser negligenciada. Assim, a felicidade, será a arte de ser útil ao outro. A proposta da Doutrina Espírita é a de tornar o ser humano melhor.
Narrando histórias de grande impacto emocional, onde o amor é o protagonista, consolando e acolhendo as almas aflitas e perturbadas, Divaldo destacou que o amor é o bálsamo reparador que se faz presente pelas mãos solidárias, fraternas e acolhedoras. Tocando os corações e as mentes dos atenciosos presentes, Divaldo colocou na intimidade de cada um os óleos do amor que acolhe e soergue os viajores da vida.
Quer salvar o mundo, comece a arrumar a própria cama, isto é, torne-se útil para si mesmo e para os que te estão próximos, sentenciou o nobre divulgador espírita.
Após encerrar a sua magnífica conferência, Divaldo Franco foi homenageado pela Federação Espírita Catarinense pelos seus 90 anos de existência e pelos 70 de oratória espírita, recebendo mais uma parte das homenagens que se iniciaram em Florianópolis e que se encerrarão em Chapecó. Os aplausos foram efusivos, demorados, com o público composto por 1.700 pessoas que se postaram de pé reverenciando e em gratidão ao emérito espírita de Feira de Santana/BA, símbolo do Espiritismo no Brasil e Exterior.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Registro. XXVII Feirão pró-Mansão do Caminho no Rio de Janeiro, RJ

O XXVII FEIRÃO PRÓ-MANSÃO DO CAMINHO, realizado no Museu Militar Conde de Linhares (Avenida Pedro II, 383, São Cristóvão, Rio de Janeiro), neste domingo dia 13 de agosto, no horário de 9 às 18 horas foi, a exemplo dos anos anteriores, um encontro de solidariedade, confraternização, encontros, reencontros e, acima de tudo, uma sincera manifestação de amor pelos nossos semelhantes.

O evento promovido e organizado pelo Grupo Espirita Caminho da Esperança (GECE) - Rua Aristides Lobo, 51 - Rio Comprido, Rio de Janeiro, que há 27 anos realiza o encontro cuja finalidade é agradecer a Divaldo Pereira Franco que encerrava suas atividades, este ano, em sua tradicional temporada em nosso estado e principalmente contribuir com a Mansão do Caminho na arrecadação de recursos para a manutenção das despesas de dia-a-dia.

Começou com Ana Guimarães e outros dirigentes do CECE, agradecendo mais uma vez a colaboração dos espíritas, vindos de diversas cidades do país e algumas do exterior, naturalmente sendo a maioria de nosso estado. Em seguida, Anete Guimarães fez a prece de abertura, aguardando Divaldo Franco, que logo em seguida chegou.

Os representantes de cada barraca foram chamados à presença de Divaldo Franco, instalado em um estande especialmente montado para recepção, autógrafos e entrevistas, ocasião em que agradeceu carinhosamente a cada um, entregando-lhes uma pequena lembrança.

Em seguida, o orador baiano, proferiu um minisseminário para um público em torno de 650 pessoas.

À tarde, Divaldo Franco, concedeu entrevista à repórter Fernanda Graell, da Rede Globo de Televisão que já havia circulado pela feira e entrevistado à Ana Guimarâes coordenadora e responsável pela organização do evento. Em seguida Divaldo Franco iniciou a sessão de autógrafos.

A Mansão do Caminho (http://www.mansaodocaminho.com.br/) , obra assistencial do Centro Espírita Caminho da Redenção, voltada inteiramente para a assistência social, à saúde e à educação, fundada no dia 15 de agosto de 1952, é um admirável complexo, localizado na Rua Jayme Vieira Lima, nº 104 - Pau da Lima, Salvador - Bahia, contando com 50 edificações, fora as construções em andamento, distribuídas em ruas, bosques e lago, numa área de 78.000 metros, onde são atendidas três mil crianças e jovens de famílias de baixa renda, inclusive suas famílias, num total de quase cinco mil pessoas.

Com uma palestra final proferida da sacada do museu com o público acomodado no pátio da feira, Divaldo Franco, O Semeador de Estrelas, encerrou sua temporada de palestras - 2017, no Rio de Janeiro.

Texto e fotos: Luismar Ornelas de Lima

(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Artigo de Divaldo Franco publicado no jornal “A Tarde” Salvador, BA

Divaldo - Jornal A Tarde

A morte incompreendida
                                                                      #ArtigoDivaldoFranco


O escritor inglês Somerset Maugham, escrevendo, à oriental, narra uma história muito peculiar, que tentarei sintetizar.

Vivia numa casa de campo, em Bagdá, um homem rico, possuidor de um hábito especial. Diariamente usava uma erva perfumada que mandava comprar no mercado.

Um servo jovem era incumbido da tarefa, havendo sucedido-lhe um dia ter um encontro com a morte em plena praça. Ante a surpresa de ambos, a mesma introduziu a mão na capa negra e retirou uma pequena caderneta. Aproveitando-se da ocorrência, o moço disparou numa correria à herdade e disse ao amo que a havia encontrado e tinha certeza que ela viera arrebatar-lhe a vida.

Como existia uma propalada informação de que a morte não encontrando a sua vítima, concedia-lhe mais dez anos de vida, ele solicitava o auxílio do senhor.

Comovido, o amo ofereceu-lhe o melhor cavalo, a fim de que ele fugisse da cidade para Samarra.

Ao cair da tarde daquele mesmo dia, o patrão foi realizar a compra, quando encontrou a terrível megera. Enfrentou-a e perguntou-lhe por que, pela segunda vez, o perturbava. Ignorando de que se tratava, a detestável pareceu surpresa e, ao tomar conhecimento, explicou-lhe que também ela estava assustada, porque tinha, sim, um encontro com aquele jovem, mas não pela manhã, e sim, à tarde, quando seguia a Samarra naquele instante.

O escritor reporta-se à inevitabilidade do fenômeno da morte.

Quando se está preparado, aguardando-a, ela não vem, mas ao contrário, quando menos se espera, ei-la presente.

Num lar ditoso, é capaz de abandonar o idoso enfermo e optar por consumir o jovem ou a criança sonhadora, deixando sombras e dores indefiníveis.

A morte orgânica é uma fatalidade imprevisível.

Tudo que nasce, morre.

Indispensável que todos pensemos com certa frequência na consumpção orgânica através da morte do corpo e interroguemos o que lhe sucederá.

Filósofos, poetas, escritores, artistas, sábios de todos os tempos têm-se voltado para o estudo desse fenômeno, e a maioria concluiu que a vida não se acaba quando o corpo se extingue.

A experiência carnal é bênção que permite ao ser humano desdobrar a presença divina que nele reina e alcançar a plenitude através das sucessivas reencarnações.

Em cada etapa o indivíduo escreve o futuro, construindo a alegria de uma existência saudável ou o sofrimento com o caráter redentor dos lamentáveis comportamentos a que se haja entregado no passado.

É indispensável, pois, que todos pensemos naquilo que acontecerá ao Espírito que somos, após a libertação carnal.

Sócrates, quando condenado, no instante da desencarnação asseverou que iria comprovar o que ensinara, tal a certeza da sobrevivência que o animava a sofismar e acreditar na imortalidade.



Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 15-06-2017.
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ESPANHOL

  La muerte incomprendida
                                                              Artículo de DivaldoFranco
                                                publicado en el periódico A Tarde
                                                         (Bahia, Brasil) el 15/06/2017.


  El escritor inglés Somerset Maugham escribió, con influencia oriental, una narración muy peculiar que trataré de sintetizar.
  Vivía en una casa de campo, en Bagdad, un hombre rico que poseía un hábito especial: a diario utilizaba una hierba perfumada que enviaba a comprar en el mercado.
  Un servidor joven estaba encargado de la tarea, hasta que un día tuvo un encuentro con la muerte, en medio de la plaza. Ante la sorpresa de ambos, esta introdujo la mano en la capa negra y extrajo una pequeña libreta. Aprovechando la situación, el joven huyó a la carrera hacia la heredad y le relató a su amo el encuentro que había tenido, quedándole la certeza de que ella venía a arrebatarle la vida.
Como existía una difundida información acerca de que la muerte, cuando no encontraba a su víctima, le concedía diez años más de vida, él le solicitaba auxilio a su amo.
Conmovido, el amo le ofreció el mejor de sus caballos, a fin de que huyera de la ciudad para dirigirse a Samarra.
Al caer la tarde de aquel mismo día, el patrón fue a hacer las compras y encontró a la terrible bruja. La enfrentó y le preguntó por qué -por segunda vez- lo perturbaba. Ignorante de qué se trataba, la detestable pareció sorprenderse y, al tomar conocimiento, le explicó que también ella estaba asustada, porque había tenido, en efecto, un encuentro con aquel joven, pero no por la mañana sino a la tarde, en el instante en que iba a Samarra.

El escritor se refiere a la inevitabilidad del fenómeno de la muerte.

Cuando se está preparado, aguardándola, esta no llega; pero al contrario, cuando menos se la espera, he aquí que se hace presente.

En un hogar dichoso es capaz de abandonar al anciano enfermo y optar por consumir al joven, o al niño soñador, dejando sombras y dolores imposibles de definir.

 La muerte orgánica es una fatalidad imprevisible.

 Todo lo que nace, muere.

Es indispensable que todos pensemos, con cierta frecuencia, acerca de la consumición orgánica a través de la muerte del cuerpo, y nos preguntemos qué le sucederá.

  Filósofos, poetas, escritores, artistas, sabios de todas las épocas, se han dedicado al estudio de ese fenómeno, y la mayoría ha concluido que la vida no se acaba cuando el cuerpo se extingue.

 La experiencia en la carne es una bendición que permite al ser humano desplegar la presencia divina que en él reina y alcanzar la plenitud a través de las sucesivas reencarnaciones.

En cada etapa el individuo escribe el futuro, construyendo la alegría de una existencia saludable o el sufrimiento, con carácter redentor de los lamentables comportamientos a que se haya entregado en el pasado.

Es indispensable, pues, que todos pensemos en aquello que le acontecerá al Espíritu que somos, después de la liberación carnal.

Sócrates, cuando fue condenado, en el instante de la desencarnación manifestó que iba a comprobar lo que había enseñado, tal era la certeza de la supervivencia, que lo animaba a argumentar y creer en la inmortalidad.



Artículo publicado en el periódico A Tarde, columna Opinión, el 15-06-2017.
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(Textos recebidos em emails da Tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)