sábado, 22 de fevereiro de 2014

Registro. Divaldo Pereira Franco, palestra em Mossoró, RN

14/02/2014
            O semeador da Boa Nova à luz da Doutrina Espírita, Divaldo Pereira Franco, retornou às terras mossoroenses, dez  anos depois de sua última passagem por lá.
            Ao chegar ao belo Teatro Dix-huit Rosado, Divaldo foi aplaudido de pé pelo público que lotou  (cerca de 1000 pessoas)as dependências dessa casa de espetáculos, pela primeira vez recebendo um evento de caráter cultural e religioso.
            Mais de vinte e uma cidades de diversos estados estiveram representadas no local  e muitas outras acompanharam pela internet ou pela TCM (TV a Cabo de Mossoró) a palestra do tribuno baiano.
            Divaldo narrou a história do Bispo Pyke e seu filho Jim, recheando-a de reflexões em torno dos dilemas teológicos do religioso anglicano, da mediunidade, da imortalidade da alma, da relação do homem com Deus, da problemática da droga que avassala populações, conclamando a todos para o autoencontro e o encontro com Deus, através da harmonização da criatura com a lei divina ou natural. O Bispo Pyke assistiu a mais de 10 sessões mediúnicas com a médium Ena Twig e em São Francisco realizou uma conferência relatando sua experiência e afirmando sua crença na comunicação dos espíritos.
            Concluindo sua palestra Divaldo destacou  a necessidade do não-revide, do investimento na paz e destaca o convite do Espiritismo  para que vivamos o Evangelho e estejamos em permanente avaliação acerca de nossos valores, sentimentos, metas e ações.
            No encerramento proferiu a prece através da página Poema da Gratidão.

Fotos: Raul Pereira
Texto: Sandra Maria Borba Pereira  
Abraço-Jorge Moehlecke
 (Informações e fotos recebidas em email de Jorge Moehlecke)



Registro. Divaldo Pereira Franco profere conferência no Clube Juventus . São Paulo, SP

São Paulo/SP, Domingo, 09/02/2014 –  No dia 09/02/2014, na sede social do Clube Juventus, na cidade de São Paulo/SP, às 19h30min, foi realizada a conferência pública com o médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco, marcando o início das celebrações no Estado de São Paulo do sesquicentenário da obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, e que compõe a codificação da Doutrina Espírita. O palestrante iniciou a sua brilhante oratória evocando a figura de Ciro, rei dos Persas, que conquistara a Babilônia e libertara um grupo de judeus, pedindo-lhes que reerguessem o templo de Jerusalém, para se repetir as glórias do passado. No entanto, durante cerca de 400 anos, as vozes proféticas do mundo espiritual silenciaram, em razão do distanciamento daquele povo em relação às tradições da doutrina de Moisés. Os fatos históricos narrados prosseguiram, passando-se pelo primeiro triunvirato da República Romana, com Pompeu no poder, e atingindo-se o período do segundo triunvirato, cuja governança estava nas mãos de Caio Júlio César Otávio, o Augusto, quando estabeleceu-se a paz romana em todas as regiões dominadas, fato que sempre chamara a atenção dos historiadores, que se questionavam sobre qual a razão daquela mudança significativa no governo de Roma e no comportamento das terras governadas. Augusto era um líder diferente, pois que amava as artes, a beleza e a paz. Foi adicionado outro detalhe fundamental para a compreensão daquele fenômeno: muitos Espíritos extremamente belicosos, como Cipião, o Africano, Alexandre Magno da Macedônia e outros títeres, foram impedidos de se reencarnar na Terra por um determinado período, a fim de que o planeta pudesse experimentar a paz. Era a providência divina interferindo nos destinos do orbe. Augusto era uma alma nobre e devidamente preparada para organizar os domínios de Roma para a chegada de uma legião de Espíritos de escol que se revestiriam da indumentária carnal a fim de participar do banquete celestial que se concretizaria com a vinda, logo mais, de Jesus à paisagem física da Terra. Foi durante o governo déspota e arbitrário  de Herodes, o Grande, rei dos Judeus, que nasceu Jesus. Ernest Renan, filósofo e historiador francês, afirmaria que Jesus era uma homem incomparável, tão grande que não coube na História e dividiu-a em antes e depois de sua chegada neste mundo. Divaldo elucidou que Jesus veio à Terra para inaugurar a era sublime do Amor, afirmando que Buda houvera falado da auto-iluminação, da compaixão, da paz, mas não do Amor, que Akhenaton houvera estabelecido o monoteísmo, mas não se referira ao amor, e que outros excelentes pensadores e missionários houveram trazido as suas grandes contribuições, mas que ninguém conseguira falar do Amor como Jesus, porque a Sua descida ao orbe marcaria a grande saga da transformação moral da Humanidade para melhor. Jesus saiu de sua vida simples, dos trabalhos simples na marcenaria de seu pai, nas cercanias de Nazaré, para a sua aparição na sinagoga, quando interpretou as profecias de Elias e de outros profetas; e então seguiu a sua missão, tendo alcançado o momento magnífico quando cantou ao mundo o hino das bem-aventuranças. Se, antes, o vencedor era quem esmagava o outro no campo de batalhas e herói era o que submetia os demais ao tacão arbitrário da violência, com Jesus, o vencedor era o que usava da força para vencer as próprias paixões inferiores e herói era o que se libertava das más inclinações. Divaldo recordou que uma das mais notáveis psiquiatras, a Dra. Hanna Wolff, chegou a escrever um livro sobre Jesus, afirmando ser a sua mensagem a mais profunda psicoterapia existente no mundo até os nossos dias. Outro dado recordado foi o de que Jesus é a vida mais biografada no planeta, o que demonstra a sua grande importância para toda a Humanidade. Para demonstrar que a divina providência nunca se afasta de nós, foi narrada a aparição de Jesus, após sua desencarnação, aos 500 da Galiléia, que lhes deixou o convite de trabalho de divulgação da mensagem do Evangelho para todas as gentes, obra que se estenderia por vários séculos, com a reencarnação daqueles Espíritos ao longo da História. Um sério questionamento foi proposto a todos: o que temos feito da mensagem de Jesus? Foram narradas as diversas dissidências ocorridas após o retorno de Jesus à pátria espiritual, as quais se iniciaram apenas 16 anos depois da sua partida, assim como as perseguições implacáveis aos cristãos, cuja cifra de mortos chegaria ao número superior a 1 milhão de vítimas. Divaldo destacou o surgimento, no século II,  das grandes figuras da Patrística, os chamados pais da Igreja, como Orígenes, Tertuliano, Jerônimo, Agostinho de Hipona, Proclus, Jâmblico, os herdeiros da escola neo-platônica de Alexandria, e asseverou que cada qual, em vez de seguir a pureza dos ensinamentos de Jesus, apresentou a sua visão pessoal e conclusões próprias sobre a mensagem do Cristo. Foram também recordados o surgimento das denominadas heresias, com as doutrinas de Marcion, que teria os seus seguidores, também o surgimento dos denominados arianistas, os descendentes de Atanásio, e a multiplicação das correntes de interpretação dos ensinamentos cristãos. Divaldo narrou que no ano de 553 d.C. ocorreu o 2o. Concílio de Constantinopla, ocasião em que o imperador Justiniano, para atender a um pedido de sua esposa, falecida anos antes, tornou herética toda a doutrina de Orígenes, o que incluia o dogma da reencarnação. Um pouco antes, em 13 de junho de 313, surgia o Edito de Milão, tornando o Império Romano neutro em relação às religiões e impondo o fim das perseguições religiosas. Os templos pagãos foram transformados em catedrais faustosas e a doutrina cristã empalidecia na medida em que a luxúria, o poder, iam tomando conta das consciências. É nesse período que o Papa Damaso pede a Jerônimo que reúna os escritos sobre a mensagem de Jesus, e ele os agrupa, estuda, analisa, determina os que seriam chamados de canônicos e aqueloutros que seriam os apócrifos, e faz surgir, assim, a primeira versão da vulgata latina, a qual, com o tempo, teria outros textos nela inseridos, os chamados deutero-canônicos. A vulgata latina, por causa dos interesses mundanos, sofreu várias traduções, adulterações, interpolações. O palestrante chamou a atenção para algo importante: aquela que era a doutrina dos perseguidos, quando aliou-se ao poder temporal passou a ser a doutrina dos perseguidores. Na noite medieval, surgiram as cruzadas para a conquista dos chamados lugares santos e ocorreu a criação do Santo Ofício. Então, novamente a providência divina intercedeu nos destinos da Terra e Jesus enviou o seu discípulo João, que se reencarnaria como Francisco de Assis, para restaurar a sua mensagem, revivendo os ensinamentos do Mestre em sua pureza. Divaldo, em perfeita sequência cronológica da História, trouxe outro fato marcante, relatando que no século XV, na Tcheco-Eslováquia, outro Espírito de escol reencarnou-se para resgatar a mensagem de Jesus, João Huss, que tomou contato com as lições de John Wycliffe e passou a defender a necessidade de que o povo pudesse ler o Evangelho no idioma nacional, sendo por isso, perseguido e levado à Constança, na Alemanha, pelo então bispo, onde foi julgado e condenado à morte na fogueira. No momento de seu martírio, ele teria anunciado que viria dia em que o pato, “Huss” no seu idioma, voaria tão alto que as chamas não mais o alcançariam, pre-anunciando o seu futuro retorno, agora na condição do codificador do Espiritismo. Um ano mais tarde, Jerônimo de Praga também seria condenado e queimado vivo em Constança. No fim do século XV, iniciou-se o período das descobertas do novo mundo, incluindo o descobrimento do Brasil, com a preparação da terra que, tempos mais tardes, abrigaria o Evangelho de Jesus e a Doutrina dos Espíritos.  No início do século XVI, Martinho Lutero apresentou as suas 93 teses de protesto contra as discrepâncias da teologia da Igreja em relação ao Evangelho de Jesus. Entretanto, os interesses personalistas agiriam novamente e, assim, Calvino, em Genebra, alteraria parcialmente a doutrina Protestante, e, depois, em Zurique, Zuinglio, também a adaptaria, dando margens para as múltiplas adaptações que se seguiriam ao longo do tempo, a ponto de termos, hoje, somente nos EUA, mais de 2000 diferentes denominações protestantes. Foi destacada importante ocorrência no século XVIII, quando a Ciência, não suportando mais a intolerância dogmática das religiões, rompe com a fé cega e inicia o renascimento do Atomismo grego, surgindo pensadores como Hobbes, Locke, Isaac Newton, Galileu Galilei, os grandes pais do conhecimento, que demonstrariam o sentido da vida e o significado da existência. Ainda nesse século, surgiram a enciclopédia, o pensamento de Voltaire e os filósofos idealistas, com a consequente Revolução Francesa, a instituir os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Contudo, a  intolerância dos líderes da Revolução levou milhares de vítimas à guilhotina. E, mais uma vez, conforme salientou Divaldo, os destinos da Terra foram alterados pelas mãos invisíveis de nosso governador planetário, Jesus, porque Napoleão Bonaparte, que se reencarnara a pedido do Cristo, saiu da Córsega e chegou em Paris para firmar um pacto com a Santa Sé e trazer de novo a doutrina cristã para a França. Ele proclamou-se imperador e organizou o país em bases que possibilitariam, mais tarde, a Hyppolite Léon Denizard Rivail, nascido em 03/10/1804 e tendo estudado em Yverdon/Suiça, com Pestalozzi, investigar os fenômenos das mesas girantes e falantes e publicar a 18/04/1857 a obra inaugural do Espiritismo, O Livro dos Espíritos, em cujo conteúdo ficara estabelecido, mais especificamente na pergunta e resposta de número 621, que Jesus era o Espírito mais perfeito que Deus ofereceu à Humanidade para servir-lhe de modelo e guia. A obra O Livro dos Espíritos, verdadeiro tratado de filosofia científica, trouxe-nos a ética moral e religiosa da nova era, que foi desdobrada e aprofundada na obra que surgiria em abril de 1864, a “Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo”, cujo título mais tarde foi alterado a pedido dos Espíritos para “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Divaldo esclareceu que, nessa obra, dividida em 5 partes, Kardec não se deteve no Cristo histórico, mas sim na proposta ético-moral contida nos seus ensinamentos, para que o reino dos céus fosse insculpido no coração das criaturas humanas. Assim, cumpria-se a profecia contida no Evangelho de João, capítulo 14, versículos 16-18 e 25-26, sobre a chegada do Espírito de Verdade, do Consolador prometido por Jesus, que viria falar de tudo quanto ele houvera falado, porque seus ensinamentos seriam esquecidos ou adulterados, e para dizer também muito mais, o que à época, a Humanidade não tinha condições de compreender porque seria necessário que as ciências progredissem, como a Física, a Astrofísica, as ciências biológicas, para dar subsídios intelectuais aos seres humanos para a compreensão de outras verdades espirituais. Divaldo confirmou que o Espírito de Verdade é o próprio Cristo, conforme verificamos na mensagem contida em O Livro dos Médiuns, na parte final, e que foi pelo codificador transcrita em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 6, intitulada “O advento do Espírito de Verdade” e que foi assinada com o nome de Jesus de Nazaré. Segundo o conferencista, a finalidade da obra O Evangelho Segundo o Espiritismo é a de diminuir as nossas dores, de dizer que a nossa vida na Terra tem um sentido psicológico e a de transformação moral dos seres humanos para melhor. Allan Kardec, então, utilizando-se da tradução dos Evangelhos feita por Saci, a melhor tradução da vulgata latina ao francês, examinou com cuidado e brilhantismo as bem-aventuranças do sermão do monte e fez a aliança da Ciência e da Religião, da Religião Cósmica do Amor. O Espiritismo, confirmando a doutrina socrático-platônica, diz-nos que somos imortais, que estamos na Terra transitoriamente para a realização de nosso progresso moral. A obra O Evangelho segundo o Espiritismo apresentou Jesus e a sua mensagem como a mais elevada psicoterapia para a Humanidade, conforme confirmaram os excelentes especialistas Milton Erickson, Elisabeth Kübler Ross, Viktor Frankl, Carl G. Jung, Roberto Assagioli e outros. O Evangelho é um manto de consolações para todos nós. Divaldo Franco, após cerca de 70 minutos, nos quais usou de sua oratória efusiva e contagiante, atravessando mais de 2 milênios de cultura e civilização, concluiu a sua mensagem conclamando a todos para a efetiva participação na era nova, cada qual oferecendo a sua contribuição para um mundo melhor, por menor que ela seja, através de um simples sorriso, da doação de um pedaço de pão, do perdão concedido, e, além disso, da nossa conduta de fidelidade à mensagem de Jesus e à codificação do Espiritismo, vivenciando-as e não permitindo nenhuma adulteração de seu conteúdo, seja na teoria , seja nas atividades das casas espíritas. Divaldo declamou, ao final, o poema da gratidão, de autoria do Espírito Amélia Rodrigues.

Texto: Júlio Zacarchenco, fotos: Edgard Patrocinio

(Texto e fotos recebidos em email de Jorge Moehlecke)