quinta-feira, 23 de junho de 2016

Registro. Divaldo Franco no Centro Espírita Perseverança São Paulo, SP

21/06/2016
Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6:33

A noite do dia 21 de junho de 2016 na cidade de São Paulo estava fria,  13° C. Uma persistente garoa tornava a sensação térmica ainda mais baixa.
Todos os que podiam buscavam seus lares para se abrigarem do frio e da umidade. 
Ali, porém, no microcosmo da Metrópole, em sua periferia no bairro da Água Rasa, uma verdadeira multidão apressava-se para se acomodar no majestoso auditório do Centro Espírita Perseverança que se tornou pequeno para acomodar tantos interessados. Salas de apoio com telões foram disponibilizadas. 
Cerca de 5.000 pessoas, com frio, mas movidas pela decisão de se aquecerem com a mensagem de amor, se juntaram expectantes e esperançosas.
Divaldo Franco, retornando de compromissos no exterior, postou-se diante de todos e iluminou-nos a todos com sua mensagem otimista.
Iniciou citando o versículo 33 do capítulo 6 do livro de Mateus ” buscai primeiro o reino de Deus e Sua justiça, e tudo mais vos será acrescentada”.

Ensinamento do Mestre e que compõe o Sermão da Montanha na parte que o célebre professor Carlos Torres Pastorino denomina de Preocupações, versículos nos quais Jesus nos recomenda que não devemos nos preocupar com os bens materiais.
Nesta afirmação – nos ensina Divaldo - Jesus promete, não só a obtenção das coisas espirituais (o reino de Deus), mas também toda e qualquer outra coisa material que não seja contrária àquela.
De maneira simples, mas esclarecedoras, Divaldo nos diz: Todo homem que tiver, de fato, realizado a si mesmo, o seu Eu espiritual e divino, será capaz de realizar tudo fora de si. A realização do sujeito produz a realização dos objetos.
Divaldo enfatiza com suas palavras que o ponto básico é o ensino da NÃO PREOCUPAÇÃO pois não é a ocupação de buscar atender às necessidades materiais que cansa, mas a excessiva preocupação de todos por tudo que é secundário.
As criaturas todas se deixam envolver pelas preocupações ansiosas que causam angústia e descontrolam o emocional, com repercussões físicas.

O silêncio da multidão é eloquente. Todos aguardamos, expectantes, as lições de vida que seguem.
Divaldo, buscando inspiração nas fontes do amor inesgotável e incondicional de Jesus por nós prossegue: O homem não espiritualizado vive na estranha ilusão de que deva realizar, aqui na terra, umas quantas coisas, e, quanto mais coisas externas realizar tanto mais “vitorioso” foi na vida.
Ganhar dinheiro, comprar terrenos, construir casas, fruir grande soma de variados prazeres, adquirir celebridade, fazer um bom casamento, criar filhos, conquistar posição social e política, etc.
Entretanto, tudo isto é realização de metas, no plano horizontal, de algo que é dele, mas que não é ele.
Realiza objetos, não realiza o sujeito. Conhece a fundo todos os recantos no plano horizontal, ignorando, talvez, por completo os mistérios do plano vertical.

E isto porque não aprendeu a lição que já nos foi ensinada há dois mil anos, na teimosia do erro que não quer ver a verdade.
Lição sublime se for seguida, pois os resultados são realmente fabulosos. Só quem o experimentou pode confirmá-lo: não falha jamais a Providência divina!
Para trazer este ensinamento para o campo prático Divaldo cita diversos personagens da humanidade que experimentaram buscar o Reino de Deus e Sua Justiça.
Inicia falando do escritor Leon Tolstoi (Liev Nikolayevich Tolstoi  - 09.09.1828 —  20.11.1910) um dos grandes nomes da literatura russa do século XIX e que publicou os romances Guerra e Paz (no Brasil publicado pela Editora Seguinte) e Anna Karenina (publicado no Brasil pela editora Cosac & Naify), obras que o consagraram no meio literário mundial.
A fama, o destaque e reconhecimento da aristocracia russa – seus pares pois ele era Conde – não conseguia, contudo preencher o vazio que ele sentia.

E em um gesto inesperado, abdicou de seus títulos e passou a viver de forma simples junto dos agricultores de sua antiga propriedade, vivendo uma vida simples e em proximidade à natureza. Buscava o Reino de Deus e Sua justiça.
Em 1.894 trouxe à luz aquela que seria identificada como a grande obra de não ficção de Tolstói: O Reino de Deus Está em Vós (publicado no Brasil pela Editora BestBolso).
Neste livro, Tolstói defende a ideia de que o cristianismo não é uma doutrina abstrata, mas uma proposta prática para a vida.
O livro gerou tanta polêmica que foi vetado pelo czar, e seu autor excomungado pela Igreja Ortodoxa Russa e por essa razão foi publicado pela primeira vez na Alemanha, pois fora banido em seu país de origem, a Rússia.
Anos mais tarde esse livro foi lido por um indiano radicado na África do Sul e que pela cor da sua pele sofria ignominiosa descriminação. Advogado por formação acadêmica, professando o hinduísmo, esse jovem encontrou a motivação para seguir sua missão.
Assim Mohandas Karamchand Gandhi (02.10.1869—30.01.1948) deixou a África do Sul e voltou à, então colônia inglesa da Índia, onde se tornou, mais conhecido como Mahatma (A Grande Alma) Gandhi e, pacificamente, libertou o povo da subjugação inglesa.

E o livro que inspirou Gandhi, anos mais tarde caiu nas mãos do americano Martin Luther King Junior (15.01.1929—04.04.1968) um pastor protestante que se tornou um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo.
Exemplos basilares dos quais se serviu Divaldo para nos mostrar as consequências da vivência dos postulados de Jesus.
Ali, em pé, do alto da tribuna conclui Divaldo: Não estamos aqui para sofrer.
Deus estabeleceu leis plenas de sabedoria, que só têm por objetivo o bem.
Se o homem se adaptasse rigorosamente às leis divinas, evitaria os males mais agudos e viveria feliz na Terra.
A saciedade é o limite colocado por Deus à satisfação das necessidades do homem O sofrimento nos alcança quando violamos as leis divinas.
A multidão foi deixando as salas que ocuparam e dirigindo-se para seus lares.
O frio e a garoa aumentaram de intensidade. Traziam os corpos enregelados, mas os corações aquecidos pela mensagem de Jesus, o tipo mais perfeito que Deus deu aos homens para lhes servir de Modelo e Guia. O Modelo que jamais nos abandona.

   Fotos: Sandra Patrocinio
   Texto: Djair de Souza Ribeiro


 (Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)

Espanhol

DIVALDO FRANCO -
Centro Espírita PERSEVERANCIA - São Paulo, 21/06/2016.


...Sino, buscad primero su reino y su justicia, y todas estas cosas os serán agregadas. (Mateo, 6:33.)

La noche del día 21 de junio de 2016, en la ciudad de San Pablo, estaba fría: 13° C. Una persistente garúa hacía que la sensación térmica pareciera aún más baja. Todos los que podían iban hacia sus hogares, para abrigarse del frío y de la humedad. Allí, mientras tanto, dentro del microcosmos de la metrópolis, en su periferia, en el barrio del Água Rasa, una verdadera multitud se apresuraba para hallar su ubicación, en el majestuoso auditorio del Centro Espírita Perseverança, que resultó pequeño para contener a tantos interesados y debieron habilitarse salas de apoyo, con telones. 
Cerca de 5.000 personas, con frío, pero impulsadas por la decisión de recibir el abrigo del mensaje de amor, se congregaron expectantes y esperanzadas.
Divaldo Franco -de retorno después de haber atendido compromisos en el exterior- se ubicó delante de todos, y nos iluminó con su mensaje optimista. Comenzó citando el versículo 33 del capítulo 6 del Evangelio de Mateo: Buscad primero el Reino de Dios y su justicia, y todo lo demás os será añadido.
Esta enseñanza del Maestro, compone el Sermón de la Montaña, en el párrafo que el célebre profesor Carlos Torres Pastorino denomina Preocupaciones, versículos en los cuales consta la recomendación de Jesús, acerca de que no debemos preocuparnos por los bienes materiales. En esta declaración –nos enseña Divaldo- Jesús promete no sólo la obtención de las cosas espirituales (el Reino de Dios), sino también toda otra cosa material que no sea contraria a aquella.
De una manera simple, pero esclarecedora, Divaldo expresa: En todo hombre que se haya -de hecho- realizado a sí mismo, su Yo espiritual y divino será capaz de realizar todo aquello que sea exterior a él; la realización del sujeto produce la realización de los objetos.
Divaldo enfatiza, con sus palabras, que el punto básico es la enseñanza acerca de la NO PREOCUPACIÓN, pues no es la ocupación de atender a las necesidades materiales lo que cansa, sino la excesiva preocupación por lo que es secundario.
Todas las criaturas se dejan envolver por las preocupaciones y por la ansiedad, las cuales causan angustia y generan un descontrol emocional, con repercusiones físicas.
El silencio de la multitud es elocuente. Todos aguardamos, expectantes, las lecciones de vida que siguen.

Divaldo, buscando inspiración en las fuentes del amor inagotable e incondicional de Jesús por nosotros, prosigue: El hombre que no se ha espiritualizado vive con la extraña ilusión de que debe realizar, aquí en la Tierra, unas cuantas cosas, y que cuantas más cosas externas realice tanto más victorioso habrá sido en la vida.
Ganar dinero, comprar terrenos, construir casas, disfrutar de una grand cantidad de variados placeres, adquirir celebridad, realizar un buen casamiento, criar hijos, conquistar una posición social y política, etc.
Entre tanto, todo esto es la concreción de metas, en el plano horizontal, de algo que es de él, pero que no es de él.
Realiza objetos, no realiza al sujeto. Conoce a fondo todos los rincones, en el sentido horizontal, e ignora, tal vez por completo, los misterios del ámbito vertical.
Y esto se debe a que no aprendió la lección que se nos enseñó hace dos mil años; obstinado en el error, no quiere ver la verdad.
Una lección sublime, si fuera aplicada, pues los resultados son realmente fabulosos. Sólo quien lo ha intentado puede confirmarlo: ¡No falla jamás la Providencia divina! Para trasladar esta enseñanza al terreno práctico, Divaldo cita a diversos personajes de la humanidad, que experimentaron la búsqueda del Reino de Dios y su Justicia.

Comienza hablando del escritor León Tolstoi (Liev Nikolayevich Tolstoi, 09.09.1828 — 20.11.1910), uno de los grandes nombres de la literatura rusa del siglo XIX, que publicó las novelas Guerra y Paz, en el Brasil publicada por la Editora Seguinte, y Anna Karenina, publicada en el Brasil por la EditoraCosac & Naify, obras que lo consagraron en el ámbito literario mundial. La fama, la estima y el reconocimiento de la aristocracia rusa –sus pares, pues él era conde– no conseguía, sin embargo, llenar el vacío que él experimentaba.
Y adoptando una decisión inesperada, abdicó de sus títulos y dio comienzo a una forma de vida simple, junto a los agricultores de su antigua  propiedad, para vivir una vida sencilla, en contacto con la naturaleza. Iba en busca del Reino de Dios y su justicia. En 1894 publicó la que sería identificada como la gran obra de Tolstoi, que no fue de ficción: El Reino de Dios está en vosotros (publicada en el Brasil por la Editora BestBolso). En este libro, Tolstoi defiende la idea de que el cristianismo no es una doctrina abstracta, sino una propuesta práctica para la vida. El libro generó tanta polémica que fue prohibido por el zar, y su autor fue excomulgado por la Iglesia Ortodoxa Rusa y, por esa razón, fue publicado por primera vez en Alemania, pues había sido prohibido en su país de origen: Rusia.
Años más tarde, ese libro fue leído por un hindú radicado en África del Sur, quien por el color de su piel sufría una ignominiosa descriminación. Abogado, por su formación académica, profesaba el hinduísmo; ese joven encontró la motivación para seguir con su misión. Así fue que Mohandas Karamchand Gandhi (02.10.1869 - 30.01.1948) dejó África del Sur y retornó a la entonces colonia inglesa de la India, donde fue más conocido como Mahatma (Alma Grande) Gandhi y, pacíficamente, liberó al pueblo de la subyugación inglesa.

Y el libro que inspiró a Gandhi, años más tarde llegó a las manos del norteamericano Martin Luther King Junior (15.01.1929-04.04.1968), un pastor protestante que se convirtió en uno de los más importantes líderes del movimiento de defensa de los derechos civiles de los negros, en los Estados Unidos de Norteamérica (USA) y en el mundo, con una campaña de no violencia y de amor al prójimo. Esos fueron los ejemplos básicos, de los cuales se valió Divaldo para mostrarnos las consecuencias de la vivencia de los postulados de Jesús. Allí, de pie, desde la tarima, concluyó Divaldo: No estamos aquí para sufrir. Dios estableció leyes plenas de sabiduría, cuyo único objetivo es el bien. Si el hombre se adaptase rigurosamente a las Leyes Divinas, evitaría los males más agudos y viviría feliz en la Tierra. La saciedad es el límite que Dios ha colocado para la satisfacción de las necesidades del hombre. El sufrimiento nos llega cuando violamos las Leyes Divinas.

La multitud fue abandonando las salas donde había estado instalada, para regresar a sus hogares. El frío y la garúa se hicieron más intensos. Los cuerpos se habían helado, pero los corazones estaban abrigados por el mensaje de Jesús, el ejemplo más perfecto que Dios le dio a los hombres para que les sirviera de Modelo y Guía. El Modelo que jamás nos abandona.

   Fotos: Sandra Patrocinio
   Texto: Djair de Souza Ribeiro


(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)