segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Divaldo Franco - Workshop Tesouros Libertadores Natal, RN



28/02/2016

Na manhã de 28 de fevereiro de 2016, a Federação Espírita do Estado do Rio Grande do Norte, fundada em 29 de abril de 1926, comemorando seu 90º aniversário foi presenteada com o Workshop Tesouros Libertadores, ministrado pelo maior orador espírita da atualidade, Divaldo Pereira Franco.

Com o auditório do Hotel Holiday Inn, completamente lotado o médium e conferencista sugeriu a todos uma viagem  terapêutica em busca da empatia.
Divaldo Franco foi acarinhado pela FERN com uma Placa comemorativa de seus 90 anos assim como um buque de fotos do Lançamento do Movimento Você e a Paz na cidade de Natal.

Após a apresentação musical do Grupo Canto de Paz que musicou algumas poesias de Auta de Souza e a prece feita pelo Presidente da Federação Eden Lemos, o Seminário teve início com reflexões sobre vários aspectos a respeito dos tesouros. Aqueles que são de sabor permanente e aqueles que transitam pelas nossas mãos, às vezes, escravizando-nos.

“Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6.21) disse Jesus. Mas que tesouros?  Existem tesouros que libertam e tesouros que aprisionam. O ter é sempre razão de sofrimento. Os tesouros valiosos são os de qualidade, são atemporais: o amor, que liberta-nos da paixão que é posse. E tudo aquilo que nós desejamos com o interesse de possuir escraviza-nos. E é por isso que aqueles que se submetem aos valores terrestres; ao poder; às coisas que projetam o ego, estão sempre insatisfeitas, porque essa busca ávida não tem limite. O limite é o infinito.

Segundo Divaldo, é necessário que a posse tenha um caráter de transitoriedade com o qual nós nos afinizaremos porque ter ou deixar de ter é uma condição de ordem simplesmente mental. O necessário, o indispensável, a vida vem nos dando, da mesma forma que veste as flores de cores e a natureza de beleza e providencia todo e qualquer tipo de recurso para a vida, também aqueles que dizem respeito a nossa vida, estão providenciados.

Mas nós, criaturas humanas, graças ao nosso processo antroposociopsicológico possuímos a avidez de ter, buscando mais segurança, o que nem sempre se dá, e muitas vezes esse ter produz no indivíduo a avareza e no outro, a disputa por tomar-lhe. Ademais, toda vez que nós temos somos sacudidos pelo medo de perder, deixamos de ser o possuidor e nos tornamos o possuído.

Ao abordar, Os Quatro Gigantes da Alma, de Emílio Mira y Lopez, o palestrante deu-se conta de que aqueles eram os gigantes da alma à época em que analisou a obra mas na atualidade nós teríamos os mesmos propósitos sob novos rótulos: a rotina, a ansiedade, a solidão e o medo. Esclareceu, ainda, minuciosamente as cinco características da pessoa humana como a personalidade, a identificação, o conhecimento, a consciência, e a individualidade.

Divaldo Franco referiu-se a Freud que construia a arquitetura  da psicanálise com base em nossas experiências vivenciadas e ao jovem Jung que em Zurique procurava entender porque existia o complexo de inferioridade, de superioridade, o narcisismo, todas essas manifestações neuróticas e psicóticas. Ele buscou a palavra arquétipos para definir o momento quando o inconsciente registrou o fato e jogou a culpa na consciência. Todos nós temos culpa consciente ou inconsciente. Temos algum complexo de inferioridade, temos um pouco de narcisismo. Todos nós temos marcas antigas. De repente, recordamos de um fato desagradável, raramente de um agradável pois esse não produziu muitas marcas porque nós fruímos e vivemos mas o desagradável nós recusamos, castramos, apagamos da nossa consciência mas ele não é eliminado, vai para o arquivo do inconsciente. E de vez em quando o inconsciente libera e passamos a ter tristeza, melancolia, angústia, a sensação de que alguém não gosta de nós, de que alguém está nos perseguindo, temos esses estados neuróticos de culpas inconscientes guardadas em nosso mundo interior. Fez referência a teoria da anima (parte feminina na alma do homem) e do animus (parte masculina na alma da mulher).

No retorno do primeiro intervalo, oportunidade em que, o agora cidadão macaibense, Divaldo Franco atendeu a uma imensa fila para autógrafos e fotos, todo auditório se emocionou com as palavras do mestre acerca da grandeza do amor, como o amor é fascinante e seu poder miraculoso como psicoterapia.

Um sentimento que se dá sem pedir nada pois quem ama se sente feliz com a felicidade do outro, mesmo que recusado, isso é secundário, pois quem ama se plenifica com o outro aceitando ou não.

Nesse sentido, Freud, que foi extraordinário, pecou pelo excesso porque cada um de nós temos muitos afetos declarados ou ocultos sem a presença de qualquer manifestação da libido, sexual, da  libido narcisista, da libido de querer exibir-se, e da libido do conflito dessa ou daquela natureza.

E a tese Socrática: Conhece-te a ti mesmo. Educar para Sócrates, educere não era transmitir informação, era sofismar, buscar informação que está dentro de nós.

O psicanalista freudiano nos mandaria a uma auto análise, fazer a nossa regressão até a infância, ao período dos traumas; o psicoterapeuta junguiano buscaria os nossos arquétipos, aquilo que nós temos no inconsciente e não sabemos, as nossas frustrações, as nossas antipatias, através do diálogo, dos sonhos e das associações iria descobrindo  o que o nosso inconsciente está mandando para fora e a consciência não identificou. Nós cultivamos certos hábitos sem nos darmos conta. Quantos conflitos banais que temos que podemos resolver pelo auto amor, é só começar a amar-se, a descobrirmos como somos únicos, e que nossas vidas tem um sentido muito grande, parece vaidade mas não é, todo mundo é único, cada um de nós é único, que jamais por melhor que seja o meu modelo, eu serei sempre uma cópia, então é muito melhor ser o modelo, então que me copiem mas nós não copiemos ninguém. Que tenhamos uma meta, um objetivo, uma busca que é um trabalho de auto conquista de natureza transcendental, então, é claro, quando nos entregamos a essa busca descobrimos o milagre do amor terapêutico.

Outro momento marcante do encontro foi quando o conferencista contou um caso seu pessoal em que um médico lhe deu apenas 28 dias de vida em razão de um problema cardíaco e na ocasião ele tinha 60 anos de idade. Mesmo contra recomendação médica de repouso absoluto, mas atendendo a recomendação de Joanna de Ângelis, Divaldo participou de uma sessão mediúnica, recebeu comunicação, psicografou, incorporou uma entidade sofredora e ao término da sessão, às  21:30 hs, ele não sentia mais a angina pectoris, já respirava sem dor. Daí constatou como o espiritismo é terapêutico, os guias espirituais haviam lhe dado passes, e haviam produzido uma dilatação automática da artéria que estava bloqueada pelo colesterol.  ...” sou fanático pelo espiritismo que para mim é um hobby, não é um dever, é uma plenitude, é a presença de algo que a mim me realizou, então eu semeio.

O Espiritismo nos dá a explicação lógica da vida. Explica os por quês. Diz qual é a finalidade do existir e nos fala de um Jesus que não está mais crucificado para expirar pena. A paixão de Jesus não é numa semana. A paixão de Jesus somos nós. É todos os dois mil anos que ele nos espera para que façamos a nossa revolução interna e sejamos cidadãos, ao invés de sermos cristãos assassinos que não tenhamos religião mas sejamos cidadãos honestos. Nada pior do que ter uma religião e disfarçá-la cometendo crimes, melhor não ter, porque aquele que não tem religião e age bem é um homem de bem, conforme Allan Kardec escreve em o Evangelho Segundo o Espiritismo. Então essa doutrina é um tratado de terapia. Precisamos, também, sermos mais otimistas, cultivarmos o otimismo, termos ciência de que somos seres imortais, estamos vivendo na carne, desenhando esse papel extraordinário da evolução que nos vai levar a plenitude.

Mas será que nós somos mesmo uma individualidade? E cita o neurocirurgião Alexander Eben, que era um cético, nunca acreditou em vida após a morte até passar por uma experiência dramática. Entrou em coma profundo, teve visões de uma espécie de paraíso, e voltou convencido de que existe vida do outro lado. E publicou dois livros: Uma Prova do  Céu e Mapa do Céu, e está absolutamente convencido de que a morte não leva à destruição da individualidade, do espírito.

Divaldo citou também o livro Inteligência Espiritual, lançado pela física e filósofa americana Dana Zohar que aborda a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida. Um estudo baseado no Quociente Espiritual (QS) que pesquisado e divulgado por cientistas de várias partes do mundo descobriram o que está sendo chamado “Ponto de Deus” no cérebro. Uma terceira inteligência que implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS está ligado à necessidade humana de ter um propósito na vida e o usamos para desenvolvermos valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

E O Semeador de Estrelas encerra  o agradável encontro com mais uma mensagem :...” A vida tem um sentido, e o nosso tesouro libertador é exatamente viver para essa vida. Sem medo de amar. Vamos adotar a empatia. Não tente conhecer-se apenas a ti mesmo. Tentemos nos colocar no lugar do outro. Sentir a dor e a alegria do outro. Vamos perceber que o outro também tem problemas e precisa de nós. Amemos aos invisíveis. Que a nossa grandeza moral nos enriqueça com esse tesouro libertador que é o amor, que possamos amar, evocando a figura incomparável de Jesus Cristo: ...” eu vim para os doentes porque os sãos não necessitam de mim. Eu venho para aqueles que tem a necessidade de amor”...

Texto e fotos:  Maria Rachel Coelho

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)







domingo, 28 de fevereiro de 2016

Registro: Divaldo Pereira Franco em Macaíba, RN




27-02-2016

 Numa noite inspirada e emocionante como as poesias de Auta de Souza. Foi assim que neste sábado, 27 de fevereiro de 2016, na Praça Paulo Holanda Paz onde em 2006 foi inaugurado o Memorial Auta de Souza, obra do artista plástico Guaracy Gabriel, o embaixador da Paz na ONU  e maior orador espírita da atualidade, Divaldo Pereira Franco, recebeu o título de cidadão macaibense em uma cerimônia repleta de emoções, onde também foi lançado na cidade de Macaíba, RN,  o Movimento Você e a Paz.

 A data foi escolhida em comemoração aos 140 anos do nascimento e 115 anos do falecimento da poetisa Auta de Souza.
 Na  presença do prefeito Fernando Cunha e de vários vereadores, inclusive, Edson do Carmo, autor do projeto, aprovado por unanimidade na Câmara de Macaíba, Divaldo Franco agradeceu a honra declinando-a porque não a merecia mas que a mereciam aqueles que hoje cultivam a memória dessa personagem única na literatura brasileira; aqueles que o trouxeram pela primeira vez em Macaíba em 1952, se referindo ao casal de amigos José Melo e Dagmar Melo, quando conheceu a antiga residência de Auta de Souza, após ter proferido uma Conferência na Federação Espírita do Estado do Rio Grande do Norte, oportunidade em que  viu na escola de Autinha o trabalho que viria executar ao longo dos anos;  e ao nobre espírito Allan Kardec,  porque, pessoalmente, se dedicou ao estudo e a prática do espiritismo cristão.

 Humildemente, Divaldo, afirmou que só lhe cabia a alegria imensa de pertencer a essa família e agradeceu a honra imerecida. Disse, no entanto, que vai procurar respeitar através da conduta que o Evangelho  de Jesus nos impõe, na prática da caridade.
 ...”Já estive em mais de 3.000 cidades do mundo, em quase todos os países dos cinco continentes e onde quer que eu vá apartir  de agora me referirei a Macaíba, a essa inesquecível noite porque outra poetisa sueca Selma Lagerlof escreveu uma lenda e disse que existe uma dívida que nós nunca resgatamos. É a dívida da gratidão. A gratidão é um sentimento que deve vigorar  em nossas almas como um verdadeiro poema de vida e por mais que nós procuremos retribuir um gesto de amor, será sempre mínima,  a nossa cota, pela honra da qual fomos investidos por aquele,  que nos ensejou a oportunidade de ser amado. Então, eu carrego, de hoje em diante essa dívida com a querida Macaíba. Terei sobre os ombros a responsabilidade de ser macaibense, demonstrando que através de meus atos irei honrar essa comunidade que se lembrou do velho companheiro e amigo para dar-me a oportunidade de receber a cidadania que era um dia da minha querida Auta, na intimidade, Autinha. Aos nobres vereadores a nossa gratidão. Muito obrigado”...

 O conferencista revelou  que seu primeiro contato com Auta de Souza deu-se através da mediunidade do apóstolo Francisco Cândido Xavier em uma noite de experiências mediúnicas, a doce poetisa  dedicou- lhe, dentre muitas outras páginas, um poema que ela denominou “Agora”  que lhe penetrou o coração, quando tinha apenas 21 anos. Depois foi consultar a sua obra O Horto, publicado em Paris em 1910, apartir   de então, se interessou e passou a levar de sua escola em Macaíba algumas sementes do jasmineiro que ela houvera plantado.  Auta de Souza é a patronesse, foi eleita, em espírito,  na obra Mansão do Caminho, para que abençoasse esse esforço em favor dos necessitados.


 Logo após a cerimônia de outorga de cidadão macaibense e  a  entrega dos troféus às instituições que foram escolhidas, o homenageado fez uma análise do pensamento do filósofo inglês Thomas Hardy para a atualidade. O poeta inglês estabeleceu que a criatura humana do seu tempo, havia perdido o endereço de Deus e como consequência experimentava uma grande lacuna no coração. Hoje podemos dizer que a criatura moderna perdeu o endereço de si mesma. Porquanto do ponto de vista da ciência e da tecnologia conseguimos alcançar um patamar jamais imaginável. Ouvimos uma cantora de 90 anos e 3 meses como uma adolescente, se referindo a Glorinha Oliveira, que fez a apresentação musical que antecedeu sua palestra, avanços e conquistas de fora, que parece-nos adornos, que nos dão comodidade, conforto, nos proporcionam alguma saúde, no entanto, não somos felizes. Quando acreditamos que vencemos as epidemias, um modesto mosquito nos surpreende e nos torna vassalos do medo. Mas ao lado disso nós sentimos ausência de paz interior. Podemos ter aquisições monetárias, podemos gozar de prestígio social mas não deciframos os enigmas do nosso ego, os conflitos da nossa sombra, as angústias da nossa ansiedade. Esse século de beleza é também o da ansiedade porque as pessoas condicionam a felicidade: eu  só serei feliz quando alcançar tal meta ou certa posição social, no entanto alcançamos a meta, a posição social e não fugimos do vazio espiritual.
 Estamos numa sociedade que padece de uma pandemia, da depressão. A OMS estabelece que hoje a primeira causa mortis está entre o câncer e as doenças cardiovasculares mas que no ano de 2025 o maior incidente de óbito será pela depressão através do suicídio  porque a vida perdeu o sentido psicológico. Porque estamos perdidos. A sociedade que nos exige tanto e nos dá tão pouco estabelece padrões e aquele que não está no padrão social é infeliz.

 Mas ao mesmo tempo que nos submetemos a esses padrões estabelecidos, os nossos conflitos internos não desaparecem. Até hoje temos medo. Temos medo de amar.  Estamos num momento que somos descartáveis, somos usados e depois jogados fora. Esquecemos o essencial, o grande dever de amarmo-nos uns aos outros e não tem nada a ver com religião. A proposta do amor pregada por Jesus Cristo, hoje, não tem nada a ver com teologia, o amor hoje é terapia. A pessoa que ama não adoece. Amar é uma proposta de saúde. Quando aprendermos a ir ao outro e não julgar o outro vamos encontrar a felicidade. Os notáveis psiquiatras e psicoterapeutas da atualidade já não estão preocupados com os barbitúricos, estão recorrendo ao Evangelho de Jesus como terapia. Viktor Frankl, psiquiatra austríaco, o americano Milton Hyland Erickson, todos eles recomendam o amor como solução para os nossos problemas.
 Jesus foi o maior psicoterapeuta da humanidade, ele olhava o doente e o penetrava com  a doçura e misericórdia do seu olhar. Ele percebia a miséria e sabia que a doença física era resultado da somatização da doença psíquica. Então não existem corpos doentes mas seres doentes. Pessoas com realidades interiores pessimistas, cheias de mágoas, que coleciona rancores, deseja o mal, tem inveja, é insatisfeito, reclama, doentes internos que somatizam através dos fenômenos degenerativos da emoção ou por meio das manifestações que gastam a nossa vulnerabilidade, as nossas defesas e instalam-se as nossas doenças.

 Mas o que fazer? Todos nós necessitamos de paz. A paz é uma conquista individual. Gandhi disse: a paz não tem caminho, a paz é o caminho. E é tão extraordinário esse caminho que virou verbo. Pazear. Vamos pazear? Vamos fazer a paz? Vamos fazer com  que nosso mundo íntimo respire ternura, esse sentimento de solidariedade. E temos que ter coragem de enfrentar o nosso ego. O sol não brilha porque eu existo. Eu existo porque o sol brilha.

 Então a paz está dentro de nós. A proposta é muito simples. Podemos viver em paz. Não reagir mas agir. Reagir é devolver, agir é pensar antes de agredir. A paz dentro do lar, transmitindo aos nossos filhos carinho, ternura, contato humano. Usemos o verbo amar. Uma proposta para sermos felizes. Quem está de bem com si,  o self, o ser que é, não molesta ninguém.

 E O Embaixador da Paz no Mundo conclui: que é com essa proposta que o Movimento Você e a Paz já foi levado a mais de um milhão de pessoas, pessoalmente, contato é contato, e mais os veículos de mídia que transmitem as suas palestras.

 Nessa data evocativa da morte de Auta de Souza, o homenageado reitera sua emoção com o título de cidadania e solicita a  todos: ...”vivam em paz,  sejam promotores da paz, multiplicadores da paz, é fácil. Algumas vezes a violência volta mas é natural. Se nós caímos é porque estamos andando. Se alguém disser que nunca caiu é porque nunca saiu do lugar. É necessário cair para levantar-se e dar um passo adiante. Então nessa mensagem em que a ciência e a tecnologia tanto nos ajudam, o sentido moral da vida, o sentido espiritual da vida dão a nossa existência o preenchimento do vazio existencial. Já não seremos pessoas que não tem meta. Achamos o endereço. O endereço da paz”...

     Texto e fotos:  Maria Rachel Coelho

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)


 DIVALDO FRANCO - MACAÍBA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL - 27-02-2016.

Noche de inspiración y emociones, con las poesías de Auta de Souza.
Fue de tal modo, que el sábado 27 de febrero de 2016, en la Plaza Paulo Holanda Paz -donde en 2006 se inauguró el Memorial Auta de Souza, obra del artista plástico Guaracy Gabriel-, el embajador de la Paz en la ONU, el máximo orador espírita de la actualidad, Divaldo Pereira Franco, recibió el título de Ciudadano Macaibense, en una ceremonia colmada de emociones, donde también fue lanzado, en la ciudad de Macaíba, RN, el Movimiento Tú y la Paz. La fecha fue elegida en conmemoración de los 140 años del nacimiento, y de los 115 años del fallecimiento de la poetisa Auta de Souza.

 En presencia del prefecto Fernando Cunha y de varios concejales, incluso de Edson do Carmo, autor del proyecto -aprobado por unanimidad en la Cámara de Macaíba-, Divaldo Franco agradeció el honor declinándolo porque no lo merecía -según manifestó-, sino lo merecían aquellos que hoy rinden culto a la memoria de esa persona única en la literatura brasileña, quienes lo llevaron por primera vez a Macaíba, en 1952 - refiriéndose al matrimonio de los amigos José Melo y Dagmar Melo, oportunidad en que conoció la antigua residencia de Auta de Souza, luego de haber pronunciado una conferencia en la Federación Espírita del Estado de Rio Grande do Norte; y, además, vio en la escuela de Autinha el trabajo que ella iba a realizar a lo largo de los años -y al ilustre espíritu Allan Kardec-, porque personalmente se dedicó al estudio y la práctica del espiritismo cristiano.

 Con humildad, Divaldo manifestó que sólo le cabía la alegría inmensa de pertenecer a esa familia, y agradeció la honra inmerecida. Dijo, además, que va a tratar de respetar a través de la conducta que el Evangelio de Jesús nos impone, la práctica de la caridad.
 ... He estado en más de 3.000 ciudades del mundo, y en casi todos los países de los cinco continentes, y donde quiera que yo vaya, a partir de ahora mencionaré a Macaíba, a esta inolvidable noche, porque otra poetisa, sueca -Selma Lagerlof-, redactó una leyenda y dijo que existe una deuda que nosotros nunca hemos rescatado: es la deuda de la gratitud. La gratitud es un sentimiento que debe prosperar en nuestras almas como un verdadero poema de vida y, por más que procuremos retribuir un gesto de amor, será siempre mínimo para nuestra contribución, por la honra con la cual hemos sido distinguidos por Aquel que nos concedió la oportunidad de ser amado. Entonces, yo asumo, desde hoy en adelante esa deuda con la querida Macaíba. Llevaré sobre los ombros la responsabilidad de ser macaibense, demostrando que a través de mis actos voy a honrar a esa comunidad, que se acordó del viejo compañero y amigo, para darme la oportunidad de recibir la misma ciudadanía que fue un día de mi querida Auta, a quien en la intimidad llamábamos Autinha. A los dignos representantes del gobierno local, nuestra gratitud. Muchas gracias...

 El disertante reveló que su primer contacto con Auta de Souza se produjo a través de la mediumnidad del apóstol Francisco Cândido Xavier. Una noche de experiencias mediúmnicas, la delicada poetisa le dedicó, entre muchas otras páginas, un poema al cual denominó Agora, que penetró en su corazón, cuando sólo tenía 21 años. Después fue a consultar su obra El Huerto, publicada en París en 1910 y, a partir de entonces, se interesó, y comenzó a llevarse de su escuela en Macaíba algunas semillas del jazminero que ella había plantado.  Auta de Souza es la patrona, elegida en espíritu, de la obra Mansión del Camino, para que bendijera ese esfuerzo en bien de los necesitados. 

 A continuación de la ceremonia en la que fue designado ciudadano macaibense, y a la entrega de los trofeos a las instituciones que fueron seleccionadas, el homenajeado hizo un análisis del pensamiento a partir del filósofo inglés Thomas Hardy hasta la actualidad. El poeta inglés estableció que la criatura humana de su época, había perdido la dirección de Dios y, como consecuencia, experimentaba un gran vacío en su corazón. Hoy podemos decir que la criatura moderna ha perdido la dirección de sí misma, porque desde el punto de vista de la ciencia y de la tecnología conseguimos alcanzar un nivel jamás imaginado. Escuchamos a una cantora de 90 años y 3 meses, como una adolescente, que se refería a Glorinha Oliveira, que hizo la presentación musical que precedió a su disertación, avances y conquistas desde el exterior, que nos parecen adornos, que nos dan comodidad y consuelo, que nos proporcionan algo de salud; sin embargo, no somos felices. Cuando suponemos que hemos derrotado a las epidemias, un modesto mosquito nos sorprende y nos convierte en vasallos del miedo. Pero, además de eso experimentamos ausencia de paz interior. Podemos obtener conquistas monetarias, podemos gozar de prestigio social, pero no desciframos los enigmas de nuestro ego, los conflictos de nuestra sombra, las angustias de nuestra ansiedad. Este es el siglo de la belleza, y también el de la ansiedad, porque las personas condicionan la felicidad: Yo sólo seré feliz cuando alcance tal meta o cierta posición social; mientras tanto, alcanzamos la meta, la posición social y no podemos evitar el vacío espiritual.
 Estamos en una sociedad que padece una pandemia: la de la depresión. La OMS establece que en la actualidad, la primera causa de muerte está entre el cáncer y las enfermedades cardiovasculares, pero que en el año 2025 la mayor incidencia de muerte se deberá a la depresión, a través del suicidio, porque la vida perdió su sentido psicológico, porque estamos perdidos. La sociedad, que nos exige tanto y nos da tan poco, establece un modelo, y aquel que no está incluido en ese modelo social es un desventurado.

 Pero, aunque nos sometamos a esos modelos establecidos, nuestros conflictos internos no desaparecen. Hasta hoy tenemos miedo. Tenemos miedo de amar. Estamos en un momento en que somos descartables, somos utilizados y después descartados. Hemos olvidado lo esencial, el gran deber de amarnos unos a otros, lo que no tiene nada que ver con la religión. La propuesta del amor predicada por Jesucristo, nada tiene que ver hoy con la teología: el amor hoy es una terapia. La persona que ama no se enferma. Amar es una propuesta de salud. Cuando aprendamos a acercarnos al otro sin juzgarlo, vamos a encontrar la felicidad. Los destacados psiquiatras y psicoterapeutas de la actualidad ya no recurren a los barbitúricos, están recurriendo al Evangelio de Jesús como terapia. Como Viktor Frankl, psiquiatra
austríaco, y el norteamericano Milton Hyland Erickson, todos ellos recomiendan el amor como una solución para nuestros problemas.

Jesús fue el más grande psicoterapeuta de la humanidad. Él observaba al enfermo y lo impregnaba con la dulzura y la misericordia de su mirada. Él percibía la miseria y sabía que la enfermedad física era el resultado de la somatización de la enfermedad psíquica. Entonces, no existen cuerpos enfermos sino seres enfermos. Personas con realidades interiores pesimistas, llenas de disgustos, que coleccionan rencores, desean el mal, tienen envidia, están insatisfechas, que se quejan; enfermos en su interior que somatizan a través de los fenómenos degenerativos de la emoción, o por medio de las manifestaciones que consumen nuestra vulnerabilidad, nuestras defensas, y así se instalan nuestras enfermedades.

 Entonces, ¿qué hacer? Todos necesitamos paz. La paz es una conquista individual. Gandhi dijo: la paz no tiene camino, la paz es el camino. Y es tan extraordinario ese camino que se convirtió en verbo: Pazear. ¿Vamos a pazear? ¿Vamos a hacer la paz? Vamos a hacer que nuestro mundo íntimo respire ternura, ese sentimiento de solidaridad. Y debemos tener el coraje de enfrentar a nuestro ego. El sol no brilla porque yo existo. Yo existo porque el sol brilla.

 Por consiguiente, la paz está dentro de nosotros. La propuesta es muy sencilla. Podemos vivir en paz. No reaccionar sino obrar. Reaccionar es devolver; obrar es pensar antes de agredir. La paz dentro del hogar, transmitiendo a nuestros hijos el cariño, la ternura, el contacto humano. Apliquemos el verbo amar, una propuesta para que seamos felices. Quien está bien consigo mismo, el self, el ser que es, no molesta a nadie.

El Embajador de la Paz en el Mundo concluye: es con esa propuesta que el Movimiento Tú y la Paz ya ha sido difundido a más de un millón de personas, personalmente, contacto a contacto, más los vehículos de los medios que transmiten sus conferencias.

 En esa fecha evocativa de la muerte de Auta de Souza, el homenajeado reitera su emoción por el título de ciudadanía y solicita a todos: ...Vivan en paz, sean promotores de la paz, multiplicadores de la paz, es sencillo. Algunas veces la violencia retorna, pero es lógico. Si nos caemos es porque estamos caminando. Si alguien dijera que nunca se ha caído, es porque nunca salió de su lugar. Es necesario caerse, para levantarse y dar un paso adelante. Entonces, en ese mensaje en el que la ciencia y la tecnología tanto nos ayudan, el sentido moral de la vida y el sentido espiritual de la vida, le confieren a nuestra existencia el llenado del vacío existencial. Ya no seremos personas que no tienen una meta. Hemos encontrado la dirección. La dirección de la paz...

     Texto y fotos:  Maria Rachel Coelho

(Texto em espanhol recebido em email da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com])




Eventos Espíritas com Divaldo Pereira Franco Londres, Reino Unido

MAY - 2016 - by Divaldo Franco in - London 8 & 9 May 2016 - Whitechapel - Queen Mary University-400 seats


​Bookstall will be available - Signing books
In terms of parking in the area,  you can find details of public parking in the vicinity at: www.towerhamlets.gov.uk/lgnl/transport_and_streets/parking.aspx

(Informação recebida em email de BUSS British Union of Spiritist Societies [bussevents@googlemail.com])

Coluna Opinião: com Divaldo Pereira Franco Jornal: A Tarde - Salvador, BA



  





O poder do exemplo

Professor, médium e conferencista


Todo indivíduo que gosta de literatura certamente leu as obras notáveis de Leon Tolstoi, o grande escritor russo deGuerra e Paz e Ana Karenina, ficando profundamente tocado pela sua beleza mágica.
O notável escritor, porém, escreveu muito mais obras que o destacaram na condição de um dos maiores do seu país e, por extensão, do mundo.
Não obstante, o livro pelo qual tinha mais consideração é O Reino de Deus Está em Vós.
Trata-se de uma obra criada após a sua conversão ao cristianismo ensinado e vivido por Jesus. Após meditar demoradamente na doutrina cristã ortodoxa a que se vinculara, por não concordar com a opressão que exercia sobre o povo sofredor da Rússia, pelo luxo e apoio ao poder do czar Nicolau II, leu, em grego, os originais do Evangelho e encontrou Jesus, Aquele que realmente modificara a ética da humanidade para o amor sem limites.
Renunciou à sua posição de nobreza, da condição de conde, e passou a cultivar as próprias terras, com os humildes e esfaimados trabalhadores, vivendo de maneira equivalente.
Escreveu uma carta longa ao czar, pondo-se contrário à pena de morte e às injustiças praticadas pelas suas forças armadas do exército e polícia, vaticinando que, se ele persistisse na crueldade contra as massas, não fugiria à lei divina. Mais tarde, a sua previsão tornou-se realidade durante a revolução de 1917, que o retirou do poder, enviou-o ao exílio e o fuzilou, bem como à família real.
Causou um tremendo escândalo a sua dedicação a Jesus na simplicidade do evangelho, havendo sido responsável pela mudança de comportamento para melhor de incontáveis criaturas.
Estimulou Gandhi, enviando-lhe o livro, e ele começou a notável campanha da não violência que, por sua vez, influenciou Martin Luther King Jr. na libertação do seu povo. O exemplo, mais do que as palavras, é o que vale. Nestes dias tumultuosos, se desejamos mudar o mundo, mudemos nossa conduta, especialmente aqueles que nos dizemos cristãos.

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em  25-02-2016
                                                                                           
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    Espanhol











El poder del ejemplo
Profesor, médium y conferencista


Las personas que gustan de la literatura, por cierto han leído las obras extraordinarias de Leon Tolstoi, el gran escritor ruso deGuerra y Paz y Anna Karenina, quedando profundamente impresionadas por su belleza mágica.

El notorio escritor, mientras tanto, escribió muchas más obras, que lo destacaron a la condición de uno de los más importantes de su país y, por extensión, del mundo.
No obstante, el libro por el cual alcanzó mayor consideración es El Reino de Dios está en vosotros.
Se trata de una obra creada con posterioridad a su conversión al cristianismo enseñado y vivido por Jesús. Después de meditar durante largo tiempo acerca de la doctrina cristiana ortodoxa, a la cual se había vinculado porque no concordaba con la opresión que ejercía sobre el pueblo sufrido de Rusia, por el lujo y el apoyo al poder, el zar Nicolás II, leyó -en griego- los originales del Evangelio y encontró a Jesús, Aquel que realmente había modificado la ética de la humanidad en el sentido del amor sin límites.
Renunció a su posición en la nobleza, a la condición de conde, y comenzó a cultivar sus propias tierras, junto con los humildes y hambrientos trabajadores, además de vivir de una manera semejante.
Redactó una extensa carta al zar, en la que se manifestaba contrario a la pena de muerte y a las injusticias que practicaban las fuerzas armadas de su ejército y de la policía, vaticinando que si él persistía en la crueldad contra las masas, no escaparía de la Ley divina. Más tarde, su previsión se hizo realidad durante la revolución de 1917, que lo expulsó del poder, lo envió al exilio y lo fusiló, al igual que a la familia real.
Ocasionó un tremendo escándalo su devoción a Jesús en la simplicidad del evangelio, y fue responsable del cambio de comportamiento para mejor de numerosas criaturas.
Estimuló a Gandhi con el envío del libro, y este comenzó la notable campaña de la no violencia que, a su vez, influyó sobre Martin Luther King Jr. para la liberación de su pueblo. El ejemplo, más que las palabras, es lo que vale.
En estos días tumultuosos, si deseamos cambiar el mundo, cambiemos nuestra conducta, especialmente quienes nos decimos cristianos.


Artículo publicado en el periódico A Tarde, columna Opinión, el 25-02-2016.
                                                                                           
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(Textos recebidos da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Registro. Seminário “Liberta-te do Mal” com Divaldo Franco São Paulo, SP




21-02-2016.

Divaldo inicia o terceiro e último dia do seminário, falando-nos das origens e causas da situação atual da sociedade
Evoca o filósofo Francis Bacon (1561-1626) e a sua afirmativa de que uma filosofia superficial leva homem para o materialismo e que em contrapartida uma filosofia profunda leva a criatura humana à verdadeira religião.
Ala-nos, ainda, de Blaise Pascal (1623-1662) Filósofo frances que firmou posição na questão que dominava a humanidade nos séculos XVI e XVII – O materialismo (ou Atomismo) versus Religião (existência de Deus). Cientista renomado,  escreveu ensaios filosóficos que reuniu em o livro les Pensées (Os Pensamentos, Editora Martin Claret) onde aborda os temas de “le sprit de Géometrie” (o Espírito de Geometria a representar a razão calculatória, analítica, instrumental que se dedica a investigar e entender a matéria e as leis que a governam, que impulsionou o progresso  da humanidade e mudou a face da Terra) e le sprit de Finesse. (Espírito de Gentileza a representar  a razão cordial  - que apoiada pela logique du coeur, a lógica do coração – que se dedica as relações sociais e humanas, a ciência a estudar a subjetividade da vida e do sentido e real objetivo da vida e da espiritualidade).
O Espírito da Razão e da Gentileza, não são antagônicas e excludentes,  antes pelo contrário,  ambos são necessários para a existência humana.
Porém o Espírito da Razão passa a prevalecer e comandar os destinos da humanidade em detrimento da Gentileza a tal ponto que hoje vivemos a ditadura da Razão.
Assim passamos a eleger as metas imediatistas e materiais e a felicidade, falsamente elegida,  é TER em detrimento ao SER. E o homem perdeu o endereço de Deus.
Como consequência a humanidade colhe – pelas suas escolhas – o quadro da atualidade: violência, no âmbito doméstico e coletivo, a vida perde o seu significado transcendental . A religião passa a se assemelhar  a um clube, para onde as criaturas vão somente em ocasiões sociais ou quando não possuem outra atividade prioritária
Essa situação é brilhantemente ilustrada por Divaldo através da narrativa da vida da assistente social Eunice Weaver (1902-1969) que nos anos 50 do século XX altruisticamente se mobilizou para criar os Preventórios (albergues para cuidar das crianças saudáveis, filhos dos hansenianos e evitar que o convívio íntimo acabasse por contaminá-las) salvando milhares de vidas em todo o Brasil.
Eunice Weaver – cujo pensamento estava resumido na frase O Verdadeiro ideal é a Arte de Servir - morreu em 1969 e somente 84 pessoas compareceram ao seu velório. A imprensa quase nada noticiou. As manchetes abriam espaço para comentar em todos os detalhes da separação de Brigitte Bardot do playboy e multi milionário alemão Gunter Sachs.
Enfatizando o paradoxo  da falsa felicidade que o TER nos proporciona, Divaldo narra a história do Rei Creso (sec. V antes de Cristo) da Lidia (parte da atual Turquia)tido como o homem mais rico do mundo em sua época e que se autointitulava o homem mais feliz pela fortuna. Solon um dos 7 sábios da Grécia, porém, o alertou de que a felicidade somente pode ser avaliada ao final da existência. Orgulhoso e arrogante Creso desprezou o ensinamento do sábio, mas os eventos da vida terminaram por ensiná-lo da verdade.
O Ego - a máscara que afivelamos à face e que luta por defender a qualquer preço nossa Individualidade, nos escraviza bloqueando experimentarmos da Plenitude encarcerando nos  no sofrimento e frustração de não lograrmos encontrar as metas vazias e imediatas – aguarda a nossa decisão firme e resoluta de abandonarmos a armadura que nos impede de fruir a verdadeira felicidade.
Jesus,  por intermédio dos Tarefeiros de Seu Incondicional Amor,  aguarda a nossa decisão de enfrentar os desafios existenciais, com otimismo, com constância de propósito.
Quando erramos não devemos desistir. Scheilla - a sublime enfermeira alemã - ensinou Divaldo: Quando retornamos ao Plano Espiritual, Jesus não nos pergunta o que fizemos de ruim. Não interessa. Ele nos pergunta o que aspiramos de melhor, o que desejamos.
Para nos libertarmos do mal, pensemos no bem. Todas as vezes que surgirem pensamentos pessimistas, negativos, depressivos substitua-os por pensamentos positivos, otimistas, alegres e joviais.
Ali, em um canto da capital paulista, cerca de 3 centenas de almas saem com destino aos seus lares. Voltam diferentes, muito diferentes de quando ali chegaram.
Na mente novos pensamentos e uma nova vontade: deixar brilhar o Self aquilo que realmente somos e que se encontra, temporariamente, ofuscado pelo nosso Ego.
No âmago de cada um o ensinamento de Jesus: Onde estiver o vosso tesouro (os valores, os ideais) ali também estará o vosso coração.
         Texto: Djair de Souza Ribeiro
         Fotos: Sandra Patrocínio

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)


SEMINARIO LIBÉRATE DEL MAL con DIVALDO FRANCO - SP, 21/02/16.
 
Divaldo comienza el tercer y último día del seminario, hablando acerca de los orígenes y las causas de la situación actual de la sociedad.
Evoca al filósofo Francis Bacon (1561-1626) y a su declaración, acerca de que una filosofía superficial conduce al hombre al materialismo, y que en contrapartida, una filosofía profunda conduce a la criatura humana a la verdadera religión.
Alude, también, a Blaise Pascal (1623-1662), un filósofo francés que afianzó su posición acerca de un asunto que dominó a la humanidad durante los siglos XVI y XVII: el Materialismo (el Atomismo), contrapuesto a la Religión (existencia de Dios). Científico renombrado, redactó ensayos filosóficos, que reunió en el libro Les pensées (Los Pensamientos, Editora Martin Claret), donde aborda los temas de Le sprit de Géometrie (o Espíritu de Geometría, que representa la razón del cálculo, analítica, instrumental, que se dedica a investigar y entender la materia y las leyes que la gobiernan; que impulsó el progreso de la humanidad y cambió la faz de la Tierra) y Le sprit de Finesse (Espíritu de Gentileza, que representa la razón cordial -apoyada por la lógique du coeur, la lógica del corazón– que se dedica a las relaciones sociales y humanas, a la ciencia que estudia la subjetividad de la vida y del sentido, y el real objetivo de la vida y de la espiritualidad).
El Espíritu de la Razón y el de la Gentileza, no son antagónicos ni excluyentes sino, por el contrario, ambos son necesarios para la existencia humana.
No obstante, el Espíritu de la Razón llega a prevalecer, y comanda los destinos de la humanidad en detrimento de la Gentileza, a tal punto que hoy vivimos la dictadura de la Razón.
Así, comenzamos a elegir las metas inmediatistas y materiales, y la felicidad -falsamente elegida- es TENER, en detrimento del SER. Y el hombre ha perdido la dirección de Dios.
Como consecuencia, la humanidad cosecha –a consecuencia de sus elecciones – el panorama de la actualidad: violencia -en el ámbito doméstico y colectivo-; la vida pierde su significado trascendental. La religión pasa a asemejarse a un club, adonde las criaturas van solamente en ocasiones sociales, o cuando no tienen otra actividad prioritaria.
Esa situación es brillantemente ilustrada por Divaldo, a través de la narración de la vida de la asistente social Eunice Weaver (1902-1969), que en la década de los '50 (siglo XX), con altruismo, se puso en acción para crear los Preventorios (albergues para cuidar a niños saludables, hijos de los hansenianos, y evitar que la conv¡vencia íntima acabara por contaminarlos) con lo que salvó miles de vidas en todo el Brasil.
Eunice Weaver –cuyo pensamiento estaba sintetizado en la frase El verdadero ideal es el Arte de Servir- murió en 1969, y solamente 84 personas concurrieron a su velatorio. La prensa casi nada informó. Las revistas reservaban espacio para comentar con todos los detalles, la separación de Brigitte Bardot del play-boy y multimillonario alemán Gunter Sachs.
Enfatizando la paradoja de la falsa felicidad que el TENER nos proporciona, Divaldo narra la historia del Rey Creso (siglo V a.C.) de Lidia (una parte de la actual Turquía), quien era considerado el hombre más rico del mundo, en su época; quien se autodenominaba el hombre más feliz por la fortuna. Solón, uno de los siete sabios de Grecia, mientras tanto, lo alertó en cuanto a que la felicidad, solamente puede ser evaluada al final de la existencia. Orgulloso y arrogante, Creso despreció la enseñanza del sabio, pero los acontecimientos de la vida terminaron por enseñarle la verdad.
El Ego, la máscara que sujetamos al rostro -que lucha por defender a cualquier precio nuestra individualidad-, nos esclaviza, impidiendo que experimentemos la plenitud, y nos encarcela en el sufrimiento y la frustración, con el propósito de que no logremos alcanzar las metas frívolas e inmediatas, aguardando nuestra decisión firme, además de la resolución, en cuanto a abandonar la armadura que nos impide el gozo de la verdadera felicidad.
Jesús, por intermedio de los Obreros de su incondicional Amor, aguarda nuestra decisión de enfrentar los desafíos existenciales con optimismo, con constancia en el propósito.
Cuando nos equivocamos no debemos desistir. Scheilla -la sublime enfermera alemana- le enseñó a Divaldo: Cuando retornamos al Ámbito Espiritual, Jesús no nos pregunta qué hemos hecho de malo. No le interesa. Él nos pregunta a qué aspiramos para mejor, qué deseamos.
Para liberarnos del mal, pensemos en el bien. Todas las veces que surjan pensamientos pesimistas, negativos, depresivos, sustitúyalos por pensamientos positivos, optimistas, alegres y joviales.
Allí, en un rincón de la capital paulista, cerca de 3 centenas de almas salen con destino a sus hogares. Retornan diferentes, muy diferentes de cuando llegaron allí.
En la mente, nuevos pensamientos y una nueva voluntad: permitir que brille el Self, aquello que realmente somos, que se encuentra transitoriamente ensombrecido por nuestro Ego.
En lo profundo de cada uno, la enseñanza de Jesús: Donde esté vuestro tesoro (los valores, los ideales), allí también estará vuestro corazón.


         Texto: Djair de Souza Ribeiro
         Fotos: Sandra Patrocínio

(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)










segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Registro. Seminário Liberta-te do Mal com Divaldo Franco São Paulo, SP



20/02/2016

O convite ao autoperdão formulado na véspera ainda repercutia nas mentes e também nos corações que haviam participado do culto do Evangelho.
Um novo ânimo luzia nos olhos expectantes de todos naquela manhã radiosa de verão.
Assumindo a tribuna Divaldo estabelece o roteiro para a Libertação do Mal. A terapêutica será de natureza psicológica, a partir daquele que é maior adversário do nosso processo evolutivo: o egoísmo.
E é no Espiritismo que Divaldo inicia a compreensão e entendimento do real significado em nossas vidas do egoísmo e, para tanto, cita o questionamento de Allan Kardec aos Venerandos Espíritos identificado em O Livro dos Espíritos pela questão 913. Dentre os vícios, qual o que se pode considerar radical?
E os Bons Espíritos respondem: Temo-lo dito muitas vezes: o egoísmo. Daí deriva todo mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos há egoísmo. (Capítulo XII, Da Perfeição Moral)
Fica claro o egoísmo, sem dúvida o maior inimigo de nossa plenitude.
Como a abordagem terapêutica será pela Psicologia, Divaldo busca equalizar os diferentes níveis de conhecimento existente na plateia e resume didaticamente e de forma muito clara a trajetória das diversas psicoterapias surgidas e as histórias de seus principais protagonistas.
Inicia por Jean-Martin CHARCOT (1825-1893) quando em 1880 busca tratar a histeria mediante a utilização do hipnotismo. Os resultados obtidos ganham visibilidade mundial, atraindo a atenção de um jovem médico neurologista de Viena: Sigmund Freud (1856-1939) que se desloca até Paris para aprender diretamente com Charcot a técnica.
A hipnose representou um grande passo para compreender a mente humana, mas era insuficiente para entender as razões de haverem tantos doentes sem a manifestação de doenças.
Perseguindo seu objetivo de interpretar a criatura  humana, Freud vai palmilhando os comportamentos humanos e finalmente logra identificar serem os conflitos no subconsciente os principais geradores dos distúrbio. Nasce a psicanálise e a notável contribuição de desmistificar o sexo considerado pela Religião dogmática como imundícia.
Parafraseando Paulo de Tarso que na Epístola aos Romanos  (14:14) anotou: Como uma pessoa que está no Senhor Jesus, tenho plena convicção de que nenhum alimento é por si mesmo ritualmente impuro, a não ser para aquele que assim o considera; para esse é impuro Freud estabelece que o sexo somente é impuro para aquele que assim o igualmente considera.
A humanidade começa a sair das trevas da ignorância no tratamento dos conflitos e distúrbios psiquiátricos. O impacto da Psicanálise de Freud atrai a atenção do psiquiatra e psicanalista suíço  Karl Gustav Jung (1875-1961) que se junta ao Pai da Psicanálise. Ambos, porém, se afastam irreconciliavelmente. Freud considerava Jung por demais místico, enquanto
que Jung considerava que nem todos os problemas decorriam da libido.
Jung formula novos conhecimentos e técnicas e surge então a Psicologia analítica.
Nesse instante Divaldo passa a esclarecer e a definir o significado dos principais termos e expressões específicas da Psicologia (Consciente, Subconsciente, Inconsciente Individual, Inconsciente Coletivo, Ego e Self)  com destaque para a expressão Arquétipos (marcas antigas) adotada por Jung para caracterizar os nossos conflitos, Dá-se conta Jung  que somos compostos por uma duplicidade: O Self (aquilo que somos) e o Ego (aquilo que
aparentamos, a máscara).
Na realidade somos o Self, que agrega as experiências de todas as gerações, e que contém nosso inconsciente coletivo e que é denominado pelo Espiritismo de Perispírito. Já o Ego é a nossa personalidade, e que o  Espiritismo esclarece serem as nossas paixões negativas (o mal do qual devemos nos libertar).
Findo o esclarecimento sobre as ciências de interpretação da criatura humana e de suas terapias Divaldo dá inicio ao entendimento de que devemos centrar nossas energias na transformação do Egoísmo em Altruísmo mediante o contínuo trabalho e esforço para nos libertarmos  da escravização do EGO (aquilo que aparentamos) e dos seus malefícios desenvolvendo a primazia do SELF (Ser profundo).
Para tanto, Divaldo referiu-se  à obra “O Cavaleiro Preso na Armadura” (editora Record) do escritor e roteirista americano Robert Fischer, citando a dificuldade vivida pelo cavaleiro da fábula que busca livrar-se da armadura (EGO) em que vive preso.
O Espiritismo nos dá o caminho: “O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for predominando sobre a vida material e, sobretudo, com a compreensão, que o Espiritismo vos faculta, do vosso estado futuro, real e não desfigurado por ficções alegóricas”.( O Livro dos Espíritos, Editora FEB, questão 917)
Para que essa conquista seja permanente a transformação deve ser de dentro para fora. Mas como operacionalizar a reforma íntima preconizada por Jesus e enfatizada pela Doutrina Espírita?
Divaldo dá o roteiro buscando uma vez mais o repositório da Doutrina Espírita o Livro dos Espíritos onde Kardec indaga aos Espíritos Superiores na questão 919: Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
A resposta sucinta dos Tarefeiros do Cristo não deixa margem alguma a dúvidas:
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
Esse é a nossa prioridade: A viagem Interior que nos auxiliará no reconhecimento das múltiplas imperfeições que  aguardam serem, ainda, identificadas para depois, então, serem transformadas em virtudes como também daquelas outras que apesar de já reconhecidas aguardam nossa decisão firme para sublimá-las.
Deixar o Ego e ser o Self, como fez Francisco de Assis que diante da multidão que lotava a Catedral de Assis ouviu as acusações do pai e diante de todos desnudou-se das finas roupas que trajava e foi buscar no monturo de lixo um casaco ali atirado e vestiu-o, cingindo na cintura uma corda à guisa de cinto. Mostrava por esse gesto a luta que ele travava com o Ego.
Fazia-o não para afrontar o pai, mas por ser essa a forma de simbolizar a separação do Ego. Desnudou-se pelo anseio da liberdade encontrar a Verdade.
“Todo mundo pensa em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo”, afirmou Leon Tolstói (1828-1910).   Quem desejar, portanto mudar o mundo mude-se em primeiro lugar. Não é o mundo que se muda. Somos nós que mudamos o mundo, mudando-nos.
Francisco de Assis não recomendou a ninguém a necessidade de vestir-se de tal ou qual forma. Ele impôs a si mesmo.
O Caminho da Verdade na busca do autoconhecimento é muito difícil pelo fato de nós nos ignorarmos.
A eliminação da ignorância de nós mesmos passa pela aquisição do conhecimento e citando o sociólogo, médico psiquiatra e psicólogo o professor Emilio Mira y Lopez (1896-1964) que, do ponto de vista psicológico o ser humano é constituído de cinco (5) elementos:
1. Personalidade (A máscara que afivelamos à face)
2. Conhecimento (São as aquisições intelectivas e formada pelas lições de aprendizagem)
3. Identificação (São as sintonias daquilo com o que nos afinizamos)
4. Consciência (Que atuando com o Conhecimento formam a base do discernimento. A consciência possui níveis diferenciados como será abordado a seguir)
5. Individualidade (O elemento que o egoísmo procura defender a todo custo)
Divaldo aborda a seguir os níveis de consciência que vamos galgando nas sucessões das vivências e ilustrou cada um desses níveis permitindo a todos identificar aquele em que estagiamos, permitindo-nos, assim, estabelecer um programa pessoal de aperfeiçoamento.:
1. Consciência de sono SEM sonhos
2. Consciência de sono COM sonhos
3. Consciência de sono ACORDADO (identificação)
4. Consciência de Si mesmo.
5. Consciência Cósmica. (Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em
mim. Gálatas 2:20)
Para finalizar, Divaldo nos convida a não desistirmos da busca do autoconhecimento, não se deixando arrastar pelas Ilusões, optando pelo enfrentamento da Realidade. Encorajando-nos a perseverar nessa busca Divaldo cita vários exemplos de constância de propósito como o descobridor da lâmpada elétrica Thomas Alva Edson que mesmo após mais de 700 experiências infrutíferas não desistiu, permanecendo no laboratório até obter êxito.
Amor ou sofrimento
Só amamos os outros quando nos amarmos... E o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados se apresentem.
Amar, como amou Francisco de Assis que experimentou doenças que lhe despedaçavam o corpo frágil e afligiam a alma veneranda: malária em surtos contínuos com febre e dores estomacais, com o baço e o fígado comprometidos não conseguira desanimá-lo
Ao lado dessas aflições lentamente desabrochou as primeiras rosas arroxeadas da hanseníase.
Diante das dores quase insuportáveis da conjuntivite tracomatosa aceitou submeter-se ao tratamento especial contra o tracoma nas mãos do médico que aqueceu dois ferros até os tornar brasas vivas e o cegou. Francisco  não reclamou, exclamando, confiante: Oh! Irmão fogo!... Sê bondoso comigo nesta hora...
Como se não bastasse, posteriormente, a fim de estancar a purulência dos ouvidos, novamente experimentou barras de ferro em brasa que os penetraram, sem que exteriorizasse um gemido único.
Francisco renasceu para sofrer – sem dever – e nos ensinar – a nós que temos dívidas – a arte sublime de dedicação a Jesus.
Toda uma epopeia de sacrifícios e abnegação ficaria inscrita nas páginas da História demonstrando quanto se pode fazer e viver sob a inspiração do amor de totalidade.

        Texto: Djair de Souza Ribeiro
         Fotos: Sandra Patrocínio


(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)



Seminario Libérate del Mal con Divaldo Franco -
São Paulo, 20/02/16.




La invitación al autoperdón formulada en la víspera, aún repercutía en las mentes y también en los corazones que habían participado del culto del Evangelio.
Un nuevo ánimo brillaba en los ojos expectantes de todos, aquella mañana radiante de verano.
Al ocupar la tribuna, Divaldo enuncia los conceptos que abordará para el desarrollo del temaLiberación del Mal.
La terapia será de naturaleza psicológica, a partir de aquel que es el mayor
adversario de nuestro proceso evolutivo: el egoísmo.
Y es a través del Espiritismo, que Divaldo da comienzo al enunciado y la comprensión del verdadero significado en nuestras vidas del egoísmo, y en tal sentido menciona la pregunta planteada por Allan Kardec a los venerados Espíritus, identificada en El Libro de los Espírituscomo la pregunta 913: ¿Cuál de los vicios puede ser considerado la raíz de todos los otros?
  Y los Espíritus buenos respondieron: Lo hemos dicho muchas veces: el egoísmo. De ahí deriva todo el mal. Estudiad los vicios y veréis que en el fondo de cada uno de ellos se halla el egoísmo. (Capítulo XII, Perfección Moral)
Queda en claro que el egoísmo es, sin dudas, el mayor enemigo de nuestra plenitud.
Como el enfoque terapéutico será a través de la Psicología, Divaldo busca uniformar los diferentes niveles de conocimiento que existen en la platea, y resume didácticamente, en forma muy clara, la trayectoria de las diversas psicoterapias que surgieron y las trayectorias de sus principales protagonistas.
Comienza por Jean-Martin CHARCOT (1825-1893) quien en 1880 se propone tratar la histeria mediante el hipnotismo. Los resultados obtenidos se difunden por el mundo, y atraen la atención de un joven médico neurólogo de Viena: Sigmund Freud (1856-1939), que se traslada a París para aprender con Charcot, directamente, esa técnica.
La hipnosis representó un gran paso para comprender la mente humana, pero
era insuficiente para entender las causas por las que había tantos enfermos que no manifestaban sus enfermedades.
Persiguiendo su objetivo de interpretar a la criatura humana, Freud va haciendo un recorrido a través de los comportamientos humanos, hasta que finalmente logra identificar que los conflictos que se hallaban en el subconsciente eran los principales generadores de los disturbios. Nace el psicoanálisis y la extraordinaria contribución para desmitificar al sexo, considerado por la religión dogmática como una inmundicia.
Parafraseando a Pablo de Tarso, que en la Epístola a los Romanos (14:14) registró: Como persona que está con el Señor Jesús, tengo plena convicción de que ningún alimento es por sí mismo ritualmente impuro, a no ser para quien así lo considere; para ese es impuro. Freud establece que el sexo solamente es impuro para quien así lo considera.
La humanidad comienza a emerger de las tinieblas de la ignorancia en el tratamiento de los conflictos y disturbios psiquiátricos. El impacto del Psicoanálisis de Freud atrae la atención del psiquiatra y psicoanalista suizo  Karl Gustav Jung (1875-1961), que se suma al Padre del Psicoanálisis. No obstante, ambos se alejan irreconciliablemente. Freud consideraba a Jung demasiado místico, mientras que Jung consideraba que no todos los problemas provenían de la libido. Jung formula nuevos conceptos y técnicas, y surge entonces la Psicología analítica.
Llegado a ese punto, Divaldo explica y define el significado de los principales términos y de las expresiones específicas de la Psicología -Consciente, subconsciente, inconsciente individual, inconsciente colectivo, Ego y Self- destacando la expresión Arquetipos (marcas antiguas) adoptada por Jung para caracterizar nuestros conflictos. Se da cuenta, Jung, de que estamos compuestos por una duplicidad: el Self (aquello que somos) y el Ego (aquello que aparentamos, la máscara).
En realidad somos el Self, que agrega las experiencias de todas las generaciones y que contiene nuestro inconsciente colectivo, al cual el Espiritismo denomina periespíritu. Además, el Ego es nuestra personalidad, al que el Espiritismo identifica con nuestras pasiones negativas (el mal del cual debemos liberarnos).
Finalizada la explicación sobre las ciencias de interpretación de la criatura humana y de sus terapias, Divaldo da comienzo a los conceptos relativos a la comprensión, acerca de que debemos concentrar nuestras energías en la transformación del egoísmo en altruísmo, mediante el continuado
trabajo y esfuerzo para liberarnos de la esclavitud del EGO (aquello que
aparentamos) y de sus maleficios, desarrollando la primacía del SELF (Ser
profundo).
Para eso, Divaldo se refirió a la obra El Caballero prisionero en la armadura
(Editora Record) del escritor y guionista norteamericano Robert Fischer, citando la dificultad experimentada por el caballero del relato, que busca liberarse de la armadura (EGO), dentro de la cual vive prisionero.
El Espiritismo nos muestra el camino: El egoísmo habrá de debilitarse a medida que predomine la vida moral sobre la vida material y, en especial, mediante la comprensión que el Espiritismo os ofrece de vuestro estado futuro real, y no desnaturalizado por ficciones alegóricas. (El Libro de los Espíritus, preg. 917).
Para que esa conquista sea permanente, la transformación debe ser desde adentro hacia afuera. Pero, ¿cómo efectuar la reforma íntima preconizada por Jesús y enfatizada por la Doctrina Espírita?
Divaldo muestra el rumbo, recurriendo una vez más al repertorio de la Doctrina
Espírita, específicamente a El Libro de los Espíritus, donde Kardec consulta a los Espíritus Superiores, en la cuestión 919: ¿Cuál es el medio práctico más eficaz para mejorar en esta vida y resistir a la incitación del mal?
La respuesta sucinta de los Obreros de Cristo no deja margen para ninguna
duda: Un sabio de la Antigüedad os lo ha dicho: Conócete a ti mismo.
Esa es nuestra prioridad: El viaje interior que nos auxiliará al reconocimiento de las múltiples imperfecciones que aún aguardan ser identificadas para, después, ser transformadas en virtudes; como también de aquellas otras que, a pesar de que ya las hayamos reconocido, aguardan nuestra decisión
firme para sublimarlas.
Dejar el Ego y ser el Self, como hizo Francisco de Asís, que ante la
multitud que colmaba la Catedral de Asís escuchó las acusaciones de su padre y delante de todos, se despojó de las finas prendas que llevaba puestas y fue a buscar en un montón de basura, una casaca que allí alguien había tirado y se la puso, ajustando la cintura con una cuerda a modo de cinturón. Mostraba con ese gesto, la lucha que él libraba con el Ego.
No lo hacía para importunar a su padre, sino porque esa era la forma de simbolizar el separarse del Ego. Se desnudó porque anhelaba la libertad, hallar la Verdad.
Todo el mundo piensa en cambiar al mundo, pero nadie piensa en cambiarse a sí mismo, manifestó Leon Tolstoi (1828-1910). Quien desee, por lo tanto, cambiar al mundo, que se cambie a sí mismo en primer lugar. No es el mundo el que cambia. Somos nosotros que cambiamos el mundo, cuando nos cambiamos a nosotros mismos.
Francisco de Asís no recomendó a nadie la necesidad de vestirse de tal o cual forma. Él se lo impuso a sí mismo.
El Camino de la Verdad, en la búsqueda del autoconocimiento, es muy difícil por el hecho de que nos ignorarmos. La eliminación de la ignorancia de nosotros mismos pasa por la conquista del conocimiento, y citando al sociólogo, médico psiquiatra y psicólogo, el profesor Emilio Mira y López (1896-1964), desde el punto de vista psicológico el ser humano está constituido por cinco (5) elementos:
1. Personalidad (La máscara que ajustamos al rostro).
2. Conocimiento (Son las conquistas intelectuales; está formado por las lecciones aprendidas).
3. Identificación (Son las sintonías con aquello con lo que somos afines).
4. Conciencia ( Actuando junto con el conocimiento forman la base del
discernimiento. La conciencia posee niveles diferenciados, como se verá a continuación).
5. Individualidad (El elemento que el egoísmo procura defender a todo costo).

Divaldo alude luego a los niveles de conciencia, que vamos superando en las
sucesivas experiencias, e ilustró cada uno de esos niveles, permitiendo a todos identificar aquel en el que transitoriamente nos hallamos, y de ese modo establecer un programa personal de perfeccionamiento:
1. Conciencia de sueño SIN sueños
2. Conciencia de sueño CON sueños
3. Conciencia de sueño DESPIERTO (identificación)
4. Conciencia de Sí mismo.
5. Conciencia Cósmica. (Ya no soy yo quien vive, sino Cristo vive en mí.
Gálatas, 2:20).
Para finalizar, Divaldo nos invita a que no desistamos, en la búsqueda del
autoconocimiento, a no dejarnos arrastrar por las ilusiones, sino que optemos por afrontar la realidad. Alentándonos a persistir en esa búsqueda, Divaldo
cita varios ejemplos de constancia en el propósito, como el descubridor de la
lámpara eléctrica -Thomas Alva Edison- que al cabo de más de 700 experiencias infructíferas no desistió, sino prosiguió con sus investigaciones hasta obtener éxito.

Amor o sufrimiento.
Sólo amamos a los otros cuando nos amamos a nosotros mismos... El amor solucionará todos los problemas, por más complejos que se presenten.
Amar como amó Francisco de Asís, que experimentó enfermedades que le deterioraban el cuerpo frágil y afligían a su alma venerada: la malaria en ataques continuos, con fiebre y dolores estomacales, con el bazo y el hígado comprometidos, no consiguió desanimarlo. Junto con esas aflicciones, lentamente se abrieron las primeras rosas rojizas del mal de Hansen.
Ante los dolores casi insoportables de la conjuntivitis tracomatosa aceptó
someterse a un tratamiento especial para atacar el tracoma, en manos del médico, que calentó dos hierros hasta convertirlos en brasas vivas y lo dejó ciego. Francisco no se quejó, sino exclamó confiado: ¡Oh! ¡Hermano fuego!... Sé bondadoso conmigo en esta hora...
Como si no bastase con eso, posteriormente, a fin de detener la purulencia de los oídos, nuevamente soportó que barras de hierro al rojo vivo penetraran en ellos, sin que exteriorizase ni un solo gemido.
Francisco renació para sufrir –sin que debiera sufrir– y para enseñarnos –a nosotros que tenemos deudas– el arte sublime de dedicación a Jesús.
Toda una epopeya de sacrificios y abnegación quedaría inscripta en las páginas de la Historia, demostrando cuánto se puede hacer y vivir con la inspiración del amor en plenitud.

       Texto: Djair de Souza Ribeiro
       Fotos: Sandra Patrocínio



(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com] de Buenos Aires, Argentina)