quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

...” Depois que entendeu o significado de amar"... Divaldo Franco 02/02/2016

...” Depois que entendeu o significado de amar, do que é ter por meta servir, ser alguém que a outrem ajude, ter o poder de estender bênçãos, ter uma vida dedicada a construção de sorrisos, de como é extraordinário preencher o lado existencial. E onde ele está, há paz, onde ele passa deixa a esperança, quando abre a boca ensina, quando é perseguido perdoa”...
Foi assim que o médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco, descreveu Tolstói, na palestra de ontem no Centro Espírita Caminho da Redenção.  ( 02/02/2016)
Divaldo, fez uma reflexão acerca do momento em que estamos vivendo. Dias de intranqüilidades e falta de perspectivas.
Fez uma retrospectiva, relembrando o nazismo de Hitler, e como um austríaco e portador de várias deficiências físicas, que para o partido eram incompatíveis com o conceito de raça superior poderia ser o responsável pela “seleção étnica do biótipo humano”. Recordou que Ravenscroft , no livro A Lança do Destino, apresentou Hitler como alguém que não era moralmente correto e que vivera vários insucessos nos relacionamentos humanos.

Mas periodicamente a humanidade passa por esses períodos. Lamentáveis, porque a guerra é uma anomalia, é um estágio primitivo da evolução. Citou a terrível e cruel Guerra do Vietnã onde usaram o napalm, uma espécie de arma incendiária, lança-chamas de efeitos tão perversos que foi proibido seu uso pela Convenção de Genebra, arrasou florestas inteiras para abrir clareiras para a aterrissagem de aeronaves.
E agora entramos num período de outros desafios, da tecnologia, da ciência avançada que atingiram o seu clímax. Mas alertou: estamos tão ligados ao mundo virtual que não temos mais tempo de estudarmos a nós mesmos. E não podemos esquecer a nossa auto iluminação. O ideal é adicionarmos o conhecimento tecnológico com nossa saúde moral, a saúde de comportamento. Porque o que temos hoje são pessoas que administram grandes empresas mas não se administram a si mesmas. Daí aparecem os vazios existenciais.
Indivíduos com corpos perfeitos e fascinantes sem qualquer conteúdo de conhecimento, sem ideal, sem nada, vazios, só pensam no mais dinheiro e são objetos de uso e de consumo. Temos que reaprender a conversar porque a beleza muda e não se mantém se não a moldarmos com outros valores. Por isso buscamos alguém que nos complete mas quando dois vazios se encontram não se preenchem, ficam isolados. São dois vazios acompanhados, pela ausência de valores. Daí as uniões se desfazem, as pessoas não sabem conversar, só sabem discutir, censurar. E a conseqüência direta disso é a procura de outras soluções, surgindo, então, os abandonos, a desventura, a orfandade. E torna-se necessária a fé religiosa, que vem preencher esse grande vazio.

O Conferencista, citou, Liev Nicolaevitch Tolstói, e como é fascinante sua conversão. Tolstoi atormentado com questões sobre o sentido da vida deixou-se guiar pelo exemplo da vida simples dos camponeses, a qual se adequou perfeitamente. O escritor recusou a autoridade de qualquer governo organizado e de qualquer igreja. Fez críticas ao direito à propriedade privada e pregou a não-violência. Buscou uma vida simples e próxima à natureza. Difundiu suas idéias em panfletos, ensaios e peças teatrais, a criticar a sociedade e o intelectualismo estéril a tal ponto que influenciou um importante admirador: Mahatma Gandhi.
E nós estamos vivendo um momento bem peculiar.

Divaldo contou a todos que na reunião mediúnica do dia anterior, segunda-feira, dia 1º de fevereiro, uma benfeitora que fazia anos não escrevia, trouxe-nos uma mensagem, Aura Celeste, pseudônimo de Adelaide Augusta Câmara, que foi uma médium, poeta, conferencista, contista e educadora brasileira. Que no mundo espiritual começou a comunicar-se através de Chico Xavier.
O orador, então, leu toda a mensagem que se direcionou para todos aqueles que estão destituídos de um sentido na vida, ou por terem algum problema de infância, a criança doente, a criança enferma; ou ainda aqueles desanimados; depressivos, que carinhosamente resumimos: nunca desistir da vida; nunca dizer-se cansado e que a existência perdeu seu sentido antes da data; nunca se deixar levar pela depressão; nunca perder a arte de sorrir; romper a carapaça da amargura e jamais permitir a autocompaixão. Sair da concha do ego para o espaço do infinito amor, pensando sempre nas lutas vitoriosas que já alcançamos nessa existência, pois sempre há ocasião de sorrisos, e de lágrimas também. Que contemplemos, por instantes, as sequóias norte americanas como túneis e estradas gigantes. Também podemos fazer como elas, para que as dificuldades passem por dentro de nós, sem nos afetar.
Há beleza em tudo e em toda parte esperando ser contemplada. E quando não conseguir despertar, lembrem de Jesus que vos espera e conta contigo para construir um mundo melhor. Não desista nunca. Torna-te um sonhador. Uma reencarnação é uma semente de amor.

O Mestre e embaixador mundial da Paz encerrou a reunião ensinando-nos que cada dia que nós existimos reencarnados e atravessamos é um dia de vitória em nosso mapa da evolução. Não devemos ter culpas, conscientes ou inconscientes e que o espírito de Joanna De Ângelis trabalha para que não a tenhamos. Ninguém é culpado no sentido espiritual, no texto legal sim e as penas e as responsabilidades já estão estabelecidas. A pessoa não é culpada mesmo quando faz propositalmente porque houve um desvio de conduta mental. Porque a conduta mental correta é a ação dirigida. Mas se a pessoa inveja, deseja o mal dos outros, perturba, atravessa situações dolorosas. E deu, como exemplo, a foto postada da cinegrafista que colocou o pé na frente do sírio que tentava escapar da polícia com sua filha no colo. A foto, que era para ser a desgraça daquele homem foi sua salvação, a representação diplomática da Espanha ofereceu-lhe um lugar em Barcelona. Ela agora está desajustada e ele está com sua família. Há muitas pessoas “ponte” no sentido de estenderem a mão para socorrerem-se umas as outras.
Então, concluiu, Divaldo Franco, que não precisou entender o significado de amar, já nasceu amando (grifo meu): ...” busquemos o sentido, coloquemos em nossas vidas objetivos. Nós podemos ser a semente. A semente da sequóia. Não é importante que já sejamos a sequóia, basta que sejamos a semente, com os valores básicos para desenvolvermos a planta. E é necessário aprendermos a olhar, porque muitos vêem e não percebem o que tem em volta, e quanta beleza estão perdendo!

     Texto e fotos:  Maria Rachel Coelho

Recebido em email de Jorge Moehlecke