sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Registro. Divaldo Pereira Franco em Bauru, SP

O Centro Espírita Chico Xavier, da cidade de Bauru - SP, cedeu suas instalações para receber mais de 1.500 pessoas para a palestra de Divaldo Franco, evento promovido pela União das Sociedades Espíritas da Intermunicipal (USE).
Divaldo inicia sua conferência citando pensamento do psiquiatra austríaco Viktor E. Frankl, sobrevivente dos campos de extermínios nazista, que afirmava “Uma vida que não tem um sentido psicológico, não alcançou a maturidade do ser humano”. Na mesma linha de pensamento, anos mais tarde, o pai da Psicanálise Analítica, Carl Gustav Jung considerava: “É necessário que cada um de nós tenha, na existência, uma meta, a fim de que essa existência dê-nos a maturidade psicológica”
A partir desses pensamentos, Divaldo delineia os dias graves da atualidade da sociedade humana a qual, concentra todos os esforços e energias quase que exclusivamente aos objetivos imediatistas em prejuízo daqueles transcendentais.
O resultado dessa opção vem se refletindo nas estatísticas oficiais e a OMS espera já para o ano de 2025 que as mortes provocadas pelos efeitos da Depressão ultrapassarão os óbitos de câncer e cardiopatias, que hoje lideram as causas de morte. Os efeitos da Depressão levarão a um aumento estarrecedor dos suicídios, hoje já tão elevados.
O mecanismo é insidioso e gradativo: A tristeza somatiza-se em Angústia. A angústia leva à Perda do Sentido existencial, que por sua vez gera a Perda de Afetividade que vai levar à Depressão.
A depressão gera o Vazio Existencial que leva, por final, ao desejo de morrer.
Não se trata de que desejamos a morte. Na realidade aspiramos a “libertação” da terrível Angústia e do Nada Interior.
A partir desse diagnóstico, Divaldo realiza uma análise da Depressão revelando sua presença já em tempos recuados, buscando casos desde o Rei Saul (1065 a.C.), e até mesmo na Mitologia grega com a personagem Belorofonte (dono do cavalo Pégaso). Divaldo cita ainda Hipócrates (Séc.IV a.C.) e as preliminares pesquisas em torno da Melancolia. Por essa ocasião acreditava-se que o ser humano pensava pelo fígado e amava com o coração e por essa razão o Pai da Medicina estabeleceu a Teoria Humoral (os 4 Humores – sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra) e que a Melancolia era causada pelo desequilíbrio entre esses Humores. Essa teoria prevaleceu até o Séc. XVII (d.C.) quando a Ciência atribuiu ao cérebro a responsabilidade pelos pensamentos. Foi nessa época que teve início o uso da palavra Depressão (do latim Deprimere: apertar, empurrar para baixo)
Foi somente a partir do Século XX que a Psiquiatria passou a melhor entender a Depressão e classificando-a como Unipolar (tristeza, desinteresse pela vida) e Bipolar (alternando a tristeza com a euforia).
A partir dos anos 1940 com a descoberta dos Neurônios e das sinapses neuronais é que a Ciência passou a melhor entender os mecanismos do Transtorno Depressivo Unipolar ou Bipolar cuja causa foi estabelecida no distúrbio na produção dos neurotransmissores, perturbando as comunicações entre os Neurônios. Surgem, então, os remédios que buscam compensar esses desequilíbrios.
Paralelamente a Psicologia vai também ampliando sua forma de entender e, consequentemente, assistir os pacientes. A primeira foi a Psicanálise, depois surgiu a Psicologia Comportamental (Behaviorista), mais tarde a Psicologia Humanista e, finalmente, a Psicologia Transpessoaç que passa a “enxergar” o ser humano como um ser Bioespirtual (possuidor de corpo físico e Espírito) proporcionando um tratamento holístico (global, integral, completo).
Após essa análise Divaldo aborda a questão do ponto de visto Espírita, afirmando que na raiz psicológica do transtorno depressivo ou de comportamento afetivo, encontra-se uma insatisfação do ser em relação a si mesmo e que não foi solucionada, produzindo conflitos resultantes dos desejos não realizados e que se convertem em melancolia que se expressa em desinteresse pela vida.
Vivendo em uma sociedade individualista, consumista e sexista a criatura passa a não encontrar outro motivo ou significado existencial a não ser o fruir incessantemente, até a exaustão.
Além desse fator, Divaldo aponta ainda, o luto ou perda, como analisado por Freud, responsável por uma alta porcentagem de ocorrências depressivas, que arrojam os incautos no precipício do abandono de si mesmos. Esse sentimento de luto ou perda é inevitável, detestada, arrebatando a presença física de um ser amado, ou – então - gerador de consciência de culpa, quando ocorre de maneira imprevista, sem chance da reconciliação de relações inamistosa deixando arrependimento, agora transformados em conflitos punitivos.
O luto, contudo, não fica restrito somente à morte, mas também se manifesta na perda do trabalho profissional, gerando incerteza para viver com segurança no meio social. E, ainda, vamos ver o luto presente na perda de algum afeto que nos deixou na solidão e até mesmp na perda de um objeto de valor sentimental ou monetário.
É natural que qualquer tipo de perda produza aflição e perturbação, permanecendo nessa situação por algum tempo, que não deve ultrapassar a oito semanas, configurando-se um saudável comportamento emocional.
Caso, porém, quando esse estado de prostração se prolongue, ou até mesmo se agrave acaba por se tornar patológico, requerendo assistência.
Após examinar as causas psicológicas, genéticas e orgânicas temos que levar em conta o Espírito imortal, gerador dos quadros emocionais e físicos de que necessita na sua luta evolutiva intelecto-moral, que transfere seus dramas e tragédias de uma para outra existência física, gravados no íntimo do ser e que despertam na nova existência, no mecanismo de Ação e Reação (causa e efeito) magistralmente apresentada por Allan Kardec.
Assim, a depressão tem origem no Espírito, que reencarna com  a consciência culpada, que lhe imprime nos neurônios, nos neurotransmissores, e consequentemente nas sinapses, os elementos que as desestabilizam o equilíbrio, gerando o surgimento dos transtornos.
A cada um segundo suas obras, como nos ensinou Jesus.
Divaldo passa, então, a delinear a terapêutica. Jamais abandonar os tratamentos preconizados pela Psiquiatria (medicamentos) e a Psicológica (terapia), mas sem deixar de lado o verdadeiro causador: o Espírito.
E para tanto, Divaldo, agora, apresenta-nos a medicação que vem nos auxiliar a substituir o vazio existencial pela solidariedade.
A Doutrina Espírita – nos seus aspectos religiosos, filosóficos e científicos - é capaz de preencher esse vazio existencial, por nos oferecer metas que concorrem para o real sentido da vida: a evolução intelecto-moral. A de sermos hoje, melhores do que ontem e amanhã melhores do que hoje.
O Espiritismo vem despertar a nossa consciência para a necessidade de encontrarmos um sentido psicológico para a vida deixando a fase do primarismo representado pelos instintos e as sensações.
O sentido da vida, conforme nos ensinou Jesus, é AMAR.
Nós somos mais do que o ser definido pelos antropologistas: Bípede e emocional. Somos também aqueles que trazemos na alma a presença de Deus e nascidos para amar, pois o amor é o ápice do nosso processo evolutivo ético e moral.
Divaldo silencia e arremata: A vida tem que ter um significado: O desenvolvimento do amor.
Amorterapia - eis a proposta de Jesus. 
Abre-te ao amor e combaterás as ocorrências depressivas, movimentando-te, em paz, na área da afetividade, com o pensamento em Deus. Evita a hora vazia e resguarda-te da sofreguidão pelo excesso de trabalho. Adestra-te, mentalmente, na resignação diante do que te ocorra de desagradável e não possas mudar. Joanna de Ângelis.
Extraído de o livro RECEITAS DE PAZ, psicografia de Divaldo Franco, LEAL.


           Texto: Djair de Souza Ribeiro;  Fotos: Sandra Patrocínio


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Registro. Mini seminário com Divaldo Pereira Franco Santo André, SP

Mini seminário realizado durante o 31° Encontro Fraternal com Divaldo Franco
A LUZ DA SOLIDARIEDADE SOBRE A SOMBRA DA AGRESSIVIDADE
Como ocorre desde 1986, ininterruptamente, o Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes da cidade de Santo André - SP , realizou, em 24.09.2017,  o 31º Encontro Fraternal com Divaldo Franco.
O evento realizou-se nas múltiplas e espaçosas instalações da Instituição Assistencial e Educacional Amélia Rodrigues, que tornaram-se insuficientes para acomodar as mais de 3.000 pessoas que acorreram ao local para ouvir Divaldo Franco.
O tribuno iniciou relatando as pesquisas realizadas em múmias encontradas em Washington nos EUA que teria vivido há 9000 anos; uma outra identificada como  o Homem de Lindow no Reino Unido que teria morrido há 2000 anos e ainda outra identificada como  Otzi (Múmia de Similaun) encontrada em 1991 nos Alpes austríacos e que teria vivido nas proximidades do local onde foi encontrada há 5.300 anos.
Graças aos equipamentos e técnicas modernas, médicos, paleontólogos e legistas forenses lograram descobrir detalhadas informações a respeito dos hábitos sociais, idade, a última refeição realizada por eles e, evidentemente, a causa da morte.
Apesar da diferença da localização geográfica, bem como da idade cronológica de suas existências há um fator comum encontrado na exumação dessas múmias: todas elas foram vítimas de violência provocadas por golpe na cabeça, estrangulamento ou flechada que rompeu a principal artéria próxima ao ombro.
Após esse começo Divaldo formula uma pergunta retórica: Qual a razão de tanta agressividade que vem acompanhando a humanidade desde seu início? Diante do Universo infinito como pode o ser humano viver preso à sua pequenez? Como pode a humanidade que vem descobrindo as maravilhas do Universo, ainda deixar preponderar a agressividade em seu comportamento?
Divaldo passa a abordar as conquistas da Ciência que permite ao ser humano deslumbrar-se com as luzes do conhecimento e dos segredos da vida, da matéria e do Universo, mas nos perdemos nas Sombras da ignorância e da agressividade.
A Ciência vem logrando obter explicações sobre as questões que de há muito nos fazíamos: O que é o Universo, qual a sua origem e como tudo isso foi construído?
Com uma habilidade primada pela simplicidade, ilustrando profundo conhecimento, Divaldo nos fala do Big Bang quando – para a Ciência – teve início, há 14 bilhões de anos, o Universo, o espaço, o tempo, a matéria e a energia.
Em perfeito equilíbrio toda a matéria e energia existentes hoje no Universo, estavam compactadas em um único e minúsculo ponto chamado de Singularidade, até que em um momento qualquer – e por razões desconhecidas da Ciência – esse equilíbrio foi rompido produzindo uma “explosão” que gerou todo o Universo como o conhecemos hoje, no qual os Astrofísicos foram capazes de efetuar um cálculo tímido indicando que há 10 vezes mais estrelas no Universo de que todos os grãos de areia da Terra.
Mas antes da produção de qualquer matéria, o Big Bang produziu as 4 forças fundamentais que possibilitariam a criação da matéria: a gravidade, o eletromagnetismo, a força nuclear forte e a força nuclear fraca.
A seguir Divaldo aborda a questão do átomo informando sobre as descobertas dos cientistas que revelaram a existência de partículas subatômicas: os Prótons, os Nêutrons, Elétrons, Léptons, os Quarks e as partículas intermediárias (mediadoras) das forças atuantes entre os Quarks e Léptons: os Bósons (Fótons, Glúons e o mais recente de todos o de Higgs e que fornece massa à matéria).
Divaldo passa, então, a elaborar a evolução antropossociopsicológica da humanidade revelando que alimentar-se, abrigar-se e reproduzir-se compunham os instintos básicos que moviam as ações humanas.
Surge, então, a primeira emoção: o Medo que, por sua vez, gera a suspeita, a desconfiança, a ansiedade e a timidez.
Logo em seguida surge a segunda emoção: a Ira a se desdobrar em raiva, ódio, o desejo de vingança.
Logo mais desponta a terceira emoção: o Amor, sentimento do qual Jesus é o grande expoente por divulga-lo e principalmente vivenciá-lo. A parábola do Bom Samaritano ilustra com inigualável valor o o convite a amarmos até aos nossos inimigos.
Encaminhando o tema Divaldo utiliza-se de Piotr Ouspensky (discípulo de George Gurdjieff) ambos filósofos do autoconhecimento  que apresentou nos EUA na década de 50 do Séc. XX uma série de conferência, apresentando o “Terceiro Caminho”: O Autodescobrimento.
O Autodescobrimento é a nossa prioridade: A viagem Interior que nos auxiliará no reconhecimento das múltiplas imperfeições que  aguardam serem, ainda, identificadas para depois, então, serem transformadas em virtudes como também daquelas outras que apesar de já reconhecidas aguardam nossa decisão firme para sublimá-las.
A eliminação da ignorância de nós mesmos passa pela aquisição do conhecimento e citando o sociólogo, médico psiquiatra e psicólogo o professor Emilio Mira y Lopez (1896-1964) que, do ponto de vista psicológico o ser humano é constituído de cinco (5) características:
1. Personalidade (É a “máscara” que afivelamos à face e que faz parte do nosso ser)
2. Conhecimento (São as aquisições intelectivas e formada pelas lições de aprendizagem)
3. Identificação (São as sintonias daquilo com o que temos afinidade e melhor nos identificamos)
Com sua habilidade e grande conhecimento Divaldo pormenoriza a questão da identificação\afinidade que vige em nossas vidas explicando com sua lucidez e conhecimento típico a identificação que o Espírito tem ao reencarnar atraindo por força dessa afinidade a célula sexual masculina (espermatozoide) que melhor corresponda à suas necessidades reencarnatórias1.
4. Consciência (Que atuando com o Conhecimento formam a base do discernimento – capacidade de distinguir o certo do errado . A consciência possui níveis diferenciados como será abordado a seguir)
5. Individualidade (O elemento que o egoísmo procura defender a todo custo)
Divaldo aborda a seguir os níveis de consciência que vamos galgando nas sucessões das vivências e ilustrou cada um desses níveis facultando a todos identificar aquele em que estagiamos, permitindo-nos, assim, estabelecer um programa pessoal de aperfeiçoamento.:
1. Consciência de sono SEM sonhos (Só pensa em si próprio: É meu)
2. Consciência de sono COM sonhos (Já somos capazes de ter ideais e não somente o desejo de acumular)
3. Consciência de sono ACORDADO (A consciência que não mais está sonolenta pelo egoísmo)
4. Consciência de Si mesmo. (Quando o Ego - a máscara que afivelamos à face e que luta por defender a qualquer preço nossa Individualidade - toma conhecimento dos conteúdos psíquicos. Quando eu sei o que DEVO fazer porque POSSO fazer). Nesse ponto Divaldo expande ainda mais as explicações e enumera as 7 (sete) funções que a Consciência vai permitir controlar na máquina orgânica: I) Função EmocionalII) Função IntelectivaIII) Função do InstintoIV) Função ds MovimentosV) Função Sexual (Polaridades Feminina e Masculina permitindo equilibrar a psicologia à anatomia).
Nesse momento, Divaldo com rara maestria e a segurança típica a ele conferida pelo cabedal de conhecimento e de vivência do amor do Cristo aborda a questão da homossexualidade, iniciando pela explicação dos conceitos de Anima e Animus da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung.
À luz da Lei de Ação e Reação, da Reencarnação e baseado nas questões 200. 201 e 202 de O Livro dos Espíritos Divaldo esclarece que a homossexualidade decorre de equívocos transatos produzidos pelas paixões desgovernadas levando ao malbaratamento da função sexual.2
Findo esse esclarecimento, Divaldo segue enumerando as funções que a Consciência controla:
 VI) Função Emoção Superior e VII) Função Intelectiva Superior
5. Consciência Cósmica. (Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim. Gálatas 2:20)
Reassumindo a tribuna para dar continuidade ao tema Divaldo narra a tocante história de Moisés Mendelssohn (1729-1786) avô do célebre compositor, pianista e maestro alemão Felix Mendelssohn.
Moisés Mendelssohn era um homem feio, baixo e possuidor de uma grotesca corcunda.
Certa feita conheceu a lindíssima filha de um comerciante e por ela se apaixonou perdidamente, porém, a jovem ao lhe ser apresentada demonstrou profunda repulsa pela sua desagradável estética.
Mas Moisés não se deixou abater por ter sido repelido pela linda Frudge e num gesto de muita ousadia perguntou –lhe:
- Você acredita que os casamentos são combinados no céu, antes de nascermos?
Evitando olhar aquela figura tosca a jovem respondeu:
- Sim, acredito.
-Também, acredito – completou Mendelssohn.
E sem deixar que o silêncio constrangedor dominasse aquela conversa, ele emendou:
- Quando me preparava para nascer, Deus mostrou-me aquela que seria, mais tarde, a minha esposa.
- Ela era bela, muito bela. Deus, porém, anunciou:
-Sua mulher será bela, porém trará uma corcunda a lhe marcar a aparência física.
Diante dessa informação, ousei levantar os olhos ao Altíssimo e lhe suplicar:
- Senhor, uma mulher com corcunda será uma tragédia. Permita, por misericórdia, que eu seja corcunda e que ela seja perfeita.
E Deus, na sua infinita bondade resolveu atender minhas súplicas e me fez nascer encurvado.
Pela primeira vez Frudge olhou diretamente nos olhos de Mendelsshon e fitando-lhe os olhos apaixonados deu-se conta de que aquela fora a mais pungente declaração de amor que ela jamais havia imaginado receber.
Emocionada, tomou a mão do rapaz entre as suas e aceitou-o como noivo vindo, posteriormente, a se casar com ele.
Dessa forma, Divaldo nos adverte e recomenda para não nos afligirmos por esses acontecimentos e Quando algo desagradável nos acontecer devemos efetuar uma autoanálise e questionarmos nosso estado emocional. O convite maior é para mudarmos as nossas paisagens mentais e não reclamarmos mas buscar nos exemplos de Jesus a prática do amor e da solidariedade, buscando superar a agressividade que nos acompanha de tempos imemoriais.
Lembremo-nos das palavras do Amigo Jesus nos momentos em que a Ira, a raiva, a mágoas, alimentar o nosso contumaz inconformismo, fazendo brotar do nosso âmago a Agressividade. Nesses momentos NÃO devemos tomar nenhuma atitude até nos acalmarmos.
Não devemos valorizar o mal que pulula à nossa volta e nem permitir que nos tirem a alegria de viver.
Hoje, nesses dias tão atormentados e atormentadores, devemos buscar Jesus, refletir sobre Suas palavras e vivenciá-los mantendo nossas mentes a Ele vinculadas pelos pensamentos de teor elevado.
Busquemos aproveitar a nova oportunidade que tantos pedimos antes do retorno ao corpo físico. Esforcemo-nos por encontrar um sentido psicológico para nossas existências, pratiquemos o bem e a Solidariedade.
Mesmo nesses dias difíceis deixemos brilhar a luz de Jesus a iluminar os nossos dias e todos os nossos momentos e optemos por amarmo-nos uns aos outros como Ele nos ama.
Saiamos daqui com a certeza de que a vida é aquilo que dela fazemos.

1 Para aqueles que desejam aprofundar conhecimentos, tomamos a liberdade de sugerir a leitura do capítulo 2 (Sexo e Reencarnação) de o livro Sexo e Consciência, organizado por Luiz Fernando Lopes, LEAL.
2 Para melhor compreender esse tema, tomamos a liberdade de sugerir a leitura do capítulo 7(Homossexualidade) de o livro Sexo e Consciência, organizado por Luiz Fernando Lopes, LEAL. Adicionalmente os capítulos 5 (Sombras e Dores do Mundo), 6 (Destino e Sexo) e 15 (O Passado Elucida o Presente) de o livro Loucura e Obsessão e o capítulo 15 (Sexo e Obsessão) e também o 16(O Reencontro) de o livro Sexo e Obsessão, ambos de autoria do espírito Manoel Philomeno de Miranda pela psicografia de Divaldo Franco, LEAL
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Palestra realizada no encerramento do 31° Encontro Fraternal com Divaldo Franco
PERDÃO, A CONCESSÃO DA SOLIDARIEDADE HUMANA.
Diante de um auditório expectante, Divaldo assumiu a tribuna e iniciou a conferência citando uma frase de Gandhi: ”Se um único homem atingir a plenitude do amor, neutralizará o ódio de milhões”. Este pensamento traduziu-se na prática quando o próprio Ghandhi pregando a não violência logrou libertar milhões de criaturas do controle militar, político e econômico exercido pela Inglaterra sobre o povo da Índia.
Em seguida Divaldo Franco cita o pensamento do psicólogo existencialista norte americano Rollo Reece May, (1909 —1994) que afirma ter a sociedade elegida como parâmetros para a felicidade:
Individualismo: Doutrina moral  e social cujo conceito é o de valoriza a autonomia individual na busca da liberdade e satisfação das inclinações naturais e que se traduz na liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade ou às pessoas
Sexualismo: Comportamento ligado à sociedade mercantilista e consumista, na qual o ato sexual é priorizado e banalizado, desvirtuando sua razão natural.
ConsumismoCompulsão e modo de vida que leva o indivíduo a consumir de forma ilimitada bens, mercadorias e/ou serviços, em geral supérfluos, em razão do seu significado simbólico (prazer, sucesso, felicidade).
O Individualismo produz como uma das consequências o medo de amar uma vez que AMAR significa “aprisionar-se” conflitando com o conceito individualista de liberdade, mas que na realidade não passa de libertinagem.
Para melhor ilustrar o pensamento Divaldo Franco recorre à obra do médico e novelista escocês Archibald Joseph Cronin (1896-1981) chamada “Pelos Caminhos da Minha Vida”. Entre as belas narrativas desse livro biográfico, Divaldo selecionou a comovente relato intitulado “O Anjo da Noite”.1
Na sua atividade de médico recém-formado, e desejando fazer o bem, o Dr. Cronin escolheu uma noite por semana para auxiliar as crianças órfãs e desafortunadas.
Em uma dessas ocasiões, deparou-se com uma criança de 7 anos à beira da morte vitimada pela difteria e para tentar salvá-la o médico escocês decidiu submetê-la a uma traqueotomia.
Diante da situação crítica o jovem e inexperiente médico decidiu orar o Pai Nosso e olhando o corpo da menina enfatizou na sua súplica ao Senhor da Vida: Pai perdoai as nossas dívidas...
Após procedimento cirúrgico coroado de êxito, o médico entregou à responsabilidade de uma jovem enfermeira vigiar a criança durante as primeiras horas do pós operatório.
Todavia a jovem enfermeira assistente adormecera, quando deveria vigiar a paciente. Durante o sono da assistente, a criança desperta e acabou por arrancar o tubo e que lhe permitia respirar vindo a morrer asfixiada.
A moça, trêmula, fitando o médico nos olhos lhe pediu:
— Perdoa-me e dá-me uma outra chance.
Tomado peça ira, o Dr. Cronin planejara denunciar a enfermeira, que por negligência, havia provocado a morte da criança. Para tanto o profissional fez um relatório ao órgão fiscalizador da profissão, responsabilizando a enfermeira.
Algo, porém, fez com que o médico não entregasse o seu relatório.
Os anos haviam passado, quando um artigo de jornal despertou-lhe a curiosidade.
A reportagem – intitulada O Anjo da Noite – falava de uma enfermeira de pouco mais de 50 anos que cuidava de crianças órfãs da Guerra velando pelo sono de seus pacientes. Uma particularidade chamava a atenção: Não dormia.
A veneranda enfermeira dedicava-se a resgatar vidas, por causa de uma criança que havia morrido sob seus cuidados, quando ela - vitimada pelo cansaço - dormira
 A enfermeira redimia-se perante a sua própria consciência. O escritor e médico pôde constatar que um gesto baseado na ira pode aniquilar uma existência, mas se o gesto for alicerçado no amor e no perdão pode salvar inúmeras vidas.
Valeu a pena o perdão do médico.
Em seguida Divaldo nos leva – pela força poderosa de seu verbo – a uma viagem pela intolerância religiosa e as perseguições, violência, crimes e guerras cometidas em nome da predominância dessa ou daquela denominação religiosa. Divaldo inicia nas perseguições que passaram a acompanhar os passos dos primeiros cristãos. Logo em seguida, o Cristianismo passa a ser religião de oficial do Império Romano.
Os cristãos – antes perseguidos – passam a perseguir e matar todos quanto não aceitem suas convicções.
Esquecidos da mensagem de Jesus, os cristãos entregam-se às Cruzadas e que até dos dias atuais continuam repercutindo na humanidade.
Logo mais é a noite medieval marcada pelas perseguições e crimes do Santo Ofício a temida Santa Inquisição infelicitando e matando em nome do Cristo.
Em nome da religião, crianças, mulheres e homens – protestantes - foram massacrados no cerco a La Rochelle.
Novamente pela predominância político-religiosa 25.000 protestantes foram assassinados no episódio conhecido como a Noite de São Bartolomeu.
E, ainda hoje, observamos a intolerância de religiosos alimentados pelo fanatismo e o nanismo moral, perseguindo e violentando – quando não fisicamente – o direito constitucional da liberdade de expressão religiosa.
Os Espíritos Luminares tomados de compaixão intercederam a Deus pela humanidade e lhe pediram:
— Senhor, perdoa-nos e dá-nos uma outra chance.
E Deus nos dá nova chance e pela metade do século XIX vem à luz da humanidade o Consolador prometido por Jesus em Seus dias na Galileia.
Um novo período desabrocha para a humanidade iluminando os corações e as mentes sombreadas pelas nuvens pesadas do obscurantismo religioso e do cinismo materialista do ateísmo.
O Espiritismo apresenta a imortalidade de forma inigualável, oferecendo ao homem o caminho mais suave para alcançar a plenitude. É necessário possuir coragem para amar.
Vivemos na atualidade momentos de crises.É importante não se deixar abater e muito menos contagiar-se com cargas energéticas negativas advindas das crises.
À semelhança da enfermeira que pediu ao Dr. Cronin que a perdoasse e lhe desse uma nova chance, nós também pedimos a Deus uma nova chance.
O Pai de Amor, Bondade e Justiça absoluta nô-la deu.
A decisão é nossa do que fazer com essa nova oportunidade. Aproveitá-la como a enfermeira o fez e multiplicando as bênçãos recebidas na forma de solidariedade, ou continuarmos a desperdiçar e malbaratar as chances recebidas.


Mensagem de Bezerra de Menezes
Pela psicofonia abençoada de Divaldo Franco, o Espírito Bezerra de Menezes deixou sua mensagem instrutiva e ao mesmo tempo acolhedora, estimulando-nos à prática do amor para auxiliar e redimir milhões que sofrem no desespero e no desencanto.
   Texto: Djair de Souza Ribeiro
   Fotos: Sandra Patrocínio

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Registro. Divaldo Pereira Franco na SEF Niterói, RJ

Texto e fotos: Luismar Ornelas de Lima​

A Sociedade Espírita Fraternidade - SEF, em comemoração ao seu aniversário de 37 anos de fundação, promoveu seu XI Seminário, mais uma vez com o ilustre convidado Divaldo Pereira Franco que, por cerca de 3 horas, abordou o tema "A Felicidade é Possível" para um público em torno de 1200 pessoas.
Ao chegar ao Clube Português de Niterói, local da conferência, de imediato Divaldo Franco, acompanhado de Raul Teixeira deu início ao momento dos autógrafos, atendo a todos com carinho e o seu sorriso que a todos cativa.

Terminada a primeira parte dos autógrafos e da ambientação musical, Marcos Alves que exerceu a função de mestre de cerimônias,  falou de seu primeiro contato, quando jovem, com Divaldo e a posterior relação deste com a SEF passando a palavra ao orador baiano que após os agradecimentos e considerações iniciais buscou mostrar - citando exemplos contidos na literatura universal e experiências acumuladas em suas inúmeras viagens -, que a felicidade em plenitude, apesar de não ser deste mundo, pode e deve aqui começar. Para tanto é preciso entender o que é realmente ser feliz, pois uma grande maioria ainda entende que para ser feliz é preciso ter posses, riquezas, quando, apesar de todo o conforto e bem-estar que os bens materiais trazem, é preciso trabalhar os valores pertinentes ao espírito, desenvolvendo riquezas como a gratidão, a doação, o altruísmo, o amor pelos semelhantes como nos ensinou o Mestre Jesus.Assim terminou a primeira parte do seminário, com o público já de posse de um farto material oportuno as suas reflexões. Divaldo e Raul, depois de um pequeno lanche, continuaram a seção de autógrafos.Divaldo Franco retornou para a parte final do encontro e emocionado e emocionando contou uma das passagens mais belas e enriquecedoras que teve ao lado do saudoso Chico Xavier: uma visita à uma família muito pobre do bairro Lapinha, em Pedro Leopoldo. Acompanhando Chico e dos amigos deste, Dr. Francisco de Andrade, sua esposa e cunhada, Divaldo foi conhecer Conceição e Lia, avó e neta, que viviam momentos de grande penúria, necessitando de todo tipo de ajuda.Chico Xavier contou-lhe que Conceição, em Espírito lhe havia aparecido pedindo ajuda pois ela e a neta estavam morrendo de fome e ela Conceição estava preocupada pois suas tarefas na Terra ainda não estavam concluídas.

Chico conta-lhe das causas de todo aquele sofrimento que tem sua origem numa das cortes europeias do século XVII. Raras vezes refletimos nos tormentos que a consciência culpada impõe-nos, no além túmulo.Conceição e Lia, resgatavam a última etapa de suas provas luminosas, colhendo todas as sementes plantadas em seus pretéritos, resgatando suas semeaduras com esperança e confiança na misericórdia divina.Com a ajuda do Dr. Francisco e esposa, as duas puderam ter um final de reencarnação com maior assistência e menores sofrimentos materiais.Esta linda história de amor ao próximo é encerrada com a visita de Chico Xavier a Conceição e Lia, num dia de Natal, celebrando o nascimento de Jesus, este que veio curar as dores do mundo, libertando a Humanidade de seus sofrimentos, possibilitando a conquista da verdadeira felicidade.
Percebia-se no público uma grande emoção, com muitos em lágrimas, agradecendo à Divaldo Franco mais esta oportunidade de aprendizado com belas e comoventes narrativas que tocaram fundo aos corações de todos.

Um outro momento de muita emoção foi o agradecimento feito por José Raul Teixeira, ao término do encontro, pedindo ao público que cantasse o Parabéns para Divaldo Pereira Franco que no último dia 5 de maio completou 90 anos, sendo 70 de mediunidade com Jesus.
Muitas alegrias, aprendizados e fortes emoções, assim foi este XI Seminário da Sociedade Espírita Fraternidade. Parabéns à SEF, dirigentes, trabalhadores, participantes e o nosso agradecimento em especial, mais uma vez, a este incansável servidor do Cristo que continua nos ensinando a semear o amor cristão, através de seu próprio exemplo.
E para encerrar, congratulamo-nos com os dirigentes e trabalhadores do Remanso Fraterno, obra social da Sociedade Espírita Fraternidade que foi selecionada pela Revistá Época e pelo Instituto Doar como uma das 100 melhores ONGs do Brasil em 2017 de acordo com os padrões de gestão e transparência.

(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Registro. Divaldo Franco no Rio Grande do Sul Novo Hamburgo

Novo Hamburgo, 31 de agosto de 2017
Persista! O amor é a única razão para viver. (Divaldo Franco)
Divaldo Franco é um homem incomparável. Enfrentando uma problemática em o nervo ciático, o que lhe provoca dores acerbas, desconforto para andar e sentar, atende com bonomia e alegria aos que se lhe acercam, desincumbindo-se de seus compromissos agendados. Sem deixar que os circunstantes percebam suas dificuldades, aqueles que o acompanham na intimidade sabem o quão sacrificante é o esforço que realiza para atender a sua agenda, sempre muito solicitada.
Na noite de 31 de agosto de 2017, realizando o minisseminário “Seja Feliz Hoje” no Teatro da FEEVALE, em Novo Hamburgo, encerrou uma jornada iluminativa que se iniciou em Florianópolis, passando por Lages e Chapecó, em Santa Catarina; e Frederico Westphalen, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, acolhendo almas aflitas, enxugando lágrimas e levando a alegria de viver, com otimismo e esperança, estendendo suas generosas mãos em nome do Cristo, pois que, saindo a semear a semente do amor, lança-as à todos os tipos de solos, indistintamente.
Juan Danilo Rodríguez, espírita equatoriano, profissional da área de saúde humana, fundou o primeiro Centro Espírita do Equador, em Quito e também a Fundação Luz Fraterna, dedicada ao tratamento da síndrome autista, e querido amigo de Divaldo Franco, acompanhou todas as atividades realizadas nesse périplo doutrinário, percorrendo sete cidades nos dois estados sulistas. O Dr. Juan é autor do livro Alliyanna, já traduzido ao português, voltado ao atendimento aos portadores de autismo.
Em uma breve intervenção, antes de iniciar a atividade programada propriamente dita, o Dr. Juan apresentou a saudação dos espíritas de Quito, dizendo que está tendo a oportunidade de conhecer e aprender sobre o movimento espírita brasileiro, externando que, em chegando o encerramento dessa jornada iluminativa, já sente saudades do convívio com os espíritas do Brasil, a quem é muito grato.
Divaldo Franco, o Trator de Deus, nas palavras de Chico Xavier, apresentou seus primeiros toques suaves nas almas presentes falando dos filósofos e suas filosofias, da educação e da ética, todos tentando decifrar a felicidade para compreende-la. De Plutarco a Allan Kardec, passando por Sócrates, e detendo-se em Jesus, o orador por excelência falou muito mais aos corações do que às mentes, sensibilizando o ser que se debate ante os afligentes eventos de vida, onde o homem é o seu próprio predador.
Educar é mais fácil do que reeducar, sentenciou, traçando um paralelo entre um passado não muito distante com o desvario com que o homem moderno, materialista, vive na atualidade, perdido de si mesmo. Agindo cada qual conforme seus hábitos, esquece-se de que a vida requer atos de solidariedade, de amor ao próximo e a si mesmo. A família, primeira célula da sociedade humana é laboratório divino, onde a reencarnação aproxima a todos, afins ou não, e, como repositório de energias divinas deveria ser a promotora da alegria de viver, da saúde emocional, do desenvolvimento dos bons hábitos, educando os filhos que Deus confiou aos pais atuais.
Apresentando a história de Creso, o poderoso e riquíssimo Rei da Lídia, deixou claro que a felicidade não está nem na juventude, nem no poder, nem mesmo está na riqueza, porque são eventos passageiros na vida dos homens. Creso imaginava-se a criatura mais feliz, porém, com uma ponta de dúvida, buscou Sólon, um dos sete sábios daquela época, indagando-lhe se poderia se considerar o homem mais feliz.
Em seu trono de ouro, coberto por um manto cravejado de pedras preciosas, investido de um poder magnífico, Creso soube por Sólon que para alguém se considerar plenamente feliz seria necessário aguardar a última cena, tendo em vista que a vida apresenta muitas surpresas. Hoje, talvez, sejas feliz, mas amanhã, quem saberá?, acrescentou o sábio. Mais tarde, Ciro, o conquistador persa, derrotou Creso, dominando a Lídia. Creso, assim, sem juventude, riqueza e poder, compreendeu as palavras de Sólon, percebendo que a felicidade é composta de momentos felizes, não permanentes, mas que analisados ao cerrar as cortinas da vida, o balanço poderá apresentar variações entre o positivo e o negativo.
Problemas, sofrimentos e tristezas fazem parte da vida, por ser dinâmica. A verdadeira felicidade, portanto, é saber administrar a tristeza, não lhe permitindo obscurecer a alegria de viver. A felicidade é algo que trabalhado no presente, conforme seja administrado o momento, produzindo ações, materializando os pensamentos, se concretizará no futuro, compreendendo o ensinamento do Mestre Galileu a sinalizar que a felicidade não é deste mundo.
Ser grato à vida, compreendendo que momentos bons e ruins são fragmentos necessários para o desenvolvimento de uma vida de equilíbrio, de gratidão, do reconhecimento de que se colhe os resultados dos atos praticados, bons ou maus, ou da omissão. Insistir, persistir e continuar no caminho do bem, do amor, do perdão, da fraternidade, da solidariedade conduz a criatura humana a fruir a felicidade agora. Persista, porque o amor é a única razão para viver, sentenciou Divaldo.
Seja, desde já, o mensageiro da esperança, da paz e do amor, desfrutando a felicidade. Todo o ser humano merece ser feliz. Acostume-se com a felicidade, seja feliz hoje, a cada dia, a cada momento. Saiba interpretar a misericórdia divina a lhe conduzir pelas sendas da vida, nem todas pavimentadas, algumas há que são rudes e pedregosas, íngremes e sinuosas, elas te fortalecerão, conduzindo-te à felicidade, conquistada por ti mesmo, enfatizou o lúcido Embaixador da Paz.
Com reflexões e interpretações a respeito da vida, e calcadas na experiência de personalidades e de pessoas simples, Divaldo Franco, descortinou os efeitos provocados pelas causas bem ou malconduzidas, ensinando que não se pode postergar a felicidade, adiando-a, colocando-a onde não estamos. Os que amam, embora experimentando reveses, são felizes e realizados, mesmo os não amados, ainda que enfrentem dificuldades de variada ordem, porque sabem valorizar os momentos de alegria, de felicidade.
Quando o anjo da morte vier nos libertar desse corpo educativo saibamos ser-lhe grato reconhecendo o amor de Deus por nós. Tenhamos alegria de viver, desenvolvendo o hábito de fazer o bem, produzindo a felicidade hoje, orando, pedindo desculpas, acreditando no bem. Sejamos as mãos do amor, Deus necessita de nós, façamos o melhor pelo outro, com abnegação. Assim, o Semeador de Estrelas finalizou o exuberante trabalho apresentado à um público de 1.800 pessoas, que tocadas intimamente, exteriorizavam através de suas faces a tranquilidade da compreensão, embaladas nas aragens benfazejas de Jesus Cristo.
Declamando o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, Divaldo Franco deixou o seu exemplo de homem profundamente amoroso e fraterno, levando em seu coração a gratidão dos gaúchos.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke
(Informações recebidas em email de Jorge Moehlecke)