segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco na abertura do III Congresso Espírita Paraense. Belém, PA



DIVALDO FRANCO ABRE III CONGRESSO ESPÍRITA PARAENSE
Ao som da música Paz pela Paz, de autoria de Nando Cordel, tocada e cantada pelo Grupo Sol da Vida e depois de assistir a um vídeo que mostrou um pouco de sua trajetória e também a história da Mansão do Caminho para os internautas e para 5 mil presentes no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, o médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco abriu o III Congresso Espírita Paraense, na noite do dia 15 de janeiro de 2016.
Suas primeiras palavras foram de gratidão e transferiu a homenagem de receber das mãos de crianças e adolescentes 88 rosas brancas, à figura incomparável de Allan Kardec, graças a quem: ...” é possível manter o equilíbrio emocional, psíquico pelo conhecimento do espiritismo”... Divaldo lembrou a todos que aprendeu a amar Belém e o Estado do Pará, desde que esteve pela primeira vez no Teatro da Paz na década de 50 e nunca mais esqueceu esta terra em suas peregrinações doutrinárias. Um presente na semana dos 400 anos de Belém.

O homenageado, iniciou sua palestra, O Amanhecer de uma Nova Era, fazendo uma reflexão panorâmica de fatos históricos recheados de guerras e calamidades e nos mostrou que podemos ter esperança e a consolação que a reencarnação nos dá. A reencarnação é a base para explicar os nossos sofrimentos. Nessa revolução da violência estamos fazendo a transição do mundo de provas, de expiações para o mundo de regeneração. Amanhece um dia novo. Essa é uma aurora de bênçãos. Quando a dor fugirá da Terra. Já estão reencarnadas centenas de milhares de almas nobres, crianças geniais na música, na matemática, nas artes variadas, na ciência, estamos entrando numa era nova de bênçãos que é o Reino dos Céus, asseveram os espíritos nobres que está havendo uma mutação dos nossos genes como houve no passado por ocasião dos visitantes de capela para que o corpo do futuro possa resistir as enfermidades de natureza degenerativa.

Começando pelo Primeiro Triunvirato estabelecido em 59 a.C., na República Romana, entre Júlio César, Pompeu, o Grande e Marco Licínio Crasso. Três homens que representaram o auge do poder até o desequilíbrio, quando Roma estremece nas bases e o trio irado desaparece para reaparecer nos anos 39 a.C., agora sob o comando de um homem jovem que se passava por filho de Cesar. Tratava-se de Caio Julio Otaviano. Periodicamente, espíritos em suas evoluções vêem reencarnando para promover o progresso na Terra. Vem o Segundo Triunvirato, com Antonio Ottaviano, Marco Antonio e Lépido que se tornam os governantes de Roma. Mas Marco Antônio formou uma aliança com a ex amante de César, a rainha Cleópatra, pretendendo usar as fortunas do Egito para dominar Roma. Uma terceira guerra civil eclode entre Otaviano e Marco Antônio. Otaviano então conquista o Egito. E na batalha naval de Áccio, Antonio perde a guerra perde o posto, corre para a residência de Cleópatra e se suicida assim como ela, sabendo que ia ser levada como escrava para Roma.

Finalmente só resta a figura grandiosa de Ottaviano. E também de Lépido, e é nesse período que acontece um dos fenômenos históricos mais notáveis da humanidade porque durante 600 anos Roma sempre estivera em guerra mas Ottaviano era um grande pacificador, amante das letras, das artes, da poesia, naquela época não se reencarnaram os grandes comandantes. Alexandre Magno, da Macedônia, Ciro, rei dos persas, Aníbal, o cartaginês e outros. Reencarnaram-se poetas, homens das letras, como Tito Livio, Salustio, Mecenas e Virgilio, grandes inspirados que transformaram a capital embelezada no centro de cultura do mundo. E muitas vezes, o próprio imperador, mostrou sensibilidade porque estabeleceu uma nova ética para Roma: que só existe governo bom e nobre quando é digno. O Império caracteriza-se pela honradez, pelo respeito às leis, pelos Princípios da Cidadania e Otávio, o imperador que deu nome ao século I, o Século de Augusto, pela vida digna que mantinha, caracterizava-se pela honra que produz inveja em muitos governantes da atualidade. Ele era tão severo que exilou sua própria filha, neta e esposa que procederam de forma reprovável. E assim o fez afim de que todos soubessem que o seu governo era geral para todos.

Daí surge a pergunta dos historiadores: o que aconteceu? Descobriram que foi exatamente naquele período que a humanidade receberia Jesus, rejeitado por Israel que queria um messias assassino, que submetesse a humanidade à todo tipo de força. Mas esse homem extraordinário que é o nosso modelo e guia, o maior da história da humanidade de todos os tempos.
Divaldo nos recorda que, no século XIX, Ernest Renan, que não era cristão nem acreditava em Deus, publica, em Paris, “A vida de Jesus” onde asseverou que Jesus era tão grande que todos os vultos da história da humanidade nasceram na história, Jesus não. O seu berço de palha foi tão grandioso que dividiu a história em antes e depois de seu nascimento. Jesus é a primeira representação do amor. Porque Confúcio na China escreveu sobre a cultura e sobre a civilização; na Índia, Siddhartha Gautama, o Buda, também não fala sobre o amor, ele fala sobre a compaixão, a estrada do meio, o quarto caminho. Se ainda formos ao Egito encontraremos ali a doutrina das reencarnações mas não encontraremos viva a palavra amor nem no período em que Aton apresentou o sol como sendo a representação máxima daquilo que a humanidade pretendia conhecer como Deus. Destituindo o todo poderoso clero de Amon para impor um deus único, representado pelo disco solar Aton, Akenaton abria pela primeira vez na história da humanidade um caminho rumo ao monoteísmo.
E Divaldo cita o mais sublime poema que a humanidade já escutou: o sermão das bem aventuranças. Reverteu a ordem ética da humanidade, superou Sócrates, foi além de Platão, desenvolveu uma doutrina que esmaga o pensamento aristotélico, foi ali que ele estabeleceu a ordem dos contrários porque bem aventurado não é aquele que goza, que desfruta, que tem uma posição social, bem aventurados são os pobres em espírito, os simples de coração, os puros, são aqueles que choram, somos aqueles que perseguidos pelo seu nome elevamos o Reino de Deus na Terra para que a humanidade seja feliz.

Para Carl Gustav Jung, Jesus é o maior modelo que ele encontrou na história da humanidade porque alcançou o estado luminoso, o estado de luz.
Doze séculos depois do sermão da Montanha, o mundo escuta a voz de Francesco Bernardone, sua mensagem é um poema de esperança. Pela primeira vez na humanidade os infelizes sorriem. Tenta erguer a igreja de Jesus, mas ouve a mesma voz que lhe diz: não é essa a igreja, Franscesco. É a igreja moral, é a igreja dos sentimentos que está ruindo. Porque a doutrina de amor e de ternura foi transformada na religião do Estado. E ao ser transformada na religião do Estado perdeu a grandeza do sacrifício e a idade média se apresenta como a grande noite da ignorância, a fé cega, a necessidade de se aceitar aquilo que os teólogos estabeleciam distantes de Jesus. A humanidade enfrentou as guerras santas, as cruzadas. Deixando o legado da ordem fransciscana que deveria ser de pobreza mendicante transformada em grandiosos templos.
O Semeador de Estrelas cita Dante Aliguieri que nos oferece o seu poema A Divina Comédia: “ nasceu para o mundo um sol” e Francisco de Assis nos oferece a oração simples: “Ó senhor, faze de mim instrumento da tua paz” canção que vem ecoando através de 8 séculos.
O conferencista continua mostrando que no século XVI há uma outra revolução psicológica, sociológica, moral da história da humanidade. Surgem grandes pensadores. Galileu Galilei, que teve a coragem de dizer que a Terra não é o centro do universo; Nicolau Copérnico apresenta a sua obra heliocêntrica demonstrando que a Terra se move em torno do sol e não o inverso, e também os astros que estão a sua volta e vai além, o sol não é fixo porque no universo não existe vácuo; Johannes Kepler, desvendando as leis; Isaac Newton que detecta a lei da gravidade e toda uma elite de pensadores que resolvem abandonar a religião e seguir a doutrina atomista dos gregos, do tempo de Sócrates, Platão, Aristóteles, Leucipo, Demócrito, que afirmavam que tudo que existe é resultado de 3 fatores: os átomos, o vácuo e o movimento e quando um desses elementos se desajusta advém a desordem, a morte o aniquilamento. Então nasce o materialismo na sua feição de atomismo grego do século XVII.

Segundo Divaldo temos que saber usar a razão, a lógica mas também a solidariedade, a fineza, a gentileza para que haja o espírito do coração. Porque a sociedade está se “devorando”, estamos nos matando uns aos outros, e o maior número de guerra foi de religiões, que pregam Deus, o amor e a solidariedade, demonstrando o paradoxo da criatura humana. Aí estão a droga, o menino de rua, o abandono sem escola, os revoltados que não acham vagas nos hospitais, os desempregados, a revolta caminhando braços dados com a violência. Uma verdadeira guerra e das mais vergonhosas porque o país é rico de bênçãos, porque foi escolhido por Jesus para ser o coração do mundo, a pátria do evangelho. Porque as leis divinas são insuperáveis.
E nesse período de materialismo, quando as religiões vigentes não conseguiam atender as necessidades humanas, e no século XVIII com Voltaire, Montesquieu, Denis Diderot, a Revolução Francesa em 1789 e Os Direitos Humanos em 1992. O século que Napoleão Bonaparte deseja fazer da França, Paris, a capital da Europa e pouco depois do seu fracasso, em 1804 mesmo ano em que é coroado imperador, no dia 3 de outubro, na cidade de Lyon, nasce Hippolyte Léon Denizard Rivail, que será Allan Kardec, e a semelhança do que aconteceu com Otavio, veio uma revolução espiritual, a Terra recebe espíritos de Skol, grandes pensadores, a ciência desatou os nós, apartir do século XVII e agora descobre-se a vida microscópica, a vida macroscópica e Allan Kardec terá a grandeza de dizer: o espiritismo é aquilo que o microscópio se tornou para vida microbiana. E o que o telescópio se transformou para interpretar o Cosmo. Para descobrir os Sóis. A mediunidade explodiu e nasceu a doutrina espírita. Jesus nos trouxe a Lei de Amor e a doutrina espírita nos trouxe a Lei da Reencarnação.

Nós somos imortais, o espiritismo matou a morte, eu tenho uma razão lógica para viver explicando que Deus é amor, que Deus não castiga, que Deus não perdoa, Deus ama. Quem ama, não castiga, nem pune, educa. A Lei é de progresso. E todo aquele que desrespeita a Lei incide em um delito, que tem necessidade de recomeçar para reaprender, para evoluir. A doutrina espírita chega e vai para os gabinetes de ciência, os maiores cientistas do século XIX a começar por William Crookes a continuar com Cesare Lombroso, Charles Robert Richet , o maior sábio da França no século XIX, que recebeu o premio Nobel pela doutrina da fisiologia, eles constatam a imortalidade da alma e dão a todas as religiões o apoio que lhes faltava porque toda a religião diz que a alma é imortal, que Deus é justo, é bom, é misericordioso mas quando pedimos que nos dêem uma prova da justiça divina, entre o príncipe que nasce em berço de ouro e o miserável que nasce nas ruas da amargura, quando vemos a criança deformada, agora com a microcefalia, nós perguntamos: porque? Porque estamos tendo oportunidade como tivemos em outras existências de agirmos corretamente. Como Deus é amor nos dá a oportunidade de reabilitação. Essa reabilitação é o nosso processo de auto iluminação porque o reino de Deus está dentro de nós, não está fora.
Estamos entrando num mundo novo onde desaparecerá a violência e as grandes epidemias. No futuro não teremos mais as deformidades porque os maus serão exilados da Terra. A tradição religiosa católica e protestante diz que os maus irão para o inferno. É verdade. Mas não um inferno perpétuo e que fica embaixo, porque não existe embaixo ou em cima já que estamos no infinito mas o inferno da consciência.

O maior médium da atualidade conclui afirmando que estamos entrando numa era nova, nunca houve tanto amor na Terra. Esses são dias novos e cada um de nós é um mensageiro da esperança, a dor vai embora envergonhada. O Espiritismo nos traz esperança, consolação, alarga as portas da verdade e mostra que o céu é um estado de consciência tranqüila. O inferno é um estado de consciência de culpa. Aquele que está de mal consigo mesmo, carrega o inferno. Os seus neurônios cerebrais, os seus demônios íntimos, esses arquétipos atormentantes das falhas, do remorso, da culpa, da inveja, mas graças a Deus a ciência está colaborando, a psicologia, utilizando-se de Amorterapia, utilizando-se do evangelho de Jesus para depressão. Então nós podemos mudar de vida, as esperanças, as consolações e o amanhecer de uma nova era objetiva fazer que este mundo novo já se estabeleça em nossos corações. Porque não há governo que possa manter a paz. A paz é íntima, ao invés de sermos paredes que obstaculizam um passo que sejamos pontes de amor, que o sorriso substitua a “cara feia”, que a agressividade ceda lugar a fraternidade. A gentileza deve ser para nós o primeiro passo, a primeira caridade, ser gentil, sorrir mais, sorriso é saúde.
O palestrante, no final nos convida a vivermos esse dia novo, preservando a esperança, contando com o consolo da verdade, não entremos nesse tormento das crises porque só existe uma crise, é a crise moral da criatura humana. E encerrou com o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues.

Texto: Maria Rachel Coelho Pereira
Fotos: Maria Rachel Coelho Pereira e Marcelo 


(Texto em português e fotos recebidos em email de Jorge Moehlecke)


TEXTO EM ESPANHOL

III CONGRESO ESPÍRITA PARAENSE - 15 al 17 de enero de 2016 - Belém/PA, Brasil
DIVALDO FRANCO inaugura el III CONGRESO ESPÍRITA PARAENSE

al son del tema musical Paz por la Paz, del autor Nando Cordel, interpretado y cantado por el Grupo Sol da Vida, y después de la proyección de un vídeo que mostró una síntesis de su trayectoria y también de la historia de la Mansión del Camino, para los internautas y para 5 mil personas presentes en el hangar Centro de Convenciones y Ferias de Amazônia, el médium y orador espírita Divaldo Pereira Franco abrió el III Congreso Espírita Paraense, en la noche del día 15 de enero de 2016.
Sus primeras palabras fueron de gratitud, y trasladó el homenaje, al recibir de las manos de niños y adolescentes 88 rosas blancas, a la figura incomparable de Allan Kardec, gracias a quien: ...”es posible mantener el equilibrio emocional y psíquico, por el conocimiento del espiritismo”... Divaldo  hizo alusión a que aprendió a amar a Belém y al Estado de Pará, a partir de que estuvo por primera vez en el Teatro de la Paz, en la década de los `50, y nunca más omitió esa tierra en sus peregrinaciones doctrinarias. Un presente en la semana en que se cumplen los 400 años de Belém.

El homenajeado inició su disertación tema El amanecer de una Nueva Era, haciendo una reflexión panorámica de acontecimientos históricos, repletos de guerras y calamidades, y nos mostró que podemos tener la esperanza y el consuelo que la reencarnación nos brinda. La reencarnación es la base para la explicación de nuestros sufrimientos. En esa revolución de la violencia estamos haciendo la transición del mundo de pruebas y de expiaciones al mundo de regeneración. Amanece un día nuevo; esa es una aurora de bendiciones, cuando el dolor huirá de la Tierra. Ya han reencarnado cientos de miles de almas nobles, niños geniales en relación con la música, las matemáticas, las artes diversas, la ciencia; estamos ingresando en una era nueva de bendiciones, que es el Reino de los Cielos; afirman los espíritus nobles que se está produciendo una mutación en nuestros genes -como la hubo en el pasado, en ocasión de los visitantes de Capela-, para que el cuerpo del futuro pueda resistir a las enfermedades de naturaleza degenerativa.

Comenzando por el Primer Triunvirato -establecido en el año 59 a.C., en la República Romana-, compuesto por Julio César, Pompeo el Grande y Marco Licínio Crasso, tres hombres que representaron el auge del poder hasta el desequilibrio, cuando Roma se estremece sobre sus bases y el trío iracundo desaparece, para reaparecer en el año 39 a.C., entonces bajo el comando de un hombre joven que se decía hijo de César. Se trataba de Cayo Julio Octaviano.
Periódicamente, espíritus en sus procesos evolutivos, reencarnan para promover el progreso en la Tierra. Llega el Segundo Triunvirato, con Antonio Octaviano, Marco Antonio y Lépido, que se convierten en los gobernantes de Roma. Pero Marco Antonio estableció una alianza con la ex amante de César, la reina Cleopatra, con el propósito de utilizar las fortunas de Egipto para dominar a Roma. Una tercera guerra civil estalla entre Octaviano y Marco Antonio. Octaviano, entonces, conquista Egipto, y en la batalla naval de Accio, Marco Antonio pierde la guerra y se traslada a la residencia de Cleopatra, donde se suicida junto con ella, pues sabía que iba a ser conducida como esclava a Roma.

Finalmente, queda la figura grandiosa de Octaviano y también la de Lépido, y en ese período acontece uno de los fenómenos históricos más notables de la humanidad. Durante 600 años, Roma había estado siempre en guerra, pero Octaviano era un gran pacificador, amante de las letras, de las artes, de la poesía, y  en aquella época no reencarnaron los grandes comandantes: Alejandro Magno, de Macedonia; Ciro, rey de los persas; Anibal, el cartaginés y otros. Reencarnaron poetas, hombres de letras, como Tito Livio, Salustio, Mecenas y Virgilio, grandes inspirados, que transformaron la capital, embelesada, en el centro de la cultura del mundo. En muchas ocasiones, el propio emperador dio muestras de su sensibilidad, porque estableció una nueva ética para Roma:sólo existe un gobierno bueno y noble cuando es digno. El Imperio se caracteriza por la honradez, por el respeto a las leyes, por los principios de la ciudadanía, y Octavio es el emperador que dio su nombre al siglo I: el Siglo de Augusto, por la vida digna que llevaba. Se caracterizaba por la honra, que produciría envidia a muchos de los gobernantes de la actualidad. Él era a tal punto severo, que envió al exilio a su propia hija, a su nieta y a su esposa, quienes se habían comportado de modo reprobable. Y así lo hizo, a fin de que todos supieran que su gobierno abarcaba a todos.

De ahí surge la pregunta de los historiadores: ¿Qué ocurrió? Descubrieron que fue precisamente en aquel período que la humanidad recibiría a Jesús, rechazado por Israel, que quería un mesías asesino, que sometiese a la humanidad a todo tipo de violencia. Pero ese hombre extraordinario es nuestro modelo y guía, el más grande de la historia de la humanidad de todos los tiempos.
Divaldo nos recuerda que en el siglo XIX, Ernest Renan, que no era cristiano ni creía en Dios, publica en París La vida de Jesús, donde manifestó que Jesús era tan importante que todas las personas notables de la Historia de la humanidad habían nacido dentro de la Historia; Jesús, no. Su cuna de paja fue tan grandiosa que dividió a la historia en antes y después de su nacimiento. Jesús es la primera representación del Amor, porque Confucio, en la China, escribió sobre la cultura y sobre la civilización; en la India, Siddhartha Gautama, el Buda, tampoco habla sobre el amor: él habla sobre la compasión, el camino del medio, el cuarto camino. Si fuéramos a Egipto, allí encontraremos la doctrina de las reencarnaciones, pero no encontraremos viva la palabra Amor, ni aun en el período en que Atón presentó al sol como la representación máxima de aquello que la humanidad pretendía conocer como Dios. Al destituir al todopoderoso clero de Amón, para imponer un dios único, representado por el disco solar Atón, Akenatón abría por primera vez en la historia de la humanidad, un camino rumbo al monoteísmo.

Divaldo cita entonces el más sublime poema que la humanidad haya escuchado: el Sermón de las Bienaventuranzas. Revirtió el orden ético de la humanidad, superó a Sócrates, fue más allá de Platón, desarrolló una doctrina que aventajó al pensamiento aristotélico; fue allí que Él estableció el orden de los contrarios, porque el bienaventurado no es aquel que goza, que disfruta, que tiene una posición social; bienaventurados son los pobres en espíritu, los simples de corazón, los puros; son aquellos que lloran, somos aquellos que perseguidos por su nombre, erigimos el Reino de Dios en la Tierra para que la humanidad sea feliz.

Para Carl Gustav Jung, Jesús es el más importante modelo que él encontró en la historia de la humanidad, porque alcanzó el estado numinoso, el estado de luz.
Doce siglos después del Sermón de la Montaña, el mundo escucha la voz de Francisco Bernardone: su mensaje es un poema de esperanza; por primera vez en la humanidad, los infelices sonríen. Trata de erigir la iglesia de Jesús, pero escucha la misma voz que le diz: no es esa la iglesia, Franscisco; es la iglesia moral, es la iglesia de los sentimientos la que se está derrumbando, porque la doctrina de amor y de ternura fue transformada en la religión del Estado, y al ser transformada en la religión del Estado perdió la grandeza del sacrificio, y la Edad Media se presenta como la gran noche de la ignorancia, la fe ciega, la necesidad de aceptar aquello que los teólogos establecían, alejados de Jesús. La humanidad afrontó las guerras santas, las cruzadas, dejando el legado de la orden fransciscana, que debería ser de pobreza mendicante pero transformado en grandiosos templos.

El Sembrador de Estrellas cita a Dante Alighieri, que nos ofrece en su poema La Divina Comedia:Ha nacido para el mundo un sol y Francisco de Asís nos ofrece la oración sencilla: ¡Oh, Señor, haz de mí un instrumento de tu paz!, una canción que ha venido resonando a través de ocho siglos.
El disertante continúa mostrando que en el siglo XVI se produce otra revolución psicológica, sociológica, moral de la historia de la humanidad. Surgen grandes pensadores: Galileo Galilei, que tuvo el coraje de afirmar que la Tierra no es el centro del universo; Nicolás Copérnico presenta su obra heliocéntrica demostrando que la Tierra se mueve en torno del Sol y no a la inversa, y también los astros que están en torno de ella; y va más allá: el Sol no está fijo porque en el universo no existe el vacío; Johannes Kepler, develando las leyes; Isaac Newton que detecta la ley de la gravedad, y toda una élite de pensadores que resuelven abandonar la religión y seguir la doctrina atomista de los griegos de la época de Sócrates, Platón, Aristóteles, Leucipo, Demócrito, que afirmaban que todo lo que existe es el resultado de tres factores: los átomos, el vacío y el movimiento; y que cuando alguno de esos elementos se desajusta sobreviene el desorden, la muerte, el aniquilamiento. Entonces nace el materialismo, en su modalidad según el atomismo griego del siglo XVII.

Según afirma Divaldo, tenemos que saber usar la razón, la lógica, pero también la solidaridad, la amabilidad, la gentileza, para que exista el espíritu del corazón, porque la sociedad se estádevorando, estamos matándonos unos a otros, y  la mayor cantidad de guerras han sido guerras de religiones, que predican a Dios, el amor y la solidaridad, demostrando la paradoja de la criatura humana. Existe la droga, el niño de la calle, el abandonado sin escuela, los rebeldes que no encuentran lugar en los hospitales, los desempleados, la rebeldía que camina tomada del brazo con la violencia. Una verdadera guerra, y de las más vergonzosas, porque el país es rico en bendiciones, porque fue escogido por Jesús para ser el corazón del mundo, la patria del Evangelio; porque las leyes divinas son insuperables.

Y en ese período de materialismo, cuando las religiones vigentes no conseguían satisfacer las necesidades humanas, en el siglo XVIII -con Voltaire, Montesquieu, Denis Diderot-, se produce la Revolución Francesa, en 1789, hasta que finalmente, en 1992, en la Conferencia Mundial se emite la correspondiente Declaración de Derechos Humanos.
En el siglo en que Napoleón Bonaparte desea hacer de Francia, París, la capital de Europa, y poco después de su fracaso, en 1804, el mismo año en que es coronado emperador, el día 3 de octubre, en la ciudad de Lyon, nace Hippolyte Léon Denizard Rivail, que será Allan Kardec, y a semejanza de lo que aconteció con Octavio, se produjo una revolución espiritual: la Tierra recibe espíritus selectos, grandes pensadores; la ciencia desató los nudos a partir del siglo XVII, y ahora se descubre la vida microscópica, la vida macroscópica y Allan Kardec tendrá la grandeza de decir: el espiritismo es aquello en que el microscopio se convirtió para la vida microbiana, y en lo que el telescopio se transformó para interpretar el Cosmos, para descubrir los soles. La mediumnidad estalló y nació la doctrina espírita. Jesús nos trajo la Ley de Amor, y la doctrina espírita nos trajo la Ley de la Reencarnación.

Somos inmortales; el espiritismo mató a la muerte; tengo una razón lógica para vivir explicando que Dios es amor, que Dios no castiga, que Dios no perdona, Dios ama. Quien ama no castiga, no pune, educa. La Ley es de progreso, y todo aquel que transgrede la Ley incide en un delito, y tiene necesidad de volver a comenzar para aprender de nuevo, para evolucionar. La doctrina espírita llega y se instala en los gabinetes de ciencia, de los más importantes científicos del siglo XIX, comenzando por William Crookes y a continuación con Cesare Lombroso, Charles Robert Richet  -el más destacado sabio de Francia en el siglo XIX, que recibió el premio Nobel por la doctrina de la fisiología-; ellos constataron la inmortalidad del alma y confieren a todas las religiones el apoyo que les faltaba, porque todas las religiones sostienen que el alma es inmortal, que Dios es justo, es bueno, es misericordioso, pero cuando pedimos que nos den una prueba de la Justicia divina, entre el príncipe que nace en una cuna de oro y el miserable que nace en las calles de la amargura, cuando vemos a un niño deformado, ahora con la microcefalia, nos preguntamos: ¿por qué? Porque estamos teniendo una oportunidad, como las tuvimos en otras existencias, de proceder correctamente. Como Dios es amor, nos da la oportunidad de la rehabilitación. Esa rehabilitación es nuestro proceso de autoiluminación, porque el Reino de Dios está dentro de nosotros, no está afuera.
Estamos ingresando a un mundo nuevo, donde desaparecerá la violencia y las grandes epidemias. En el futuro no tendremos más las deformidades, porque los malos serán exiliados de la Tierra. La tradición religiosa católica y la protestante sostienen que los malos irán al infierno. Es verdad, pero no a un infierno perpetuo que queda debajo, porque no existe debajo ni encima, ya que estamos en el infinito, sino el infierno de la conciencia.

Para concluir, el más importante médium de la actualidad afirma que estamos ingresando en una era nueva; nunca hubo tanto amor en la Tierra. Estos son días nuevos y cada uno de nosotros es un mensajero de la esperanza, el dolor se retira avergonzado. El Espiritismo es portador de esperanza, de consuelo, amplía las puertas de la verdad y muestra que el cielo es un estado de conciencia tranquila. El infierno es un estado de conciencia de culpa. Aquel que está mal consigo mismo, es portador de un infierno; sus neuronas cerebrales, sus demonios íntimos, esos arquetipos atormentadores de los defectos, del remordimiento, de la culpa, de la envidia; pero gracias a Dios la ciencia está colaborando; la psicología se vale de la Amorterapia, recurriendo al Evangelio de Jesús para tratar la depresión. Entonces, podemos cambiar de vida; las esperanzas, los consuelos y el amanecer de una nueva era tienden a hacer que este mundo nuevo ya se instale en nuestros corazones. Porque ningún gobierno puede mantener la paz. La paz es íntima; en vez de que seamos paredes que obstaculicen el paso, seamos puentes de amor; que la sonrisa sustituya a la cara fea, que la agresividad ceda lugar a la fraternidad.
La gentileza debe ser para nosotros el primer paso, la primera caridad; ser gentil, sonreír más, la sonrisa es salud.
El disertante, al finalizar nos invita a que vivamos ese día nuevo, preservando la esperanza, contando con el consuelo de la verdad; no entremos en ese tormento de las crisis porque sólo existe una crisis: es la crisis moral de la criatura humana. Y concluyó con el Poema de la Gratitud, de Amélia Rodrigues.


Texto: Maria Rachel Coelho Pereira
Fotos: Maria Rachel Coelho Pereira e Marcelo 


(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)