quinta-feira, 31 de março de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco em Nova Iorque, EUA

21 de  março de 2016


No dia 21 de março, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou uma conferência pública na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.  
O evento foi realizado na sede da organização “Casa do Brasil”, em Manhattan, e recebeu um público de mais de 450 pessoas que lotaram o auditório. 
O tema da conferência foi “Esquizofrenia e Obsessão”.

A conferência teve início com a narrativa do notório trabalho do médico francês Dr. Philippe Pinel, na época dos dias de terror da Revolução Francesa. Dr. Pinel, chamado de “o pai da Psiquiatria”, somente teria aceitado o convite para trabalhar como médico no Hospital da Salpêtrière, em Paris, com a condição de poder libertar os  53 pacientes esquizofrênicos do tétrico pavilhão Bicêtre. Na época, o pensamento religioso dominante considerava a esquizofrenia uma punição divina. A Ciência ainda não tinha explicações para a doença. O nobre médico notabilizou-se por considerar os pacientes com transtornos mentais  como doentes, merecedores de compaixão e tratamento humano, para que pudessem ter sua dignidade restituída, e jamais serem tratados com violência ou indiferença. Para a indagação que lhe fora feita a respeito do que faria se o seu tratamento com os esquizofrênicos falhasse, Dr. Pinel teria apenas respondido: “se falhar, então irei apenas amá-los”.

O conferencista explanou sobre os avanços da Ciência, notadamente nas áreas das Neurociências, da Psiquiatria, da Psicologia, destacando a complexidade de nosso cérebro e suas funções, assim como de nossa psique, lembrando que, ao longo da História, várias teorias e tratamentos foram desenvolvidos e , posteriormente, abandonados por se revelarem inócuos, prejudiciais ou, ainda, superados por outros mais eficientes e humanos.  
Foi apresentada a história da descoberta do “centro de uso da palavra” (ou centro de Broca), realizada pelo médico e anatomista francês Pierre Paul Broca.  
Divaldo falou, também, sobre a importância de outra descoberta, a dos neurônios cerebrais e que, mais tarde, o conhecimento científico teria desvelado que tais estruturas poderiam se ramificar, mediante o exercício mental do indivíduo, que criaria, com isso, super-redes de comunicação neuronal e propiciaria para si uma vida mental e cerebral saudáveis, mesmo em idades avançadas.

Em seguida, dissertou sobre algumas relevantes teorias e trabalhos da Psiquiatria, referindo-se às experiências hipnológicas de Jean Martin Charcot, a demonstrar o poder da mente; à descoberta de Sigmund Freud sobre a existência do subconsciente e de doenças que não teriam causas físicas, mas psiquiátricas; e à revelação de Carl Gustav Jung a respeito do inconsciente (individual e coletivo) e dos arquétipos.  
No que tange aos arquétipos, foi esclarecido que o termo tem como significado “registro antigo” e que fora primeiramente usado por São Irineu, no século II d.C. Essas informações armazenadas em nós poderiam ser desta ou de existências anteriores. Os registros negativos poderiam constituir-se conflitos a migrarem de uma existência para outra, de uma reencarnação para outra, o que estaria perfeitamente concorde com a Doutrina Espírita, conforme ensinado no capítulo 5 da obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que trata das causas atuais e anteriores das aflições humanas.

Os conflitos, quando não devidamente tratados, transformar-se-iam em fobias, depressão etc., ensejando campo de desenvolvimento da esquizofrenia, essa doença mental crônica caracterizada por sintomas como: presença de alucinações e delírios, alterações do pensamento, confusão mental, perda da capacidade de ter e demonstrar emoções, apatia etc. 
A criatura humana seria, então, constituída de 2 arquétipos essenciais: o ego e o Self.  O primeiro seriam as nossas “máscaras”, a nossa personalidade, o “eu” inferior. O Self seria o Espírito imortal fadado à perfeição, que traz em si a chama divina, a luz, que ainda se encontra oculta na maioria de nós. Jung afirmaria que quase todos nós trazemos elementos negativos em nosso mundo íntimo, o que ele designou de sombra.

Em uma análise paralela entre o Espiritismo e a Psicanálise Junguiana, Divaldo correlacionou a sombra com o estudo de Allan Kardec a respeito de nossas más inclinações e do esforço que o ser humano deveria realizar para vencer as suas imperfeições morais. E, seguindo na mesma linha comparativa, demonstrou a concordância entre o pensamento do psiquiatra Emilio Mira y López, que, no século XX, teria afirmado que as 3 primeiras emoções desenvolvidas pela criatura humana seriam, nesta ordem, medo, ira e amor, e o ensinamento espírita, contido no texto “A Lei de Amor”, que, no século XIX, já afirmava que no início de seu processo evolutivo o Espírito só teria instintos, para mais tarde desenvolver sensações/emoções e, finalmente o amor.

Divaldo recordou que até o início do século XX os métodos de tratamento da esquizofrenia eram cruéis. Com o progresso da Ciência, novas terapêuticas teriam surgido, como a convulsoterapia com uso de metrazol, depois de insulina, desenvolvida pelo Dr. Manfred Sakel; ou a terapia do eletrochoque, proposta pelos Drs. Bini, Cerlletti e Kalinowski. 
Além dos métodos físicos, começariam a ser utilizadas abordagens psicoterápicas para os tratamentos desses pacientes; e, na sequência, substâncias químicas desenvolvidas em laboratórios, os chamados barbitúricos, seriam usadas nos esquizofrênicos, para suprir as deficiências dos neurocomunicadores naturais.  
Na atualidade, a esquizofrenia não seria mais uma doença incurável, do ponto de vista médico, conforme asseverou o palestrante, necessitando de tratamento de ampla abordagem: psiquiátrica, psicológica e espiritual.

Isso porque, além das causas endógenas (hereditariedade, doenças infectocontagiosas etc) e exógenas (eventos da vida, conflitos da infância, conflitos sexuais, narcisismo etc), haveria uma terceira causa para os transtornos psiquiátricos e psicológicos (incluindo a esquizofrenia), que seriam as obsessões espirituais, isto é, as influências negativas e de longa duração de um Espírito sobre outro. Conforme mencionado, Allan Kardec teria estudado profundamente o tema “obsessões” no capítulo XXIII, da obra “O Livro dos Médiuns”, explicando que nem toda loucura é apenas uma doença física ou psicológica, podendo, muitas vezes, ser o resultado de uma influenciação espiritual negativa, a obsessão.

Utilizando-se da proposição da Organização Mundial de Saúde, que afirmaria não existirem doenças, mas doentes, foi esclarecido que é o Espírito imortal que adoece, com reflexos em seu corpo somático, por causa dos seus conflitos íntimos, das culpas que carrega, da má conduta, dos maus pensamentos, necessitando o paciente de realizar o esforço para mudar de padrão de pensamentos e de comportamentos, para melhor.  
Ressaltando um outro dado daquele mesmo órgão internacional de saúde, a respeito da pandemia mundial de depressão, que poderá elevar o suicídio ao “status” de causa de mortes no mundo número 1, Divaldo afirmou que a crise pela qual a Humanidade passe é , em realidade, individual; trata-se da crise moral do ser humano.

A solução para esse panorama sombrio estaria na Doutrina dos Espíritos, a propor que o indivíduo empenhe todos os seus esforços para vencer as suas más inclinações e realizar todo o bem que esteja ao seu alcance. Esse ensinamento estaria resumido na recomendação evangélica do “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a si mesmo”.  
O amor seria não apenas uma recomendação teológica, mas verdadeira proposta psicoterápica de profilaxia e tratamento dos transtornos psiquiátricos e psicológicos.

Evocando o pensamento de Carl Gustav Jung e Viktor Frankl, o orador falou sobre a imprescindibilidade de eleger-se um sentido psicológico profundo para a existência. Para o Espiritismo, a meta mais profunda seria a imortalidade: viver com vistas à nossa imortalidade, amando sempre e em qualquer circunstância. 
Na parte final de sua conferência, Divaldo destacou a união entre a Ciência e o Espiritismo, mencionando que a Psicologia Transpessoal, a denominada Quarta Força ou Psicologia com Alma, corrobora a proposta Espírita, falando-nos a respeito do ser imortal que somos e da necessidade de descobrirmos e vivenciarmos essa nossa transcendência, cultivando a alegria de viver e a saúde moral, para conquistarmos a saúde integral, a plenitude.

Texto: Júlio Zacarchenco
 Fotos:

(Texto em português recedo em email de Jorge Moehlecke)


Espanhol

DIVALDO FRANCO EN NUEVA YORK, USA -
21 de marzo de 2016

El día 21 de marzo, el médium y orador espírita Divaldo Franco realizó una conferencia pública en la ciudad de Nueva York, en los Estados Unidos de Norteamérica.  
El acto se llevó a cabo en la sede de la organización Casa do Brasil, en Manhattan, adonde concurrieron más de 450 personas que colmaron el auditorio.  El tema de la conferencia fueEsquizofrenia y Obsesión.

La disertación comenzó con la narración del destacado trabajo del médico francés Dr. Philippe Pinel, en la época terrorífica de la Revolución Francesa. El Dr. Pinel -a quien se denomina Padre de la Psiquiatría-, habría aceptado la invitación para trabajar como médico en el Hospital de la Salpêtrière, en París, con la condición de liberar a los 53 pacientes esquizofrénicos del tétrico pabellón Bicêtre. En esa época, el pensamiento religioso dominante consideraba a la esquizofrenia como un castigo divino; la Ciencia aún no tenía explicaciones para esa enfermedad. El noble médico se caracterizó por considerar a los pacientes con trastornos mentales como enfermos merecedores de compasión y tratamiento humano, para que pudiesen recuperar su dignidad y que jamás fueran tratados con violencia ni indiferencia. A la pregunta que se le formuló, con respecto a qué haría si su tratamiento con los esquizofrénicos fracasaba, el Dr. Pinel habría respondido: Si fallara, entonces sólo los amaré.

El disertante hizo referencia a los avances de la Ciencia, sobre todo en las especialidades de las Neurociencias, de la Psiquiatría, de la Psicología, destacando la complejidad de nuestro cerebro y sus funciones, así como también la de nuestra psiquis. Mencionó, además, que a lo largo de la Historia se desarrollaron varias teorías y tratamientos que posteriormente fueron dejados de lado, cuando se comprobó que eran inocuos, perjudiciales, o que habían sido superados por otros más eficientes y humanos.  
El orador expuso la anécdota referida al descubrimiento del centro del uso de la palabra (o centro de Broca) por el médico y anatomista francés Pierre Paul Broca.  
Divaldo aludió, también, a la importancia de otro descubrimiento: el de las neuronas cerebrales, y a que con posterioridad, el conocimiento científico habría develado que tales estructuras podrían ramificarse mediante el ejercicio mental del individuo, el cual crearía -de ese modo- redes poderosas de comunicación neuronal y propiciaría, para él mismo, una vida mental y cerebral saludable, incluso en edad avanzada.

A continuación, mencionó algunas relevantes teorías y estudios de la Psiquiatría, además de mencionar las experiencias hipnológicas de Jean Martin Charcot para demostrar el poder de la mente; aludió al descubrimiento de Sigmund Freud, sobre la existencia del subconsciente y de enfermedades que no tendrían causas físicas, sino psiquiátricas; también se refirió a la revelación de Carl Gustav Jung respecto del inconsciente (individual y colectivo) y de los arquetipos.  
En relación con los arquetipos, explicó que el término significa registro antiguo, y que habría sido utilizado por primera vez por San Ireneo, en el siglo II después de Cristo. Tales informaciones, almacenadas dentro de nosotros, podrían ser de esta existencia o de otras anteriores. Los registros negativos podrían convertirse en conflictos que pasaran de una existencia a otra, de una reencarnación a otra, lo que estaría en perfecta concordancia con la Doctrina Espírita, según la enseñanza que consta en el capítulo V de la obra El Evangelio según el Espiritismo, que trata acerca de las causas actuales y anteriores de las aflicciones humanas.

Cuando los conflictos no son debidamente tratados, pueden transformarse en fobias, depresión, etc., abriendo terreno para el desarrollo de la esquizofrenia, una enfermedad mental crónica, caracterizada por síntomas tales como la manifestación de alucinaciones y delirios, alteraciones del pensamiento, confusión mental, pérdida de la capacidad de experimentar y demostrar emociones, apatía, etc. 
La criatura humana estaría, entonces, constituida por dos arquetipos esenciales: el ego y el Self.  El primero correspondería a nuestras máscaras, nuestra personalidad, el yo inferior. El Self sería el Espíritu inmortal, destinado a la perfección, portador de la llama divina, la luz que aún se encuentra oculta en la mayoría de nosotros. Jung afirmó que casi todos nosotros somos portadores de elementos negativos en nuestro mundo íntimo, a los que él denominó sombra.

En un paralelo entre el Espiritismo y el Psicoanálisis Junguiano, Divaldo relacionó la sombra con el estudio de Allan Kardec referido a nuestras malas inclinaciones, y al esfuerzo que el ser humano debería realizar para superar sus imperfecciones morales. Prosiguiendo en la misma línea comparativa, demostró la concordancia entre el pensamiento del psiquiatra Emilio Mira y López -quien en el siglo XX había afirmado que las tres primeras emociones desarrolladas por la criatura humana serían, en este orden: el miedo, la ira y el amor-, y la enseñanza espírita contenida en el texto La Ley del Amor, que en el siglo XIX ya sostenía que en el comienzo de su proceso evolutivo, el Espíritu sólo tendría instintos, para más tarde desarrollar sensaciones, emociones y, finalmente, el amor.

Divaldo recordó que hasta el comienzo del siglo XX, los métodos de tratamiento de la esquizofrenia eran crueles. Con el progreso de la ciencia surgieron nuevas terapias, tales como la convulsoterapia, con uso de metrazol; después, de insulina, desarrollada por el Dr. Manfred Sakel; o la terapia del electroshock, propuesta por los Dres. Bini, Cerlletti y Kalinowski. 
Además de los métodos físicos, comenzarían a ser utilizados los abordajes psicoterapéuticos para los tratamientos de esos pacientes; y, a continuación, sustancias químicas desarrolladas en laboratorios -los denominados barbitúricos- serían indicadas para los esquizofrénicos, a los efectos de suplir las deficiencias de los neurocomunicadores naturales. En la actualidad, la esquizofrenia ya no sería una enfermedad incurable, desde el punto de vista médico -según la afirmación del disertante-, sino que requeriría un tratamiento de amplio abordaje: psiquiátrico, psicológico y espiritual.

Eso se debe a que, además de las causas endógenas (hereditariedad, enfermedades infectocontagiosas, etc.) y de las exógenas (acontecimientos de la vida, conflictos de la infancia, conflictos sexuales, narcisismo, etc.), habría una tercera causa para los trastornos psiquiátricos y psicológicos (incluyendo la esquizofrenia), la cual sería las obsesiones espirituales, es decir, las influencias negativas y de larga duración de un Espíritu sobre otro. De conformidad con lo mencionado, Allan Kardec habría estudiado profundamente el tema obsesiones en el capítulo XXIII de la obra El Libro de los Médiums, explicando que no todas las locuras son sólo una enfermedad física o psicológica; pueden, muchas veces, ser el resultado de una influencia espiritual negativa: la obsesión.

Recurriendo a la propuesta de la Organización Mundial de la Salud, que afirmaría que no existen enfermedades sino enfermos, quedó explicado que el Espíritu inmortal es el que se enferma, con reflejos en su cuerpo somático a consecuencia de sus conflictos íntimos, de las culpas que lleva como una carga, de la mala conducta, de los malos pensamientos, y que necesita -el paciente- realizar el esfuerzo de modificar el esquema de sus pensamientos y de su conducta para mejor.  
Destacando otro aspecto de aquel mismo organismo internacional vinculado a la salud, con respecto a la pandemia mundial de depresión -que podrá elevar el suicidio al estatus de causa No. 1 de muertes en el mundo-, Divaldo afirmó que la crisis que atraviesa la humanidad es, en realidad, individual: se trata de la crisis moral del ser humano.

La solución para ese panorama sombrío estaría en la Doctrina de los Espíritus, que propone al individuo empeñar todos sus esfuerzos para la superación de sus malas tendencias, y realizar todo el bien que esté a su alcance. Esa enseñanza estaría resumida en la recomendación evangélica de amar a Dios sobre todas las cosas y al prójimo como a sí mismo.  
El amor sería no sólo una recomendación teológica, sino una verdadera propuesta psicoterapéutica, de profilaxis y tratamiento de los trastornos psiquiátricos y psicológicos.

Evocando el pensamiento de Carl Gustav Jung y de Viktor Frankl, el orador aludió a que es imprescindible elegir un sentido psicológico profundo para la existencia. Para el Espiritismo, la meta más profunda sería la inmortalidad: vivir con vistas a nuestra inmortalidad, amando siempre y en toda circunstancia. 
Hacia el final de su conferencia, Divaldo destacó la unión entre la Ciencia y el Espiritismo, y mencionó que la Psicología Transpersonal -la denominada Cuarta Fuerza o Psicología con Alma-, corrobora la propuesta espírita, porque alude al ser inmortal que somos y a la necesidad de que descubramos y experimentemos esa trascendencia nuestra, cultivando la alegría de vivir y la salud moral, a fin de que conquistemos la salud integral: la plenitud.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos:

(Texto em espanhol recebido em email da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)


domingo, 27 de março de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco em Boston, Massachusetts, EUA




Divaldo Franco - Boston, Estado de Massachusetts, EUA 20 março 2016

No último domingo, dia 20/03, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou um seminário na cidade de Boston, Estado de Massachusetts, EUA. 
O evento foi realizado no auditório do  “Bunker Hill Community College” e contou com a participação de um público de 450 pessoas. 
Na ocasião, o médium recebeu uma homenagem da Assembleia Legislativa do Estado de Massachusetts, representada nas figuras de seu presidente, o Senhor Robert A. DeLeo, e da Deputada Denise Provost.

O tema do seminário foi “Vitória sobre a Depressão”. 
Abrindo sua conferência, Divaldo referiu-se a Friedrich Nietzsche e sua conhecida obra “Assim Falou Zaratustra”, destacando a sua proposição sobre a completa desnecessidade de Deus e também a sua morte. O filósofo alemão era um depressivo crônico. 
Em seguida, descreveu o trabalho do médico francês Dr. Philippe Pinel, considerado por muitos o Pai da Psiquiatria, que libertou os seus pacientes esquizofrênicos do terrível pavilhão Bicêtre, do Hospital da Salpêtrière,  para dar-lhes um tratamento mais humano e restituir-lhes a dignidade, criando, assim, o que passou a ser conhecido como “terapia moral”.

Fazendo uma retrospectiva histórica das questões em torno do tema proposto, principalmente a partir do século XVIII, o palestrante falou sobre os estudos e experiências hipnológicas do Dr. Jean Martin Charcot, no Hospital Salpêtrière, em Paris, assim como de Sigmund Freud, sobre os sonhos, os conflitos sexuais, o subconsciente, e de Carl Gustav Jung, sobre o inconsciente profundo- individual e coletivo-, os arquétipos etc., esclarecendo que, com os conhecimentos da Psiquiatria e das Neurociências, foi possível realizar-se grande avanço também na Psicologia, de maneira a se constatar que além das problemáticas de natureza puramente psiquiátricas, físicas, haveria outras de natureza psicológicas.

Nesse contexto, a depressão assumiria uma posição de grande relevo mundial, vez que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, até o ano de 2025, ela alcançaria a primeira posição como causa de mortes no planeta, especialmente por meio de suicídios com uso de arma de fogo.

Esses transtornos depressivos teriam estado presentes na Humanidade desde os primórdios da Civilização, embora sob outros nomes, já que o termo depressão teria surgido apenas no século XVII. O orador relatou os casos históricos das personagens bíblicas Jó (capítulo 3 do livro de Jó) e Rei Saul; e, ainda, de Arjuna, do livro hindu Bhagavad Gita. Além disso, recordou que na Grécia Antiga, tais transtornos eram frequentes e conhecidos como melancolia, sendo que Hipócrates já se referia à necessidade de uso da alegria para o combate àquele estado.

Divaldo discorreu sobre o trabalho de Emil Kraepelin, psiquiatra alemão e pai da moderna Psiquiatria, e sua descoberta a respeito das duas vertentes da depressão: a unipolar e a bipolar.  
Sobre as causas dos transtornos psiquiátricos e psicológicos, e mais especificamente sobre a depressão, foi dito que, no passado, foram estabelecidas diversas gêneses, quase todas equivocadas, tais como o pecado original de Eva no Paraíso ou o desequilíbrio dos fluidos corporais. Mas, que com o avanço da Psiquiatria, da Psicolologia e das Neurociências, fora descoberto que as causas podem ser endógenas (hereditariedade, alterações fisiológicas etc) e exógenas (eventos de vida, traumas de infância etc), sendo elas, portanto, de dupla natureza: biológica e psicológica. Em suas colocações, explicou o trabalho dos neurocomunicadores, como a noradrenalina, a serotonina, a dopamina, e do funcionamento das neurocomunicações, esclarecendo sobre a importância da harmonia desses elementos em nosso cérebro.

Ainda a respeito das causas, Divaldo acrescentou àquelas conhecidas pela Ciência Acadêmica, os conflitos e culpas de reencarnações anteriores e as obsessões espirituais. A obsessão mereceu um capítulo especial na obra O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. Essas influências negativas e persistentes de Espíritos inferiores sobre um indivíduo poderiam levá-lo a estados de transtornos psicológicos e psiquiátricos, como a depressão, afetando-lhe não apenas o equilíbrio psicológico, como também a sua estrutura física, nos casos de perturbações de longo curso.

Diante disso, o tratamento para esses transtornos deveria ser multidisciplinar, englobando as terapias psicológicas, psiquiátricas e espírita (passes, orientação espiritual ao depressivo e familiares, atendimento do obsessor em reuniões mediúnicas especializadas, palestras, a terapia da água fluidificada etc.). 
Mencionando os estudos de James Hollis, de Carl Gustav Jung e de Milton Erickson, o palestrante ressaltou a importância de o paciente realizar um saneamento mental, mudando a sua forma de encarar a vida e criando em si um amadurecimento psicológico com ideias positivas, otimistas. Orientou que toda vez que surja uma ideia negativa em nossa mente, deveríamos substituí-la por uma positiva.

E, retornando ao filósofo Nietzsche, afirmou que a declaração dada por ele sobre a desnecessidade de Deus e de sua morte seria resultado de seu estado depressivo profundo, de sua revolta e do vazio existencial que lhe afligia. Dessa feita, Deus nunca teria deixado de existir e sua compreensão mais profunda e lógica seria trazida pelo Espiritismo, ajudando-nos a entender a nossa própria origem divina. Além disso, a Doutrina Espírita teria resgatado a mensagem pura e simples do Evangelho de Jesus, não em sua feição meramente religiosa, senão também profundamente terapêutica.

Divaldo explicou que a mensagem de Jesus está toda centrada na lei de Amor, a se constituir a mais profunda psicoterapia para o ser humano, segundo estabeleceriam renomados especialistas nas áreas da Psiquiatria, Psicologia e Neurociências. 
Esse amor apresentar-se-ia em duas formas: o autoamor e o amor às demais criaturas. E um dos desdobramentos desse sentimento seria o perdão, também em duas formas: autoperdão e perdão aos semelhantes.  
O amor e o perdão seriam uma das mais excelentes formas de profilaxia e tratamento para a depressão.  
Por isso, ressaltou o médium, os psiquiatras Viktor Frankl e Carl Gustav Jung estabeleceram que é imprescindível que a criatura humana eleja para si e vivencie uma meta existencial profunda, para dar sentido à sua vida e evitar o vazio existencial e, por via de consequência, a depressão. Para eles, a mais profunda meta seria o amor.

Ao final de sua dissertação, Divaldo discorreu sobre os estudos em torno da empatia, de como devemos realizar o bem ao próximo colocando-nos no seu lugar  e buscando identificar a sua real necessidade, a fim de oferecer-lhe aquilo que lhe seja de melhor e não conforme o nosso desejo. Falou, ainda, da importância de “enxergarmos” os seres humanos “invisíveis” na sociedade, aqueles que são desconsiderados e marginalizados pelos outros, para lhes tornarmos socialmente visíveis e dignificados.  Finalizou, dizendo que devemos buscar a alegria nas coisas simples da vida, no cotidiano, amando sempre e em qualquer circunstância, nunca valorizando o mal, procurando, paulatinamente, vencer as nossas más inclinações, até que alcancemos a plenitude.

Texto e fotos: Júlio Zacarchenco

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)


Espanhol

DIVALDO FRANCO en Boston, Massachusetts, USA;
20 de marzo de 2016.

Durante el último domingo, día 20/03, el médium y orador espírita Divaldo Franco realizó un seminario en la ciudad de Boston, Estado de Massachusetts, USA. 
Las actividades tuvieron lugar en el auditorio del Bunker Hill Community College y contó con la participación de un público compuesto por 450 personas. 
En esa ocasión, el médium recibió un homenaje de la Asamblea Legislativa del Estado de Massachusetts, representada por las personas de su presidente, el Señor Robert A. De Leo, y de la Diputada Denise Provost.

El tema del seminario fue Victoria sobre la depresión
Al comenzar su conferencia, Divaldo se refirió a Friedrich Nietzsche y a su conocida obra Así habló Zaratustra, destacando su proposición sobre la absoluta prescindencia de Dios. También aludió a su muerte: el filósofo alemán era un depresivo crónico. 
A continuación, describió el trabajo del médico francés Dr. Philippe Pinel, considerado por muchos el Padre de la Psiquiatría, que liberó a sus pacientes esquizofrénicos del terrible pabellón Bicêtre, del Hospital de la Salpêtrière,  para darles un tratamiento más humano y devolverles la dignidad, creando -de ese modo- la que pasó a ser conocida como terapia moral.

Al hacer un panorama retrospectivo histórico de las cuestiones vinculadas al tema propuesto, principalmente a partir del siglo XVIII, el disertante mencionó los estudios y las experiencias hipnológicas del Dr. Jean Martin Charcot, en el Hospital Salpêtrière, en París; también aludió a las investigaciones de Sigmund Freud, sobre los sueños, los conflictos sexuales, el subconsciente y, además, a los estudios llevados a cabo por Carl Gustav Jung, sobre el inconsciente profundo -individual y colectivo-, los arquetipos, etc., explicando que con los conocimientos de la Psiquiatría y de las Neurociencias, fue posible realizar un gran avance también en la Psicología, de manera de constatar que además de los conflictos de índole puramente psiquiátrico o físico, habría otros de naturaleza psicológica.

En ese contexto, la depresión ocuparía una posición de gran relevancia mundial, dado que de acuerdo con la Organización Mundial de la Salud, hasta el año 2025, esta alcanzaría la primera posición como causa de muertes en el planeta, especialmente por medio de suicidios empleando armas de fuego.

Esos trastornos depresivos habrían estado presentes en la humanidad desde los comienzos de la civilización, aunque con otras denominaciones, ya que el término depresión puede haber surgido recién en el siglo XVII. El orador relató casos históricos, por ejemplo de personajes bíblicos, tales como Jo (capítulo 3 del Libro de Jo) y el Rey Saúl; y, además, de Arjuna, del libro hindú Bhagavad Gita. También recordó que en la Grecia antigua, tales trastornos eran frecuentes -y se los conocía como melancolía-, al punto que Hipócrates hacía referencia a la necesidad de usar la alegría para combatir tal estado.

Divaldo mencionó el trabajo de Emil Kraepelin, psiquiatra alemán y creador de la moderna Psiquiatría, y su descubrimiento de las dos vertientes de la depresión: la unipolar y la bipolar.  
Sobre las causas de los trastornos psiquiátricos y psicológicos, y más específicamente sobre la depresión, se ha dicho que en el pasado radican diversas génesis, casi todas equivocadas, tales como el pecado original de Eva en el Paraíso o el desequilibrio de los fluidos corporales. No obstante, con el avance de la Psiquiatría, de la Psicolología y de las Neurociencias, se ha descubierto que las causas pueden ser endógenas (hereditariedad, alteraciones fisiológicas, etc.) y exógenas (acontecimientos de la vida, traumas de la infancia, etc.), siendo ellas, por lo tanto, de doble naturaleza: biológica y psicológica. Explicó, asimismo, la función de los neurocomunicadores, tales como la noradrenalina, la serotonina, la dopamina, y el funcionamiento de las neurocomunicaciones, además de  aludir a la importancia de la armonía de esos elementos en nuestro cerebro.

También, con respecto a las causas, Divaldo agregó a las que conoce la ciencia académica, los conflictos y las culpas de reencarnaciones anteriores, además de las obsesiones espirituales. La obsesión mereció un capítulo especial en la obra El Libro de los Médiums de Allan Kardec. Esas influencias negativas y persistentes, de Espíritus inferiores sobre un individuo, podrían conducirlo a estados de trastornos psicológicos y psiquiátricos, tales como la depresión, y afectarían no sólo su equilibrio psicológico sino también su estructura física, en los casos de perturbaciones de desarrollo prolongado.

Por lo tanto, el tratamiento para esos trastornos debería ser multidisciplinario, es decir que contemple las terapias psicológicas, las psiquiátricas y la espírita (pases, orientación espiritual al paciente depresivo y a sus familiares, atención al obsesor en reuniones mediúmnicas especializadas; conferencias; la terapia del agua fluidificada, etc.).

Con referencia a los estudios de James Hollis, de Carl Gustav Jung y de Milton Erickson, el disertante destacó la importancia de que el paciente realice un saneamiento de su mente, para cambiar su enfoque de la vida y crear en él, una maduración psicológica con ideas positivas, optimistas. Expresó que cada vez que surja una idea negativa en nuestra mente, deberíamos sustituirla por una positiva.

Y, volviendo al filósofo Nietzsche, manifestó que la declaración que este hizo sobre que Dios es innecesario, además de su muerte, sería la consecuencia de su profundo estado depresivo, de su rebeldía y del vacío existencial que lo afligía. De tal modo, Dios nunca habría dejado de existir y su comprensión más profunda y lógica sería aportada por el Espiritismo, ayudándonos a que entendamos nuestro propio origen divino. Además, la Doctrina Espírita habría recuperado el mensaje puro y simple del Evangelio de Jesús, no en su aspecto meramente religioso, sino también profundamente terapéutico.

Divaldo explicó que el mensaje de Jesús está por completo basado en la Ley del Amor, que constituye la más profunda psicoterapia para el ser humano, según lo han establecido renombrados especialistas en los terrenos de la Psiquiatría, la Psicología y las Neurociencias. 
Ese amor se presentaría en dos formas: el autoamor y el amor a las demás criaturas. Y uno de los desdoblamientos de ese sentimiento sería el perdón, también en dos formas: autoperdón y perdón a los semejantes.  
El amor y el perdón serían las más excelentes formas de profilaxia y tratamiento para la depresión.  
Por eso, destacó el médium, los psiquiatras Viktor Frankl y Carl Gustav Jung establecieron que es imprescindible que la criatura humana elija y experimente una meta existencial profunda, para dar sentido a su vida y evitar el vacío existencial, y por consiguiente la depresión. Para ellos, la meta más profunda sería el amor.

Al final de su disertación, Divaldo se refirió a los estudios relativos a la empatía, a cómo debemos realizar el bien al prójimo, colocándonos en su lugar y tratando de identificar su auténtica necesidad, a fin de ofrecerle aquello que le resulte mejor, y no según nuestro deseo. Habló, además, de la importancia de que observemos a los seres humanos invisibles en la sociedad, aquellos que no son tenidos en cuenta y marginados por los otros, a fin de que se vuelvan socialmente visibles y dignificados. Finalizó, diciendo que debemos buscar la alegría en las cosas simples de la vida, en lo cotidiano, amando siempre y en cualquier circunstancia, nunca valorizando el mal sino procurando, paulatinamente, superar nuestras malas tendencias, hasta que alcancemos la plenitud.

Texto y fotos: Júlio Zacarchenco

(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)








quarta-feira, 23 de março de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco em Los Angelis, CA, EUA






Divaldo Franco em Los Angelis/EUA 18 março 2016

DIVALDO FRANCO NA CALIFÓRNIA/EUA - 2016

Na última sexta feira, 18/03, o médium e orador espírita Divaldo Franco encerrou mais um ciclo de atividades doutrinárias no Estado da Califórnia, com um seminário na cidade de Los Angeles, que versou sobre o tema “A Felicidade na Visão do Espiritismo”.

O belíssimo auditório do “Olympic Collection Conference Center” ficou completamente lotado, com a presença de 250 pessoas.

Os espíritas da Califórnia homenagearam o médium pelas décadas de visitas ininterruptas àquele Estado, durante as quais prestou extraordinário serviço de implantação, amparo e expansão do movimento espiritista regional. Reconhecido, ele agradeceu o gesto gentil e transferiu o mérito à Allan Kardec, o codificador do Espiritismo.

O registro histórico do século VI a.C., referente à vida do rei Creso, da Lídia, serviu como introdução para o tema da noite. Conforme narrado, Creso vivia na capital de seu reino, Sardes, com seus dois filhos. Acreditava-se plenamente feliz, pois que era o homem mais rico do planeta. Certa feita, o rei convidou o grande filósofo Sólon para visitar seu palácio. Após mostrar-lhe a sua imensa fortuna, falar da grandeza de seu reino e de seu poder, perguntou-lhe se conhecia alguém mais feliz do que ele, recebendo uma resposta afirmativa. Contrariado, reformulou a questão, indagando a respeito de quem seria, então, a segunda pessoa mais feliz do mundo. Novamente, seu nome não foi indicado pelo filósofo, o que lhe causou profunda revolta. Sólon aproveitou a oportunidade para oferecer-lhe uma grande reflexão, afirmando que somente seria possível verificar-se se uma pessoa realmente foi feliz após a sua morte, já que antes disso muitos fatores poderiam, de um minuto para outro, alterar a sorte de uma vida. O ensinamento recebido foi profético. Creso houvera, oportunamente, requisitado de seus ministros que procurassem os médiuns, pitonisas, videntes, mais importantes de diversas regiões, a fim de testar a autenticidade dos fenômenos ditos paranormais.

Após todos retornarem a Sardes para apresentarem ao rei as informações colhidas, constatou-se que a médium de Delfos era, de fato, autêntica. De lá, chegaram os avisos para Creso de que ele não teria sucessores legítimos no trono, uma vez que o filho surdo-mudo estaria naturalmente impedido de assumir a função e o outro desencarnaria tragicamente, e de que um grande império estaria para ruir. E assim ocorreu. O filho sem limitações físicas morreu em um trágico acidente. O rei, acreditando, equivocadamente, que a referência sobre o império a ruir seria do persa, decidiu guerrear contra ele, caindo, porém, derrotado. Mas algo inusitado acontecera nesse episódio. Após perder a batalha, Creso retornou para seu palácio e , ali, em uma sacada, contemplando as terras destruídas, não percebeu que um soldado inimigo houvera adentrado o local; quando este preparava-se para arremessar uma lança, o outro filho do rei da Lídia, que era surdo-mudo, numa reação surpreendente, deu um grito, pedindo que não matassem o pai. O soldado titubeou e ao fazer o arremesso, errou o alvo. O rei foi preso com a família, mas quando estavam para ser mortos, ele pronunciou em voz alta o nome de Sólon e repetiu a frase que lhe houvera sito dita. Naquele dado instante, Ciro, o rei dos persas, passava por ali e ouviu a menção ao filósofo, de quem era profundo admirador. Ao saber daquele encontro entre Creso e Sólon, o comandante dos persas decidiu libertar a família do rei vencido e torná-lo seu servo.

Esse fato, narrado pelo historiador grego Heródoto de Halicarnasso e que traz as comprovações históricas da paranormalidade/mediunidade, bem descreve a impermanência da existência física, a sua fragilidade, a ilusão das conquistas mundanas e as alternâncias das situações da vida material.

Aproveitando-se desse contexto, o orador questionou sobre o que seria a verdadeira felicidade e onde encontrá-la. Explicou que para determinada corrente filosófica, a felicidade constituir-se-ia em ter coisas, ter poder; para outra vertente da Filosofia, ela seria a total ausência de posses materiais; haveria, também, aqueles que defenderiam a tese de que a felicidade residiria no enfrentamento silencioso de todo sofrimento, sempre e em qualquer circunstância. Entretanto, a vida do rei Creso demonstraria que todas essas teorias seriam incorretas.

Divaldo apresentou a advertência do grande psicólogo existencialista estadunidense Rollo May, que afirmou que vivemos  numa época de enorme ansiedade e de consumismo, evidenciando os conflitos íntimos e o vazio existencial que trazemos em nós.  O desejo de estar em diferentes lugares ao mesmo tempo, o estresse, a agitação do cotidiano, a rotina, os relacionamentos sociais e afetivos virtuais, em detrimento do contato humano, as ilusões das comunicações pela internet, das redes sociais, a sexolatria, o individualismo, seriam as provas de nosso desequilíbrio interior e os elementos impeditivos da felicidade.

Por conta desse panorama da sociedade mundial é que se concluiria que as crises de toda ordem que contemplamos no planeta nada mais seriam do que a crise moral do indivíduo. E, assim, a solução não poderia ser exterior, senão uma medida íntima de transformação moral individual para melhor.  
Como embasamento científico de suas colocações, o conferencista destacou a proposta dos reconhecidos psiquiatras Viktor Frankl, Carl Gustav Jung e Milton Erickson, que afirmam ser indispensável para o ser humano eleger e vivenciar uma meta psicológica profunda para a sua existência, a fim de viver em equilíbrio e feliz. A ausência de uma meta profunda acarretaria frustrações e vazio existencial, que levariam o indivíduo a estados perturbadores, incluindo a depressão e outros transtornos psicológicos e psiquiátricos.

Por fim, Divaldo apresentou a visão espírita da felicidade,  que, em perfeita consonância com a Ciência, convidaria a criatura humana à viagem interior do autoconhecimento, a fim de que cada pessoa pudesse identificar as suas más inclinações morais e domá-las, substituindo-as, paulatinamente, por pensamentos e comportamentos morais saudáveis, geradores de harmonia e paz. Para o Espiritismo – afirmou-, a felicidade é perfeitamente possível de ser experienciada em nossa vida, sendo necessário, contudo, que eliminemos as ilusões e faceemos a nossa realidade imortalista, realizando todos os esforços para o aperfeiçoamento moral e espiritual. A certeza da existência do Deus bom, misericordioso e justo, da imortalidade da alma, da interação constante entre os mundos físico e espiritual, da pluralidade de oportunidades reencarnatórias para o aperfeiçoamento do Espírito, e mais os recursos terapêuticos contidos no Evangelho de Jesus seriam um tesouro de inestimável valor a nos guiar para a conquista da verdadeira felicidade.

O seminário foi encerrado com o convite para que cada qual despertasse em si a consciência de que somente nos acontece aquilo que seja de melhor para o nosso processo de evolução e de que o Amor é a força mais poderosa do Universo, capaz de transmudar dor em alegria, trevas em luz e perturbação em paz, em nossas vidas e nas de nossos irmãos de Humanidade. Por isso, exortou o palestrante: “seja feliz, hoje!” 
Na segunda parte do seminário, foram respondidas perguntas do público sobre traumas de infância, perdão e autoperdão, aliança do Espiritismo com a Ciência, crise política no Brasil,  felicidade face aos sofrimentos morais e físicos, dentre outras.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Akemi Adams/Lucimar

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)



DIVALDO FRANCO EN LOS ÁNGELES, CALIFORNIA, USA - 18/03/2016.




El viernes último, 18 de marzo, el médium y orador espírita Divaldo Franco concluyó otro ciclo de actividades doctrinarias en el Estado de California, con un seminario ofrecido en la ciudad de Los Ángeles, que versó sobre el tema La felicidad según el punto de vista del Espiritismo.

El muy agradable auditorio del Olympic Collection Conference Center estuvo repleto, con la presencia de 250 personas.

Los espíritas de California homenajearon al médium en agradecimiento a las sucesivas décadas de visitas ininterrumpidas a ese Estado, durante las cuales prestó un extraordinario servicio de implantación, amparo y expansión al movimiento espiritista regional. Reconocido, él agradeció la gentileza e hizo mención a que el mérito era de Allan Kardec, el Codificador del Espiritismo.

El registro histórico del siglo VI a. C., referido a la vida del rey Creso de Lidia, sirvió como introducción al tema de la noche. De conformidad con la narración, Creso vivía en la capital de su reino, Sardes, con sus dos hijos. Se consideraba plenamente feliz, pues era el hombre más rico del planeta. En cierta ocasión, el rey invitó al gran filósofo Solón a que visitara su palacio. Después de mostrarle su inmensa fortuna, de hablar de la grandeza de su reino y de su poder, le preguntó si conocía a alguien más feliz que él, y recibió una respuesta afirmativa. Contrariado, volvió a plantearle la pregunta, para averiguar quién sería, entonces, la segunda persona más feliz del mundo. Nuevamente, el filósofo no mencionó su nombre, lo que le causó a Creso un profundo disgusto. Solón aprovechó la oportunidad para ofrecerle una profunda reflexión, al manifestar que solamente sería posible verificar si una persona realmente ha sido feliz, después de su muerte, ya que antes de eso muchos eran los factores que podrían, de un instante para otro, modificar la suerte de una vida. La enseñanza recibida fue profética. Creso había, oportunamente, solicitado a sus ministros que fueran en busca de los médiums, las pitonisas y los videntes más importantes de diversas regiones, a fin de verificar la autenticidad de los fenómenos denominados paranormales.

Luego de que todos retornaran a Sardes, para presentar al rey las informaciones recogidas, se constató que la médium de Delfos era, de hecho, auténtica. Desde allí, habían llegado los informes para Creso acerca de que él no tendría sucesores legítimos para el trono, dado que uno de sus hijos -sordomudo- estaría naturalmente impedido para desempeñar tal función, y el otro desencarnaría trágicamente; asimismo, anunciaron que un gran imperio estaba a punto de derrumbarse. Y así ocurrió. El hijo que no tenía limitaciones físicas murió en un trágico accidente. El rey, suponiendo -equivocadamente- que la referencia al imperio que se derrumbaría aludía al imperio persa, decidió declararle la guerra; pero, su propio imperio fue el que cayó derrotado. Mientras tanto, algo inusitado había ocurrido en ese episodio. Después de perder la batalla, Creso retornó a su palacio y, allí, desde un balcón, contempló las tierras destruidas, sin percibir que un soldado enemigo se había introducido en el lugar; cuando este se preparaba para atacarlo con una lanza, el otro hijo del rey de Lidia -que era sordomudo-, tuvo una reacción sorprendente: dio un grito, pidiendo que no matasen a su padre. El soldado titubeó, y al arrojar su lanza erró el objetivo. El rey fue tomado preso junto con su familia, pero cuando estaba aguadando la muerte, pronunció en voz alta el nombre de Solón y repitió la frase que él le había dicho. En ese preciso instante, Ciro -el rey de los persas- pasaba por allí, y escuchó que se hacía mención al filósofo de quien él era un profundo admirador. Al enterarse de aquel encuentro entre Creso y Solón, el comandante de los persas decidió liberar a la familia del rey derrotado, y a él convertirlo en su servidor.

Esa anécdota, narrada por el historiador griego Herodoto de Halicarnaso, que aporta las comprobaciones históricas de la paranormalidad o mediumnidad, describe fehacientemente la transitoriedad de la existencia física, su fragilidad, la ilusión de las conquistas mundanas y la alternancia de las situaciones de la vida material.

Aprovechando ese contexto, el orador preguntó qué sería la verdadera felicidad, y dónde encontrarla. Explicó que para una determinada corriente filosófica, la felicidad residiría en tener cosas, tener poder; para otra vertiente de la Filosofía, la felicidad sería la total ausencia de posesiones materiales; estarían, también, aquellos que defenderían la tesis acerca de que la felicidad residiría en soportar silenciosamente todo tipo de sufrimiento, siempre y en cualquier circunstancia. Entretanto, la vida del rey Creso demostraría que todas esas teorías serían incorrectas.

Divaldo presentó la advertencia del gran psicólogo existencialista estadunidense Rollo May, que afirmó que vivimos en una época de enorme ansiedad y de consumismo, evidenciando los conflictos íntimos y el vacío existencial, del cual somos portadores. El deseo de estar en diferentes lugares al mismo tiempo, el estrés, la agitación de la vida cotidiana, la rutina, las relaciones sociales y afectivas virtuales, en detrimento del contacto humano, las ilusiones de las comunicaciones por Internet, por las redes sociales, la sexolatría, el individualismo, serían las pruebas de nuestro desequilibrio interior, y los elementos que impiden la felicidad.

A partir de ese panorama de la sociedad mundial se concluiría que las crisis de toda índole que contemplamos en el planeta, sólo serían una muestra de la crisis moral del individuo. Y por eso, la solución no podría ser exterior, sino una decisión íntima de transformación moral individual para mejor. 

Como base científica de sus afirmaciones, el conferencista destacó la propuesta de los reconocidos psiquiatras Viktor Frankl, Carl Gustav Jung y Milton Erickson, quienes afirman que es indispensable, para el ser humano, elegir y experimentar una meta psicológica profunda para su existencia, a fin de vivir en equilibrio y feliz. La ausencia de una meta profunda sería portadora de frustraciones y de vacío existencial, los cuales conducirían al individuo a estados perturbadores, incluyendo la depresión y otros trastornos psicológicos y psiquiátricos.

Por último, Divaldo presentó el concepto espírita de la felicidad que, en perfecta consonancia con la Ciencia, invitaría a la criatura humana a un viaje interior de autoconocimiento, a fin de que cada persona pudiese identificar sus malas tendencias morales y dominarlas, para sustituirlas paulatinamente por pensamientos y comportamientos morales saludables, generadores de armonía y paz. Para el Espiritismo –afirmó- la felicidad puede perfectamente ser experimentada en nuestra vida; sin embargo, es necesario que eliminemos las ilusiones y afrontemos nuestra realidad inmortalista, realizando todos los esfuerzos para el perfeccionamiento moral y espiritual. La certeza de la existencia del Dios bueno, misericordioso y justo, de la inmortalidad del alma, de la interacción constante entre el mundo físico y el espiritual, de la pluralidad de oportunidades reencarnatorias para el perfeccionamiento del Espíritu, además de los recursos terapéuticos contenidos en el Evangelio de Jesús, serían un tesoro de inestimable valor, para guiarnos hacia la conquista de la verdadera felicidad.

El seminario concluyó con la invitación a que cada uno despertase en sí mismo la conciencia de que solamente nos ocurre aquello que es mejor para nuestro proceso de evolución, y que el Amor es la fuerza más poderosa del universo, capaz de transmutar el dolor en alegría, las tinieblas en luz, y la perturbación en paz, en nuestras vidas y en las de nuestros hermanos en humanidad. Por eso, exhortó el disertante: ¡Sea feliz, hoy!
En la segunda parte del seminario, Divaldo respondió preguntas del público sobre traumas de la infancia, perdón y autoperdón, alianza del Espiritismo con la Ciencia, crisis política en el Brasil, la felicidad frente a los sufrimientos morales y físicos, entre otras.


Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Akemi Adams/Lucimar


(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)

 


Registro. Divaldo Pereira Franco San Diego, Califórnia, EUA



DIVALDO FRANCO NA CALIFÓRNIA/EUA - 2016

Na quinta-feira, 17/03, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou uma conferência na cidade de San Diego, Califórnia, sobre o tema “Pensamento e Cura”. 
O evento foi realizado no auditório do Hotel La Jolla Sheraton e contou com a participação de 200 pessoas.  
A conferência foi iniciada com uma análise do pensamento filosófico ao longo dos séculos em torno das questões fundamentais da vida: quem somos; de onde viemos; para onde vamos após a morte física; qual o sentido da existência?  
Esse estudo englobou as filosofias ocidental e oriental, destacando-se o pensamento das correntes espiritualista e atomista do Ocidente, desde os filósofos pré-socráticos, como Leucipo e Demócrito, mais tarde, Sócrates, Platão, Aristóteles, Lucrécio, e também o pensamento das doutrinas orientais como o Hinduísmo e o Budismo, demonstrando-se que, conquanto algumas escolas filosóficas apregoassem o materialismo como verdade, os fundamentos da vida imortal, da interação entre o mundo espiritual e o mundo físico, da reencarnação e da lei de causa e efeito, sempre fizeram parte das diversas culturas no planeta, sendo muito mais robustos e lógicos do que os que defendiam a legitimidade das doutrinas materialistas.

A vida do príncipe Siddhartha Gautama serviu como base para as reflexões em torno das questões da felicidade e do bem-estar físico, emocional e espiritual.  Antes de iluminar-se, Buda vivia faustosamente e, no entanto, era infeliz e sentia um grande vazio existencial. Foi necessário que ele realizasse a viagem interior e o autodescobrimento para, então, encontrar o equilíbrio e viver plenamente.  
Após, foram estudadas as quatro principais propostas filosóficas sobre a felicidade: o pensamento de Epicuro, que defendia que a felicidade obtém-se com o “ter”, a posse; a proposta da doutrina cínica, que se opunha frontalmente à anterior, afirmando que a felicidade estaria em não se ter posse nenhuma; o Estoicismo, que defendia a necessidade de se ter coragem para se enfrentar todo e qualquer sofrimento, em qualquer circunstância da vida; e, por fim, a proposta socrática, a dizer que a felicidade está em “ser”, em o indivíduo desenvolver em si os valores ético-morais, autoconhecendo-se e iluminando-se.

Aprofundando-se mais no pensamento da filosofia oriental, o orador referiu-se às 4 verdades budistas, esclarecendo que a existência física é sempre cheia de sofrimentos e que estes decorrem das paixões, ou, ainda, das más inclinações morais dos indivíduos, sendo que a eliminação dessas dores depende da superação das tendências inferiores. Para tal realização, segundo a proposta budista, existe um caminho para o encontro da Verdade, que libertaria o ser da ignorância e lhe propiciaria os recursos necessários para o trabalho de aperfeiçoamento moral e espiritual. Esse caminho seria composto de 8 elementos ou passos.

Numa análise comparativa entre as diferentes doutrinas religiosas e filosóficas e a mensagem de Jesus, foi ressaltado que na proposta cristã o sofrimento é apresentado sob um aspecto diferente, porque deixa de ser algo negativo, punitivo, para adquirir um “status” positivo, de superação das más inclinações e de aquisição de valores superiores. 
Seguindo, ainda, no estudo da mensagem do Evangelho de Jesus, Divaldo recordou o ensinamento que afirma que o Reino dos Céus está dentro da criatura humana, ou seja, constitui um estado interior de plenitude, conquistado mediante o esforço individual de iluminação espiritual. Em um paralelo com o pensamento junguiano, falar-se-ia em transmutação da sombra do ego em Self.

Portanto, seria imprescindível para o ser encontrar um sentido psicológico profundo para a sua existência. Para os psiquiatras Carl Gustav Jung e Viktor Frankl, segundo elucidado, a meta psicológica mais notável e de efeitos positivos seria amar. Esse conceito encontrar-se-ia abarcado na proposta da imortalidade da Doutrina Espírita, que recomenda o amor como o meio de se alcançar a vida espiritual em plena harmonia.  
Como recurso de auxílio para o processo de autoconhecimento e de autoiluminação, Divaldo discorreu sobre as 5 características essenciais do ser humano, de acordo com os estudos do psiquiatra e psicólogo cubano Emilio Mira y López: personalidade, conhecimento, identificação, consciência e individualidade.

Embasado nesse conhecimento e utilizando-se, também, dos conceitos espíritas, o orador asseverou que somos o que pensamos e que, dessa forma, se pensarmos negativamente, de maneira pessimista, a nossa mente emitirá ondas vibratórias desagregadoras, que serão transmitidas pelo perispírito ao corpo físico, em somatização, gerando a enfermidade; e que o contrário é verdadeiro, que os bons pensamentos, que o otimismo, geram ondas salutares, que promovem a cura e o estado de equilíbrio e saúde no corpo.

Na parte conclusiva da conferência, Divaldo ressaltou a excelência do Espiritismo, que, segundo exposto, revive a mensagem pura e simples do Evangelho de Jesus, a qual, na atualidade, é considerada pela própria Ciência como a mais profunda e eficiente psicoterapia de todos os tempos, ensejando-nos compreender a nossa realidade espiritual, a nossa imortalidade, a reencarnação e a lei de causa e efeito , que é o fundamento da justiça divina.  
Evocando-se a resposta dadas pelos Espíritos Superiores à Kardec, na pergunta de número 621 da obra O Livro dos Espíritos, foi dito que a lei universal divina está registrada em nossa consciência e que, por isso, todos temos em nosso íntimo as diretrizes seguras para uma vida plena, feliz e em paz, assim como os recursos para a cura de todos os males que nos afligem, sejam eles físicos, emocionais ou espirituais.

A mensagem final deixada para as reflexões de todos foi: pense no bem, ame sempre! E seja feliz! 
Após o intervalo, Divaldo respondeu a perguntas formuladas pelo público sobre: convivência com familiares depressivos; mudança de atitude mental; cultivo de bons pensamentos; crises políticas e sociais; superação da dor da desencarnação de entes queridos, dentre outras. 

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Akemi Adams/Lucimar

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)




DIVALDO FRANCO EN CALIFORNIA, USA -
17 de marzo de 2016.


El día jueves 17/03, el médium y orador espírita Divaldo Franco pronunció una conferencia en la ciudad de San Diego, California, sobre el tema Pensamiento y Curación
El acto se llevó a cabo en el auditorio del Hotel La Jolla Sheraton, y contó con la participación de 200 personas.  
La conferencia comenzó con un análisis del pensamiento filosófico a lo largo de los siglos, en torno de las cuestiones fundamentales de la vida: ¿Quiénes somos? ¿De dónde hemos venido? ¿Hacia dónde vamos después de la muerte física? ¿Cuál es el sentido de la existencia?  
Ese estudio abarcó las filosofías occidental y oriental, destacándose el pensamiento de las corrientes espiritualista y atomista del Occidente, desde los filósofos presocráticos -como Leucipo y Demócrito; más tarde, Sócrates, Platón, Aristóteles, Lucrecio, y también el enfoque de las doctrinas orientales, como el hinduismo y el budismo, demostrándose que aunque algunas escuelas filosóficas pregonasen el materialismo como una verdad, los fundamentos de la vida inmortal, de la interacción entre el mundo espiritual y el mundo físico, de la reencarnación y de la ley de causa y efecto, siempre formaron parte de las diversas culturas del planeta, y son mucho más sólidos y lógicos que los de aquellos que defendían la legitimidad de las doctrinas materialistas.

La vida del príncipe Siddhartha Gautama sirvió como base para las reflexiones en torno de temas tales como la felicidad y el bienestar físico, emocional y espiritual. Antes de iluminarse, Buda vivía fastuosamente y, sin embargo, no era feliz, sentía un gran vacío existencial. Fue necesario que él realizase un viaje interior y el autodescubrimiento para que, entonces, encontrara el equilibrio y viviera plenamente.  

Con posterioridad, fueron analizadas las cuatro principales propuestas filosóficas sobre la felicidad: el pensamiento de Epicuro, que sostenía que la felicidad se obtiene con el tener, con la posesión; la propuesta de la doctrina cínica, que se oponía frontalmente a la anterior, afirmando que la felicidad estaría en no tener posesiones de ninguna clase; el estoicismo, que defendía la necesidad de tener coraje para hacer frente a cualquier sufrimiento, en todas las circunstancias de la vida; y, por último, la propuesta socrática, que expresa que la felicidad reside en ser, en que el individuo desarrolle en sí los valores ético-morales, autoconociéndose e iluminándose.

Profundizando más aún, el pensamiento de la filosofía oriental, el orador se refirió a las cuatro verdades budistas, y explicó que la existencia física invariablemente está llena de sufrimientos, y que estos provienen de las pasiones, o también de las malas tendencias morales de los individuos, de modo que la eliminación de esos padecimientos depende de la superación de las tendencias inferiores. Para tal logro -según la propuesta budista-, existe un camino hacia el encuentro de la Verdad, que liberaría al ser de la ignorancia y le propiciaría los recursos necesarios para la labor de perfeccionamiento moral y espiritual. Ese camino estaría compuesto de ocho elementos o pasos.

Mediante un análisis comparativo, entre las diferentes doctrinas religiosas y filosóficas y el mensaje de Jesús, fue destacado que en la propuesta cristiana el sufrimiento es presentado desde un aspecto diferente, porque deja de ser algo negativo, punitivo, para adquirir un estatus positivo, de superación de las malas tendencias, y de conquista de valores superiores. 
Dando continuidad, aún, al estudio del mensaje del Evangelio de Jesús, Divaldo recordó la enseñanza que manifiesta que el Reino de los Cielos está dentro de la criatura humana, o sea, que constituye un estado interior de plenitud, conquistado mediante el esfuerzo individual de iluminación espiritual. En un paralelo con el pensamiento junguiano, podría hablarse de la transmutación de la sombra del ego en Self.

Por lo tanto, sería imprescindible que el ser encontrara un sentido psicológico profundo para su existencia. Para los psiquiatras Carl Gustav Jung y Viktor Frankl, según lo expresado, la meta psicológica más importante y de efectos positivos sería el amar. Ese concepto estaría incluido en la propuesta de la inmortalidad de la Doctrina Espírita, que recomienda el amor como el medio para alcanzar la vida espiritual en plena armonía.  
Como un recurso de auxilio para el proceso de autoconocimiento y de autoiluminación, Divaldo se refirió a las cinco características esenciales del ser humano, de acuerdo con los estudios del psiquiatra y psicólogo de raíz española, nacido en Cuba, Emilio Mira y López: personalidad, conocimiento, identificación, conciencia e individualidad.

Basado en ese conocimiento, y valiéndose también de los conceptos espíritas, el orador afirmó que somos lo que pensamos, y que de esa forma, si pensamos negativamente, de manera pesimista, nuestra mente emitirá ondas vibratorias disgregadoras, que serán transmitidas por el periespíritu al cuerpo físico, a modo de somatización, las cuales generarán la enfermedad; y que lo contrario es verdadero: que los buenos pensamientos y el optimismo, generan ondas saludables, que promueven la cura y el estado de equilibrio y salud en el cuerpo.

En la conclusión de la conferencia, Divaldo resaltó la excelencia del Espiritismo que, según lo expuesto, revive el mensaje puro y simple del Evangelio de Jesús, el cual, en la actualidad, es considerado por la Ciencia como la más profunda y eficiente psicoterapia de todos los tiempos, propiciándonos que comprendamos nuestra realidad espiritual, nuestra inmortalidad, la reencarnación y la Ley de causa y efecto, que es el fundamento de la Justicia divina.  

Al evocar la respuesta dada por los Espíritus superiores a Kardec, en la pregunta número 621 de El Libro de los Espíritus, dijo que la Ley universal divina está registrada en nuestra conciencia y que, por eso, todos tenemos en nuestro interior las instrucciones seguras para una vida plena, feliz y en paz, así como también los recursos para la curación de todos los males que nos afligen, sean físicos, emocionales o espirituales.

El mensaje final, para las reflexiones de todos fue: ¡Piense en el bien, ame siempre! ¡Y sea feliz!

Después de un intervalo, Divaldo respondió las preguntas formuladas por el público acerca de: convivencia con familiares depresivos; cambio de actitud mental; cultivo de buenos pensamientos; crisis políticas y sociales; superación del dolor a raíz de la desencarnación de seres queridos, entre otras. 


      Texto: Júlio Zacarchenco
      Fotos: Akemi Adams/Lucimar

(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com] Buenos Aires, Argentina)



Registro. Divaldo Pereira Franco São Francisco, Califórnia, EUA- 2016




DIVALDO FRANCO NA CALIFÓRNIA/EUA - 2016

Na última terça-feira, 15/03, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou um minisseminário na cidade de São Francisco, sobre o tema “O Poder do Pensamento no Processo de Cura”, dando, assim, início ao ciclo de palestras no Estado da Califórnia, Estados Unidos.

O evento foi sediado na “First Unitarian Universalist Church & Center” e contou com a presença de mais de 330 pessoas, que lotaram o espaço.

Após comovente apresentação da soprano Valerie, Divaldo foi convidado a receber uma placa de homenagem dos grupos espíritas do Norte da Califórnia, em virtude de sua vida e de sua dedicação à causa espírita, especialmente pelo trabalho realizado naquele Estado americano. Suas palavras foram de profunda gratidão pelo gesto carinhoso, transferindo, no entanto, o laurel a Jesus e a Kardec.

Na sequência, o orador iniciou a abordagem do tema estabelecendo que o maior problema da criatura humana é ela própria, isto é, os conflitos que nela existem. E, a fim de possibilitar-se uma compreensão mais profunda a respeito do assunto, foram analisadas as 5 características essenciais do ser humano, segundo a proposta do médico psiquiatra e psicólogo cubano Emilio Mira y López: personalidade, conhecimento, identificação, consciência e individualidade.

De acordo com esse estudo, todos teríamos máscaras (personas) que utilizamos para a convivência social, que seriam o nosso ego e que se distinguiriam da nossa realidade profunda, aquilo que somos na essência (Self). Esse paradoxo entre o ser e o parecer representaria um dos grandes conflitos existenciais a serem vencidos pelo ser humano.

Para o entendimento das enormes diferenças entre os indivíduos e suas maneiras de pensar e agir, Divaldo discorreu sobre os 4 principais níveis de consciência do ser, dentro da classificação do psicólogo russo Piotr D. Ouspensky: consciência de sono, consciência de sonho, consciência de si e consciência cósmica. As aspirações de cada um, os seus objetivos de vida, são os fatores que determinam em que nível cada pessoa se encontra.

Seguindo na análise da consciência, foi esclarecido que, ao atingirmos o nível de consciência de si, a máquina humana funcionaria executando 7 funções principais: intelectiva, emocional, instintiva, motora, sexual, emocional superior (moral) e intelectiva superior ou coletiva. Fácil, portanto, de se depreender que a educação do Espírito, por meio do desenvolvimento de hábitos saudáveis e nobres, seria o caminho para se atingir patamares mais elevados de consciência.

A última característica do ser humano apresentada foi a individualidade, a qual seria a representação junguiana do Self, ou seja, do ser espiritual profundo em perfeita identificação com Deus.

Divaldo enfatizou que o entendimento desse preâmbulo seria de fundamental importância para o processo de cura através da força do pensamento. Segundo ele, o Espiritismo demonstrou que somos seres divinos e imortais, temporariamente vinculados a um corpo físico por meio de um outro elemento, o períspirito ou corpo espiritual. Dentro dessa tríade – Espírito, períspirito e organismo físico-, seria o primeiro elemento o criador e emissor do pensamento, o qual impulsionaria as funções do corpo espiritual, que, por sua vez,  ordenaria as atividades fisiológicas, em perfeita e profunda interação.

Dessa forma, seria correto afirmar-se que somos o que pensamos e que a nossa saúde integral (física, emocional e espiritual) depende diretamente do controle e do teor de nossos pensamentos, os quais controlariam as já referidas funções da máquina humana.

Nesse contexto,  a mensagem de Jesus a respeito do amor a Deus, ao próximo e a si mesmo funcionaria como terapia psicológica de profundidade com efeitos sobre a saúde orgânica, uma vez que a força do pensamento positivo do amor modificaria as estruturas moleculares do corpo espiritual, equilibrando as suas funções e restaurando, por via de consequência, o equilíbrio do corpo físico. 

 Em contrapartida, os pensamentos negativos, pessimistas, depressivos, gerariam cargas deletérias sobre o períspirito, cujos reflexos sobre o organismo carnal seriam o seu enfraquecimento e desequilíbrio, ensejando nele os estados morbíficos.

A educação do pensamento seria, portanto, essencial para o processo de cura integral do ser humano, evitando-se as perturbações causadas pelo individualismo, pelo consumismo, pela sexolatria , pela ansiedade etc.

Por essa razão e com base na imortalidade da alma, na reencarnação e na lei de causa e efeito, fora dito que o Espiritismo afirma que cada qual é autor de seu próprio destino, recebendo hoje os frutos da própria semeadura e preparando o futuro com os pensamentos e ações do presente.

Divaldo destacou a afirmativa do psiquiatra Carl Gustav Jung, que assevera ser Jesus o protótipo do homem integral, plenamente saudável. Não por outra razão, os Espíritos nobres informaram  Allan Kardec, na obra O Livro dos Espíritos, que Jesus é o modelo e guia de toda a Humanidade. A proposta apresentada por Ele em seu Evangelho, que significa “boas novas de alegria”, seria toda de otimismo, progresso e saúde.

Foram abordados os conteúdos das obras “Amor, Medicina e Milagres”, de autoria do oncologista Dr. Bernie Siegel, e “Memória das Células”, do psiconeuroimunologista Dr. Paul Pearsall, além das pesquisas científicas realizadas pelo Dr. Michael Persinger e Dr. Vilayanur Ramachandran, neurocientistas que descobriram o denominado “Ponto de Deus” no cérebro humano,  e pela Dra. Danah Zohar, física que falou por primeira vez da existência da inteligência espiritual, estabelecendo-se, dessa maneira, uma ponte entre a Ciência e o Espiritismo e demonstrando-se que ambos os conhecimentos estão em perfeita sintonia entre si e apontam o ser profundo que somos como a fonte geradora da saúde integral.

Divaldo concluiu sua dissertação reafirmando que podemos realizar os processos de cura e autocura através do poder mental bem canalizado e que somos todos filhos de Deus, portanto, seres lucigênitos, em franco processo de evolução espiritual, eliminando nossas imperfeições morais e clareando nossas sombras psicológicas por meio das experiências reencarnatórias, até que atinjamos o estado numinoso.

Na parte final do minisseminário, foram respondidas perguntas do público a respeito de tópicos tais quais: meditação como recurso terapêutico; cura e autocura; necessidade das terapias acadêmicas; transição planetária e saúde integral etc.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucimar e Akemi Adams

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)



DIVALDO FRANCO EN CALIFORNIA, USA - 15/03/2016.


El pasado día martes 15/03, el médium y orador espírita Divaldo Franco realizó un miniseminario en la ciudad de San Francisco, sobre el tema El poder del pensamiento en el proceso de curación, con el que dio comienzo al ciclo de conferencias en el Estado de California, USA.

El acto tuvo lugar en la First Unitarian Universalist Church & Center, y contó con la presencia de más de 330 personas, que colmaron el lugar.

Después de una conmovedora presentación de la soprano Valerie, se hizo entrega a Divaldo de una placa de homenaje de los grupos espíritas del Norte de California, en virtud de su vida y de su dedicación a la causa espírita, especialmente por la labor realizada en aquel estado norteamericano. Sus palabras fueron de profunda gratitud por el gesto de cariño, y transfirió el elogio a Jesús y a Kardec.

A continuación, el orador dio comienzo al desarrollo del tema, estableciendo que el mayor problema de la criatura humana es ella misma, es decir, por los conflictos que en ella existen. Y, a fin de favorecer una profunda comprensión acerca del tema, se analizaron las 5 características esenciales del ser humano, según la propuesta del médico psiquiatra y psicólogo español -nacido ocasionalmente en Cuba-, Emilio Mira y López: personalidad, conocimiento, identificación, conciencia e individualidad.

De acuerdo con ese estudio, todos tendríamos máscaras (personas) que utilizamos para la convivencia social, que serían nuestro ego y que se distinguirían de nuestra realidad profunda: aquello que somos en esencia (Self). Esa paradoja entre el ser y el parecer representaría uno de los grandes conflictos existenciales que debe superar el ser humano.

Al efecto de comprender las enormes diferencias entre los individuos y sus maneras de pensar y obrar, Divaldo hizo referencia a los cuatro principales niveles de conciencia del ser, según la clasificación del psicólogo ruso Piotr D. Ouspensky: conciencia del sueño, conciencia del soñar, conciencia de sí y conciencia cósmica. Las aspiraciones de cada uno, sus objetivos de vida, son los factores que determinan en qué nivel se encuentra cada persona.

Para continuar con el análisis de la conciencia, se explicó que cuando alcanzamos el nivel de conciencia de sí, la máquina humana funcionaría ejecutando siete funciones principales: intelectiva, emocional, instintiva, motora, sexual, emocional superior (moral) e intelectiva superior o colectiva. Fácil, por lo tanto, resulta llegar a la comprensión en cuanto a que la educación del Espíritu -por medio del desarrollo de hábitos saludables y dignos-, sería el camino para alcanzar niveles más elevados de conciencia.

La última de las características del ser humano presentada fue la individualidad, la cual sería la representación junguiana del Self, o sea, del ser espiritual profundo en perfecta identificación con Dios.

Divaldo destacó que la comprensión de ese preámbulo sería de fundamental importancia para el proceso de cura a través de la potencia del pensamiento. Según él, el Espiritismo demostró que somos seres divinos e inmortales, transitoriamente vinculados a un cuerpo físico por medio de otro elemento, el periespíritu o cuerpo espiritual. Dentro de esa tríada –Espíritu, periespíritu y organismo físico-, sería el primero de los elementos, el creador y emisor del pensamiento, el cual impulsaría las funciones del cuerpo espiritual que, por su parte, ordenaría las actividades fisiológicas, en una perfecta y profunda interacción.

De esa forma, sería correcto afirmar que somos lo que pensamos, y que nuestra salud integral (física, emocional y espiritual) depende directamente del control y del tenor de nuestros pensamientos, los cuales controlarían las ya referidas funciones de la maquinaria humana.

En ese contexto, el mensaje de Jesús con respecto al amor a Dios, al prójimo y a sí mismo, cumpliría la función de una terapia psicológica de profundidad, con efectos sobre la salud orgánica, dado que la potencia del pensamiento positivo del amor, modificaría las estructuras moleculares del cuerpo espiritual, equilibrando sus funciones y restableciendo, como consecuencia, el equilibrio del cuerpo físico.  

En contrapartida, los pensamientos negativos, pesimistas, depresivos, generarían cargas deletéreas sobre el periespíritu, cuyos reflejos sobre el organismo carnal serían su debilitamiento y su desequilibrio, dando lugar en él a los estados mórbidos.

La educación del pensamiento sería, por lo tanto, esencial para el proceso de cura integral del ser humano, al evitarse las perturbaciones causadas por el individualismo, por el consumismo, por la sexolatría, por la ansiedad, etc.

Por esa razón y con base en la inmortalidad del alma, en la reencarnación y en la ley de causa y efecto, se ha dicho que el Espiritismo afirma que cada cual es autor de su propio destino, que recibe hoy los frutos de su propia siembra, mientras prepara el futuro con los pensamientos y las acciones del presente.

Divaldo destacó la afirmación del psiquiatra Carl Gustav Jung, que expresa acerca de Jesús, que es el prototipo del hombre integral, plenamente saludable. No por otra razón, los Espíritus nobles informaron a Allan Kardec, en la obra El Libro de los Espíritus, que Jesús es el modelo y guía de toda la humanidad. La propuesta que Él presentó en su Evangelio -que significa buenas nuevas de alegría-, sería toda de optimismo, progreso y salud.

Se abordaron los contenidos de las obras Amor, Medicina y Milagros, cuyo autor es el oncólogo Dr. Bernie Siegel, y Memoria de las Células, del psiconeuroinmunólogo Dr. Paul Pearsall, además de las investigaciones científicas llevadas a cabo por el Dr. Michael Persinger y el Dr. Vilayanur Ramachandran, neurocientíficos que descubrieron el denominado Punto de Diosen el cerebro humano, y por la Dra. Danah Zohar, física, que habló por primera vez de la existencia de la inteligencia espiritual, instalando de esa manera un puente entre la Ciencia y el Espiritismo, mediante la demostración de que ambos conocimientos están en perfecta sintonía entre sí y señalan al ser profundo que somos, como la fuente generadora de la salud integral.

Divaldo concluyó su disertación ratificando que podemos realizar los procesos de cura y autocura a través del poder mental debidamente canalizado, y que somos todos hijos de Dios, por lo tanto, seres lucigénitos, en franco proceso de evolución espiritual, eliminando nuestras imperfecciones morales y disipando nuestras sombras psicológicas por medio de las experiencias reencarnatorias, hasta que alcancemos el estado numinoso.

En la parte final del miniseminario se respondieron preguntas del público respecto de temas tales como: la meditación como un recurso terapéutico; cura y autocura; necesidad de las terapias académicas; transición planetaria y salud integral, etc.



Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Lucimar y Akemi Adams


(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com] Buenos Aires, Argentina)