quarta-feira, 23 de março de 2016

Registro. Divaldo Pereira Franco em Los Angelis, CA, EUA






Divaldo Franco em Los Angelis/EUA 18 março 2016

DIVALDO FRANCO NA CALIFÓRNIA/EUA - 2016

Na última sexta feira, 18/03, o médium e orador espírita Divaldo Franco encerrou mais um ciclo de atividades doutrinárias no Estado da Califórnia, com um seminário na cidade de Los Angeles, que versou sobre o tema “A Felicidade na Visão do Espiritismo”.

O belíssimo auditório do “Olympic Collection Conference Center” ficou completamente lotado, com a presença de 250 pessoas.

Os espíritas da Califórnia homenagearam o médium pelas décadas de visitas ininterruptas àquele Estado, durante as quais prestou extraordinário serviço de implantação, amparo e expansão do movimento espiritista regional. Reconhecido, ele agradeceu o gesto gentil e transferiu o mérito à Allan Kardec, o codificador do Espiritismo.

O registro histórico do século VI a.C., referente à vida do rei Creso, da Lídia, serviu como introdução para o tema da noite. Conforme narrado, Creso vivia na capital de seu reino, Sardes, com seus dois filhos. Acreditava-se plenamente feliz, pois que era o homem mais rico do planeta. Certa feita, o rei convidou o grande filósofo Sólon para visitar seu palácio. Após mostrar-lhe a sua imensa fortuna, falar da grandeza de seu reino e de seu poder, perguntou-lhe se conhecia alguém mais feliz do que ele, recebendo uma resposta afirmativa. Contrariado, reformulou a questão, indagando a respeito de quem seria, então, a segunda pessoa mais feliz do mundo. Novamente, seu nome não foi indicado pelo filósofo, o que lhe causou profunda revolta. Sólon aproveitou a oportunidade para oferecer-lhe uma grande reflexão, afirmando que somente seria possível verificar-se se uma pessoa realmente foi feliz após a sua morte, já que antes disso muitos fatores poderiam, de um minuto para outro, alterar a sorte de uma vida. O ensinamento recebido foi profético. Creso houvera, oportunamente, requisitado de seus ministros que procurassem os médiuns, pitonisas, videntes, mais importantes de diversas regiões, a fim de testar a autenticidade dos fenômenos ditos paranormais.

Após todos retornarem a Sardes para apresentarem ao rei as informações colhidas, constatou-se que a médium de Delfos era, de fato, autêntica. De lá, chegaram os avisos para Creso de que ele não teria sucessores legítimos no trono, uma vez que o filho surdo-mudo estaria naturalmente impedido de assumir a função e o outro desencarnaria tragicamente, e de que um grande império estaria para ruir. E assim ocorreu. O filho sem limitações físicas morreu em um trágico acidente. O rei, acreditando, equivocadamente, que a referência sobre o império a ruir seria do persa, decidiu guerrear contra ele, caindo, porém, derrotado. Mas algo inusitado acontecera nesse episódio. Após perder a batalha, Creso retornou para seu palácio e , ali, em uma sacada, contemplando as terras destruídas, não percebeu que um soldado inimigo houvera adentrado o local; quando este preparava-se para arremessar uma lança, o outro filho do rei da Lídia, que era surdo-mudo, numa reação surpreendente, deu um grito, pedindo que não matassem o pai. O soldado titubeou e ao fazer o arremesso, errou o alvo. O rei foi preso com a família, mas quando estavam para ser mortos, ele pronunciou em voz alta o nome de Sólon e repetiu a frase que lhe houvera sito dita. Naquele dado instante, Ciro, o rei dos persas, passava por ali e ouviu a menção ao filósofo, de quem era profundo admirador. Ao saber daquele encontro entre Creso e Sólon, o comandante dos persas decidiu libertar a família do rei vencido e torná-lo seu servo.

Esse fato, narrado pelo historiador grego Heródoto de Halicarnasso e que traz as comprovações históricas da paranormalidade/mediunidade, bem descreve a impermanência da existência física, a sua fragilidade, a ilusão das conquistas mundanas e as alternâncias das situações da vida material.

Aproveitando-se desse contexto, o orador questionou sobre o que seria a verdadeira felicidade e onde encontrá-la. Explicou que para determinada corrente filosófica, a felicidade constituir-se-ia em ter coisas, ter poder; para outra vertente da Filosofia, ela seria a total ausência de posses materiais; haveria, também, aqueles que defenderiam a tese de que a felicidade residiria no enfrentamento silencioso de todo sofrimento, sempre e em qualquer circunstância. Entretanto, a vida do rei Creso demonstraria que todas essas teorias seriam incorretas.

Divaldo apresentou a advertência do grande psicólogo existencialista estadunidense Rollo May, que afirmou que vivemos  numa época de enorme ansiedade e de consumismo, evidenciando os conflitos íntimos e o vazio existencial que trazemos em nós.  O desejo de estar em diferentes lugares ao mesmo tempo, o estresse, a agitação do cotidiano, a rotina, os relacionamentos sociais e afetivos virtuais, em detrimento do contato humano, as ilusões das comunicações pela internet, das redes sociais, a sexolatria, o individualismo, seriam as provas de nosso desequilíbrio interior e os elementos impeditivos da felicidade.

Por conta desse panorama da sociedade mundial é que se concluiria que as crises de toda ordem que contemplamos no planeta nada mais seriam do que a crise moral do indivíduo. E, assim, a solução não poderia ser exterior, senão uma medida íntima de transformação moral individual para melhor.  
Como embasamento científico de suas colocações, o conferencista destacou a proposta dos reconhecidos psiquiatras Viktor Frankl, Carl Gustav Jung e Milton Erickson, que afirmam ser indispensável para o ser humano eleger e vivenciar uma meta psicológica profunda para a sua existência, a fim de viver em equilíbrio e feliz. A ausência de uma meta profunda acarretaria frustrações e vazio existencial, que levariam o indivíduo a estados perturbadores, incluindo a depressão e outros transtornos psicológicos e psiquiátricos.

Por fim, Divaldo apresentou a visão espírita da felicidade,  que, em perfeita consonância com a Ciência, convidaria a criatura humana à viagem interior do autoconhecimento, a fim de que cada pessoa pudesse identificar as suas más inclinações morais e domá-las, substituindo-as, paulatinamente, por pensamentos e comportamentos morais saudáveis, geradores de harmonia e paz. Para o Espiritismo – afirmou-, a felicidade é perfeitamente possível de ser experienciada em nossa vida, sendo necessário, contudo, que eliminemos as ilusões e faceemos a nossa realidade imortalista, realizando todos os esforços para o aperfeiçoamento moral e espiritual. A certeza da existência do Deus bom, misericordioso e justo, da imortalidade da alma, da interação constante entre os mundos físico e espiritual, da pluralidade de oportunidades reencarnatórias para o aperfeiçoamento do Espírito, e mais os recursos terapêuticos contidos no Evangelho de Jesus seriam um tesouro de inestimável valor a nos guiar para a conquista da verdadeira felicidade.

O seminário foi encerrado com o convite para que cada qual despertasse em si a consciência de que somente nos acontece aquilo que seja de melhor para o nosso processo de evolução e de que o Amor é a força mais poderosa do Universo, capaz de transmudar dor em alegria, trevas em luz e perturbação em paz, em nossas vidas e nas de nossos irmãos de Humanidade. Por isso, exortou o palestrante: “seja feliz, hoje!” 
Na segunda parte do seminário, foram respondidas perguntas do público sobre traumas de infância, perdão e autoperdão, aliança do Espiritismo com a Ciência, crise política no Brasil,  felicidade face aos sofrimentos morais e físicos, dentre outras.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Akemi Adams/Lucimar

(Texto em português recebido em email de Jorge Moehlecke)



DIVALDO FRANCO EN LOS ÁNGELES, CALIFORNIA, USA - 18/03/2016.




El viernes último, 18 de marzo, el médium y orador espírita Divaldo Franco concluyó otro ciclo de actividades doctrinarias en el Estado de California, con un seminario ofrecido en la ciudad de Los Ángeles, que versó sobre el tema La felicidad según el punto de vista del Espiritismo.

El muy agradable auditorio del Olympic Collection Conference Center estuvo repleto, con la presencia de 250 personas.

Los espíritas de California homenajearon al médium en agradecimiento a las sucesivas décadas de visitas ininterrumpidas a ese Estado, durante las cuales prestó un extraordinario servicio de implantación, amparo y expansión al movimiento espiritista regional. Reconocido, él agradeció la gentileza e hizo mención a que el mérito era de Allan Kardec, el Codificador del Espiritismo.

El registro histórico del siglo VI a. C., referido a la vida del rey Creso de Lidia, sirvió como introducción al tema de la noche. De conformidad con la narración, Creso vivía en la capital de su reino, Sardes, con sus dos hijos. Se consideraba plenamente feliz, pues era el hombre más rico del planeta. En cierta ocasión, el rey invitó al gran filósofo Solón a que visitara su palacio. Después de mostrarle su inmensa fortuna, de hablar de la grandeza de su reino y de su poder, le preguntó si conocía a alguien más feliz que él, y recibió una respuesta afirmativa. Contrariado, volvió a plantearle la pregunta, para averiguar quién sería, entonces, la segunda persona más feliz del mundo. Nuevamente, el filósofo no mencionó su nombre, lo que le causó a Creso un profundo disgusto. Solón aprovechó la oportunidad para ofrecerle una profunda reflexión, al manifestar que solamente sería posible verificar si una persona realmente ha sido feliz, después de su muerte, ya que antes de eso muchos eran los factores que podrían, de un instante para otro, modificar la suerte de una vida. La enseñanza recibida fue profética. Creso había, oportunamente, solicitado a sus ministros que fueran en busca de los médiums, las pitonisas y los videntes más importantes de diversas regiones, a fin de verificar la autenticidad de los fenómenos denominados paranormales.

Luego de que todos retornaran a Sardes, para presentar al rey las informaciones recogidas, se constató que la médium de Delfos era, de hecho, auténtica. Desde allí, habían llegado los informes para Creso acerca de que él no tendría sucesores legítimos para el trono, dado que uno de sus hijos -sordomudo- estaría naturalmente impedido para desempeñar tal función, y el otro desencarnaría trágicamente; asimismo, anunciaron que un gran imperio estaba a punto de derrumbarse. Y así ocurrió. El hijo que no tenía limitaciones físicas murió en un trágico accidente. El rey, suponiendo -equivocadamente- que la referencia al imperio que se derrumbaría aludía al imperio persa, decidió declararle la guerra; pero, su propio imperio fue el que cayó derrotado. Mientras tanto, algo inusitado había ocurrido en ese episodio. Después de perder la batalla, Creso retornó a su palacio y, allí, desde un balcón, contempló las tierras destruidas, sin percibir que un soldado enemigo se había introducido en el lugar; cuando este se preparaba para atacarlo con una lanza, el otro hijo del rey de Lidia -que era sordomudo-, tuvo una reacción sorprendente: dio un grito, pidiendo que no matasen a su padre. El soldado titubeó, y al arrojar su lanza erró el objetivo. El rey fue tomado preso junto con su familia, pero cuando estaba aguadando la muerte, pronunció en voz alta el nombre de Solón y repitió la frase que él le había dicho. En ese preciso instante, Ciro -el rey de los persas- pasaba por allí, y escuchó que se hacía mención al filósofo de quien él era un profundo admirador. Al enterarse de aquel encuentro entre Creso y Solón, el comandante de los persas decidió liberar a la familia del rey derrotado, y a él convertirlo en su servidor.

Esa anécdota, narrada por el historiador griego Herodoto de Halicarnaso, que aporta las comprobaciones históricas de la paranormalidad o mediumnidad, describe fehacientemente la transitoriedad de la existencia física, su fragilidad, la ilusión de las conquistas mundanas y la alternancia de las situaciones de la vida material.

Aprovechando ese contexto, el orador preguntó qué sería la verdadera felicidad, y dónde encontrarla. Explicó que para una determinada corriente filosófica, la felicidad residiría en tener cosas, tener poder; para otra vertiente de la Filosofía, la felicidad sería la total ausencia de posesiones materiales; estarían, también, aquellos que defenderían la tesis acerca de que la felicidad residiría en soportar silenciosamente todo tipo de sufrimiento, siempre y en cualquier circunstancia. Entretanto, la vida del rey Creso demostraría que todas esas teorías serían incorrectas.

Divaldo presentó la advertencia del gran psicólogo existencialista estadunidense Rollo May, que afirmó que vivimos en una época de enorme ansiedad y de consumismo, evidenciando los conflictos íntimos y el vacío existencial, del cual somos portadores. El deseo de estar en diferentes lugares al mismo tiempo, el estrés, la agitación de la vida cotidiana, la rutina, las relaciones sociales y afectivas virtuales, en detrimento del contacto humano, las ilusiones de las comunicaciones por Internet, por las redes sociales, la sexolatría, el individualismo, serían las pruebas de nuestro desequilibrio interior, y los elementos que impiden la felicidad.

A partir de ese panorama de la sociedad mundial se concluiría que las crisis de toda índole que contemplamos en el planeta, sólo serían una muestra de la crisis moral del individuo. Y por eso, la solución no podría ser exterior, sino una decisión íntima de transformación moral individual para mejor. 

Como base científica de sus afirmaciones, el conferencista destacó la propuesta de los reconocidos psiquiatras Viktor Frankl, Carl Gustav Jung y Milton Erickson, quienes afirman que es indispensable, para el ser humano, elegir y experimentar una meta psicológica profunda para su existencia, a fin de vivir en equilibrio y feliz. La ausencia de una meta profunda sería portadora de frustraciones y de vacío existencial, los cuales conducirían al individuo a estados perturbadores, incluyendo la depresión y otros trastornos psicológicos y psiquiátricos.

Por último, Divaldo presentó el concepto espírita de la felicidad que, en perfecta consonancia con la Ciencia, invitaría a la criatura humana a un viaje interior de autoconocimiento, a fin de que cada persona pudiese identificar sus malas tendencias morales y dominarlas, para sustituirlas paulatinamente por pensamientos y comportamientos morales saludables, generadores de armonía y paz. Para el Espiritismo –afirmó- la felicidad puede perfectamente ser experimentada en nuestra vida; sin embargo, es necesario que eliminemos las ilusiones y afrontemos nuestra realidad inmortalista, realizando todos los esfuerzos para el perfeccionamiento moral y espiritual. La certeza de la existencia del Dios bueno, misericordioso y justo, de la inmortalidad del alma, de la interacción constante entre el mundo físico y el espiritual, de la pluralidad de oportunidades reencarnatorias para el perfeccionamiento del Espíritu, además de los recursos terapéuticos contenidos en el Evangelio de Jesús, serían un tesoro de inestimable valor, para guiarnos hacia la conquista de la verdadera felicidad.

El seminario concluyó con la invitación a que cada uno despertase en sí mismo la conciencia de que solamente nos ocurre aquello que es mejor para nuestro proceso de evolución, y que el Amor es la fuerza más poderosa del universo, capaz de transmutar el dolor en alegría, las tinieblas en luz, y la perturbación en paz, en nuestras vidas y en las de nuestros hermanos en humanidad. Por eso, exhortó el disertante: ¡Sea feliz, hoy!
En la segunda parte del seminario, Divaldo respondió preguntas del público sobre traumas de la infancia, perdón y autoperdón, alianza del Espiritismo con la Ciencia, crisis política en el Brasil, la felicidad frente a los sufrimientos morales y físicos, entre otras.


Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Akemi Adams/Lucimar


(Texto em espanhol recebido da tradutora MARTA GAZZANIGA [marta.gazzaniga@gmail.com], Buenos Aires, Argentina)

 


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