quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Divaldo Pereira Franco em Fernandópolis, SP

Fotos: Edgar Patrocínio
            Texto: Djair de Souza Ribeiro
O salão social do Villa Vips da cidade de Fernandópolis SP acolheu, na noite do dia 13 de novembro de 2018, um público superior a 3800 pessoas que ali se congregaram para a Conferência Espírita protagonizada por Divaldo Franco, em um evento organizado pela União das Sociedades Espíritas (USE) Intermunicipal de Fernandópolis.
 Divaldo inicia a conferência referindo-se a um episódio ocorrido no Texas – EUA no qual uma mãe aniquilou a vida dos quatros filhinhos para em seguida acionar a Policia e informar o marido.
Durante o processo jurídico investigativo ficou comprovada que a infeliz senhora era portadora de Depressão, manifestando-se como Transtorno Afetivo Bipolar por alternar momentos de profunda tristeza seguido de episódios de intensa euforia.
A partir dessa narrativa, Divaldo realiza uma análise da Depressão revelando sua presença já em tempos recuados, buscando casos desde o Rei Saul (1065 a.C.), e até mesmo na Mitologia grega com a personagem Belorofonte (dono do cavalo Pégaso). Divaldo cita ainda Hipócrates (Séc.IV a.C.) e as preliminares pesquisas em torno da Melancolia denominação antiga do que seria posteriormente a Depressão. Por essa ocasião acreditava-se que o ser humano pensava pelo fígado e amava com o coração e por essa razão o Pai da Medicina estabeleceu a Teoria Humoral (os quatro Humores – sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra) e que a Melancolia era causada pelo desequilíbrio entre esses Humores. Essa teoria prevaleceu até o Séc. XVII (d.C.) quando a Ciência atribuiu ao cérebro a responsabilidade pelos pensamentos. Foi nessa época que teve início o uso da palavra Depressão (do latim Deprimere: apertar, empurrar para baixo).
Foi somente a partir do Século XX que a Psiquiatria passou a melhor entender a Depressão e classificando-a como Unipolar (tristeza, desinteresse pela vida) e Bipolar (alternando a tristeza com a euforia).
A partir dos anos 1940 com a descoberta dos Neurônios e das sinapses neuronais é que a Ciência passou a melhor entender os mecanismos dos Transtornos Mentais Os seguidos progressos da medicina psiquiátrica lograram identificar os Neurotransmissores, substâncias químicas produzidas pelas células nervosas (Neurônios), com a função de enviar informações para outras células estimulando e impulsionando nossas reações. Essas substâncias – cerca de 60 (adrenalina, noradrenalina, dopamina, endorfina etc.) – têm funções muito específicas. Algumas excitam, enquanto que outras são inibidoras.
Com esta descoberta foi estabelecida que a causa do Transtorno Depressivo - Unipolar e Bipolar – residia no distúrbio na produção dos neurotransmissores, perturbando as comunicações entre os Neurônios. Surgem, então, os remédios que buscam compensar esses desequilíbrios.
Paralelamente a Psicologia vai também ampliando sua forma de entender e, consequentemente, assistir os pacientes. A primeira foi a Psicanálise, depois surgiu a Psicologia Comportamental (Behaviorista), mais tarde a Psicologia Humanista.
A inexistência do Espírito, antes apoiada por grande parte dos cientistas começa a desmoronar e a comprovação de que existe, sim, algo além do corpo físico surgem por todo o globo.
Marco dessa nova situação desponta em 1.975 com o surgimento da Psicologia Transpessoal que enxerga o homem Bio-espiritual: corpo e alma, fato comprovado pelo psiquiatra Stanislav Grof com suas pesquisas sobre os estados alterados de consciência e a comprovação da existência de dois tipos de memórias: A memória cerebral e a extra cerebral, brilhantemente documentada e comentada em seu livro Além do Cérebro.
Após essa verdadeira história da evolução dos tratamentos psiquiátricos, notadamente da Depressão, Divaldo passa a abordar as doenças mentais sob o aspecto da Doutrina Espírita.
Enquanto a Ciência materialista se detém examinando as consequências ao afirmar que os Transtornos Mentais têm origem – no campo físico – pela carência ou excesso na produção dos Neurotransmissores por admitir – por enquanto – o ser humano como sendo exclusivamente o corpo físico, atribui esses desequilíbrios na produção dos Neurotransmissores a fatores genéticos.
O Espiritismo que avança e vai muito além estabelece a causa raiz, pois considera a criatura humana como sendo um ser formado de Espírito (a energia pensante), Perispírito (corpo espiritual) e Corpo Físico. É, assim, o Espírito o gerador dos fatores básicos para os desarranjos estruturais do organismo biológico. O Espírito ao reencarnar atrai (impulsionado automaticamente pela Lei de Ação e Reação) as células sexuais - masculina e feminina - que melhor atenderão às suas necessidades evolutivas redentoras.
De maneira lógica e atestando a absoluta justiça de Deus, a gênese dos distúrbios psiquiátricos, assim como de outras moléstias que acompanham a criatura humana, reside no Espírito imortal que violando as leis de Deus, incorrem na necessidade de ressarci-las ao mesmo tempo em que desenvolvem o aprendizado de respeitá-las.
A cada um segundo suas obras, nos alerta Jesus.
Divaldo Franco cita o filósofo e crítico cultural alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 — 1900) que afirmara: Toda vez quando surge uma ideia nova ela passa por três períodos distintos:
1. Período em que é combatida tenazmente - NEGAÇÃO
2. Período em que passa a ser ridicularizada - ZOMBARIA
3. Período onde finalmente é aceita.
Com a Doutrina Espírita não foi diferente. Tão logo ela foi ganhando notoriedade pela seriedade de seus postulados, surgiram adversários gratuitos para combatê-la.
Teve início, então, a fase dos combates e perseguições não somente por parte das religiões dogmáticas cujos ataques eram previsíveis. As reações mais contundentes, porém, partiram dos meios científicos europeus como o do psicólogo, psiquiatra e neurologista francês Pierre-Marie-Félix Janet(1859 — 1947) que em 1.889 afirmou que as manifestações e fenômenos espíritas mediúnicas eram na realidade uma desagregação psicológica e que se explicava como sendo uma dualidade cerebral (aquilo que sou versus aquilo que sonho ser) e, portanto manifestações patológicas, doentias e se equiparavam aos distúrbios psiquiátricos como a esquizofrenia, a histeria e a epilepsia.
Após essa digressão esclarecedora Divaldo passa a abordar as doenças mentais por um prisma que encontra – infelizmente – muita relutância por parte da Psiquiatria: A obsessão.
A obsessão não é loucura. Todavia pode provocá-la se sua manifestação for muito prolongada. A Psiquiatria, porém, despreza essa possibilidade como causa na medida em que é refratária à ideia da existência do Espírito.
Ambas as causas geradoras – a de ordem física quanto a obsessiva – manifestam-se pela deficiência na transmissão ou expressão do pensamento.
Os transtornos mentais - excetuando-se os casos produzidos por acidentes e traumatismos cerebrais ou ainda por moléstias infecciosas (meningite, por exemplo) - têm no Espírito a causa raiz da psicopatologia. O corpo físico é somente o veículo de manifestação.
Espíritos desencarnados adversários, direcionam à mente do hospedeiro físico induções hipnóticas carregadas de pessimismo e de desconfiança, de inquietação e de mal-estar, que estabelecerão as matrizes das obsessões, classificadas por Kardec como sendo: Simples, Fascinação ou Subjugação (equivocadamente chamada de Possessão).
A obsessão - transmissão mental de cérebro a cérebro – se expressa inicialmente como inspiração discreta para mais tarde fazer-se interferência da mente obsessora na mente encarnada, com vigor que alcança o seu apogeu na deplorável subjugação.
Os tratamentos especializados (psiquiátricos e psicológicos) – indispensáveis – podem produzir melhoras no quadro. Todavia os hospedeiros desencarnados não foram afastados, persistindo nas tentativas de perseguição e vingança.
Somente quando ocorrer uma alteração do comportamento mental e moral do enfermo, direcionado para o amor, para o bem, conseguindo sensibilizar aqueles que estejam na condição de perseguidores, é que se dará a recuperação recebendo no processo terapêutico o auxilio – imprescindível - dos medicamentos na reorganização da máquina cerebral.
O Espiritismo – o Consolador prometido por Jesus – mostra as causas e os objetivos dos sofrimentos – físicos e morais – os quais, então, passam a ser vistos como “crises” salutares e que garantirão a felicidade nas existências futuras – se vividos com resignação e sem revolta;
Uma vez esclarecida, a criatura tem a oportunidade de compreender que seu sofrimento é justo e não um castigo de Deus ou obra do acaso.
Neste ponto, a emoção suscitada pelas palavras carregadas de vibrações amorosas de Divaldo vai abrindo passagem até chegar ao imo de nossos corações atingindo o ápice com o Poema da Gratidãoque a todos luarizou.
(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

Palestra na Casa do Caminho Ave Cristo com Divaldo Pereira Franco. Birigui, SP

12-11-2018

Fotos: Edgar Patrocínio
        Texto: Djair de Souza Ribeiro
A Casa do Caminho Ave Cristo da cidade de Birigui no estado de SP recepcionou mais de 2.000 pessoas para rejubilarem-se com a palestra “Um Tributo à Paz” proferida pelo tribuno Divaldo Franco na noite do dia 12 de novembro de 2018.
Divaldo inicia a abordagem referindo-se a antiga lenda popular que relata ter Deus se ocultado do tumulto humano em um lugar inexpugnável por se consubstanciar em um local no qual muito dificilmente O buscariam: No íntimo da criatura humana. Em seu coração.
Com essa bem humorada e lúdica abordagem Divaldo realçou a necessidade de buscar se autoconhecer e beber das fontes inexauríveis do amor, da paz, da harmonia e da serenidade de Deus que habita o âmago de toda criatura humana.
Porém, perturbada com as preocupações a que dá demasiada importância tais como a opinião dos outros, a aparência, a conquista das coisas externas, o convívio social e disputas insignificantes, a criatura descuida-se de si mesma e permanece ignorante da sua realidade profunda: É um Espírito imortal, temporariamente enclausurado em um corpo físico e cujo propósito é o de se desenvolver moral e intelectualmente.
O corpo físico, mortal e temporário, é constituído de matéria que não passa de Energia condensada (congelada, cristalizada) formada pelos elementos químicos disponíveis na Natureza. Com um brilhantismo alicerçado em profundo conhecimento Divaldo nos fala da questão do átomo informando sobre as descobertas dos cientistas que revelaram a existência de partículas subatômicas: os Prótons, os Nêutrons, Elétrons, Léptons, os Quarks e as partículas intermediárias os Bósons entre os quais o que maior destaque recebeu recentemente: o Bóson de Higgs e que fornece massa à matéria, caracterizando-a como tal.
Mas apesar de toda a descoberta gloriosa da Ciência, ainda matamos por frivolidades e privilegiamos o intelecto em detrimento do sentimento. Buscamos a paz na felicidade dos objetos e nas situações que nos fornecem prazer nunca a encontrando conforme citava o pensador Vicente de Carvalho: “A felicidade está onde nós a pomos, mas nós nunca a pomos onde nós estamos”.
Muitos consideram o sucesso como sendo sinônimo de felicidade. Fosse isso verdade os artistas, esportistas, executivos e todos aqueles que obtiveram sucesso em suas trajetórias amados ou invejados pelas multidões não cometeriam suicídio, pois o Sucesso nos dá alegria ao nos proporcionar o prazer por atender ao nosso narcisismo, mas deixa um tremendo vazio quando, um dia, se acaba nos envolvendo na solidão.
O foco da vida passa, então, a ser as conquistas imediatistas gerando a perda do sentido existencial com a consequência funesta da Depressão e do vazio existencial, levando a criatura que experimenta essa constrição a desejar a libertação da terrível angústia. Incapaz de compreender esse desejo de “libertação” acaba fugindo pelo mecanismo do suicídio.
O ser humano deve aprender a ser feliz de acordo com as circunstâncias, incorporando e vivendo a certeza da transitoriedade do seu corpo físico e da sua eternidade espiritual.
A criatura humana não pode continuar sendo um ser cuja preocupação básica é a de satisfazer impulsos e atender aos instintos. Assim pensando e agindo chegamos a um estranho paradoxo onde cada vez mais, as pessoas têm os meios para viver, mas não têm uma razão pela qual viver. Em nenhuma outra época da sociedade humana houve tanto bem estar proporcionado pelo avanço da tecnologia e da pujança econômica. Porém, todos esses fatores não são suficientes para modificar o quadro observado nos comportamentos da criatura.
O Espiritismo vem despertar a nossa consciência para a necessidade de encontrarmos um sentido psicológico para a vida deixando a fase do primarismo representado pelos instintos e as sensações.
Nós somos mais do que um corpo físico e emocional. Somos também aqueles que trazemos na alma a presença de Deus e nascidos para amar, pois o amor é o ápice do nosso processo evolutivo ético e moral.
O sentido da vida, conforme nos ensinou Jesus – Modelo e Guia - é AMAR.
Para aqueles que já têm a consciência iluminada pelos ensinamentos do Cristo o verdadeiro Vencedor não é aquele que conquista bens, poder, projeção social. Para a moral de Jesus o Triunfador é aquele que vence a Si mesmo e Vitorioso é aquele que controla as suas más inclinações e vence as suas más tendências.
Buscando enfatizar a abordagem do tema, Divaldo emociona-nos a todos narrando com peculiar sentimento os acontecimentos derradeiros da existência física de sua mãe (Anna Alves Franco) que promete – no leito de morte – retornar para enxugar lhe o suor e as lágrimas das atribulações da vida.
Passados quinze dias da desencarnação da mãezinha querida eis que ela lhe surge diante da mediunidade durante uma conferência espírita no Paraná. A dor presente do ser ausente
Ali estava, em Espírito, aquele ser amado. Trajava-se de um vestido em seda em tudo idêntico ao que Divaldo havia lhe dado quando de seu primeiro salário.
Envolvendo Divaldo em grande amor falou-lhe:
— Diga a todos que estão te ouvindo nesse momento que a morte não existe.
A vida não é uma prisão e nem tampouco nossas aflições são castigos de Deus. São, na verdade, desafios existenciais que nos convidam a desenvolver qualidades que ainda não possuímos ou então oportunidades de expiarmos equívocos transatos, pelas atitudes fomentadas pela ausência de um sentido transcendente para a vida.
Uma vida para ser plena demanda aspirações mais completas a nos impulsionar no campo do aprimoramento intelectual, da estesia e da conquista de valores éticos e morais superiores.
Não devemos valorizar o mal que pulula à nossa volta e nem permitir que nos tirem a paz e a alegria de viver.
Hoje, nesses dias tão atormentados e atormentadores, devemos buscar Jesus, refletir sobre Suas palavras e vivenciá-los mantendo nossas mentes a Ele vinculadas pelos pensamentos de teor elevado.
Busquemos aproveitar a nova oportunidade que tantos pedimos antes do retorno ao corpo físico. Esforcemo-nos por encontrar um sentido psicológico para nossas existências, pratiquemos o bem e a Solidariedade.
Um tributo à paz e em nome da paz nos lembramos das palavras de Jesus, Modelo e Guia de todos nós.
— “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.  João 14:27


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)