quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Palestra na Casa do Caminho Ave Cristo com Divaldo Pereira Franco. Birigui, SP

12-11-2018

Fotos: Edgar Patrocínio
        Texto: Djair de Souza Ribeiro
A Casa do Caminho Ave Cristo da cidade de Birigui no estado de SP recepcionou mais de 2.000 pessoas para rejubilarem-se com a palestra “Um Tributo à Paz” proferida pelo tribuno Divaldo Franco na noite do dia 12 de novembro de 2018.
Divaldo inicia a abordagem referindo-se a antiga lenda popular que relata ter Deus se ocultado do tumulto humano em um lugar inexpugnável por se consubstanciar em um local no qual muito dificilmente O buscariam: No íntimo da criatura humana. Em seu coração.
Com essa bem humorada e lúdica abordagem Divaldo realçou a necessidade de buscar se autoconhecer e beber das fontes inexauríveis do amor, da paz, da harmonia e da serenidade de Deus que habita o âmago de toda criatura humana.
Porém, perturbada com as preocupações a que dá demasiada importância tais como a opinião dos outros, a aparência, a conquista das coisas externas, o convívio social e disputas insignificantes, a criatura descuida-se de si mesma e permanece ignorante da sua realidade profunda: É um Espírito imortal, temporariamente enclausurado em um corpo físico e cujo propósito é o de se desenvolver moral e intelectualmente.
O corpo físico, mortal e temporário, é constituído de matéria que não passa de Energia condensada (congelada, cristalizada) formada pelos elementos químicos disponíveis na Natureza. Com um brilhantismo alicerçado em profundo conhecimento Divaldo nos fala da questão do átomo informando sobre as descobertas dos cientistas que revelaram a existência de partículas subatômicas: os Prótons, os Nêutrons, Elétrons, Léptons, os Quarks e as partículas intermediárias os Bósons entre os quais o que maior destaque recebeu recentemente: o Bóson de Higgs e que fornece massa à matéria, caracterizando-a como tal.
Mas apesar de toda a descoberta gloriosa da Ciência, ainda matamos por frivolidades e privilegiamos o intelecto em detrimento do sentimento. Buscamos a paz na felicidade dos objetos e nas situações que nos fornecem prazer nunca a encontrando conforme citava o pensador Vicente de Carvalho: “A felicidade está onde nós a pomos, mas nós nunca a pomos onde nós estamos”.
Muitos consideram o sucesso como sendo sinônimo de felicidade. Fosse isso verdade os artistas, esportistas, executivos e todos aqueles que obtiveram sucesso em suas trajetórias amados ou invejados pelas multidões não cometeriam suicídio, pois o Sucesso nos dá alegria ao nos proporcionar o prazer por atender ao nosso narcisismo, mas deixa um tremendo vazio quando, um dia, se acaba nos envolvendo na solidão.
O foco da vida passa, então, a ser as conquistas imediatistas gerando a perda do sentido existencial com a consequência funesta da Depressão e do vazio existencial, levando a criatura que experimenta essa constrição a desejar a libertação da terrível angústia. Incapaz de compreender esse desejo de “libertação” acaba fugindo pelo mecanismo do suicídio.
O ser humano deve aprender a ser feliz de acordo com as circunstâncias, incorporando e vivendo a certeza da transitoriedade do seu corpo físico e da sua eternidade espiritual.
A criatura humana não pode continuar sendo um ser cuja preocupação básica é a de satisfazer impulsos e atender aos instintos. Assim pensando e agindo chegamos a um estranho paradoxo onde cada vez mais, as pessoas têm os meios para viver, mas não têm uma razão pela qual viver. Em nenhuma outra época da sociedade humana houve tanto bem estar proporcionado pelo avanço da tecnologia e da pujança econômica. Porém, todos esses fatores não são suficientes para modificar o quadro observado nos comportamentos da criatura.
O Espiritismo vem despertar a nossa consciência para a necessidade de encontrarmos um sentido psicológico para a vida deixando a fase do primarismo representado pelos instintos e as sensações.
Nós somos mais do que um corpo físico e emocional. Somos também aqueles que trazemos na alma a presença de Deus e nascidos para amar, pois o amor é o ápice do nosso processo evolutivo ético e moral.
O sentido da vida, conforme nos ensinou Jesus – Modelo e Guia - é AMAR.
Para aqueles que já têm a consciência iluminada pelos ensinamentos do Cristo o verdadeiro Vencedor não é aquele que conquista bens, poder, projeção social. Para a moral de Jesus o Triunfador é aquele que vence a Si mesmo e Vitorioso é aquele que controla as suas más inclinações e vence as suas más tendências.
Buscando enfatizar a abordagem do tema, Divaldo emociona-nos a todos narrando com peculiar sentimento os acontecimentos derradeiros da existência física de sua mãe (Anna Alves Franco) que promete – no leito de morte – retornar para enxugar lhe o suor e as lágrimas das atribulações da vida.
Passados quinze dias da desencarnação da mãezinha querida eis que ela lhe surge diante da mediunidade durante uma conferência espírita no Paraná. A dor presente do ser ausente
Ali estava, em Espírito, aquele ser amado. Trajava-se de um vestido em seda em tudo idêntico ao que Divaldo havia lhe dado quando de seu primeiro salário.
Envolvendo Divaldo em grande amor falou-lhe:
— Diga a todos que estão te ouvindo nesse momento que a morte não existe.
A vida não é uma prisão e nem tampouco nossas aflições são castigos de Deus. São, na verdade, desafios existenciais que nos convidam a desenvolver qualidades que ainda não possuímos ou então oportunidades de expiarmos equívocos transatos, pelas atitudes fomentadas pela ausência de um sentido transcendente para a vida.
Uma vida para ser plena demanda aspirações mais completas a nos impulsionar no campo do aprimoramento intelectual, da estesia e da conquista de valores éticos e morais superiores.
Não devemos valorizar o mal que pulula à nossa volta e nem permitir que nos tirem a paz e a alegria de viver.
Hoje, nesses dias tão atormentados e atormentadores, devemos buscar Jesus, refletir sobre Suas palavras e vivenciá-los mantendo nossas mentes a Ele vinculadas pelos pensamentos de teor elevado.
Busquemos aproveitar a nova oportunidade que tantos pedimos antes do retorno ao corpo físico. Esforcemo-nos por encontrar um sentido psicológico para nossas existências, pratiquemos o bem e a Solidariedade.
Um tributo à paz e em nome da paz nos lembramos das palavras de Jesus, Modelo e Guia de todos nós.
— “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.  João 14:27


(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

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