terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Registro. Divaldo Pereira Franco em Kairouan, Tunísia

1º de dezembro de 2014

Após proferir uma conferência na capital espanhola, o espiritualista e médium humanista Divaldo Pereira Franco desembarcou em 30 de novembro em terras tunisianas, no norte do continente Africano, para dar continuidade ao trabalho que vem realizando em terras onde o Islamismo é majoritário.
Fazendo uma escala em Barcelona, e estando acompanhado por seus amigos inseparáveis do Centro Espírita Manuel e Divaldo, de Réus, ali encontraram-se com um grupo de vinte e cinco espíritas oriundos de diferentes pontos: Réus, Lleida, Sevilla e Igualada, todos da Espanha; e também de Viena/Áustria, para acompanhar Divaldo Franco em sua turnê Paulínia, divulgando a Doutrina Espírita.
Tunísia é a encruzilhada das grandes civilizações que se desenvolveram no mar Mediterrâneo. O país, ao longo da história das dominações recebeu a influência dos fenícios, romanos, vândalos, dos Otomanos, Bizantinos, franceses, espanhóis e dos árabes, dando origem a uma rica mistura de culturas e crenças religiosas. Agora recebe um novo renascimento. O cristianismo reviveu graças ao verbo e obra de nosso maior expoente da Doutrina Espírita, Divaldo Franco, deixando para trás um rastro indelével para sempre. Nem o tempo, nem o homem, nem as novas civilizações que venham a desembarcar no porto de Cartago poderão impedir a sua disseminação.
 A imagem do nosso amado Espiritismo foi inserida e construída sobre a rochatunisiana, tentando cinzelá-la nas almas deste querido povo, precursor dos fatos históricos ocorridos e conhecidos como a Primavera Árabe.
A nova primavera amanheceu em 1º de dezembro. Bem cedo, os componentes do grupo, liderados pelo Paulo de Tarso em nossos dias, foram visitar a cidade deKairouan, localizada no centro-leste do país Africano. Fundada por Uqba ibn NafiUqba em 670 d. C., conta a lenda que ali foi encontrado um cálice de ouro na areia, atribuindo-se pertencer a Meca, e que quando foi recolhida, fez brotar água naquelas terras áridas.
A cidade é conhecida por possuir a Grande Mesquita, no centro da Medina. É a mais antiga mesquita do norte da África e o quarto destino de peregrinação muçulmana mais importante depois de Meca, Medina e Jerusalém. Sete visitas a esta mesquita equivalem a uma visita a Meca.
Depois de contemplar e receber informações de um guia turístico sobre a majestade do edifício construído, o grupo de espíritas começou seu trabalho doutrinário do lado de fora dos portões do salão de orações, cuja entrada não é permitida para aqueles que não professam a religião muçulmana. Formulando uma primeira oração Xavier Llobet, do Centro Espírita de Lleida, e Irene Solans, do Centro Espírita Manuel e Divaldo, de Réus. Divaldo P. Franco, em continuidade, e visivelmente inspirado pelo Dr. Bezerra de Menezes, apresentou uma doce e suave mensagem de amor e de paz, qual foi ensinada por Jesus, deliciando os ouvidos dos integrantes do grupo, e destas terras.
Tomados pela emoção e sensibilizados todos, se iniciou um passeio pelas ruas tranquilas de Kairouan até alcançarmos os arredores de um antigo cemitério, que fica perto de um dos famosos cafés da Tunísia, momento em que Divaldo aproveitou para dar aos presentes, em ambos os planos da vida, uma extensa narrativa, iniciando-a com o mito/arquétipo religioso do sacrifício de seres vivos que esteve e está presente nas práticas e rituais de muitas religiões, deixando sua marca, mesmo em nosso meio, quando tratamos, em algumas ocasiões, sobre a figura do Nazareno como o "Cordeiro de Deus".
Contrapondo-se a esse mito religioso, surgiu o aspecto científico e filosófico com consequências religiosas do Espiritismo, por tratar-se da ciência do conhecimento. A Doutrina Espírita rompe a ligação entre mito e privilégio que foi estabelecido como o fundamento de povos e crenças. Muda a palavra privilégio em favor da palavra mérito, ao focar o estado evolutivo do Espírito, em sentido ascendente, obedecendo o imperativo da reencarnação.
Ele lembrou que o ínclito Codificador da Doutrina Espírita perguntou aos Nobres Espíritos se Espiritismo seria a religião do futuro, a que responderam que seria o futuro das religiões, de todas as religiões...
Divaldo concluiu sua incrível narrativa, afirmando que a revelação dos Espíritos Superiores não é completa e nem conclusiva, mas que é um trabalho que é feito gradualmente à medida que o intelecto e o desenvolvimento moral dos Espíritos imortais reencarnados, que se encontram em busca de sua transformação moral, de convivência e confiança, trabalhem em benefício da humanidade.
Estando todos os presentes profundamente comovidos, se dispuseram a recuperar as forças para retomar o trabalho doutrinário, na mesma tarde, nas ruínas do Anfiteatro Romano de El Jem.
Delenda est Carthago, assim é a frase em latim antigo, atribuída a Cato, o Velho, que em seu sentido figurativo viria a referir-se a uma ideia fixa, que se persegue sem descanso até que seja levada a termo. Assim, como em qualquer grande caminhada que não vai começar sem o primeiro passo, e mediante esses primeiros passos fica estabelecido, pela primeira vez, o Espiritismo em terras tunisianas, perseguindo a ideia de que estas terras sejam banhadas por uma nova e revolucionária “civilização”, que, à maneira da primavera, faça brotar a flor do Amor e da Paz preconizada por Jesus.
              Texto em Espanhol: Xavier Llobet
              Texto em Português: Paulo Salerno

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