segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Movimento Você e a Paz, na Praça da Simpatia Camaçari, BA

10/09/2015
Nesta quinta-feira, 10 de setembro, o orador espírita Divaldo Franco proferiu uma palestra alusiva ao Movimento Você e a Paz, na Praça da Simpatia, na cidade de Camaçari – Bahia.
O público expressivo – mais de 2.000 pessoas – foi premiado na abertura da atividade com uma bela apresentação da orquestra Pró-Sinfônica de Camaçari. Durante mais de 30 minutos, sob a regência do maestro Bira Marques, o concerto patrocinado pela Prefeitura da cidade, através das Secretarias de Educação e da Cultura, apresentou um belo repertório, composto de músicas clássicas e alguns números de Tom Jobim.
Contando com a presença de representantes da igreja católica, da igreja Messiânica, da igreja evangélica e das religiões de matrizes africanas, além do Prefeito e do presidente da Câmara de vereadores do município, após a fala dos mesmos, Divaldo Franco se dirigiu ao público lembrando o Mahatma Gandhi que elucidou, oportunamente: “A paz não tem caminho, a paz é o caminho”.
Logo a seguir, discorrendo a respeito do profundo significado do perdão para a conquista da paz, narrou a história, contida na obra “Perdão Radical”, a respeito de uma jovem armêna que teve seus pais mortos e sua irmã, com doze anos de idade, jogada aos soldados que a violentaram, matando-a, e ela com quinze anos, foi transformada em escrava sexual. Tempos depois conseguiu fugir da fortaleza na qual era mantida prisioneira.
Diplomou-se como enfermeira, posteriormente. Trabalhando em um hospital público em Istanbul, por volta do ano de 1926, foi chamada para cuidar de um paciente, de alto coturno, militar, que se encontrava com uma dermatose, em estado deplorável de infecções generalizadas. Dedicada e eficiente, salvou-lhe a vida, restabelecendo-lhe a saúde. Após seis meses o enfermo estava deixando o hospital e foi agradecer ao diretor. Esse lhe disse que a gratidão deveria ser manifestada àquela enfermeira que havia lhe atendido naquele período.
Perguntando se ela o havia reconhecido, e como a resposta foi positiva e o reconhecimento tendo sido desde o início, voltou a perguntar por que não o havia matado, ou simplesmente deixado morrer, corroído pelas úlceras.
Se o fizesse, respondeu, se igualaria ao algoz, ao infeliz, e sua consciência a puniria severamente. Disse-lhe: “A palavra do evangelho de Jesus fez-me um grande bem; eu me tornei cristã, eu sou católica. Então na minha doutrina existe o perdão. Enquanto eu o odiei eu fui infeliz, então eu resolvi perdoá-lo, e ao invés de lhe chamar Sua Excelência eu aperto sua mão e lhe chamo de irmão. Muito obrigado meu irmão”.
Assim, Divaldo lançou para o público a mesma pergunta que o autor inseriu em sua obra: Se fosse você, perdoaria?
Ao final, após declamar o “Poema da Gratidão” do espírito Amélia Rodrigues, todos o acompanharam cantando o hino do Movimento Você e a Paz, de autoria de Nando Cordel, “Paz pela Paz”.
   Fotos: Lucas Milagre
   Texto: João Araújo

(Recebido em email de Jorge Moehlecke)

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