28 E 29-11-2013
Branco
sempre foi identificado como um sinônimo de pureza. Uma branca e prematura neve
recebeu, em Madrid (Espanha), ontem, 28 de novembro, o Paulo de Tarso hodierno,
Divaldo Pereira Franco. Incansável divulgador da doutrina de Jesus, já no dia
seguinte, 29, começou uma turnê por terras espanholas após completar numerosas
tarefas doutrinais na pátria do Evangelho, Brasil atual. Quem o acompanha nesta
jornada é uma caravana de amigos do Centro Espírita de Reus, Espanha.
Sexta-feira, 29 de
novembro, na capital espanhola estava frio, ensolarado e em sorridente
panorama. Divaldo P. Franco, esplêndido e cheio de alegria, como lhe é natural,
respondeu nos momentos que antecederam a sua conferência a três entrevistas
agendadas: "A rosa dos ventos", de Onda Cero e "A noite mais
linda", do Canal Sur, ambos os programas de grande audiência na rádio
espanhola, e ao portal de internet "Disseminador do Mistério".
Cerca de 210 pessoas
esperavam ansiosamente as palavras de Divaldo, no salão do Palácio do Hotel
Tryp Ambassador.
Ele começou sua
palestra narrando pormenorizadamente a história de Simon Wiesenthal, um austríaco
que foi libertado do campo de concentração nazista. Nos momentos que
antecederam a morte de um jovem ativista nas fileiras nazistas, este oferece
uma confissão para Simon sobre seus crimes, implorando-lhe perdão. Com esta
abordagem, Divaldo propôs uma pergunta para os assistentes: - Você seria capaz
de perdoar? Assim, abriu o caminho para o tema central da sua magnífica
conferência sobre perdão.
Ao abordar temas em
que apresenta-nos os seres humanos com recursos de sensibilidade, mas, no
entanto, ainda com dificuldades para deixar de lado os aspectos da ferocidade,
Divaldo comenta a inevitável evolução antropossociopsicológica do ser humano,
que é a causa pela qual o materialismo gradualmente vai sendo abandonado pela
sociedade estabelecendo-se as pontes entre Ciência e religião. A aliança entre
Ciência e religião é um dos pontos essenciais do Evangelho Segundo o
Espiritismo, que uma vez mais demonstra como a notável Espiritualidade
antecipa-se aos fatos comprovados dos dias atuais, que desde Pascal, com seu esprit
de géométrie e de seu esprit de finesse, passando por Albert
Einstein, a descoberta do gene de Deus, ou da atual pesquisa do CERN com o
bóson de Higgs, indicam que essa aliança está sendo encaminhada.
Com grande habilidade,
foram abordadas as questões da perda dos valores atuais, tais como o perdão,
por motivo da presença de três razões incidentes: medo, ansiedade e
solidão.
Dessa forma, é
necessário vivenciar o amor, começando a sermos solidários para não ficarmos
imersos na solidão, e cumprir o que nos informa o ínclito Codificador da
Doutrina Espírita: Fora da caridade não há salvação.
Terminando a
conferência, de 70 minutos, apresentando uma Doutrina dos Espíritos otimista,
que nos ensina a amar e perdoar e estando próximos das festividades do Natal,
ensinou-nos a dar-nos e não tanto dar (coisas), maravilhosamente culminando com
o Poema da Gratidão, de Amélia Rodrigues, que levou a uma longa aclamação da
plateia.
Texto: Xavier Llobet
Fotos: Manuel Sonyer
Madrid, Espanha
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