segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

08-12-2013

         Às 11:00h de domingo, 8 de dezembro, foi confiado a Divaldo P. Franco encerrar o XXº Congresso Espírita Nacional, com a conferência Autodescobrimento, uma busca interior. Este fiel trabalhador na obra de Jesus apresentou ao público a figura de Sócrates, considerado o Pai da Filosofia, criador do método maiêutico como um mecanismo de aprendizagem e raciocínio, sendo o primeiro grande pensador que se refere ao autodescobrimento, fundamentando-o nas ideias do Bem, da Verdade e da transformação da criatura humana. O fascinante filósofo, considerado pelo oráculo de Delfos como o personagem mais sábio da Grécia antiga, a quem é atribuído o famoso aforismo Gnosce te ipsum (γνῶθι σεαυτόν), foi capaz de responder, em sua sentença de morte, que todos já nascemos condenados a morrer e, nos momentos antecedentes da absorção da cicuta, exaltou a existência do Espírito imortal. Sua doutrina imortalista, prosseguia Divaldo, é adotada vinte e dois séculos mais tarde pelo Pai da Psicologia Analítica, Carl Gustav Jung, ao afirmar que a vida adquire sentido através da imortalidade da alma. Nesse momento, Divaldo Franco oferecia, de uma forma extraordinária, uma revisão cronológica da história do pensamento humano, destacando a figura junguiana por haver contemplado em sua obra a causalidade e não a casualidade da vida, em razão de haver estado em contato com os fenômenos mediúnicos.     
       Neste ponto, o Paulo de Tarso dos nossos dias detalhava minuciosamente alguns aspectos da Psicologia Analítica, a fim de determinar que o propósito da vida é atingir o estado numinoso, com suas colocações impregnadas pelo suave aroma das palavras do Mestre Galileu, quando indicou-nos que o Reino dos Céus está dentro de nós. Apresentando Jesus como sendo a ponte entre a Terra e o Céu, sendo a ponte entre o ego e o Self, sendo a ponte que conduz ao autodescobrimento, ao conhecimento de si mesmo, como nos indica a Espiritualidade na questão 919 de O Livro dos Espíritos, Divaldo conduziu o público a um verdadeiro clímax, ao advogar que o Espiritismo não se trata de uma crença, mas a Ciência do conhecimento, Ciência capaz de comprovar a vida após a morte e a existência do Espírito imortal, a Ciência que nos ensina sermos verdadeiros cânticos do Evangelho de Jesus em obras, e não em palavras, transformando as nossas vidas e atos – como indica a Benfeitora Joanna de Ângelis – em pegadas luminosas para aqueles que venham após nós, a fim de que sigam a luz apontando para o porto da paz. A vibração do salão aumentou quando foi proferido, com grande arrebatamento, o Poema da Gratidão, do notável Espírito Amélia Rodrigues, que fundiu-se, ao finalizar, com um prolongado aplauso, após 75 minutos de um magistral discurso.
       Texto: Xavier Llobet
       Fotos: Manuel Sonyer e Vitor Féria
       Tradução ao portugues: Delcio Carvalho





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