sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Divaldo Franco no Rio Grande do Sul Santana do Livramento

21 de agosto de 2018
Entrevista
Divaldo Franco, orador e médium espírita, natural de Feira de Santana na Bahia, foi entrevistado tão logo chegou em Santana do Livramento, na Fronteira da Paz, pela emissora uruguaia Teve Diez, de Rivera. Com assuntos diversos, Divaldo foi respondendo sobre as suas atividades na Doutrina Espírita e a sua mediunidade, o estudo que realizou sobre a filosofia espírita ao ser estimulado a estudar O Livro dos Espíritos. Nesta grandiosa obra encontrou todas as respostas para os enigmas da vida.
Brevemente se referiu às três revelações divinas. Sobre as diversas homenagens que recebeu, destacou que são o reconhecimento ao trabalho executado em prol do próximo. O importante, frisou, é o que somos internamente e não as honrarias exteriores, reconhecendo que são estímulos às superações. O importante não é no que se crê, mas o que se faz.
Allan Kardec, através das respostas obtidas nas obras da codificação espírita, apresenta as soluções morais para a humanidade. O valor real é o serviço e não as honrarias, tendo em vista que o trabalho é realizado em nome de Jesus. Na tarefa de auxílio aos necessitados de toda ordem, os maiores empecilhos proveem das instituições governamentais, sempre muito burocratizadas, porém, entende-as como naturais. Com o trabalho justo e equilibrado e produzindo bons frutos, a Doutrina Espírita, naturalmente, vem conquistando espaço e confiança, abrindo portas pelos resultados apresentados.
O grande problema é o próprio ser humano, que distanciando-se de Deus, torna-se embrutecido, e a Doutrina Espírita ensina ao homem viver cristãmente, sendo solidário e dedicado ao bem. A crise se faz presente no mundo inteiro, a surpresa maior se dá pelas ações das autoridades com poder de decisão, e que podendo trabalhar para o bem comum, alguns optam pelo autobeneficiamento, a qualquer custo.
Cada ser humano deve fazer a sua própria transformação moral para melhor, e ao moralizar-se contribui para que a humanidade, como um todo, se melhore e se moralize. Há momentos de grandes dores morais em todo o planeta, e na evolução, a humanidade passa por transição, e as mudanças, naturalmente, causam transtornos temporariamente.
Desde 1965 nutre grande carinho pelo Uruguai, desenvolvendo vínculos de muita ternura. Os vícios de toda ordem, as legalizações, as práticas abortivas, procurando dar ao homem o direito de matar, vão embrutecendo e traumatizando a criatura humana, que voltando-se somente para si, desconsidera o direito de seu próximo. São mentes aturdidas e degradadas moralmente. Esse e um estado de consciência, e o sexo deve ser praticado com responsabilidade.
Respondendo sobre as atividades da Mansão do Caminho, Divaldo Franco salientou que já foram atendidos mais de quarenta mil jovens, onde a educação e a criação de bons hábitos é tarefa desenvolvida todos os dias. Para multiplicar o êxito da Mansão do Caminho é necessário servir, semear e aguardar com perseverança o resultado positivo. Não é tarefa para poucos dias. O Espiritismo é a segunda força social a serviço da sociedade brasileira. Existem cerca de mil entidades voltadas ao desenvolvimento moral, todas espíritas.
Como médium, Divaldo destacou que a atividade mediúnica é da vida, a cada momento pode-se exercer a mediunidade, pois que são forças vibracionais com vínculos pela energia, pela afinidade e simpatia. A mediunidade é uma faculdade orgânica. Quando se diz que não crê, equivale dizer que não conhece, que não é importante crer.
A produção psicográfica foi mais uma questão abordada, e Divaldo relatou as etapas que lhe foram assinaladas para cumprir com a tarefa, iniciando com poucas obras, aumentando-as gradativamente. Sente-se reconhecido, e qualquer carinho é um estímulo para o desenvolvimento da afetividade, asseverando que se encontra muito feliz, principalmente por estar presente na Fronteira da Paz.
Como mensagem final, salientou que cada ser humano pode fazer opções. O cristão de optar por amar. O importante é não ser inimigo de ninguém. Se podes amar, dá ao outro o direito de ser como deseja.
Juan Danilo Rodríguez, médico de família e psicólogo equatoriano da Capital Quito, e atualmente residindo na Mansão do Caminho, discorreu sobre as diversas atividades que ali são exercidas, os atendimentos aos jovens e crianças, aos adultos em vulnerabilidade social, bem como as suas atividades desenvolvidas em Quito, e os companheiros que lá ficaram estão desempenhando a contento as suas responsabilidades.
Com a sua transferência para Salvador, assumiu novas tarefas e funções, estabelecendo rotinas novas, adaptando-se, tudo facilitado pela presença e o auxílio dos amigos de ideal espírita.
Fazer bem ao próximo, trabalhando a própria evolução, melhorando-se todos os dias com ética, com base na família, em um trabalho de autoconhecimento, em conjunto com a proposta da imortalidade e da transcendência, contribuem para que os indivíduos alcancem a felicidade, e porque aprendeu tudo isso com Divaldo Franco, ele é um excelente professor.
Conferência Pública
Em memorável atividade doutrinária na fronteira gaúcha, Divaldo Franco, recebido pelas lideranças espíritas locais, regionais e estadual, contou com a participação de líderes e espíritas uruguaios, bem como representantes do poder público do executivo municipal. Após agradável momento artístico, Juan Danilo Rodríguez se dirigiu ao público presente, que apesar do intenso frio, lotou o Ginásio Irajá. Destacou a alegria de estar presente nesse encontro que propugna pela união e aclara conceitos que libertam os indivíduos dos equívocos, construindo uma nova era, onde os corações e as mentes abertas promoverão os dias de felicidade, destacando a coerência de Divaldo Franco.
Divaldo, enfatizando que a vida é composta de um suceder de fatos, alguns destes são inesperados, provocando mudanças de um momento para outro, repentinas, parecem conspirar contra a felicidade. Desejando a felicidade, o indivíduo, sem saber que a vida humana é dependente de muitos fatores e que escapam ao controle, pode ser levado ao fracasso repentino.
Salientando esses fatos inusitados e que mudam a vida dos envolvidos, Divaldo Franco narrou a história do Bispo Anglicano James Pike, de São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos da América e seu filho Jim, desencarnado, vítima do uso de tóxicos, bem como os fatos mediúnicos que envolveram os personagens. A história real, retirada da autobiografia do Bispo e que se intitula The Other Side (O Outro Lado), é impactante, demonstrando a ação inesperada. Esta comovente história, narrada por Divaldo, se encontra publicada em minúcias na obra Um Encontro com Jesus, capítulo 26, uma compilação de Delcio Carvalho. Vale a pena ler!
Com base na narrativa dos fatos que envolveram o Bispo Pike, Divaldo discorreu sobre a majestade do pensamento Espírita, o Consolador prometido por Jesus. O verbo iluminado do preclaro orador destacou a importância do Espiritismo, uma base sólida em que foi edificado, cujos pilares que o sustentam são: 1. Existência de Deus; 2. Imortalidade da alma; 3. Comunicabilidade dos Espíritos; 4. Reencarnação; 5. Pluralidade dos Mundos Habitados; e 6. O Evangelho de Jesus: notável em seus princípios éticos e que a Humanidade jamais teve a glória de conceber. Allan Kardec, através da questão 625 de O Livro dos Espíritos, desejou saber qual o ser mais perfeito que Deus ofereceu aos homens, para lhe servir de modelo e guia, recebendo a seguinte resposta: Jesus.
Divaldo apresentou a interpretação da Doutrina Espírita sobre a felicidade ao ensinar que o ser humano deve aprender a ser feliz de acordo com as circunstâncias, incorporando e vivendo a certeza da transitoriedade do seu corpo físico e da sua imortalidade. Essa filosofia está apregoada pelo pensamento de Allan Kardec: “A felicidade depende das qualidades próprias do indivíduo e não da situação material em que ele vive”.
Profundamente amoroso, o destacado orador enalteceu e incentivou o hábito da oração. Os Espíritos familiares não abandonam os seus. Os Espíritos benfazejos dirigem os homens com diligência e amorosidade. A Doutrina Espírita é Jesus de volta. Ele prometeu que não deixaria o homem órfão, e, assim, cumpriu o prometido, enviar um outro consolador, para que ficasse com o homem de forma permanente, lembrando ensinamentos e apresentando novos. Destacando as Obras Fundamentais do Espiritismo, o Semeador de Estrelas disse que a Doutrina Espírita não possui salvadores, cada uma é responsável por si mesmo.
As Obras Fundamentais se constituem em verdadeiros mananciais de sabedoria, de luzes. Assim, deseje ao próximo o que desejaria para si mesmo, é uma orientação segura e clara com respeito à caridade, desenvolvendo a coragem de ser honesto, vivendo com a consciência em paz, frisando que a vida muda de um momento para outro e agradeça a Deus por todas as ocorrências, boas ou más.
Finalizando com o Poema de Amélia Rodrigues, Meu Deus e Meu Senhor, Divaldo Franco foi longamente aplaudido de pé, recebendo a gratidão do público envolvido em bênçãos. Divaldo é a luz que chega aos corações desejosos de bênçãos.
A Prefeitura Municipal de Santana do Livramento decretou que Divaldo Franco é hóspede oficial do município, uma singela homenagem ao ilustre conferencista. O Secretário Municipal de Desenvolvimento, representando o Executivo Municipal entregou o Decreto ao homenageado.
A União Municipal Espírita de Santana do Livramento presenteou-o com uma escultura, cópia do obelisco que assinala o marco da Fronteira da Paz, unindo as duas cidades, Santana do Livramento, no Brasil e Rivera, no Uruguai.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

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