terça-feira, 25 de setembro de 2018

Encontro Fraterno Divaldo Pereira Franco. Praia do Forte, BA

21 de setembro de 2018 (manhã)
Radiosa foi a manhã, ensolarado estava o dia onde a primavera se apresenta, quebrando as rudezas do inverno, exteriorizando perfumes e cores. O dia 21 de setembro é, também, consagrado como o Dia Internacional da Paz. Divaldo Franco dando prosseguimento ao Encontro Fraterno, abordou o tema: O Vazio Existencial: As causas do Vazio, no primeiro momento. Na segunda parte foram trabalhados os conflitos humanos.
Após excelente momento musical com a cantora Anatasha Meckenna, Divaldo Franco, cuja vida é um hino de amor ao próximo, fez o lançamento de três obras. Amor & Sexualidade – A Conquista da Alma, de Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco e organizado por Luiz Fernando Lopes. O segundo, Momentos de Sublimação, de autoria de Vianna de Carvalho e Joanna de Ângelis, também psicografado por Divaldo. O derradeiro, voltado ao público infantil é O Anjo da Misericórdia, de Amélia Rodrigues, igualmente pela psicografia de Divaldo. Essa obra é uma adaptação para crianças realizada por Viviane Longo.
Divaldo Franco, contador de histórias, conduzindo o público, composto por 641 pessoas, apresentou as reminiscências de sua vida, dos vazios existências que enfrentou e a superação dos mesmos através do amor incondicional ao próximo, encontrando, portanto, um sentido para a sua vida, que até então, era vazia. Aos 50 anos de idade, sentindo-se só, sem família, Joanna de Ângelis deu-lhe o incentivo necessário, fazendo-o perceber que a sua produção psicográfica eram os seus filhos, bem como passaram a ser seus netos os livros que foram traduzidos para outros dezenove idiomas. Mesmo assim, Divaldo ainda não se encontrava pleno. Foi, então, estimulado pela Benfeitora a procurar os filhos do calvário, os que sofrem no anonimato das ruas aniquiladoras de vida, descobrindo esses invisíveis da sociedade humana, que teima em não vê-los, ignorando-os em suas misérias morais e sociais.
O vazio existencial não se preenche com coisas, que sempre se diluem, mas sim, com o amor, que dignifica a alma, plenificando-a, dando um sentido à vida, onde o próximo é o objeto das ações do bem. Jesus, falando aos homens, de alma para alma, preenche a vida da criatura humana que atende aos seus sábios encaminhamentos. Narrando histórias e citando autores, Divaldo Franco esclareceu que os pontos de vista da criatura humana, com relação ao sofrimento, as desilusões, as frustrações, vão mudando de patamar na medida em que o homem transita pela vida, ano após ano, e que para debelar a sede que o vazio existencial provoca é necessário doses generosas de esperança, muita esperança.
O vazio existencial deve ser preenchido com os perfumes e coloridos do amor. Quando a criatura humana ama ela se plenifica e o vazio deixa de existir. É necessário encontrar o sentido da vida e esforçar-se por mantê-lo, amando as pessoas como são e não as sus projeções, sempre enganadoras. Como as frustrações estão presentes na vida de muitos, é necessário realizar o exercício do amor, isto é, praticar o evangelho de Jesus.
Quando a criatura humana somatiza as suas dificuldades e desafios da vida, contribui para a desestruturação física. Quem não consegue estabelecer uma meta para a sua vida, deixa de viver e passa a uma condição vegetativa. A falta de uma meta para a vida provoca a existência do vazio devorador dentro de si, que somente será extinto após despertar para a necessidade de estabelecer o objetivo, o sentido para a própria vida. Independente da condição em que se encontra a criatura humana, ela deve agir com dignidade, preenchendo-se de um ideal fraternal. Se a vida não está te servindo mais para viver, dê-a a outro que deseja viver, e o amor florescerá, plenificando-te. O ser humano tem necessidade de refletir sobre si mesmo, e quando não o faz, perde oportunidades de se autoanalisar, conhecendo-se em maior profundidade.
Na atualidade, as criaturas humanas estão se afastando uma das outras, substituindo os contatos pessoais pelos virtuais, ocasionando solidão e vazio existencial. A utilização dos meios virtuais pode significar uma fuga do indivíduo que, em se afastando pessoalmente, se esconde atrás de um meio eletrônico, das mensagens instantâneas.
Enriquecendo a sua abordagem, Divaldo destacou as ações que podem ser tomadas por qualquer criatura humana que almeje ardentemente por mudanças para melhor, em um esforço individual construído na base do perdão, da alegria de viver, de compreender a vida transcendente, onde a tristeza, o desejo de suicídio e o vazio existencial vão sendo substituídos pelo sentimento do amor que se doa e tudo compreende.
Todos possuem o poder de dar um sentido para a vida, anulando o vazio existencial, basta desabrochar-se e plenificar-se de amor, sendo grato e agradecido à vida, mantendo a esperança em alto nível. Portanto, melhor do que dar, é dar-se ao outro, ser mais presente na vida do seu semelhante, tornando-se útil, desenvolvendo a beleza que há no coração, abandonando o egoísmo, amando aos outros através do bem-proceder. A alegria em nós é o sorriso de Deus, afirmou o narrador de histórias, o ínclito Divaldo Franco.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

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