domingo, 26 de agosto de 2018

Juan Danilo Rodríguez Mantilla no Rio Grande do Sul Santa Cruz do Sul

24 de agosto de 2018
Seminário: Autismo, o amor em silêncio
Na manhã do dia 24 de agosto de 2018, Juan Danilo Rodríguez Mantilla, médium e conferencista espírita, médico e psicólogo, autor dos livros Terapia Holística Allyana e Notas do Coração, se apresentou na Associação Espírita Francisco de Assis o seminário intitulado Autismo, o amor em silêncio. Presente ao enriquecedor momento estavam muitas profissionais das áreas que trabalham com o espectro autista, como professores, psicólogos, psiquiatras e outros.
Preparando o ambiente, foi realizada uma bela apresentação musical elevando o padrão vibratório e estimulando a vitória sobre as ocorrências da vida, rumo à evolução.
O autismo começou a ser estudado logo após o término da II Guerra Mundial. De lá para cá os conceitos estão sendo aperfeiçoados, na medida em que os estudos se aprofundam. O Transtorno de Espectro Autista – TEA -, e assim concebido, ficou definido que o autismo não é mais uma doença psiquiatra, mas uma condição que a criatura humana apresenta. É um desafio, ainda, para a sociedade e a comunidade científica.
Há muitos espectros no campo autista e que se exteriorizam. São peculiaridades, tornam-se diferentes, assim, qualquer diferença que apresente na interação com a sociedade é autismo. O autista quase não apresenta uma fisionomia, porém, o comportamento é diferente. A reciprocidade sociocomportamental é difícil. Alguns irão falar tardiamente, outros jamais falarão. Os gestos, a falta de expressão facial, os relacionamentos e a dificuldade de associar comportamentos, são outros tantos diferenciais.
Informou Juan Danilo que é necessário alongar o olhar sobre o TEA, perscrutando o sistema límbico. A motivação do autista é manter o seu autoequilíbrio. Quando no trabalho com autistas se retira os estereótipos, eles ficarão em desequilíbrio. A insônia é uma particularidade do autista. Ele possui uma linguagem simbólica, necessitando, portanto, de uma compreensão dessa linguagem dentro do universo do autista.
Como possui dificuldade de imaginação, o autista apresenta reações de defesa. Ele sente dores emocionais, porque a sua linguagem é simbólica, por exemplo, se disser a um autista que está chovendo gatos (chuva torrencial) ele acreditará que gatos estão caindo.
O autista possui uma mente especializada. Será, então, necessário que se identifique qual ou quais as suas especialidades. Apresentando vários casos, Juan Danilo, através de pesquisas, disse ser possível avançar nas relações com os autistas. O autista tem dificuldade de se adaptar ao meio em que vive. Ao autista deve-se falar claramente, sem simbolismos, mas com muitos detalhes, passando instruções exatas, criando rotinas bem direcionadas.
Ao se aproximar de um autista, deve ser pelo lado, nunca de frente, pois ele entenderá como uma ameaça. O autista possui algo de angelical, apresenta características muito especiais, como a evolução da própria linguagem, as mímicas. Na evolução do gênero humano, o autista é alguém diferente. O autismo é o amor em silêncio.
Assim, concluído o esclarecedor seminário, Juan Danilo foi longamente aplaudido de pé. Muitos o procuraram para autógrafos, ou foram em busca de alguma resposta ou orientação de como proceder ante as relações com os autistas.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke

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